Economia

NEM-NEM: Quase 1/4 dos jovens brasileiros não estuda nem trabalha, revela IBGE

Quase um quarto dos jovens brasileiros (23%) nem estuda nem trabalha, segundo os novos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad contínua) sobre educação, divulgados na manhã desta quarta-feira, 19. O porcentual é ainda mais alto na faixa etária que vai dos 18 aos 24 anos, idade em que, teoricamente, deveriam estar na universidade, chegando a 27,7%.

“Mas não chamem esses jovens de ‘nem, nem'”, pediu a pesquisadora Marina Águas, analista da Coordenação de Trabalho e Rendimento (Coren) do IBGE, responsável pela apresentação da pesquisa. “O fato de nem estarem estudando, nem trabalhando não significa que sejam inúteis. Uma grande parte das mulheres, por exemplo, está ocupada com o trabalho doméstico, com o cuidado de idosos e crianças. Há questões de gênero importantes por trás dessa estatística.”

A família Santos conhece bem essa realidade. Naturais do Recife, os gêmeos Maurício e Maurílio dos Santos, de 29 anos, já tiveram três filhos cada um. Por isso, suas mulheres tiveram que largar os estudos e os trabalhos para cuidar dos filhos e da casa. Elas ainda aceitaram morar em cima da casa da sogra, no bairro do Pina, zona sul da capital pernambucana, para se livrar do aluguel e fazer com que o pequeno rendimento dos maridos dure o mês inteiro.

“Moro aqui porque as contas são apertadas”, explicou Karla Campos da Silva, de 29 anos, admitindo que o que queria mesmo era trabalhar como enfermeira e ter uma casa própria. Esse sonho, no entanto, ficou pelo caminho quando engravidou de Maurício, sem planejar, aos 18 anos. “Eu estava no segundo ano do colégio, mas desisti porque não tinha com quem deixar a bebê”, conta a dona de casa, que, depois da gravidez, até chegou a concluir o ensino médio, mas nunca teve condições de começar o curso de enfermagem que tanto queria.

Com a primeira filha pequena, ela partiu, então, para outras ocupações. Não demorou muito para sair do trabalho, pois engravidou novamente. “Com três filhos, fica impossível arrumar um emprego. Não dá para pagar creche para três. E também não sobra tempo para estudar”, argumenta Karla, que hoje é cuida dos filhos de 11, 7 e 4 anos e da casa.

Ela depende do salário do marido, que é balconista de um supermercado, para pagar as contas. A cunhada Jéssica Cândido de Souza, de 28 anos, por sua vez, não tem a mesma sorte, pois o marido não tem um emprego fixo. Maurílio vive de bicos. Por isso, nem sempre consegue pagar as contas de casa, onde Jéssica passa o dia cuidando dos três filhos, de 11, 4 e 1 ano de idade, e dos afazeres domésticos.

“Queria trabalhar para ajudar. Faria qualquer coisa. Mas não consigo. Minha vida é cuidar dos meninos e limpar a casa”, diz Jéssica, admitindo que já teve que pedir ajuda à família e aos amigos nos dias mais críticos, quando chegou a faltar até comida dentro de casa. “Não voltei para a escola, porque não tinha com quem deixar o bebê.”

Jovens

A Pnad revela que o Brasil tem 47,3 milhões de jovens, de 15 a 29 anos de idade. Desse total, 13,5% estavam ocupados e estudando; 28,6% não estavam ocupados, porém estudavam; 34,9% estavam ocupados e não estudavam. Finalmente, 23% não estavam ocupados nem estudando. Os percentuais aferidos em 2018, segundo os pesquisadores, são similares aos de 2017.

“É importante ressaltar que elevar a instrução e a qualificação dos jovens é uma forma de combater a expressiva desigualdade educacional do País”, sustenta a pesquisa. “Além disso, especialmente em um contexto econômico desfavorável, elevar a escolaridade dos jovens e ampliar sua qualificação pode facilitar a inserção no mercado de trabalho, reduzir empregos de baixa qualidade e a alta rotatividade.”

