Política

O Golpe Militar no RN: quem aderiu, quem resistiu e as consequências políticas

POR BRUNO BARRETO

A madrugada que separou os dias 31 de março e 1º de abril de 1964 foi marcada pela ruptura do Estado Democrático de Direito no Brasil levando o país a 21 anos de ditadura militar.

Tudo isso há exatamente 55 anos.

Entre historiadores renomados é unanime que foi um Golpe de Estado com direito a tanques nas ruas, inclusive.

No Rio Grande do Norte os efeitos da ruptura com a democracia foram sentidos de forma imediata. O Estado vinha de uma eleição acirrada e marcada pelo radicalismo em 1960 quando Aluízio Alves, após romper com Dinarte Mariz, derrotou Djalma Marinho e se tornou governador do Estado.

Aluízio deu apoio ao golpe e foi um aliado de primeira hora dos militares.

O prefeito de Natal era Djalma Maranhão, político abertamente de esquerda que atuava como terceira via entre as oligarquias comandadas por Aluízio e Dinarte. Djalma possui fortes divergências públicas com Aluízio.

Maranhão entraria para história também por ter feito a campanha de alfabetização “Pé no Chão Também se Aprende a Ler”, baseada nos métodos do pedagogo Paulo Freire.

Com deflagração do golpe, ele faria da Prefeitura de Natal o principal foco de resistência no Rio Grande do Norte. O Palácio Felipe Camarão se tornaria o “QG da Legalidade e da Resistência”. No entanto, o entorno de Maranhã era frágil por se limitar a lideranças sindicais, estudantes e assessores.

Enquanto isso, Aluízio publicava na Tribuna do Norte uma nota em que pedia ao povo potiguar para se conservar calmo evitando manifestações que aprofundem divisões.

Apesar do discurso apaziguador caberia ao governador encaminhar as primeiras ações de repressão política no Rio Grande do Norte perseguindo lideranças sindicais e políticos adversários.

Djalma foi deposto do cargo em 2 de abril de 1964 quando tropa militares invadiram o Palácio Felipe Camarão e o prenderam enviando para o 16º Regimento de Infantaria, o conhecido 16 RI. Os militares ainda propuseram que ele renunciasse ao mandato conquistado nas urnas em 1962, mas o prefeito preferiu resistir.

Mas não seria Maranhão o primeiro preso político do novo regime. Durante as negociações para tirar o prefeito do poder o líder sindical Evlim Medeiros (Sindicato da Construção Civil de Natal) seria preso após ser reconhecido por um oficial do exército sendo levado para o 16 RI antes do desfecho que culminou com a prisão do líder da resistência ao golpe no RN.

Após ser posto em liberdade, Djalma Maranhão se exilou em Montevidéu onde morreu em 30 de julho de 1971, segundo seu companheiro de exílio Darcy Ribeiro, a causa teria sido saudade.

Aluízio que comandava as perseguições logo seria convertido de vilão a vítima.

Os dias seguintes ao Golpe seriam marcados no Rio Grande do Norte pelo fechamento de sindicatos e prisões de lideranças políticas.

Enquanto isso, o golpe reunia formalmente ferrenhos adversários. Aluízio e Dinarte estaria alinhados dentro do sistema governista e fundariam juntos a Arena no Rio Grande do Norte em 1965 embora a convivência não fosse boa.

Mossoró no contexto do Golpe

Na época do Golpe Militar Mossoró era administrada por Raimundo Soares, aliado da família Rosado, que comandava a política local.

Os principais líderes políticos da cidade, Vingt e Dix-huit Rosado, logo aderiram ao regime e fariam parte das articulações alinhados à liderança de Dinarte Mariz.

Em Mossoró não há muitos estudos sobre o que aconteceu na cidade na madrugada entre 31 de março e 1° de abril.

O único político mossoroense a organizar alguma forma de resistência foi o deputado estadual eleito em 1958 Cesário Clementino que fora líder sindical dos ferroviários. Em 1964 ele era suplente, mas teve esta condição política cassada pelo regime.

O período militar foi de hegemonia rosadista e de disputas pelo comando do Palácio da Resistência. A única quebra dessa sequência aconteceu em 1968 quando o ex-aliado dos Rosados Antônio Rodrigues de Carvalho derrotou Vingt-un por 98 votos.

