Educação

Nosso IFRN "mentiu" sobre texto usado nas provas do concurso de língua portuguesa

Post retirado do BLog de Reinaldo Azevedo, sérias acusaçãos contra o IFRN:

Caras e caros,

o texto ficará bastante longo, como verão. Mas a questão é importante porque estamos diante de mais uma evidência das distorções a que a esquerdopatia submete a educação no Brasil. Como resolveram usar um texto meu para fazer lambança, então eu me sinto obrigado a denunciar os vigaristas intelectuais. Eu gosto de uma boa briga. A turma lá deve saber disso, espero.
*
Já escrevi uma vez: eles não se cansam, mas eu também não me canso. Eles têm a sua rede de vigarice e maledicência, eu tenho os fatos.  O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte fez um concurso para contratar professores de língua portuguesa para o ensino médio e nível superior. A turma lá decidiu usar um texto meu, publicado na ediçao nº 2025 da VEJA, de 12 de setembro de 2007. Ele serviu de referência para seis questões. Cinco delas têm de ser anuladas. Candidatos que se sintam lesados e queiram recorrer à Justiça podem usar este meu post como suporte. Eu sou o autor. Eu sei o que escrevi. E o Instituto mentiu sobre o meu texto.

O artigo que escrevi foi submetido a um crivo ideológico e teve seu sentido deturpado. Atribuíram-lhe um conteúdo comprovadamente falso. Pior: o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte induz os candidatos a um erro no que diz respeito à gramática, além de atribuir a Camões o que ele nunca escreveu. Escárnio: o concurso seleciona professores de língua portuguesa!

Abaixo, leitor, reproduzo em azul o meu artigo, que critica a recente reforma ortográfica, à qual ainda não aderi em sinal de protesto. Quando for obrigatório, não terei saída. Ainda estou no prazo. Mesmo escrito em 2007, ele poderia servir também como contestação às bobagens presentes no livro de Heloísa Ramos, aquela que faz a apologia do erro. Na seqüência, publico em vermelho (claro!) as questões do tal instituto e o gabarito. E  chuto traseiros com gosto.
*
Restaurar é preciso; reformar não é preciso

A reforma ortográfica que se pretende é um pequeno passo (atrás) para os países lusófonos e um grande salto para quem vai lucrar com ela. O assunto me enche, a um só tempo, de indignação e preguiça. O Brasil está na vanguarda dessa militância estúpida. Por que estamos sempre fazendo tudo pelo avesso? Não precisamos de reforma nenhuma. Precisamos é de restauração. Explico-me.

A moda chegou por aqui na década de 70, espalhou-se como praga divina e contribuiu para formar gerações de analfabetos funcionais: as escolas renunciaram à gramática e, em seu lugar, passaram a ensinar uma certa “Comunicação e Expressão”, pouco importando o que isso significasse conceitualmente em sua grosseira redundância. Na prática, o aluno não precisava mais saber o que era um substantivo; bastava, dizia-se, que soubesse empregá-lo com eficiência e, atenção para a palavra mágica, “criatividade”. As aulas de sintaxe – sim, leitor, a tal “análise sintática”, lembra-se? – cederam espaço à “interpretação de texto”, exercício energúmeno que consiste em submeter o que se leu a perífrases – reescrever o mesmo, mas com excesso de palavras, sempre mais imprecisas. O ensino crítico do português foi assaltado pelo chamado “uso criativo” da língua. Para ser didático: se ela fosse pintura, em vez de ensinar o estudante a ver um quadro, o professor se esforçaria para torná-lo um Rafael ou um Picasso. Se fosse música, em vez de treinar o seu ouvido, tentaria transformá-lo num Mozart ou num Beethoven. Como se vê, era o anúncio de um desastre.

Os nossos Machados de Assis, Drummonds e Padres Vieiras “do povo” não apareceram. Em contrapartida, o analfabetismo funcional expandiu-se célere. Se fosse pintura, seria garrancho. Se fosse música, seria a do Bonde do Tigrão. É só gramática o que falta às nossas escolas? Ora, é certo que não. O país fez uma opção – ainda em curso e atravessando vários governos, em várias esferas – pela massificação de ensino, num entendimento muito particular de democratização: em vez de se criarem as condições para que, vá lá, as massas tivessem acesso ao conhecimento superior, rebaixaram-se as exigências para atingir índices robustos de escolarização. Na prova do Enem aplicada no mês passado, havia uma miserável questão próxima da gramática. Se Lula tivesse feito o exame, teria chegado à conclusão de que a escola, de fato, não lhe fez nenhuma falta. Isso não é democracia, mas vulgaridade, populismo e má-fé.

Não é só a língua portuguesa que está submetida a esse vexame, é claro. As demais disciplinas passaram e passam pela mesma depredação. A escola brasileira é uma lástima. Mas é nessa área, sem dúvida, que a mistificação atingiu o estado de arte. Literalmente. Aulas de português se transformam em debates, em que o aluno é convidado (santo Deus!) a fazer, como eles dizem, “colocações” e a “se expressar”. Que diabo! Há gente que não tem inclinação para a pintura, para a música e para a literatura. Na verdade, os talentos artísticos são a exceção, não a regra. Os nossos estudantes têm de ser bons leitores e bons usuários da língua formal. E isso se consegue com o ensino de uma técnica, que passa, sim, pela conceituação, pela famigerada gramática. Precisamos dela até para entender o “Virundum”. Veja só:

“Ouviram do Ipiranga as margens plácidas De um povo heróico o brado retumbante”

Quem ouviu o quê e onde, santo Deus? É “as margens plácidas” ou “às margens plácidas”? É perfeitamente possível ser feliz, é certo, sem saber que foram as margens plácidas do Rio Ipiranga que ouviram o brado retumbante de um povo heróico. Mas a felicidade, convenham, é um estado que pode ser atingido ignorando muito mais do que o hino. À medida que se renuncia às chaves e aos instrumentos que abrem as portas da dificuldade, faz-se a opção pelo mesquinho, pelo medíocre, pelo simplório.

