O gasto de todo o Poder Judiciário brasileiro com folha de pagamento cresceu 11% (ou R$ 8,1 bilhões) de 2014, ano que marca o início da crise econômica, a 2017. No mesmo período, a economia do país se retraiu 5,6%.
A despesa com salários, benefícios e penduricalhos na Justiça subiu acima da inflação, mostra o relatório Justiça em Números 2018, do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).
O documento reúne dados das Justiças Estaduais, Federal, do Trabalho e Militar e dos tribunais estaduais, regionais e superiores, exceto o STF (Supremo Tribunal Federal).
No ano passado, a remuneração custou R$ 82,2 bilhões ao país e bateu recorde. O montante representa 90,5% do Orçamento do Judiciário, distribuído a 448,9 mil funcionários.
Há quatro anos, os gastos de ministros, desembargadores, juízes, servidores, trabalhadores terceirizados, estagiários e outros auxiliares da Justiça foram de R$ 74,1 bilhões, atualizados pela inflação.
“A Justiça brasileira tem uma enorme autonomia administrativa e financeira. Diversas decisões sobre gastos do Poder Judiciário são tomadas pelos próprios magistrados, como abertura de concursos e verbas indenizatórias”, diz Luciano da Ros, professor do Departamento de Ciência Política da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul).
Municípios, estados e União têm reduzido o consumo do governo –gastos com salários, serviços e bens que asseguram o funcionamento da máquina pública.
A queda por três anos consecutivos, de 2015 a 2017, em razão da crise, entre outros fatores, tem impacto no crescimento do país.
O PIB teve alta de 0,5% em 2014. Nos dois anos seguintes, houve encolhimento de 3,5%. No ano passado, ao sair da recessão, o Brasil cresceu 1%.
A Justiça, no entanto, aumentou seus gastos totais e com a folha ano após ano.
Os recursos destinados ao pessoal cresceram 4,9% em 2017 em relação ao ano anterior. Em 2016, auge da crise, quando o país se retraía pelo segundo ano seguido, o Judiciário registrou 1,2% de alta com salários, benefícios e penduricalhos.
Todo o Orçamento do Judiciário alcançava 1,2% do PIB há quatro anos. No ano passado, essa relação foi de 1,4%.
“Se isso já é bastante difícil de conceber em tempos de normalidade, em momentos de crise chega a ser uma afronta ao interesse público ter cada vez mais recursos e o PIB cada vez mais comprometido com o funcionamento de um sistema de Justiça tão pouco transparente”, diz Luciana Zaffalon, doutora em administração pela FGV, que estuda o tema, e coordenadora-geral do IBCCrim (Instituto Brasileiro de Ciências Criminais).
FOLHAPRESS
Pelo menos tá conseguindo recuperar 100 bilhões de reais roubados dos contribuintes, isso representa somente uma pequena parte do desvio de dinheiro público afanado somente no governo dos petralhas e comparsas. Imagine sem esses controladores. Hein? Talvez fosse isso que esses larápios querem.
É isso mesmo o Brasil quebrando e eles ganhando..
Enquanto o governo federal, que já está quebrado extinguiu os quinquênios há mais de 20 anos, o RN falido ainda paga esse benefício, que causa crescimento vegetativo da folha e dificulta a administração do orçamento. Mas vamos q vamos em direção ao precipício.
Também meu amigo, só com esses penduricalhos extras que as "excelências" turbinam os salários queria mais o quê?
Auxilio moradia de 5mil, auxilio alimentação de 1.600, gratificações por acumulo em substituição de 6mil (que não deveria existir pois recebem subsídio, verba que foi distorcida e deveria ser valor único), auxilio saude…
Vendas de férias ja que tem 60 dias, mais 20 de recesso, vendem para não sumir tanto tempo…
Esses privilégios tem que acabar!
Cuidado, dai vem um serviçal dizer que você "não estudou" que é concursado e blábláblá. Em um mundo regido por mercado, um funcionário que praticamente não pode ser demitido e não precisa bater índices de produtividade é um contrassenso, ainda mais ganhando somas obscenas.