O relatório Veras

Nos primeiros dias pós-Golpe, Aluízio Alves mandou buscar em Recife os delegados da Polícia Federal José Domingos da Silva e Carlos Moura de Moraes Veras que produziriam o “Relatório Veras” identificando os “subversivos” do Estado.

Eles produziram um trabalho de 67 páginas em que apontaram cujos alvos preferidos eram servidores da rede ferroviária, da Prefeitura de Natal, estudantes, artistas e sindicalistas.

Na lista constam o professor Moacyr de Góes, o médico Vulpiano Cavalcanti, o jornalista Ubirajara de Macedo e o pastor José Fernandes Machado. Além de, claro, Dajalma Maranhão.

No mesmo período, Aluízio Alves efetuou a demissão de 82 servidores públicos estaduais acusados de “subversão”.

A política no RN durante a Ditadura Militar

Nos primeiros dias pós-Golpe o processo de união das oligarquias Alves e Mariz se deu no campo formal com os dois grupos organizando a Aliança Renovadora Nacional (ARENA).

No campo político o confronto entre os dois continuava ainda que estivessem alinhados com o regime. Apoiado por Aluízio, Walfredo Gurgel foi eleito governador derrotando Dinarte. O troco foi dado no ano seguinte quando Dinarte conseguiu vetar a candidatura de Aluízio ao Senado. Foi feito um acordo entre a Arena Verde e a Arena Vermelha que fez do mossoroense Duarte Filho senador. Isso não garantiu a pacificação do partido.

Estava claro que a força eleitoral de Alves não seria forte o suficiente diante de Mariz no plano nacional. Isso se materializou em 1969 quando uma articulação de Dinarte Mariz junto ao presidente Costa e Silva resultou na cassação do mandato dos direitos políticos de Aluízio Alves que ficaria dez anos impedido de candidatar-se.

Isso definiria os rumos da política potiguar nos anos seguintes com Aluízio se alinhando ao MDB e lançado o filho Henrique Alves e o sobrinho Garibaldi Alves Filho na política.

A partir de 1970, os governadores de todo o Brasil passariam a ser escolhidos de forma indireta e com influência dos ditadores de plantão. Nas escolhas de 1970, 74 e 78, mesmo no ostracismo Aluízio mantinha a popularidade e consultado em todas as definições dos governadores.

Assim, foram escolhidos governadores pela ordem: Cortez Pereira, Tarcísio Maia e Lavoisier Maia. Nas três disputas o mossoroense Dix-huit Rosado tentou sem sucesso se tornar governador do Estado, mas sempre fora preterido.

A escolha mais dramática aconteceu em 1974 quando estava tudo acertado para que o empresário Osmundo Faria (pai do ex-governador Robinson Faria) seria anunciado e na madrugada do dia que seria feito o anúncio, o padrinho político da escolha, o general Dale Coutinho sofreu um infarto e morreu. A fatalidade zerou as articulações levando Tarcísio Maia a ser escolhido.

Paz pública

Na eleição de 1978 foi forjada a primeira aliança entre as oligarquias Alves e Maia por meio da paz pública quando Aluízio Alves e Tarcísio Maia se juntaram em torno da candidatura ao Senado de Jessé Freire, da Arena. Aluízio chegou a indicar nomes no Governo de Lavoisier Maia.

A tal paz se desfez com o processo eleitoral de 1982 quando os estados voltaram a eleger seus governadores. Aluízio seria derrotado por 106 mil votos de diferença para o jovem ex-prefeito de Natal José Agripino.

Os perseguidos políticos e desaparecidos no RN

Após os primeiros dias do regime como já citado nesta reportagem a repressão voltou a se intensificar no Estado a partir do Ato Institucional número 5.

Em 1968, foram presos os estudantes Ivaldo Cartano, José Bezerra Marinho e Jaime de Araújo Sobrinho. O padre marista Emanuel Bezerra.

Gileno Guanabara também foi preso.

Um dos primeiros potiguares assassinados pela repressão foi Emmanuel Bezerra dos Santos, líder estudantil e liderança do Partido Comunista Revolucionário (PCR).