As escolas brasileiras, deformadas por teorias avessas à cobrança de resultados – e o esquerdista Paulo Freire (1921-1997) prestou um desserviço gigantesco à causa -, perdem-se no proselitismo e na exaltação do chamado “universo do educando”. Meu micro ameaçou travar em sinal de protesto por escrever essa expressão máxima da empulhação pedagógica. A origem da palavra “educação” é o verbo latino “duco”, que significa “conduzir”, “guiar” por um caminho. Com o acréscimo do prefixo “se”, que significa afastamento, temos “seduco”, origem de “seduzir”, ou seja, “desviar” do caminho. A “educação”, ao contrário do que prega certa pedagogia do miolo mole, é o contrário da “sedução”. Quem nos seduz é a vida, são as suas exigências da hora, são as suas causas contingentes, passageiras, sem importância. É a disciplina que nos devolve ao caminho, à educação.

Professores de português e literatura vivem hoje pressionados pela idéia de “seduzir”, não de “educar”. Em vez de destrincharem o objeto direto dos catorze primeiros versos que abrem Os Lusíadas, apenas o texto mais importante da língua portuguesa, dão um pé no traseiro de Camões (1524-1580), mandam o poeta caolho cantar sua namoradinha chinesa em outra barcarola e oferecem, sei lá, facilidades da MPB – como se a própria MPB já não fosse, em nossa esplêndida decadência, um registro também distante das “massas”. Mas nunca deixem de contar com a astúcia do governo Lula. Na citada prova do Enem, houve uma “modernização” das referências: em vez de Chico Buarque, Engenheiros do Hawaii; em vez de Caetano Veloso, Titãs. Na próxima, é o caso de recorrer ao funk de MC Catra: “O bagulho tá sério / vai rolar o adultério / paran, paran, paran / paran, paran…”.

Precisamos de restauração, não de mais mudanças. Veja acima, no par de palavras “educação/sedução”, quanto o aluno perde ao ser privado da etimologia, um conhecimento fascinante. As reformas ortográficas, acreditem, empobrecem a língua. Não democratizam, só obscurecem o sentido. Uma coisa boba como cassar o “p” de “exce(p)ção” cria ao leitor comum dificuldades para que perceba que ali está a raiz de “excepcional”; quantos são os brasileiros que relacionam “caráter” a “característica” – por que deveriam os portugueses abrir mão do seu “carácter”? O que um usuário da nossa língua perderia se, em vez de “ciência”, escrevesse “sciência”, o que lhe permitiria reconhecer na palavra “consciência” aquela mesma raiz?

Veja o caso do francês, uma língua que prima não por letras, mas por sílabas “inúteis”, não pronunciadas. E, no entanto, os sempre revolucionários franceses fizeram a opção pela conservação. Uma proposta recente de reforma foi unanimemente rejeitada, à direita e à esquerda. Foi mais fácil cortar cabeças no país do que letras. A ortografia de Voltaire (1694-1778) está mais próxima do francês contemporâneo do que está Machado de Assis do português vigente no Brasil. O ditador soviético Stálin (1879-1953) era metido a lingüista. Num rasgo de consciência sobre o mal que os comunistas fizeram, é dono de uma frase interessante: “Fizemos a revolução, mas preservamos a bela língua russa”. Ora, dirão: este senhor é um mau exemplo. Também acho. O diabo é que ele se tornou referência de política, não de conservação da língua…

Já que uma restauração eficaz é, eu sei, inviável, optemos ao menos pela educação, não por uma nova e inútil reforma. O pretexto, ademais, é energúmeno. Como escreveu magnificamente o poeta português Fernando Pessoa (1888-1935), houve o tempo em que a terra surgiu, redonda, do azul profundo, unida pelo mar das grandes navegações. Um mar “portuguez” (ele grafou com “z”). Hoje, os países lusófonos estão separados pela mesma língua, que foi se fazendo história. A unidade só tem passado. E nenhum futuro.

Agora vamos às questões:

01. A organização das idéias apresentadas no texto é norteada pela
A) problematização da inutilidade da reforma ortográfica e da ineficácia das aulas de português e de literatura.
B) defesa de um ponto de vista alicerçado, sobretudo, em argumentos de autoridade.
C) crítica às teorias educacionais de Paulo Freire, associando-lhes a responsabilidade pelo insucesso das aulas de português e de literatura.
D) restrição temática a questões técnicas relacionadas à reforma ortográfica e ao ensino de língua portuguesa e de literatura, sem revelar posicionamentos de cunho político-ideológico.

Comento
Evidentemente, a alternativa mais correta é a “D”, já que não esboço posicionamento político-ideológico nenhum! Num dado momento, digo ali que uma postura errada atravessou vários governos. Quem me patrulha é o instituto. A alternativa “A” pode sugerir que eu considero ineficaz ministrar aulas de língua e literatura. Eu as crítico na forma como são ministradas hoje. Mais: em nenhum momento eu afirmo que a reforma é inútil. Inútil é aquilo que não serve pra nada, que é irrelevante. Eu estou dizendo justamente o contrário: ela até pode ser útil a um propósito que considero ruim. EU SOU O AUTOR DO TEXTO, SENHORES “CONCURSANDOS” (é uma licença, valentes!). Eu sei o que escrevi. Estou assegurando que a resposta correta, dada as alternativas, é a “D”. Vamos à questão nº 2.

02. Ao longo do texto, as opiniões sobre a reforma ortográfica revelam
A) juízos de valor assentados nos princípios da sociolinguística, para a qual a natureza variável da língua é um pressuposto fundamental .
B) juízos de valor consoantes com o senso comum, uma vez que, para os estudos sociolinguísticos, é impróprio afirmar que há línguas ricas e línguas pobres .
C) sintonia com o princípio de que toda língua apresenta variação social ou diastrática, mais especificamente no que se refere à variação de classe social.
D) sintonia com uma visão do senso comum assentada na concepção sociointeracionista de linguagem.

Das alternativas dadas, a mais correta e a “A”, mas dizem ser a “B” porque, afinal, eles não gostam de mim e acham que sou um sujeito reacionário, que se move pelo “senso comum”. A propósito, aquela digressão que fiz sobre “educação e sedução” é coisa que se encontra em qualquer esquina… Comuníssimo! Ora, eu escrevi o artigo justamente para demonstrar a “natureza variável da língua”: o “nosso” português é único, diferente dos demais; carrega as marcas da nossa história. A unificação pretendida é um delírio autoritário. Ao afirmar que a alternativa correta é a B, é forçoso admitir que eu defendi no texto a existência de “línguas ricas e de línguas pobres”. Os examinadores estão mentindo. Eu sei o que escrevi. Estou assegurando que a resposta correta, dada as alternativas, é a “A”.  Vamos à questão nº 3.