A desigualdade se revela ainda mais acentuada quando aplicado o recorte por raça e gênero. Entre as pessoas brancas, 16,1% trabalhavam e estudavam – mais do que entre as pessoas autodeclaradas de cor preta ou parda (11,9%). Os percentuais de pessoas brancas apenas trabalhando (36,1%) e apenas estudando (29,3%) também superou o de pessoas pretas e pardas, 34,2% e 28,1%, respectivamente. Consequentemente, o porcentual de pessoas pretas ou pardas que não trabalhavam nem investiam em educação é de 25,8%, 7 pontos percentuais mais elevado que o de brancos.

Comparando homens e mulheres, o problema se repete de forma ainda mais grave. Entre as mulheres, a pesquisa mostrou que o porcentual das que não trabalhavam nem estudavam era de 28,4%. O de homens é bem menor: 17,6%.

De acordo com a pesquisadora, parte da explicação para este fenômeno está nos trabalhos domésticos. A realização de afazeres domésticos ou o cuidado com outras pessoas foram os motivos alegados por 23,3% das mulheres para não estarem estudando nem trabalhando. Entre os homens, esse porcentual é de meros 0,8%. Os números se mantêm estáveis desde 2017.

Águas cita como exemplo um outro indicador levantado pela pesquisa. A Pnad contínua divulgada nesta quarta aferiu pela primeira vez a frequência a creches, entre crianças de até um ano de idade (a educação é obrigatória no Brasil a partir dos 4 anos). No total, somente 12,5% frequentavam a creche. E os piores índices estavam, justamente, no Norte (3,0%) e no Nordeste (4,6%) – lugares onde a participação das mulheres no mercado de trabalho também é mais baixa.

Analfabetismo

Segundo a Pnad contínua, o Brasil tem 11,3 milhões de pessoas (com 15 anos ou mais) que são analfabetas – uma taxa de analfabetismo de 6,8%. Em relação a 2017, houve uma queda de 0,1 ponto porcentual, o que corresponde a uma redução de 121 mil analfabetos. Mais uma vez, os negros são mais afetados que os brancos: são 9,1% contra 3,9%.

O analfabetismo no País está diretamente associado à idade. Quanto mais velho o grupo populacional, maior a proporção de analfabetos; refletindo uma melhora da alfabetização ao longo dos anos. Segundo os números de 2018, eram quase 6 milhões de analfabetos com 60 anos ou mais, o que equivale a uma taxa de analfabetismo de 18,6% para este grupo etário.

“A taxa de analfabetismo em geral vem caindo, a situação melhorou para o Brasil todo”, afirmou Marina Águas. “O que a gente observa é uma questão de idade importante, um componente demográfico. Com esse grupo mais velho falecendo, a tendência é cair ainda mais.”

No Brasil, a proporção de pessoas de 25 anos ou mais que finalizaram a educação básica obrigatória, ou seja, concluíram, no mínimo, o ensino médio, manteve uma trajetória de crescimento e alcançou 47% da população. O estudo chama atenção para o porcentual de pessoas com o ensino superior completo, que passou de 15,7% em 2017 para 16,5% em 2018.

A média de anos de estudos dos brasileiros é de 9,3 anos – um número que vem crescendo, em média, 0,2 ao ano. A diferença em relação à raça permanece. Os brancos têm 10,3 anos de estudo, contra 8,4 dos negros. As diferenças regionais também acentuam a desigualdade. O número mais baixo é no Nordeste, 7,9, e o mais alto, no Sudeste, 10,0.

Rede Pública

A rede pública de ensino formou 74,3% dos alunos na creche e na pré-escola. O porcentual aumenta no ensino fundamental, chegando a 82,3%. No ensino superior, no entanto, a situação se inverte. A maior parte dos alunos é formada por escolas privadas, 74,2%.

“É natural que tendo cada vez mais gente com o ensino médio completo haja uma pressão para a expansão do ensino superior”, constata a pesquisadora. “E quem tem a maior capacidade de resposta é a rede privada.”