No Governo Médice, a repressão ainda foi mais intensa.

Um dos casos mais marcantes envolveu o casal mossoronse Luiz Alves e Anatália de Melo Alves. Ele foi preso e torturado, inclusive ouvindo gemidos de dor enquanto sua esposa também era seviciada.

Ela não resistiu e morreu em 22 de janeiro de 1972 após sessão de tortura em Recife se tornando uma mártir da resistência ao regime no Rio Grande do Norte. Os militares tentaram abafar o caso por meio de censura, mas os testemunhos de outros presos ajudaram a provar que ela foi executada por torturadores.

Em 17 de janeiro de 1973, outro potiguar atingindo pelo regime foi José Silton Pinheiro dos Santos foi outro potiguar assassinado pelo regime. Ele era estudante de pedagogia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e membro do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR).

Sequestro

Um dos momentos mais tensos da ditadura militar foi quando os grupos de esquerda que aderiram a lutar MR8 e ALN sequestraram o embaixador americano Burker Ellbrick em 4 de setembro de 1969.

A ação contou com a participação do potiguar Virgílio Gomes da ALN que seria morto após espancamento por parte de membros da Operação Bandeirantes em 29 de setembro daquele mesmo ano.

Vítima do “Cabo Anselmo”

Uma das figuras mais controversas da ditadura militar foi José Anselmo dos Santos, conhecido como “Cabo Anselmo” que se infiltrou dentro das organizações paramilitares de esquerda como a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR).

Neste agrupamento ele encontrou o potiguar Edson Neves Quaresma que foi assassinado após delação do “Cabo Anselmo”.

Blog do Barreto

Opinião dos leitores

  1. Muito boa a matéria, faltou citar uma fato entre a eleição de Cortez Pereira e a Paz Pública entre esses dois fatos teve a grande traição de Aluízio a Cortez Pereira

  2. Achei excelente a reportagem. Porque já não era de hoje que desconfiava. E agora tudo faz sentido. Coronelismo!

  3. Kkkk "houve excessos"…
    Isso porque não foi você , a esposa ou algum familiar de quem defende essas atrocidades.
    Jamais podemos aceitar que um governo tenha feito ou faça tal terror numa nação, pois o país deve cuidar do seu povo e não usar essa prerrogativa pra torturar e matar.

    1. Q terror q nadador!! O q está acontecendo no país é muito pior do q o tal golpe. Corrupção,, desmandos,insegurança desmedida, tragédias em decorrência da roubalheira, 60 mil pessoas assassinadas por ano,a população carece de saúde, educação etc, etc…isso é aí? Ora,ora pois

  4. Quantos desses revolucionários que sobreviveram não estão na cadeia condenados por corrupção… desvio de verbas públicas ou são acusados? Resposta: os que seguiram na vida normal e não continuaram militando na política. Reflitam!

  5. Aluizio Alves e conhecido por ser o mais perseguidor do estado. deixou sequelas em muitas familias tranferindo gente de um lugar para outro e fazendo um rosario de maldades que agora ta chegando ap fim com a prisao de um de seus filhos e a aposentadoria do sonso do Garibaldi restou Walter mas sera defenestrado nas proximas eleicoes pois carlos eduardo esta morto politicamente

  6. Resumindo, era o regime militar ou a ditadura do proletariado. Certamente houve excessos, mas, graças aos militares, não viramos uma Cuba ou Venezuela. Essa conversinha que a esquerda era só paz e amor não engana mais a ninguém.

    1. Se é regime ou Ditadura, o nome tanto faz…
      Infelizmente, no mês das mulheres lembramos da época em que elas foram torturadas na frente de suas crianças ou enquanto grávidas.

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Geral

G-7 denuncia falta de legitimidade em posse de Nicolás Maduro na Venezuela

Foto: Cristian Hernandez/AP

Os ministros de relações exteriores dos países integrantes do G-7 (Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos) assinaram uma nota conjunta denunciando falta de legitimidade na posse de Nicolás Maduro como presidente da Venezuela.

“Rejeitamos a contínua e repressiva pressão de Maduro sobre o poder às custas do povo venezuelano, que votou pela mudança pacificamente e em grande número em 28 de julho de 2024, de acordo com observadores independentes e registros eleitorais disponíveis publicamente”, diz o texto.

