
Foto: Reprodução/Correios
Virtualmente demitido pelo presidente Jair Bolsonaro na sexta-feira passada, num café da manhã com jornalistas, o presidente dos Correios, general da reserva Juarez Aparecido de Paula Cunha, foi trabalhar normalmente nesta segunda-feira, 17, e, em vez de limpar as gavetas, avisou para um auditório lotado que não sai até a formalização da demissão: “Só vou sair daqui a hora que chegar oficialmente. Aí eu saio, senão, não saio, não”. Terminou a palestra aplaudido e vestindo boné de carteiro.
O evento, fechado à imprensa, mas ao qual o Estado teve acesso, foi justamente sobre o tema que causou a ira do presidente e sua decisão de demitir o general: a privatização da estatal. Aos jornalistas, Bolsonaro havia dito que tinha anunciado a venda da empresa e Cunha tinha falado o oposto no Congresso, agindo como “sindicalista”.
Na véspera do anúncio da demissão, o general havia sido presenteado pela Superintendência dos Correios do Amazonas com um selo personalizado, que ostenta sua fotografia. Na imagem, Cunha aparece junto a um prédio da estatal e do Teatro Amazonas, principal cartão-postal da capital Manaus. Foram impressos 12 desses selos. Os Correios dizem que outros funcionários e personalidades já foram homenageados da mesma forma. Exemplo: o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu. Não consta que Bolsonaro tenha o seu.
O evento em que o general disse que só sai depois da formalização da demissão foi na tarde desta segunda. Horas depois, à noite, o porta-voz da Presidência, o também general Otávio do Rêgo Barros, afirmou que o presidente ainda não decidiu quando vai efetivar a demissão nem nomear o substituto do general.
Na apresentação desta segunda, o general insistiu no tema privatização. Disse que a decisão sobre a venda do controle da empresa é uma promessa de campanha de Bolsonaro e “ele tem que cumprir”, mas acrescentou que esse será um processo muito longo, que pode durar anos.
O general afirmou que havia se comprometido a lutar contra a privatização, mas “até um certo limite”. “No momento em que há uma decisão, esse assunto é de responsabilidade do governo.” “Já que há uma decisão para que esse processo aconteça”, segundo o general, o melhor que os funcionários podem fazer é receber bem os responsáveis pelos estudos da privatização, de forma a fazer um “controle de danos” e “procurar contribuir, acompanhar e defender nossos interesses”.
Cunha foi ovacionado ao levantar o moral dos servidores: “Os Correios não vão acabar, ninguém vai acabar com a empresa e mandar todos os funcionários embora”. “Vamos ficar serenos, encarar com naturalidade, sem ninguém se estressar.”
Ele disse que a equipe econômica está preocupada com a preservação dos direitos dos funcionários e com o futuro da própria empresa. “Não querem que, lá no futuro, a coisa venha a se deteriorar novamente.”
Segundo o general, o modelo a ser adotado na privatização ainda não foi definido. “Uma parte da empresa poderá fazer abertura de capital. Nada disso está definido: como fazer, o tipo de privatização, se é que vai acontecer. Vejam, existem muitos passos aí pela frente, muitos passos”, afirmou.
E novamente insistiu. “Sobre o tempo que isso leva? Não sei, eu também não sei. É um caminho muito longo”, reconheceu, ressaltando que “não é hora de se estressar e perder noites de sono”. “Por isso não temos que nos preocupar com grande antecedência. Não se desgastem com isso.”
O general encerrou recomendando aos empregados que continuem buscando bons resultados para tentar influenciar na decisão do governo. “Temos que mostrar que somos uma empresa sólida, que não precisamos do orçamento do governo, tudo isso será considerado quando do processo de privatização”, afirmou. “Temos que trabalhar de perto e contribuir para a defesa dos nossos empregados, buscando influenciar nesse aspecto.”
Estadão
Os funcionários dos correios são aqueles que queimaram a bandeira do PT e urraram fora Dilma? se ferraram, vai mitooo.
Os políticos e empresários infiltraram seus apadrinhados nos Correios e quem levou a culpa foram os profissionais que passaram em concurso público e estão hoje recebendo um salário bem abaixo, percentualmente, do que era a alguns anos atrás. Mais de 100.000pais de família dependem da ECT para dar um pouco de dignidade para seus filhos.
É triste vê pessoas jogando pedra nos sofridos empregados da ECT. Até mesmo o fundo de pensão quem paga o rombo é o próprio funcionário e vem já descontado em seu contra cheque, para não dar tempo nem de espernear.
Pensei que o Presidente dos Correios era comunista, mas não, é um General. #SomosTodosJuarez
Desde quando gente como vc apoia as FFAA? Fica mesmo com teus bandidos de estimação, "cumpanhero". Teus heróis estão na cadeia.
Foco, força e fé, general. Conto com sua permanência para alugar aos Correios minha frota de pombos-correio de última geração.
Para os fanáticos da turma que priorizava a orquestração de propinas e corrupção, a opinião é um risco na água.
Ele agiu corretamente, isso não é um cabaré, tem que ter ordem, se quer pedir sua demissão, faça oficialmente. Ninguém é moleque de recado, que qdo escuta um grito, sai correndo.
É a mãe do general? Ah, tá.
O Governo Federal para privatizar os Correios alega que houve roubo na empresa e no fundo de pensão o Postalis, será que o Banco do Brasil, Caixa Econômica, BNDES e Petrobrás e seus fundos de pensão não sofreram com estes roubos ou só foi os Correios? para mim privatizar empresas públicas é mostrar a incompetência de administrar as mesmas, essas empresas são patrimônios do povo brasileiro e não do governo . O brasileiro só dá valor ao que tem quando perde.
Homi, vai te reiar. 'O petróleo é nosso', disse o retardado! Tem que vender tudo mesmo pra que NINGUEM possa mais roubar.
Vc tá enganado amigo, veja o exemplo da Cosern, antigamente o governo do RN, cobria o rombo dela com dinheiro que deveria ir pra saude, segurança e educação. Hj, depois de privatizada, o governo só recebe milhões mensais de ICMS,
Entendo o exemplo da cosern, como qualquer empresa pública que serve de cabide de emprego fica difícil, já os Correios não depende do Governo Federal e tem suas próprias receitas e este mesmo governo sacou no período de 2013 a 2016 se não me engano 6 Bilhões da empresa prejudicando a contratação de funcionários onde geraria emprego e renda e algum desses governos pensou em devolver este dinheiro que é dos Correios? falar é fácil o difícil é esta do outro lado do balcão e vendo a empresa ser criticada pela população sem saber que tudo isto foi feito por políticos e não seus funcionários, os Correios é muito maior que pensamos.
Esse é coroné é igual meu marido, é sapo cururu, agente expulsa e ele volta, num tem jeito. Rsrsrs
O "cabaré" tá bagunçado mesmo! E o dono perdeu as rédeas!