Opinião dos leitores

  1. É normal que a mulher que casa jovem e já tem varios filhos, não tenha mais tempo pra trabalhar nem estudar. Quem tem obrigação de sustentar o lar é o HOMEM. As mulheres do Recife citadas acima já deveriam estar realizadas. Casa, marido e filhos. Reclamar do que? Não era o sonho delas?

  2. mira rato não ne coelho e mais delicado mais voçe queria o que esse povo não tem o que fazer nao tem lazer ai vai foderrr!!! eo que e pior não se previne!!!

    1. O PT saiu distribuindo diploma a rodo enquanto enriquecia as elites das mantenedoras com crédito subsidiado ( dinheiro de pobre) e ainda fazia discurso vagabundo de que a elite não quer pobre estudando.

  3. Esse povo pobre procria igual a rato. Eu tenho 28 anos, sou pobre, porém tenho outra mentalidade e se for para colocar outro fudido no mundo estou fora.

    1. Mira, deixe de canalhismo e atribua sua "inteligenstia" somente aos anticoncepcionais. E para efeito de comparação, o Brasil está gerando menos de 2,1 filhos por casal, o que se mostra insustentável para previdência.

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Geral

Papa nomeia primeira mulher para liderar gabinete importante do Vaticano

Fotos: Reuters/Consolata Missionaries

O Papa Francisco nomeou nesta segunda-feira (6) a primeira mulher para liderança de um departamento importante do Vaticano. Ele escolheu uma irmã da Itália para o comando do gabinete que supervisiona as ordens religiosas católicas do mundo.

A irmã Simona Brambilla, de 59 anos, vai dirigir o Dicastério do Vaticano para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica. Ela substitui o Cardeal João Braz de Aviz, um prelado brasileiro que liderava o gabinete desde 2011.

Francisco elevou mulheres a cargos de liderança no Vaticano ao longo de seus 11 anos de papado, as nomeando para funções de “segundo em comando” em vários gabinetes.

Mas ele ainda não havia nomeado uma mulher para liderar um dos gabinetes da Santa Sé, a entidade soberana que supervisiona globalmente a Igreja Católica.

Brambilla foi nomeada como “prefeita” do gabinete do Vaticano. Francisco também nomeou o cardeal espanhol Angel Fernández Artime como “pró-prefeito” do departamento.

A assessoria de imprensa do Vaticano disse que Brambilla liderará o departamento, mas não deu detalhes em um primeiro momento sobre como os dois indicados dividiriam as tarefas.

Entre outras nomeações, Francisco já havia indicado mulheres para os cargos de número dois no gabinete de desenvolvimento do Vaticano, no gabinete de vida familiar e no gabinete de imprensa.

Ele também indicou Barbara Jatta como a primeira mulher a liderar os Museus do Vaticano, em 2016.

CNN Brasil

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Geral

Haddad nega aumento de imposto ou mudança do regime cambial para conter alta dólar

Foto: Diogo Zacarias/MF

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou nesta segunda-feira (6) haver discussão no governo federal sobre aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para conter a subida do dólar. Haddad também afirmou que não tem sido cogitado alterar o regime cambial brasileiro para segurar a escalada da moeda norte-americana. O IOF é cobrado pelo uso do cartão de crédito em compras internacionais (inclusive digitais), no cheque especial, em empréstimos, no resgate de valores mobiliários, em seguros e na compra e venda de moedas estrangeiras.

O ministro defendeu, ainda, uma “acomodação” natural do dólar, que abriu em baixa nesta segunda (6), mas segue acima dos R$ 6 — R$ 6,14. O IOF nas compras internacionais feitas com cartão de crédito está menor desde quinta-feira (2). A redução decorre de um decreto do ex-presidente Jair Bolsonaro de 2022, que determinou a extinção gradual da alíquota até 2028.

