Foto: Thomas Peter/Reuters (3.fev.2021)
A China questionou nesta segunda-feira (19) o propósito de uma segunda fase de estudos coordenada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para investigar as origens do coronavírus no país.
As autoridades chinesas afirmaram que a missão é “inconsistente com a posição da China e muitos outro países”, já que a OMS criticou uma suposta falta de transparência das autoridades em relação aos esforços de rastreabilidade do SARS-COV-2, o vírus causador da Covid-19.
Em uma coletiva de imprensa, Zhao Lijian, representante do Ministério de Relações Exteriores da China, afirmou que a OMS já atingiu uma “conclusão clara” sobre as origens do vírus, e que os indicativos reunidos até então fazem um “vazamento pelo laboratório ser extremamente improvável”. Além disso, o país ressaltou que “alguns países” têm “politizado” o assunto.
“A rastreabilidade é um assunto científico sério, e deve ser conduzido em colaboração com cientistas ao redor do mundo. Nós estamos preocupados com a politização atual desse tema em alguns países. É esperado que a OMS tenha o espírito científico, profissionalismo e objetividade, e trabalhe com a comunidade internacional para manter um rigor científico e seriedade em relação à rastreabilidade, em um trabalho conjunto para manter uma atmosfera colaborativa contra epidemias”, declarou o porta-voz.
Em maio deste ano, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deu 90 dias para que os serviços de inteligência do país produzam, com “esforço redobrado”, um novo relatório sobre as origens do coronavírus – medida considerada “manipulação política” e “desrespeito à ciência” pela China.
O argumento americano é de que os dados atuais são insuficientes para determinar se o vírus veio da natureza ou escapou, acidentalmente, do Wuhan Institute of Virology (WIV), laboratório que trabalha com engenharia genética de diferentes coronavírus e que fica a poucos quilômetros do mercado ligado ao primeiro surto da Covid, que aconteceu no fim de 2019.
Os novos planos da OMS incluem auditar os laboratórios e os mercados em Wuhan, e a organização pediu por transparência das autoridades. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, divulgou o plano aos estados-membros dizendo que as investigações têm sido dificultadas pela falta de dados brutos sobre os primeiros dias de disseminação da Covid-19 na China.
A segunda fase dos estudos incluirá estudos de humanos, vida selvagem e mercados de animais em Wuhan, incluindo no Mercado de Frutos do Mar de Huanan, afirmou Tedros em posicionamento divulgado.
CNN Brasil
Essa porcaria de país vai continuar dando cavalo de pau no mundo até quando?