03. Na intenção de ilustrar como seria uma aula de português que, em vez de seduzir, eduque, Reinaldo Azevedo orienta os professores a “destrincharem o objeto direto dos catorze primeiros versos que abrem Os Lusíadas” (l. 49). Segue o excerto a que o autor fez referência.

01- AS ARMAS e os barões assinalados,
02- Que, da ocidental praia lusitana,
03- Por mares nunca de antes navegados,
04- Passaram ainda além da Taprobana,
05- Em perigos e guerras esforçados.
06- Mais do que prometia a força humana,
07- Entre gente remota edificaram
08- Novo reino, que tanto sublimaram;

09- E também as memórias gloriosas
10- Daqueles reis que foram dilatando
11- A Fé, o Império, e as terras viciosas
12- De África e de Ásia andaram devastando,
13- E aqueles que por obras valerosas
14- Se vão da lei da morte libertando:
15- Cantando espalharei por toda parte,
16 – Se há tanto me ajudar o engenho e arte.

CAMÕES, Luís. Os lusíadas. Belo Horizonte: Itatiaia, 1990, p. 29. (Grandes obras da cultura universal; v.2.)

 

Em relação à orientação didática proposta por Reinaldo Azevedo, é correto afirmar:
A) não há justificativa sintática para admitir, nos catorze versos que antecedem a ocorrência do verbo espalhar, a função de objeto direto, pois eles se encontram antepostos ao verbo da oração principal .
B) não se trata do “objeto direto dos catorze primeiros versos”, como assegura o autor, mas de uma sequência de valor adverbial contida nesse conjunto de versos e adjunta do verbo espalhar.
C) não se trata do “objeto direto dos catorze primeiros versos”, como assegura o autor, mas do complemento do verbo espalhar, que aparece no verso quinze .
D) não há justificativa sintática para se atribuir transitividade direta ao verbo espalhar, uma vez que ele vem seguida pela preposição por

Agora a coisa fica muito séria. No meu texto, afirmo: “Em vez de destrincharem o objeto direto dos catorze primeiros versos que abrem Os Lusíadas, apenas o texto mais importante da língua portuguesa, [os professores] dão um pé no traseiro de Camões (…)”. Notem que nem escrevi que todos os 14 versos são objeto direto, mas poderia tê-lo feito porque, de fato, é isso mesmo; as orações adjetivas que se colam aos objetos não mudam a sua natureza.

Dizem os examinadores que a alternativa correta é a “C”, mas inexiste alternativa correta pela simples razão de que “espalhar” é, sim, um verbo transitivo direto; se é, seu complemento é o objeto direto. Vamos ver.

– O primeiro objeto direto está no primeiro verso:
O narrador de “Os Lusíadas”, na ordem direta, está afirmando:
“[Espalharei por toda parte] as armas e os barões assinalados.”
O que vai do verso 2 ao verso 8 são orações subordinadas adjetivas explicativas — e explicam aquele objeto direto.
– O segundo objeto direto está no verso 9 e parte do 10
“[Espalharei por toda parte] também as memórias gloriosas daqueles reis
O que se segue em parte do 10, no 11 e no 12 são orações subordinadas adjetivas restritivas.
– O terceiro objeto direto está em parte no verso 13:
“Espalharei por toda parte] aqueles
O resto do 13 e o 14 também têm uma oração adjetiva restritiva.

O que é mais espantoso na questão é que eles próprios admitem que esses termos são “complemento” do verbo “espalhar”. Está lá na alternativa C, que dão como correta. E o verbo “espalhar” tem qual transitividade? Um professor, à época, só descobri ontem, resolveu me contestar — e responderei em texto específico —, sustentando que todos aqueles complementos se referem a “cantando”. Lamento! Não é, não, valentão!

O “cantando” é o “modo” como o narrador espalhará — divulgará ao mundo e à posteridade — os feitos portugueses. E, como é um poeta, ele o fará “cantando” (à época, meu senhor, os poetas “cantavam” suas musas). Se fosse Leonardo Da Vinci, ele poderia dizer: “Pintando espalharei por toda parte”; se gosse Michelangelo, “esculpindo espalharei por toda parte”; se fosse Ideli Salvatti, “berrando espalharei por toda parte”; se fosse um examinador do tal instituto, “mentindo espalharei por toda parte”. Aqueles termos todos, na gramática, complementam o sentido do verbo “espalhar”. E o narrador o fará como, de que modo? “Cantando”.

O “cantando” é, nitidamente, uma manifestação da Oração Subordinada Adverbial Modal, que desapareceu, sem explicação, da Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB). Não foi a única. A locativa também foi para o brejo. Mas, admito, isso pode dar algum debate, que fica para outro post. Mas atentem para o que vem agora.

Estupidez
Mas essa não é a coisa mais estúpida que fez o instituto. A transcrição do trecho de Os Lusíadas traz dois erros que alteram o sentido de maneira grotesca. O mais grave está no verso 15: onde se lê “há tanto”, o certo é “a tanto”; onde meteram um verbo, Camões escreveu uma preposição! Inexiste aquele ponto final do verso 5; se ele estivesse lá, o que vem depois seria um anacoluto. Que turma é essa capaz de fazer essa miséria com Camões? Mas entendo: eles transcreveram o trecho de “Grandes Obras da Cultura Universal”. Posso lhes emprestar — melhor não… — uma das minhas edições de Os Lusíadas. A mais antiga é uma preciosidade revisada por Francisco Gomes de Amorim, publicado pela Imprensa Nacional de Lisboa em 1889. Outra edição de referência é a organizada por Emanuel Paulo Ramos, da Porto Editora. Há diferenças. Mas em nehuma existe, obviamente, “há tanto”… Examinador que transcreve Camões de  “Grandes Obras da Cultura Universal” merece chicote. Adiante.