“A gente precisa entender isso [flutuação do dólar] como uma coisa que tem um processo de acomodação natural. Nós tivemos um estresse no fim do ano passado no mundo todo e aqui no Brasil também. Hoje mesmo, o presidente eleito dos EUA [Donald Trump] deu declarações moderando determinadas propostas feitas ao longo da campanha. É natural que as coisas se acomodem, mas não existe discussão de mudar regime cambial no Brasil nem de aumentar imposto com esse objetivo [conter o dólar]. Estamos recompondo a base fiscal do estado brasileiro pelas propostas endereçadas ao Congresso Nacional”, declarou a jornalistas, após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Haddad antecipou o retorno a Brasília. O ministro estaria de férias até 21 de janeiro, mas voltou à capital federal nesta segunda (6), dia em que o cancelamento do descanso foi publicado no Diário Oficial da União.

Em nota, o Ministério da Fazenda explicou que o encontro com Lula já estava agendado e que o retorno de Haddad à capital federal ocorreu por motivos familiares. “O ministro suspendeu as férias e retornará a Brasília para cumprir agenda já prevista anteriormente com o presidente da República. A decisão de cancelar o período de descanso foi tomada após o pronto restabelecimento de seu familiar que passou por um procedimento cirúrgico no fim do ano, motivo da marcação de férias neste período”, escreveu a assessoria da pasta.

R7

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Geral

“PF vai apresentar relatório complementar sobre tentativa de golpe de Estado”, diz diretor-geral Andrei Rodrigues

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Dois anos após os atos de 8 de janeiro de 2023, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirma que a instituição prepara um relatório complementar na investigação sobre a tentativa de golpe de Estado em que o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 39 pessoas foram indiciadas.

Novos depoimentos e materiais apreendidos na Operação Contragolpe, realizada em novembro, estão em análise para que mais conclusões sejam apresentadas à Procuradoria-Geral da República (PGR), que analisa se apresenta ou não uma denúncia contra os suspeitos. Na prática, isso pode resultar na implicação de novos personagens na trama.

Em entrevista ao jornal ‘O Globo’, Rodrigues diz que a PF não vai “passar a mão na cabeça de ninguém”, sejam militares ou policiais. O chefe da PF acrescenta ainda que as investigações sobre as emendas parlamentares estão em curso, mas pondera que não se pode “criminalizar de antemão” o repasse de verbas pelos congressistas.

“Ainda permanecem questões que estão sendo apuradas, até em razão da Operação Contragolpe (realizada em novembro). A partir das apreensões realizadas nessa fase, de depoimentos coletados, dos que ainda serão tomados e de outros fatores que estão sendo apurados, vamos finalizar um relatório complementar que também vai servir de base para a Procuradoria-Geral da República fazer a análise”, disse Andrei.

O Globo

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Geral

MP quer que TCU apure possíveis irregularidades na compra milionária de prédio para sede da ANTT

Sede da Agência Nacional de Transportes Terrestres, em Brasília(ANTT), em Brasília. Foto: ANTT/Reprodução

O subprocurador-geral do Ministério Público junto ao TCU, Lucas Rocha Furtado, apresentou nesta segunda-feira uma representação para que o tribunal apure “possíveis irregularidades” na milionária compra da sede da Agência Nacional de Transportes Terrestres, em Brasília.

Revelada pelo portal Metrópoles no último dia 31 de dezembro, a aquisição se deu por meio da formalização do oitavo termo aditivo ao Contrato Administrativo 01/2010 por parte da ANTT. Originalmente, o contrato em questão foi firmado entre a agência e a empresa J.N. Venâncio Administração de Imóveis Ltda, por dispensa de licitação, para a locação de um imóvel com área privativa de 24.400 metros quadrados.

O prazo inicial de vigência era de 75 meses, com o primeiro valor do aluguel fixado em 1.170.467,07 mensais, mas foram realizadas sucessivas prorrogações. Ocorre que o contrato original continha cláusula que permitia a compra do imóvel pela locatária.