Além disso, o G-7 condenou a repressão contra membros de partidos contrários ao governo Maduro, citando a líder da oposição, María Corina Machado. A nota afirma ainda que Edmundo González Urrutia recebeu uma “maioria de votos significativa, de acordo com relatos confiáveis”, e foi forçado a sair do país após a eleição.

O ditador venezuelano tomou posse na última sexta-feira, 10, para um mandato de seis anos em uma cerimônia esvaziada de chefes de Estado e governo, expondo seu isolamento político. O Brasil enviou a embaixadora Glivânia Maria de Oliveira para a cerimônia. Outros países de esquerda da região, como o México e a Colômbia, também enviaram embaixadores. O Chile não enviou ninguém.

Maduro diz ter vencido as eleições de julho, em meio a denúncias de fraude. Atas de colégios eleitorais reunidas pela oposição e verificadas por centros de monitoramento e por órgãos de imprensa internacional indicaram a vitória de González por ampla margem.

Na nota conjunta, os chanceleres de Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos, além do alto representante da União Europeia, reforçaram o compromisso de trabalhar com os cidadãos venezuelanos e a comunidade internacional para assegurar a democracia do país da América Latina, como expressada na eleição de julho de 2024, com uma transição de poder pacífica.

Um dia antes da posse de Maduro, a líder opositora da Venezuela, María Corina Machado, foi detida após ser interceptada ao deixar o protesto em Caracas contra o ditador. O Comando Nacional da Venezuela, que havia inicialmente anunciado a interceptação, afirmou que Corina Machado foi liberada após algumas horas. O regime chavista negou a denúncia.

Diante das críticas, os governos dos Estados Unidos e do Reino Unido ampliaram a pressão e aplicaram novas sanções contra a ditadura de Nicolás Maduro. Os americanos incluíram oito lideranças do regime na sua lista de congelamento de ativos e proibição de viagens. O presidente Joe Biden também aumentou a recompensa pela captura de Maduro de US$ 15 milhões para US$ 25 milhões. Os britânicos, por sua vez, anunciaram sanções contra 15 funcionários de alto escalão do regime venezuelano, o qual chamou de “fraudulento”.

Estadão Conteúdo

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Turismo

Latam anuncia suspensão da rota Rio de Janeiro-Natal a partir de março deste ano

Foto: LATAM/Divulgação

A LATAM Airlines anunciou a suspensão da rota entre os aeroportos do Galeão (Rio de Janeiro) e o Aeroporto de Natal a partir de 30 de março de 2025. Segundo a companhia, a interrupção ocorre devido a necessidades operacionais e não tem prazo definido para retomada.

Ainda segundo a LATAM, também foi suspensa a rota entre o Galeão (RJ) e o Aeroporto Internacional de São Luís (Maranhão).

Segundo a companhia, como alternativa de viagem para os passageiros afetados por esta suspensão, o agente de viagens pode oferecer a mudança da conexão de acordo com o seguinte:

  • Galeão (GIG) – Natal (NAT): proteção em voos Latam com conexão em Guarulhos (GRU), Congonhas (CGH) ou Brasília (BSB).

Essa é a segunda suspensão de voo para o Rio Grande do Norte em menos de uma semana. Na última quarta-feira (8), a Azul Linhas Aéreas comunicou que os voos para o Aeroporto de Mossoró, na Região Oeste do RN, seriam suspensos a partir do dia 10 de março.

Com informações de Ponta Negra News

Opinião dos leitores

  1. RN e Maranhão.
    Dois Estados a muito tempo administrado por petista, esquerdistas.
    O resultado é esse aí.
    Sem falar que depois dessas festas e férias de verão, vai ficar tudo muito difícil.
    Não vou nem falar no olho gordo da receita em cima de quem movimenta 5. Mil por mês.
    As transações continua sem novas tarifas, sem novos impostos, mas o Leão vai uivar, a geripoca vai piar e o bambu vai gemer pro caba ter que se explicar o porque ganha um salário mínimo e movimentou mais de cinco mil reais no mês.
    Tenho pena de feirantes aposentado com um salário mínimo e ter que pagar um imposto porque vende galinha, peixe na feira por exemplo.
    E a turma dos bicos, que faz um extra pra complementar a renda?
    Faz o L.
    Faz o L.
    Faz o L.