04. No segundo parágrafo do texto, as ocorrências de uso das aspas evidenciam
A)uma forma de discurso relatado que apenas reproduz fielmente o que está sendo citado, sem que haja ruptura sintática .
B)fazer uma espécie de teatralização de algo dito em outro momento, de forma a atribuir maior fidelidade ao que está sendo dito, com ruptura sintática.
C)uma intenção de se manter, a distância, certas palavras, mas, ao mesmo tempo, dar legitimidade a esse distanciamento, sem haver ruptura sintática .
D)destacar trechos de afirmações cuja autoria não pode ser atribuída nem ao enunciador do texto nem algum outro enunciador.

O candidato deveria marcar a alternativa C, seja lá o que aquela coisa signifique. Eu não entendi o que faz lá aquele “se”, até porque, por uma questão de paralelismo, então seria preciso escrever “se dar”. Bem, eu sou o autor do texto, né? Eu não quis dar “legitimidade a distanciamento” nenhum, até porque não estendi o que essa borra quer dizer… Vamos à próxima.

05. Sobre o período É a disciplina que nos devolve ao caminho, à educação (l.47), é correto afirmar:
A) a expressão à educação funciona, sintaticamente, como aposto de caminho.
B) se retirarmos o acento indicativo de crase do a que antecede educação, isso alterar-lhe-ia a função sintática .
C) se retirarmos o acento indicativo de crase do a que antecede “a” palavra educação, esta passaria a exercer a função de objeto direto do verbo devolver.
D) a expressão à educação funciona, sintaticamente, como complemento nominal de caminho.

Que gente é essa, meu Deus! Na questão que poderia ser não-ideológica, eles erram  miseravelmente porque são incapazes de interpretar um texto. De fato, pode-se considerar correta, como eles querem, a alternativa C, mas eu, que sou o autor, asseguro: a correta é a “A”. Basta ler o meu texto para perceber que eu criei uma oposição entre “educação” e “sedução”, entre “caminho” e “afastamento do caminho”. Logo, quem leu direito entendeu que, com efeito, “caminho” é, sim, um aposto de “educação”. Vamos à ultima.

06. Remetem às fases da forma prototípica da sequência dominante no texto
A) constatação inicial, problematização, resolução e conclusão-avaliação .
B) ancoragem ou afetação, aspectualização e relacionamento.
C) situação inicial, complicação, ações, resolução e situação final.
D) premissas, argumentos, contra-argumentos e conclusão .

A resposta certas e a “D”. Huuummm… É a única que dá para aceitar das seis, embora “aspectualização” seja um desses complicômetros universitários que não servem nem para catar cocô. É só o fácil falar difícil, na suposição de que as palavras de que dispõe a língua são insuficientes para traduzir o que essa gente tem a dizer. Mas convenham: no conjunto da obra, esse é o menor dos males.

A isso estamos reduzidos. No post lá do alto, vocês vêem a miséria que fizeram num vestibular da Universidade de Brasília. Aqui, o proselitismo intelectual vigarista não poupa ninguém: Reinaldo Azevedo ou Camões! Ele está morto, não fala. Eu falo e chuto o traseiro desses pilantras.

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Trump critica Putin por ataques a áreas civis da Ucrânia: ‘Talvez ele não queira parar a guerra’


Foto: SERVIÇO DE IMPRENSA PRESIDENCIAL DA UCRANIA / AFP

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou o presidente russo Vladimir Putin por ataques a áreas civis da Ucrânia.

A declaração foi feita neste sábado (26), após o encontro do americano com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, no Vaticano. A ida ao funeral do papa Francisco foi a primeira viagem oficial de Trump ao exterior em seu segundo mandato.

“Não havia motivo para Putin disparar mísseis contra áreas civis, cidades e vilas nos últimos dias”, escreveu Trump em sua rede social.

“Isso me faz pensar que talvez ele não queira parar a guerra, que esteja apenas me enrolando e que precise ser tratado de maneira diferente, por meio de bancos ou sanções secundárias. Muita gente está morrendo”, concluiu.

Na última quinta-feira (24), um ataque russo com mísseis e drones atingiu ao menos quatro bairros de Kiev, capital da Ucrânia. Segundo autoridades locais, 12 pessoas morreram, mais de 60 ficaram feridas e incêndios foram registrados em vários edifícios residenciais.

Trump também responsabilizou seus dois antecessores, Barack Obama e Joe Biden, pela guerra entre Ucrânia e Rússia. E disse que está apenas “tentando limpar a bagunça” que eles deixaram.

Na publicação, o presidente americano não comentou sobre o encontro com Zelensky na Basílica de São Pedro, o primeiro desde a troca de farpas na Casa Branca em fevereiro. O presidente da Ucrânia disse que a reunião foi “muito simbólica”.

g1

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À revelia do TCU, governo Lula tenta emplacar mais um fundo privado para gastar fora do Orçamento

Foto: Rafa Neddermeyer/ Agência Brasil

À revelia do TCU (Tribunal de Contas da União), o governo tenta emplacar a criação de forma permanente de mais um fundo privado que pode fazer gastos fora do Orçamento. Um projeto de lei que autoriza a participação da União no fundo privado de Apoio à Infraestrutura para Recuperação e Adaptação a Eventos Climáticos Extremos está na pauta de votação da próxima segunda-feira (28) na Câmara dos Deputados.

A proposta é relatada pelo petista Nilto Tatto (SP), que juntou num projeto de lei do líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), o conteúdo de duas medidas provisórias do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), editadas no ano passado.

Uma das MPs permitiu a criação do fundo de natureza privada com aporte de R$ 6,5 bilhões para a reconstrução do Rio Grande do Sul após as enchentes que atingiram o estado. Com a votação do projeto, o fundo, que é administrado pela Caixa Econômica Federal, passa a ser permanente, podendo receber outros aportes da União.

O presidente do TCU em entrevista à Folha recomenda que a tramitação legislativa do novo fundo privado espere resultado da auditoria sobre fundos privados. “Se o Congresso esperasse um pouco mais, ele poderia agir, deliberar essa nova lei com mais elementos”, disse Vital do Rêgo. Ele vai levar o tema aos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), em reunião marcada para a próxima semana.