“Recentemente, contudo, houve a formalização do Oitavo Termo Aditivo ao Contrato Administrativo 01/2010, que alterou significativamente as cláusulas relativas à opção de compra do imóvel por parte da ANTT”, apontou Rocha Furtado.

O representante do MP destacou que o aditivo prevê a prorrogação do contrato de locação do imóvel por mais 22 anos e 11 meses, até setembro de 2046, e que a parcela mensal a ser paga pela ANTT contemplará não apenas o valor da locação (de 1.741.766,56 reais), mas também uma “parcela relativa à aquisição do imóvel (reversão patrimonial)”, de 758.233,44 reais.

“Levando em consideração toda a vigência adicional do contrato prorrogado, de 22 anos e 11 meses, será realizado o pagamento de mais 275 parcelas pela ANTT. Considerando apenas os valores mensais relativos à citada ‘parcela relativa à aquisição do imóvel (reversão patrimonial)’, estará obrigada a agência reguladora a realizar pagamentos de valores de, no mínimo, mais de R$ 200 milhões para que esta tenha o direito à reversão do imóvel ao fim do contrato prorrogado em 2047”, anotou o subprocurador-geral.

“Causa preocupação a relevante monta desses valores e as alterações procedidas ao longo da vigência contratual. Se está diante de um contrato de locação realizado por dispensa no ano de 2010 e que, após sucessivas prorrogações, se tornou ao final um contrato de compra de um imóvel por mais de R$ 200 milhões. Ademais, também se garantiu à empresa originalmente contratada por dispensa um contrato de locação a ser adimplido pela administração pública que ao final vigerá de 2010 a 2047, com valores também de sobremaneira relevantes e materialmente elevados”, complementou.

Ele apontou ainda que há farta jurisprudência no TCU quanto à dispensa de licitação, que não deve ser utilizada como regra pela administração, “mas sim em situações excepcionais e tida como específicas pela própria legislação”. E afirmou que é “injustificável” que “não tenha havido qualquer pesquisa de mercado ou que não tenham sido realizados os procedimentos necessários para que outros interessados na locação ou na venda de um imóvel à ANTT não tenham sido possibilitados de participar de um processo competitivo”.

“O que se tem, em minha visão, é um possível descumprimento de normas de licitação, além de prejuízos ao princípio da moralidade e à necessidade de controle a ser exercida por esta Corte de Contas. Se está diante da compra de um imóvel de mais de R$ 200 milhões por uma autarquia no âmbito de um termo aditivo de um contrato de locação originalmente firmado por dispensa”, concluiu.

Rocha Furtado pediu que que o plenário do TCU ou o relator da representação determine, em caráter cautelar, à ANTT que se abstenha de realizar novos pagamentos das obrigações fixadas no aditivo até que haja deliberação do tribunal quanto aos atos praticados no âmbito do procedimento de prorrogação contratual. E também solicitou que a representação seja encaminhada à Procuradoria-Geral da República para adoção das medidas cabíveis.

Radar – Veja

Opinião dos leitores

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Geral

Mulher morre afogada na praia de Graçandu e dois homens são resgatadas com vida após ajuda de praticantes de kitesurf

Foto: Kleber Teixeira/Inter TV Cabugi

Uma mulher morreu afogada nesta segunda-feira (6) na praia de Graçandu, em Extremoz, na Grande Natal. De acordo com o Corpo de Bombeiros, a vítima tinha aproximadamente 40 anos. A identidade dela não havia sido confirmada até a atualização mais recente desta reportagem.

Outras duas pessoas que também se afogaram foram resgatadas com vida com a ajuda de praticantes de kitesurf que estavam na região.

“Dois homens foram salvos pelo rapaz do kite, Jorge, que dá aula aqui na região, e a mulher não conseguiu ser salva. Ela acabou sumindo na água, se afogando”, contou o estudante Rhuan Silva, que estava no local.

Segundo o Corpo de Bombeiros, a vítima foi arrastada por uma correnteza entre as praias de Barra do Rio e Genipabu e desapareceu no mar, sendo encontrada pouco depois em Grançadu, distante cerca de 1 km.

