A Escola Estadual Atheneu Norte-Riograndense, um patrimônio histórico e arquitetônico de Natal, está – aos poucos – caindo aos pedaços. Com graves problemas estruturais, a escola, que já foi berço para inúmeros políticos e intelectuais do Rio Grande do Norte, sofre com infiltrações e problemas elétricos. O descaso compromete, inclusive, com a proteção da própria história da instituição. Segundo funcionários, em razão dos problemas estruturais, o arquivo está sendo consumido pelo mofo e a alta umidade do local. Com isso, toda a documentação escolar da década de 1960 está ameaçada; incluindo o histórico escolar de alunos ilustres, como o Ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, e da ex-governadora Wilma de Faria.
O prédio, que, atualmente, está em processo de tombamento pela Fundação Capitania das Artes (Funcarte), não passa por uma reforma na sua estrutura há décadas. Desde setembro de 2009, a direção da escola pede providências da Secretaria Estadual de Educação (SEEC). No entanto, desde então, o Atheneu espera por uma licitação para um projeto de reforma e ampliação.
Histórico
O Colégio Ateneu Norte-Riograndense foi fundado em Natal, no dia 03 de fevereiro de 1834, num local onde hoje existe um estacionamento na Rua Junqueira Ayres, Cidade Alta. É considerada, inclusive, uma das mais antigas instituições públicas de ensino em atividade no Brasil. Após estudos e projetos aprovados pelo Ministério da Educação, no início da década de 1950, foi iniciada a construção do prédio em formato de “X”, na Rua Campos Sales, em Petrópolis, bairro de classe média alta da cidade do Natal. A escola foi inaugurada em 11 de março de 1954 e conta hoje com 1.600 alunos, divididos em três turnos.
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