O uso de fundos privados, que ficam fora do Orçamento da União, para bancar políticas públicas foi condenado pela área técnica do TCU, que considera que a União tem recorrido a eles para driblar o Orçamento e fugir dos limites do arcabouço fiscal, que impõe um teto de gastos. Eles veem risco para as contas públicas.

O TCU indicou no julgamento do Pé-de-Meia, em fevereiro, que não vai aceitar que o governo use dinheiro dos fundos privados, em que a União é cotista, para financiar despesas para o pagamento de políticas públicas fora do Orçamento.

Acórdão do julgamento destaca que qualificar como despesa pública os dispêndios de fundos privados “que reputa serem tipicamente de Estado, além de carecer de fundamentação jurídica, colocaria em risco de funcionamento de outros programas essenciais, além do Pé-de-Meia”. O programa de bolsas tem sido financiado com recursos de fundos privados.

Para o TCU, o uso de fundos privados passa a percepção de que há um cumprimento meramente formal do arcabouço fiscal. O julgamento do Pé-de-Meia tem sido apontado como um freio de arrumação para o crescimento do uso de fundos privados pelo governo Lula.

Após o julgamento, Vital do Rêgo designou o ministro Bruno Dantas para relatar a auditoria que está mapeando todas as despesas e políticas públicas financiadas por meio de recursos que não transitam diretamente pelo Orçamento, o que incluiu os fundos privados.

No relatório preliminar, apresentado nesta semana, o TCU alertou que o uso de fundos privados em políticas públicas, como o Pé-de-Meia, gera antagonismo entre as políticas fiscal e monetária, cenário para aumento de juros, alteração no câmbio e impacto na inflação.

“Tem que passar pelo orçamento. Isso já ficou claro no Pé-de-Meia. Ele tem que ser orçamentado em 120 dias”, disse o Vital do Rêgo numa referência ao prazo que o TCU deu ao governo, em fevereiro para incluir as despesas do programa no Orçamento de 2025.

O projeto relatado por Tatto já começou a ser discutido em plenário, no noite da última quarta-feira, quando a liderança do governo deixou claro que não abre mão de manter a palavra “privado” na designação do fundo.

O deputado da oposição Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) apresentou um destaque para retirar a palavra “privado”. Para a líder da minoria, deputada Caroline de Toni (PL-SC), os fundos privados permitem um orçamento paralelo, que esconde a realidade das contas públicas.

“Essa é uma das maiores distorções apresentadas pelo governo. Se, de fato, todos os aportes aos chamados fundos privados estivessem no Orçamento da União como despesas primárias, por que então tanta resistência em nomear esses fundos como públicos, como é natural e transparente? Por que o esforço do governo em manter a palavra “privado” na redação do projeto?”, diz.

A líder da minoria destaca que o esse não é um caso isolado. Ela citou o fundo previsto na Lei do Mover, voltada à política industrial.

Procurado pela reportagem, o relator disse que não poderia falar porque estava em trânsito de uma viagem da Índia para o Brasil. O deputado Carlos Zarattini (PT-SP), que leu o parecer de Tatto no plenário, defendeu o projeto e rechaçou a ideia de que se trata de um orçamento paralelo.

“O gasto desse fundo de natureza privada é executado pelo conselho gestor, que tem uma determinada programação, ele vai executando. A execução é que não está no orçamento, mas o aporte de dinheiro é um aporte público orçamentário”, disse.

Segundo ele, a crítica ao uso de fundos privados é uma visão que o mercado financeiro quer emplacar. Ele disse que o fundo do projeto tem recursos para obras que atravessam dois, três anos. “A melhor forma de você agilizar é criar o fundo de natureza privada.”

Na sua avaliação, como o fundo já existe, se o projeto for votado retirando a palavra privado ficará um vazio jurídico. E admitiu que, se houver sobra do dinheiro do fundo, poderá ser usada para outros fundos.

Folhapress

Opinião dos leitores

  1. Esses larápios sabem que entrar no órgão STF (não podemos chamar de tribunal) que conseguem uma liminar. Quando não tiver mais onde tirar dinheiro, vão atrás da poupança do povo. E ainda vão terceirizar a culpa na maior cara de pau. Deviam ir pegar dinheiro dos fundos de pensão (Caixa, BB, petrobras).

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Geral

Prefeita Jussara entrega importante obra de calçamento em Extremoz na comunidade de Araçá

Nesta sexta-feira (25), a Prefeita de Extremoz, Jussara e sua equipe entregaram a tão sonhada obra de calçamento que liga Araçá à Vila de Fátima. A obra contou com investimento de mais de R$ 700 mil para calçar mais de 2 km de estrada. A obra vai transformar a realidade da comunidade e adjacências.

Esta obra vai facilitar o deslocamento e trazer mais conforto e segurança para quem vive e também circula na região. A obra vai impactar de modo positivo várias comunidades que usam a rua como ponto de passagem.

“Esta obra foi sonhada pela nossa Zona Rural e agora chegou a hora de entregar este sonho. Esta não é apenas uma obra de mobilidade urbana, um simples calçamento, esta obra significa mais dignidade e qualidade de vida para os moradores da nossa querida Extremoz.” afirmou a prefeita Jussara.

A prefeitura de Extremoz segue transformando a cidade e realizando entregas que mudam a realidade da cidade.

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Geral

Bolsonaro faz tratamento para controlar alterações no fígado; Ex-presidente ainda não apresentou movimentos intestinais espontâneos

Foto: Reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) continua “estável clinicamente, sem febre ou alterações da pressão arterial”, segundo informou o boletim médico divulgado neste sábado (26).

Bolsonaro está internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, desde que passou por uma cirurgia em 13 de abril, para corrigir complicações no intestino.

Segue o tratamento para controle das alterações dos exames laboratoriais do fígado, que encontra-se em recuperação. Persistem os sinais de gastroparesia (retardo do esvaziamento do estômago) e ainda não apresentou movimentos intestinais espontâneos, o que impede momentaneamente a alimentação por via oral ou pela sonda gástrica”, diz o documento.

O ex-presidente segue com a orientação de não receber visitas, além dos familiares, e ainda não tem previsão de alta.

