Do Globo:
O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu está sendo acusado por dois empresários de tráfico de influência em favor da Delta Construções, a empreiteira que mais recebeu recursos de obras do governo federal em 2010. José Augusto Quintella Freire e Romênio Marcelino Machado disseram à revista “Veja”, na edição desta semana, que Dirceu foi contratado para aproximar o presidente do Conselho de Administração da empresa, Fernando Cavendish, de pessoas influentes do PT. Os líderes da oposição no Senado querem ouvir Cavendish, Freire e Machado, para que ele falem sobre o suposto tráfico de influência de José Dirceu.
Freire e Machado eram donos da Sigma Engenharia, comprada pela Delta em 2008. Durante as negociações de fusão, houve um desentendimento entre eles e Cavendish. Os dois empresários afirmam que o presidente do Conselho de Administração da Delta não pagou o valor combinado pelo negócio. O caso está hoje em disputa na Justiça.
Ainda nas palavras de Freire e Machado à “Veja”, Cavendish contratou a JD Assessoria e Consultoria, de Dirceu, por meio da Sigma para encobrir a relação. Machado afirmou que, quando recebeu as notas fiscais da consultoria prestada pela empresa do ex-ministro, decidiu não pagá-las porque não sabia do que se tratava. Mas depois o pagamento, no valor de R$ 20 mil, acabou sendo feito por ordem de Cavendish. Oficialmente, a JD foi contratada para ampliar a participação da Delta em negócios no Mercosul. Mas Machado afirmou que o verdadeiro trabalho da consultoria do ex-ministro era “tráfico de influência, aproximar o Fernando Cavendish de pessoas influentes do governo do PT”.
A reportagem afirma ainda que Cavendish teria dito que, “com alguns milhões, seria possível comprar um senador” para conseguir um bom contrato com o governo.
Para a “Veja”, a Delta informou que, quando a Sigma foi comprada, o contrato com a empresa de Dirceu já havia sido feito, e o grupo só manteve o compromisso, que depois foi rescindido, porque a promessa de ampliar os negócios no Mercosul não tinha sido cumprida. Freire nega e disse que nunca viu o ex-ministro.
De acordo com reportagem publicada ontem pelo GLOBO, a Delta recebeu R$ 758,2 milhões por obras federais no ano passado, o maior valor entre todas as construtoras do país. O crescimento da empresa tem chamado a atenção do mercado.
Procurada ontem pelo GLOBO, a assessoria de imprensa da Delta não retornou a ligação. Dirceu também foi procurado por meio de sua assessoria, que também não respondeu. Em seu blog, o ex-ministro negou que o crescimento da Delta tenha relação com o trabalho de consultoria que prestou para a empresa. “Meu contrato com a Delta, de R$ 20 mil, durou quatro meses e foi como os demais do mercado, firmados por qualquer consultoria com seus clientes. Prestei um serviço profissional. Portanto, é pura má-fé atribuir a alta no faturamento da Delta ao meu trabalho de quatro meses, quando o setor em que ela atua se expandiu muito nos últimos anos”, escreveu o ex-ministro.
Dirceu promete ir à Justiça.
É muito pior do que se imagina. A praga das "consultorias de petistas" está chegando com força nos municípios. Na prefeitura petista de Maricá, Zé Dirceu botou dois braços: MARCELO SERENO e MARIA HELENA ALVES OLIVEIRA, que já “trabalhou” com LINDBERGH FARIAS, em Nova Iguaçu. Os dois secretários têm CONSULTORIAS no ramo: ele é secretário de Indústria, Petróleo e Comércio; ela, secretária de fazenda, e interina em mais 4 secretarias estratégicas. Quaquá, o prefeito, tem 5 pedidos de CPIs, e dez processos no MP, por diversos motivos. Maria Helena veio de Manaus, onde é processada pelo vereador Marcelo Ramos, por direcionar licitações em favor da empresa da família – a DSF. Em Maricá, assinou contratos milionários com DELTA S/A, HOPE CONSULTORIA, CONTROLLER CONSULTORIA, DBseller, PEÇA OIL DISTRIBUIDORA, ENGEBIO, entre outras. Com a EASY CAR, que é de Brasília, assinou contrato de 580 mil reais, pra aluguel de 6 carros, por 1 mês. Com a LUXOR (que prestou serviços à prefeitura de CAMPINAS), assinou contrato para reforma de prédio, por 11 milhões – subsidiado pelo BNDES. A próxima prefeitura de Maria Helena é TERESÓPOLIS. Quaquá pretende vender 150 mil de área preservada para grupo árabe! Socorro! Marica pede socorro!
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