  2. O RN vai ser incorporado a PB, a capital vai ser João Pessoa, esse é o caminho da carruagem.

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Esporte

ABC sofre gol no fim e empata com o Laguna na estreia pelo Campeonato Potiguar 2025

Foto: Ricardo Oliveira

O ABC ficou no empate com o Laguna na estreia das duas equipes no Campeonato Potiguar 2025, em partida realizado no Frasqueirão, na tarde deste domingo (12).

O time alvinegro abriu o placar com Madison no início do segundo tempo, mas o Laguna conseguiu empatar o jogo nos acréscimos, em gol marcado por Breno.

Outros resultados da primeira rodada:

Santa Cruz de Natal 0 x 2 Potiguar de Mossoró
América 5 x 0 Baraúnas
Globo 2 x 1 Força e Luz

Na segunda rodada o ABC vai enfrentar o Potiguar de Mossoró. A partida, que tem o time mossoroense como mandante, acontecerá na Arena das Dunas, na quarta-feira (15), às 20h.

Opinião dos leitores

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Geral

Morre Genival Gomes Trigueiro, aos 90 anos

Faleceu neste domingo (12), o empresário Genival Gomes Trigueiro, aos 90 anos.

Seu Trigueiro, como era conhecido, marcou época em Natal com loja Trigueiro Rodas.

Ficam nossos sentimentos a todos os familiares e um abraço especial a Paulinho e Marco Trigueiro, do Notícias no Face.

Opinião dos leitores

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Educação

MEC divulga notas do Enem 2024 nesta segunda (13)

Foto: Bruna Araújo/MEC

O MEC (Ministério da Educação) divulga nesta segunda-feira (13) as notas dos candidatos no Enem. Com o resultado, os participantes podem concorrer às vagas das principais universidades do país.

As notas serão disponibilizadas na página do participante e são acessadas com login e senha.

O edital não especifica o horário em que o resultado será liberado, mas, em geral, a divulgação ocorre no período da manhã.

Os candidatos terão acesso aos resultados das provas objetivas e da redação do Enem.

Com o resultado em mãos, os participantes podem disputar vagas em instituições públicas de ensino superior por meio do Sisu (Sistema de Seleção Unificada), obter bolsas de estudo pelo Prouni (Programa Universidade para Todos) ou financiamento pelo Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) em cursos de faculdade particulares.

As inscrições para o Sisu 2025 começam já na sexta-feira (17) e seguem até 21 de janeiro. Nesse período, com a nota do Enem o candidato pode selecionar duas opções de curso para concorrer.

O Enem 2024 aconteceu nos dias 3 e 10 de novembro. No primeiro domingo, além das 45 questões de linguagens (40 de português e 5 de língua estrangeira) e 45 de ciências humanas, os candidatos fizeram também a redação, cujo tema foi “Desafios para a valorização da herança africana no Brasil”.

O texto da redação é corrigido a partir de cinco competências, com valor de 200 pontos cada uma: o domínio do português, compreensão do tema e aplicação de conceitos, articulação de informações, coesão e proposta de intervenção.

Neste ano, o exame recebeu 4,32 milhões de inscrições —um aumento de 9,95% em relação à edição passada.

Cronograma do Sisu

  • Inscrições: 17 a 21 de janeiro
  • Resultados da 1° chamada: 26 de janeiro
  • Matrículas: 27 a 31 de janeiro
  • Manifestação de interesse na lista de espera: 26 a 31 de janeiro

Folhapress

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Clima

Inmet emite alerta de chuvas intensas para todo o RN

Imagem: reprodução

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu, na manhã deste domingo (12), um alerta amarelo de perigo potencial de chuvas intensas para todas as regiões do Rio Grande do Norte.

O aviso, iniciado às 10h35 da manhã deste domingo, é válido até 10h da manhã da segunda-feira (13). Segundo o alerta, as chuvas que podem variar entre 20 e 30 mm/h ou até 50 mm/dia, além de ventos fortes entre 40 e 60 km/h.