No entanto, políticos e religiosos têm visitado o ex-presidente no hospital, caso do pastor Silas Malafaia e do presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

O procedimento cirúrgico em Bolsonaro foi realizado para tratamento de uma “suboclusão intestinal” – uma obstrução parcial do intestino causada por aderências formadas após múltiplas cirurgias anteriores, em decorrência da facada que levou em 2018.

g1

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Geral

Gilmar Mendes cancela pedido para julgamento presencial de decisão que levou à prisão de Collor

Foto: Luccas Zappalá/STF

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), cancelou seu pedido de destaque no julgamento virtual da decisão que determinou a prisão do ex-presidente Fernando Collor. O destaque levaria o caso ao plenário físico. Agora, a análise virtual continua, e já há maioria para manter a prisão de Collor.

Na quinta-feira, o ministro Alexandre de Moraes rejeitou um recurso da defesa de Collor e determinou sua prisão. A decisão de Moraes começou a ser julgada pelos demais ministros na sexta-feira, mesmo dia em que o ex-presidente foi detido pela Polícia Federal (PF).

O Globo

Opinião dos leitores

    1. Tem que prender o resto da quadrilha todos soltos, a começar do 09-dedos.

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Geral

Após Débora Rodrigues, Moraes concedeu prisão domiciliar a 11 presos do 8/1

Foto: Rosinei Coutinho/STF

Depois de autorizar que Débora Rodrigues cumpra prisão preventiva em casa, no fim de março, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes concedeu o mesmo benefício a pelo menos outros 11 envolvidos no 8 de Janeiro.

O caso de Débora passou a repercutir nacionalmente por causa da pena fixada por Moraes, que impôs a condenação de 14 anos de prisão. Apesar da divergência apresentada pelo ministro Luiz Fux, o STF formou maioria para condená-la com base na pena imposta por Moraes.

A polêmica se deu em meio a uma forte pressão do Congresso para a aprovação de projeto que pode anistiar os condenados pelo 8 de Janeiro e, dias depois de o julgamento ser iniciado, Moraes permitiu que Débora cumprisse a pena na residência dela.

O mesmo foi concedido a pelo menos outros 11 alvos do STF pelo 8/1. Em todos os casos, a prisão domiciliar vem acompanhada de uma série de medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica, proibição do uso de redes sociais e recebimento de visitas.

Veja os envolvidos no 8/1 autorizados a cumprir prisão domiciliar

  • Aildo Francisco Lima
  • Claudio Mendes dos Santos
  • Eliene Amorim de Jesus
  • Fabrízio Cisneros Colombo
  • Gilberto da Silva Ferreira
  • Marco Alexandre Machado de Araújo
  • Marlucia Ramiro
  • Nelson Ribeiro Fonseca Junior
  • Ramiro Alves da Rocha Cruz Júnior
  • Sérgio Amaral Resende
  • Jorge Luiz dos Santos

Em parte dos casos, os réus ainda não foram julgados e continuam aguardando a análise do processo pelo STF.

É a situação de Aildo Francisco Lima, que responde por abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável, contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado.

Ele é o homem que fez uma live sentado na cadeira de Moraes durante os atos do 8 de Janeiro e estava preso desde setembro de 2023.

Segundo o ministro, levando em conta a situação processual, com a apresentação, pela Procuradoria-Geral da República (PGR), de suas alegações finais, seria necessária a análise da situação de privação de liberdade de Aildo.

Moraes afirmou que, no caso de uma eventual condenação, Aildo já teria a possibilidade de pleitear o direito à remição, uma vez que já ficou preso preventivamente por cerca de 1 ano e 6 meses.

A situação da ação e o tempo em prisão preventivas foram justificativas aplicadas aos outros casos também.

A saúde de alguns dos réus também foi citada em decisões de Moraes. Segundo o ministro, por exemplo, Fabrízio Cisneros Colombo informou, em seu interrogatório, sofrer hipertensão arterial.

Ele estava preso desde outubro de 2023 e teve a prisão preventiva convertida em domiciliar por decisão do ministro em 11 de abril.

Já na decisão que concedeu prisão domiciliar a Ramiro Alves da Rocha Cruz Junior, Moraes pontua que ele relatou sofrer de transtorno de síndrome do pânico.

O caso mais recente, de 18 de abril, diz respeito a Sérgio Amaral Resende. Ele já está na fase de execução da pena, ou seja, sua ação já foi analisada pelo STF. Ele foi condenado à pena de 16 anos e seis meses.

A concessão de domiciliar a Resende foi permitida por causa de sua saúde. Segundo a decisão, foi informado nos autos que ele possui uma delicada situação de saúde, com diagnósticos de sepse abdominal, colecistite aguda e pancreatite aguda biliar.

Da mesma forma, outro condenado pelo atos antidemocráticos que já está cumprindo pena, Jorge Luiz dos Santos, também alegou que sofre de condições complicadas de saúde, como uma condição cardíaca que requer monitoramento e intervenção cirúrgica.

Metrópoles – Fábio Serapião

Opinião dos leitores

  1. Ninguém do 08/01 deveria ser julgado pelo STF. Rasgaram a Constituição e a OAB ficou em silêncio.

    1. Omissão e conivência. Uma vergonha está a Nação com os poderes ineptos. Vai ser preciso uma intervenção Internacional.

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Geral

Litoral da Grande Natal tem cinco pontos impróprios para o banho

Foto: Anadelly Fernandes

Cinco trechos de praias e rio estão impróprios para o banho na Grande Natal, segundo o novo boletim de balneabilidade emitido nesta sexta-feira (25) pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema).

O levantamento é realizado pelo programa Água Azul através da análise da quantidade de coliformes em amostras de água colhidas. O estudo segue resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

De acordo com o documento, estão impróprios para o banho os seguintes locais:

Foz do Rio Pirangi, em Nísia Floresta;
Rio Pirangi (Ponte Nova), em Parnamirim;
Rio Pirangi-Pium (Balneário Pium), em Parnamirim;
Praia de Areia Preta (Escadaria de Mãe Luíza), em Natal;
Praia de Pitangui (Avenida Pitangui), em Extremoz.