O helicóptero da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do RN (Sesed) auxiliou nas buscas.

Testemunhas contaram que as três pessoas tentavam fazer a travessia de Genipabu para Barra do Rio pelo rio quando foram levadas pela correnteza.

Após ser resgatada do mar, a vítima recebeu os primeiros atendimentos do Corpo de Bombeiros, mas não resistiu e morreu no local.

O estudante Rhuan Silva, morador da região, contou que são raros os afogamentos na praia, mas o trecho onde a vítima e os outros dois homens estavam é mais perigoso por conta das correntezas.

“Ali na parte em que eles se afogaram é realmente perigoso, é um canal, puxa muito. A correnteza é forte, e a maré cheia fica muito perigosa”, contou.

A Polícia Civil foi acionada para investigar o caso, com o auxílio do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep), que recolheu o corpo para necropsia.

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Geral

VÍDEO: Vitória de Trump na eleição presidencial é certificada pelo Congresso dos EUA em sessão conduzida por Kamala Harris

A Câmara e o Senado dos Estados Unidos certificaram e validaram, em sessão conjunta nesta segunda-feira (6), a vitória do presidente eleito Donald Trump nas eleições realizadas em novembro de 2024.

A cerimônia começou por volta das 15h (horário de Brasília) e foi realizada no Capitólio, edifício sede do Congresso americano, em Washington D.C., capital dos Estados Unidos. Ela durou cerca de 30 minutos.

JD Vance, companheiro de chapa de Trump e vice-presidente eleito, também estava presente. Ele é senador do estado de Ohio.

Certificação foi comandada por Kamala Harris

Comandada pela atual vice-presidente Kamala Harris, candidata democrata derrotada pelo republicano no pleito, a certificação é a última etapa do processo eleitoral antes da posse de Trump, marcada para o dia 20 de janeiro, também em Washington D.C..

Nessa cerimônia, dois senadores e dois integrantes da Câmara foram selecionados como “escrutinadores”. Eles se sentaram na frente do Salão da Câmara e contabilizaram os votos dos delegados – figura do sistema eleitoral dos EUA.

O evento aconteceu com segurança reforçada, tendo em mente a invasão do Capitólio na última certificação, em janeiro de 2021, quando apoiadores de Trump tentaram impedir a validação da vitória de Joe Biden.

O Secretário de Segurança Interna dos EUA determinou que esse é um Evento Nacional de Segurança Especial — essa é a primeira vez que essa designação é concedida para a certificação, seguindo uma solicitação do prefeito de D.C..

Por que Kamala Harris teve papel-chave na certificação de Trump?

Ao final da contagem dos votos dos delegados, o presidente do Senado anuncia os resultados. Quem lidera o Senado americano é o vice-presidente do país, por determinação da Constituição.

Assim, neste caso, quem presidiu a sessão de certificação foi Kamala Harris, candidata derrotada por Trump no último pleito.

Ela não foi a primeira vice-presidente a confirmar a própria derrota. Em 2001, por exemplo, o vice-presidente democrata Al Gore presidiu a contagem da eleição de 2000, na qual ele perdeu para o republicano George W. Bush.

Capitólio foi invadido na última certificação em 2021

Após a última eleição presidencial, o Capitólio foi invadido por apoiadores de Donald Trump, que queriam impedir a certificação da vitória de Joe Biden.

O democrata derrotou o republicano nas eleições presidenciais de 2020, mas Trump não reconheceu o resultado e afirmou, sem provas, que houve fraude.

A invasão aconteceu no dia 6 de janeiro de 2021, e a sessão do Congresso era presidida por Mike Pence, então vice-presidente de Trump e companheiro de chapa do republicano.

A sessão de certificação precisou ser interrompida. Os congressistas conseguiram retornar ao Capitólio e retomar a certificação apenas na madrugada do dia seguinte.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. É lindo de ver a cara desses esquerdistas nessa cerimônia kkkk😭😵‍💫😵‍💫😵‍💫😭😭😵‍💫😵‍💫😵‍💫😭😭😭

  2. Viu? A parte vencida sabe que numa democracia é assim, as vezes ganha e as vezes perde. Fica o aprendizado pra quem ainda não entendeu.