O Inmet alerta também para riscos como corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e descargas elétricas. Além disso, há baixo risco de outros danos, mas a orientação é redobrar a atenção e tomar precauções.

Ponta Negra News

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Geral

Dino dá 30 dias para governo federal definir regras para instituições de ensino prestarem contas sobre uso de emendas

Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu 30 dias para o governo federal criar normas de transparência e a rastreabilidade na aplicação de emendas parlamentares direcionadas às instituições de ensino superior e suas respectivas fundações de apoio.

No despacho, o ministro determina que o Ministério da Educação (MEC), a Controladoria Geral da União (CGU), a Advocacia-Geral da União (AGU) e estados providenciem normas e/ou orientações para que haja aplicação e prestação de contas pelas Instituições de Ensino Superior e suas respectivas Fundações de Apoio.

“Há relatos nos autos de que tais Fundações, por intermédio de contratações de ONGs sem critérios objetivos, têm servido como instrumentos para repasses de valores provenientes de emendas parlamentares”, pontuou o ministro.

No dia 3 de janeiro, o ministro Flávio Dino suspendeu repasses de emendas parlamentares para 13 ONGs, oito delas ligadas a universidades públicas. A decisão foi tomada após a CGU constatar que as organizações não fornecem “transparência adequada ou não divulgam informações”.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. CARTAS MARCADAS, QUEM FEZ DINO MINISTRO DO GOVERNO, LULA CLARO, QUEM INDICOU DINO MINISTRO DO STF, LULA CLARO!!!!

    1. Kkkkkk esse não coloca ordem nem no pior bereu, apoiar esse canalha, é no mínimo ser semelhante a ele. Essa quadrilha é toda podre.

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Jornalismo

Globo faz fake News sobre X/Twitter, recebe checagem da própria rede social, admite o erro e se retrata

Imagem: reprodução/X

A GloboNews foi alvo de checagem no próprio X/Twitter após o jornalista Octávio Guedes emitir uma declaração falsa (fake news) durante a programação ao vivo. Guedes afirmou que o programa de ‘Notas da Comunidade’ da rede social seria restrito a usuários verificados e pagantes, assegurando que o recurso não seria representativo de uma ‘comunidade’.

“No X, só pode dar nota quem é verificado, e você tem que pagar por isso. Então, não é bem comunidade. É de pagantes, de assinantes. A nota da comunidade não substitui a checagem dos fatos. Ponto”, declarou o jornalista.

A afirmação, no entanto, foi desmentida pouco tempo depois, quando publicações da GloboNews foram corrigidas diretamente pela ferramenta de Notas da Comunidade. A rede social notificou os usuários e, em sustentação, o núcleo firmou que a emissora havia disseminado uma desinformação e apresentou os critérios corretos de atuação do recurso.


De acordo com a nota exibida na plataforma, o sistema de Notas da Comunidade é aberto a todos os usuários que atendam aos critérios de elegibilidade da plataforma, independentemente de serem verificados ou pagantes. Os colaboradores inscritos no programa podem avaliar e contribuir para notas que são publicadas apenas quando aprovadas por pessoas de diferentes perspectivas.

Diante da repercussão e da checagem pública, a GloboNews foi pressionada a se retratar, exibindo uma errata durante em sua conta oficial. “Errata! Ao contrário do que disse no meu comentário sobre as diferenças entre nota de comunidade e o sistema de checagem de fatos, as notas no X são abertas a todos os usuários da rede, independentemente de serem verificados ou não, de pagarem ou não. Basta atender aos critérios de elegibilidade da plataforma para se inscrever no programa e contribuir com o processo de avaliação”, diz o texto.

Conexão Política

Opinião dos leitores

  1. A questão principal eh que os meios de comunicação tradicionais são regidos por legislação que prevê casos de direito de resposta, indenização e responsabilidade civil. Já as redes sociais querem somente lucrar sem ter qualquer outra responsabilidade social, civil e criminal mesmo tendo lucros enormes impulsionados justamente por casos até de crimes que são cometidos com o uso dessas redes! Só mesmo idiotas ou algo do tipo pra não entender que assim como a medicina, a advocacia, a TV, o rádio, as redes sociais também tem que ser regulamentadas.