O restante dos pontos monitorados no estado, incluindo as praias de Ponta Negra, Via Costeira e Redinha (em Natal), Búzios e Pirambúzios (em Nísia Floresta), entre outros, está classificado como próprio para banho.

Coliformes

Locais considerados impróprios são aqueles que apresentam níveis elevados de coliformes fecais, indicando risco à saúde dos banhistas.

Os pesquisadores usam os resultados de cinco semanas consecutivas, para avaliar se a água está imprópria ou não.

Se dois ou mais desses resultados possuírem mais de mil coliformes fecais por 100 ml de água, a praia é classificada como imprópria. E se na análise mais recente houver mais de 2.500 coliformes fecais, com apenas esse resultado ela já passa a ser considerada imprópria.

g1-RN

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Geral

DF: Veja ameaças enviadas pela máfia da anestesia a médicos dissidentes

prints cartel dos anestesistasImagem: material cedido

Desvincular-se da máfia que comandava o setor de anestesia do Distrito Federal não era uma tarefa fácil para os médicos que desejavam fugir da organização que agia em desacordo com as normas de compliance. Os profissionais que tentavam estabelecer relações trabalhistas com hospitais desvinculados à Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas do DF (Coopanest-DF) eram alvo de ligações e mensagens intimidadoras.

Relatos de testemunhas denunciam que ouvir a proposta de uma unidade de saúde que não cooperava com o cartel significava declarar guerra ao esquema. Uma das vítimas foi denunciada na Polícia Civil do DF (PCDF) e no Hospital da Criança, onde trabalhava, após fazer plantão em um hospital com o qual um grupo filiado à Coopanest-DF havia desfeito contrato pouco tempo antes.

Prints de mensagens trocadas por meio de um aplicativo ilustram o cenário repleto de retaliações. A vítima ouviu de um colega que havia faltado com ética e seria denunciada aos órgãos competentes.

“Infelizmente, corre na cidade que você, deliberadamente, associou-se a essas pessoas, por espontânea vontade, incorrendo em falta ética pelo Código de Ética Médica do CFM; estão sendo feitas as devidas denúncias em todas as instâncias do Conselho Regional de Medicina, do Conselho Federal de Medicina, da Sociedade Brasileira de Anestesiologia, do Sindicato dos Médicos… Lamento, estão falando agora do caráter das pessoas que fazem essas escolhas.”

Em outra mensagem, o mesmo remetente, que não fez questão de esconder o rosto ao intimidar a profissional, informou que ela seria expulsa da cooperativa.

“Você está, neste momento, suspensa da Coopanest. Será iniciado processo de sua expulsão, caso se junte ao movimento da categoria contra os que querem tomar honorários médicos, que são valorizados, fruto do trabalho da cooperativa nos últimos 40 anos, simplesmente não dando mais plantão com o grupo fura-olho, de lá não se procede a expulsão.”

“Ainda dá tempo, deixem eles desesperados procurando gente, é pra não ter mesmo, é pra vir conversar com a gente, pra gente trabalhar sem ter que pagar nada… pra ser bom pra todo mundo… tá faltando anestesistas em Brasília, muitas oportunidades existem… (sic)”.

Em face da retaliação, os anestesistas pararam de atender no hospital boicotado e, por falta de anestesistas, as 40 cirurgias que comumente eram realizadas diariamente foram reduzidas para 10.

Imagens: material cedido

Perseguição

À época das ameaças, o esquema tinha como alvo um hospital particular da capital federal que rompeu com o grupo que monopolizava os serviços de anestesiologia na instituição. Por isso, ocorreram as ameaças veladas aos médicos que ousassem manter qualquer vínculo com a unidade.

Uma outra vítima foi alertada de que teria o seu imediato descredenciamento da Coopanest-DF, caso voltasse a dar plantões no hospital particular. Ela recebeu notificação de “abertura de processo de eliminação de cooperado”, o qual também era destinado aos outros três anestesistas que continuavam trabalhando no local.

Segundo o relato de um profissional, a notificação apresentava assinaturas que não permitiam identificar os signatários. Além do documento, o médico também recebeu mensagens em tom intimidador.

“Como ficou a negociação com o dono do hospital? Ele ofereceu algo? Ainda quer tirar dinheiro dos anestesistas. Nossa causa é legítima, você não está sendo honesto. Qual legado você está deixando para eles?”, disse, enviando uma foto dos filhos do anestesista.

Os prints apresentados na investigação policial revelam que as mensagens tinham sempre o mesmo emissor.

Em uma das conversas, um dos anestesistas ligados à cooperativa enviou mensagem ao filho do dono da unidade de saúde, afirmando que era melhor ele “convencer o velho, porque nós vamos fechar o hospital dele”. A frase sintetiza a ofensiva da chamada “máfia da anestesia” contra a autonomia do hospital e os médicos dissidentes.

Alguns relataram pressões envolvendo familiares e até insinuações de perseguição em outros vínculos empregatícios. Em um dos episódios, uma médica foi alertada de que seu filho recém-formado “não arrumaria emprego em Brasília”.

Operação Toque de Midaz

O caso se soma às apurações da Operação Toque de Midaz, deflagrada em abril pela Polícia Civil do DF e pelo Ministério Público. A ação teve como alvo os principais nomes da Coopanest-DF, suspeitos de integrar uma organização criminosa voltada ao cartel da anestesiologia na capital.

Segundo as investigações, o grupo impõe restrições a médicos independentes, fecha acordos exclusivos com operadoras de saúde e usa intimidação para manter domínio sobre os serviços em hospitais públicos e privados.

A cooperativa nega as acusações. Em nota, declarou que jamais praticou cartel ou qualquer ilegalidade e pontuou que atua com ética há mais de 40 anos. A defesa afirma ainda que irá comprovar a legalidade da atuação de seus diretores.

Metrópoles – Mirelle Pinheiro

Opinião dos leitores

    1. Mas nesse caso só deve ter “cidadãos de bem, conservadores, cristãos e patriotas “

    2. Parece que o imparcial é alienado do momento Brasil só pode !

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Geral

”Governo do PT é incompetente e o RN está abandonado”, diz Rogério Marinho em Seminário do Rota 22

Foto: divulgação

Durante o seminário que marcou o encerramento das oficinas do projeto Rota 22 nas regiões Alto e Médio Oeste do Rio Grande do Norte, o senador Rogério Marinho (PL) criticou duramente a situação do Estado sob a gestão petista, da governadora Fátima Bezerra, e denunciou o que chamou de “perseguição política” sofrida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Marinho também apresentou um projeto de integração para fortalecer o partido nos municípios.