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Geral

Balança comercial tem superavit de US$ 74,6 bilhões em 2024; resultado representa queda de 24,6% em relação a 2023

Foto: Arquivo/Agência Brasil

A balança comercial brasileira registrou superavit de US$ 74,6 bilhões em 2024. O resultado representa uma queda de 24,6% ante 2023, quando o saldo positivo foi de US$ 98,9 bilhões.

A Secretaria de Comércio Exterior do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) divulgou dados sobre a balança nesta segunda-feira (6).

No ano passado, as exportações totalizaram US$ 337 bilhões (queda de 0,8% ante 2023). Já as importações somaram US$ 262,5 bilhões (alta de 9% em relação a 2023).

A corrente de comércio, por sua vez, foi de US$ 599,5 bilhões. Representa crescimento de 3,3% na comparação com 2023. O número diz respeito à soma das exportações e importações.

Em dezembro, o superavit foi de US$ 4,8 bilhões. Trata-se de um recuo de 48,5% ante o mesmo período em 2023, quando o saldo positivo atingiu US$ 9,3 bilhões.

Poder 360

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Geral

Prazo para justificar ausência nas eleições 2024 termina nesta terça (7)

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Eleitores que não foram às urnas no segundo turno das eleições municipais, que ocorreu no dia 27 de outubro, precisam justificar a ausência até esta terça-feira (7). O protocolo é necessário porque o voto no Brasil é obrigatório para cidadãos entre 18 e 69 anos de idade.

Aqueles que não justificarem ficarão em débito com a Justiça Eleitoral e não poderão, por exemplo, emitir documentos como RG ou passaporte, dentre outras sanções.

Como cada turno equivale a um pleito, quem deixou de votar nos dois turnos da eleição deve apresentar duas justificativas.

Eleitores que estavam no exterior no dia da votação também são obrigados a justificar em até 60 dias após cada turno ou até 30 dias contados da data do retorno ao Brasil.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disponibiliza quatro opções para justificar ausência. Sendo elas:

  • Aplicativo e-Título;
  • Autoatendimento Eleitoral;
  • Sistema Justifica;
  • Formulário de Requerimento de Justificativa Eleitoral presencial.

E-Título

Para realizar a justificativa através do aplicativo e-Título, é necessário seguir o passo a passo abaixo:

  • Baixar o aplicativo e-Título no celular;
  • Após o login, o eleitor deve preencher os seguintes dados: CPF, nome completo, data de nascimento e os nomes dos pais;
  • Em seguida, é necessário responder as perguntas solicitadas pelo sistema para verificação da identidade;
  • Após a validação da identidade, o eleitor deve voltar à página inicial do aplicativo e acessar “mais opções”;
  • Em seguida, deverá acessar a opção “justificativa de ausência”;
  • Por último, deve escolher a eleição a ser justificada, explicar o motivo da ausência e adicionar um endereço de e-mail.

O requerimento é analisado por um juiz. Caso ele não seja deferido, será necessário pagar uma multa no valor de R$ 3,51 por turno ausente.

Quem deixar de votar por três eleições consecutivas, considerando cada turno como uma eleição, terá a inscrição cancelada.

CNN Brasil

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Geral

Moraes absolve e manda soltar morador de rua que foi preso no 8 de Janeiro

Foto: Reuters

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, expediu alvará de soltura e absolveu o morador de rua Jeferson Figueiredo, preso por suspeita de envolvimento nos atos de 8 de Janeiro.

O ministro considerou que não havia provas suficientes de que Figueiredo teve a intenção de agir contra o Estado Democrático de Direito.

“Não há provas de que o denunciado tenha integrado a associação criminosa, seja se amotinando no acampamento erguido nas imediações do QG do Exército, seja de outro modo, contribuindo para a incitação dos crimes e arregimentação de pessoas”, escreveu Moraes na decisão.