    1. Esse Dedé Gournonn é uma onda de fossa, cada vez que levanta sob m……,vc anda lendo o que o MITO escreve e diz meu bem? Vc sabe o que é idiota? E qual é a razão do tiozao? Vc quer pegar nele onde, isso é inveja, pois nao acredito que vc admire nada a que o nine se ligue, inclusive a grobo, ultimamente, os seus comentaristas, estão mudando de opinião, ele é tão honesto, meu deus, pena que sua aprovação está descendo pelo fundo.

    1. Tem, assim como tem idiota que acredita nas postagens do Tiozão bolsonarista, não só acredita, repassa.

    2. Com certeza! Todos os Jumêncios adoradores do padrão nine e respectiva quadrilha que se apossaram do nosso país, acreditam em cada palavra da imprensa canhota.

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Geral

Opositora de Maduro, María Corina Machado agradece Donald Trump por “apoio inabalável”

Foto: EFE/Ronald Peña

A líder da oposição da Venezuela, Maria Corina Machado, agradeceu o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, pelo que definiu como “apoio inabalável”.

“Presidente Trump, seu apoio inabalável à luta da Venezuela pela democracia é profundamente valorizado. Com coragem extraordinária, o povo venezuelano desafiou consistentemente o medo e a repressão brutal, permanecendo unido para rejeitar um regime criminoso desesperado para se agarrar ao poder e fugir da justiça”, disse ela em uma publicação na rede social X.

A opositora acrescentou que a preocupação oportuna e decisiva do republicano com a segurança dela foi “um ponto de virada”.

Ainda na publicação, Maria Corina afirmou que Nicolás Maduro, que assumiu o terceiro mandato na sexta-feira (10), e os aliados dele vão fracassar e que o povo venezuelano está decidido na “busca pela liberdade e pela dignidade”.

“Sob o presidente eleito Edmundo González, a Venezuela crescerá mais forte, mais livre e mais unida do que nunca, tornando-se um farol de estabilidade e força para as Américas”, disse ela.

Maduro tomou posse em meio a um cenário de turbulência política, no qual enfrenta contestações sobre resultado da eleição realizada em julho do ano passado e acusações de violência contra opositores.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. Tá mais que na hora dos EUA por fim a essa tragédia na Venezuela.
    Invade com as forças armadas e empossa o presidente eleito.
    Os ditadores envia para Guantánamo.

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Geral

Brasil é 80º em ranking global de Estado de Direito; índice avalia corrupção, direitos fundamentais e justiça

Bandeira do Brasil na Praça dos Três Poderes | Foto: Lula Marques

O Brasil ocupa a 80ª posição no ranking global de Estado de Direito entre 142 países, de acordo com o Rule of Law Index (Índice de Estado de Direito), publicado pelo WJP (World Justice Project), uma organização independente.

O levantamento define o Estado de Direito como “um sistema duradouro de leis, instituições, normas e compromissos comunitários que promove 4 princípios universais: responsabilização, uma legislação justa, um governo transparente e uma justiça acessível e imparcial”.

A classificação de cada país é calculada com base em 8 fatores principais: restrições aos poderes do governo, ausência de corrupção, governo aberto, direitos fundamentais, ordem e segurança, aplicação de regulamentações, justiça civil e justiça criminal.

O relatório utiliza 2 métodos principais para medir o desempenho de cada nação:

  • pesquisas com a população local – para compreender a percepção pública sobre o Estado de Direito.
  • opinião de especialistas – análise técnica conduzida por profissionais da área.

Na edição de 2024, a Dinamarca lidera o ranking, seguida por Noruega (2º), Finlândia (3º), Suécia (4º) e Alemanha (5º). Os 5 primeiros colocados permanecem inalterados em relação a 2023.

Na outra extremidade da lista, Venezuela ocupa a última posição (142º), antecedida por Camboja (141º), Afeganistão (140º), Haiti (139º) e Mianmar (138º).

Entre os maiores retrocessos no estado de Direito no último ano estão Mianmar, El Salvador e Nicarágua. Por outro lado, os países que mais avançaram foram Polônia, Vietnã e Sri Lanka.

Poder 360

Opinião dos leitores

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