O evento ocorreu durante a manhã deste sábado (26), no município de Pau dos Ferros. Em seu discurso, o senador afirmou que Bolsonaro foi vítima de uma campanha para afastá-lo da política. “Estamos diante da maior perseguição já feita a um líder popular no Brasil. Bolsonaro venceu o sistema em 2018 e, por isso, nunca foi perdoado pela velha política, pela grande mídia e por setores do Judiciário,” disparou.

Segundo Marinho, o ex-presidente representou o “sentimento de indignação” da população, rompendo com os esquemas tradicionais sem ter o apoio da imprensa ou de grandes empresários. “Apareceu um improvável, que falou a língua do povo e mudou o rumo do país,” resumiu.

Marinho também voltou suas críticas para a realidade do Rio Grande do Norte, citando a precariedade das estradas, da saúde pública e da educação. A situação mostra, para o senador, que Fátima não tem preparo para ser governadora. “Com todo respeito, a governadora não é mal-intencionada. Ela é apenas incompetente e equivocada. Nosso Estado está abandonado.”

O senador lamentou que, mesmo sendo professora, Fátima Bezerra deixe o Estado com a pior educação do país. “Estamos no último lugar em educação depois de sete anos de governo petista. Isso é inadmissível.”

Comparando o RN com estados vizinhos, Marinho apontou que a precariedade nas estradas é um marco negativo do estado. “Basta cruzar a divisa para a Paraíba ou para o Ceará para perceber a diferença. Aqui temos estradas destruídas, hospitais abandonados e uma administração sem rumo,” criticou.

O senador também condenou as ações econômicas do atual governo federal, apontando falta de responsabilidade fiscal e aumento do custo de vida.”Não se valoriza o salário mínimo na canetada, se valoriza preservando o poder de compra. O pobre não come em dólar, mas os alimentos são taxados em dólar,” afirmou, ironizando as políticas do presidente Lula.

No encerramento, Rogério Marinho lançou oficialmente um novo projeto de aproximação do PL com os municípios, utilizando um aplicativo para mapear ações e divulgar dados reais: “A melhor arma contra a mentira é a verdade e a informação”, declarou.

O evento contou com a presença do deputado estadual Carmelo Neto (PL-CE), o mais votado do Ceará nas eleições de 2022, com 118.603 votos. Ele enalteceu as ações do secretário-geral do PL, Rogério Marinho, para fazer o partido impactar vidas de brasileiros nos próximos anos.

Mais informações sobre o Projeto Rota 22 podem ser acessadas no site plrota22.com.br, no canal de WhatsApp do Rota 22 e nas redes sociais @pl22rn e @plnacional22.

Realizado pelo PL em parceria com o Instituto Álvaro Valle, sob liderança do ex-presidente Jair Bolsonaro e do senador Rogério Marinho, o Rota 22 promove oficinas e seminários em todas as regiões do Rio Grande do Norte com o objetivo de identificar demandas locais e fortalecer o compromisso do partido com a melhoria da qualidade de vida dos brasileiros.

Opinião dos leitores

  1. O RN é um caso sem solução, Rosália Ciarlini não resolveu os problemas do Rio Grande do Norte, Robinson Faria idem e, Fátima Bezerra tá acabando de destruir o que sobrou. Caso Rogério Marinho seja eleito, nada vai mudar, todos são muito parecidos um com o outro, ou seja, são tudo farinha azeda do mesmo saco.

    1. Petista posando de isentao.
      Para a esquerda comunista o objetivo é dizer que todos os políticos são iguais.
      Depois de 20 anos do PT transformando o Brasil numa Venezuela, o sujeito vem com papo que os outros não vão mudar nada.
      Fora Lula!
      Fora Fátima!
      Rogério Marinho Governador e Coronel Helio senador!!!
      O RN está um caos.

    2. Quem é Rosália? O RN já teve essa governadora? Por aí já se nota o seu grande conhecimento sobre política. 🫏🫏🫏

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Polícia

VÍDEO: Motorista tenta fugir de blitz da Lei Seca em Ponta Negra após ser flagrado usando droga

Uma blitz da Operação Lei Seca realizada na noite desta sexta-feira (25) no bairro de Ponta Negra, em Natal, terminou em confusão após um motorista tentar fugir da abordagem policial. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que o condutor é parado pelos agentes.

Nas imagens, o motorista inicialmente obedece ao comando de parada. No entanto, ao baixar o vidro, o agente percebe sinais de uso de entorpecente e questiona: “Fumando uma maconha de leve? Encoste aqui no cantinho”. Logo após, o condutor acelera o carro e tenta escapar da fiscalização.

A fuga, porém, durou pouco. Os policiais conseguiram parar o veículo e deter o motorista. De acordo com informações preliminares, ele foi conduzido à delegacia para os procedimentos cabíveis.

A Operação Lei Seca tem intensificado as fiscalizações em Natal, especialmente nos bairros com grande movimentação noturna, como parte dos esforços para coibir o consumo de álcool e drogas ao volante e garantir a segurança no trânsito.

Portal da Tropical

Opinião dos leitores

    1. ➡️DEU RUIM? FICA FRIO!!! ESSA É A CARTILHA QUE O PT TÁ QUERENDO PASSAR PARA OS NÓIAS.

    1. Que massa intelectual, esse cara de fato é ótimo, pintou sujeira corre para cartilha, a noia é um parangole muito doido.

  1. Será que esse não recebeu a cartilha de Luli? Deu ruim? Fica tranquilo que papai Luli, Tio Lewandowisk e Tio Xandão vão te ajudar! Afinal eles trabalharam duro para liberar as drogas pra sua turminha… Não é uma blitz, que irá impedir os meninos de curtirem, né? Se os policiais prenderem, Xandão irá entrar em cena para condenar os policiar por 18 anos com a justificativa que estão atrapalhando os seus amigos de lucrarem… Brasil está pelo avesso! Faz o L….

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