Figueiredo foi preso preventivamente por ordem do próprio Alexandre de Moraes, em 09 de janeiro de 2023, em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília. Ele estava acampado no local desde o dia 06.

Ele foi solto dias depois, para responder em liberdade condicional, mas retornou à prisão em dezembro daquele ano, após descumprir medidas cautelares.

A defesa de Figueiredo argumenta que ele é morador de rua e andarilho, e teria ido ao acampamento, no Quartel General do Exército, para se alimentar, já que eram oferecido abrigo e comida gratuitos.

No interrogatório policial, o réu também afirmou que foi “apenas pegar comida, pois reside na rua”.

Após a prisão preventiva, Figueiredo foi acusado, pela Procuradoria-Geral da República, pelos crimes de incitação ao crime, associação criminosa e concurso material de crimes, ou seja, quando um agente comete dois ou mais crimes distintos, por meio de mais de uma ação.

A denúncia considerava que ele tinha “absoluta consciência e vontade” de aderir ao grupo de acampados e teria “incitado as Forças Armadas contra os Poderes Constitucionais”.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. Era morador de rua, ou seja, não tinha onde se abrigar da chuva nem tinha o que comer com frequência. Ficar preso não era o pior dos cenários… Independente de qualquer coisa, era melhor ter ficado “guardado” esperando a hora da ação coletiva na justiça e aguardar a indenização.

    1. Enquanto isso, o Janjo continua rasgando o nosso dinheiro e ninguém fala nada. Viva O STF!

    1. Vai nada Brito, um erra e nós todos, ricos, pobres e lascados vamos pagar, via viúva.

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Política

Justin Trudeau anuncia renúncia ao cargo de primeiro-ministro do Canadá

Foto: AP

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, anunciou nesta segunda-feira (6) sua renúncia ao cargo Executivo e à liderança do Partido Liberal. Trudeau afirmou ainda que ficará no poder até que seu partido encontre um substituto para ele.

Em pronunciamento no início da tarde desta segunda, Trudeau também adiou a volta do Parlamento canadense em 2025, para 24 de março.

O Canadá tem 38,7 milhões de habitantes, inferior ao estado de São Paulo, distribuídos em mais de 9,9 milhões de metros quadrados —o segundo maior território do mundo, atrás apenas da Rússia.

O sistema de governo canadense é parlamentarista. O Partido Liberal, de Trudeau, não obteve maioria nas eleições de 2021 e precisa compor com outros partidos para governar.

“Os canadenses merecem um candidato ‘real’ nas próximas eleições. Ficou óbvio para mim que, pelas batalhas internas no partido, eu não serei a melhor opção nesta eleição”, afirmou Trudeau.

Trudeau sai de cena para tentar “salvar” as chances de vitória de seu partido, os liberais, nas próximas eleições legislativas, marcadas para 20 de outubro. Há mais de um ano pesquisas de intenção de voto mostram os conservadores à frente na corrida eleitoral. A permanência do premiê no cargo até a escolha de um substituto também é encarada como importante para reverter esse cenário.

A suspensão do Parlamento dá tempo para os liberais “respirarem”. Até então, o Parlamento canadense retomaria as atividades em 27 de janeiro, e os partidos de oposição planejavam derrubar o governo de Trudeau assim que pudessem, provavelmente no final de março. Com a volta programada para 24 de março, uma moção de desconfiança –o instrumento para contestar o governo atual– seria levada adiante provavelmente em maio.

Com a renúncia, novos apelos devem ocorrer pelo adiantamento do pleito para instituir um governo capaz de lidar com a administração do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, pelos próximos quatro anos.

Trudeau, de 53 anos, chegou ao poder em 2015 após 10 anos de governo do Partido Conservador. Inicialmente, recebeu forte apoio, mas se tornou impopular entre os eleitores nos últimos anos devido a uma série de questões, incluindo o aumento vertiginoso dos preços dos alimentos e da habitação, e diante da imigração crescente.

g1

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