O Carnaval de Natal 2025 consolidou a Redinha como um dos polos mais vibrantes da folia potiguar. A grande novidade deste ano foi a inauguração da Avenida da Alegria, situada na Rua Tenente Everaldo Borges de Moura, nas proximidades do Mercado da Redinha. Este novo espaço rapidamente se tornou o epicentro das celebrações, atraindo milhares de foliões diariamente.
Não restam dúvidas que o novo polo da Redinha bombou no período carnavalesco. Nesta segunda-feira (3), Xanddy Harmonia arrastou milhares de pessoas para a curtição, e o resultado não poderia ser outro: muita alegria no carnaval de Natal.
A segurança também foi um ponto alto do evento. Com o apoio das autoridades locais, o Carnaval na Redinha transcorreu de forma tranquila, permitindo que os foliões aproveitassem a festa com tranquilidade. A combinação de organização, atrações de qualidade e a animação do público fez do polo Redinha um dos grandes sucessos do Carnaval de Natal 2025.
Há exatos 26 anos, no Carnaval de 1999, a cidade de Natal foi imortalizada na Sapucaí por meio de uma grande homenagem da escola de samba carioca Acadêmicos do Salgueiro. Com o enredo “É Sol e Sal nos 400 anos de Natal”, a agremiação exaltou a cultura, a história e as belezas naturais da capital potiguar em um desfile que marcou época no Grupo Especial do Carnaval do Rio de Janeiro.
Sob a assinatura do renomado carnavalesco Mauro Quintaes, o desfile trouxe alegorias grandiosas e fantasias que representavam a identidade potiguar. Entre os destaques, alas dedicadas ao folclorista Luís da Câmara Cascudo, ao tradicional bloco Os Cão da Redinha, ao Carnaval fora de época de Natal “Carnatal” e aos icônicos passeios de buggy nas dunas de Genipabu encantaram o público e os jurados.
O samba-enredo, também intitulado “É Sol e Sal nos 400 anos de Natal”, foi um espetáculo à parte. Com uma melodia envolvente e uma letra marcante, a canção exaltava a luz, o mar e a rica história da cidade, garantindo que a homenagem ficasse eternizada na memória dos foliões e do público que acompanhou o desfile pela televisão.
INVESTIMENTO MILIONÁRIO E IMPACTO NO TURISMO
A grandiosidade da apresentação do Salgueiro foi fruto de um investimento milionário. Registros da época apontam que a escola destinou cerca de R$ 1 milhão para a produção do desfile, sendo R$ 300 mil provenientes de apoio da Secretaria de Turismo de Natal. A homenagem teve um impacto direto no turismo da cidade: com a transmissão para todo o Brasil, Natal experimentou um “boom” turístico, atraindo ainda mais visitantes interessados em conhecer suas paisagens paradisíacas e sua cultura vibrante.
Um dos setores mais beneficiados foi o turismo de aventura. Na época, um dos gestores do Parque das Dunas Moveis de Genipabu, empresário, Rafael Correia, destacou que a divulgação nacional de Natal impulsionou significativamente os passeios de buggy-turismo na região metropolitana. Segundo ele, a demanda diária saltou de cerca de 100 para 350 passeios por dia, transportando mais de 1.500 turistas diariamente. Esse crescimento consolidou Genipabu como um dos destinos mais procurados do Rio Grande do Norte, reforçando a importância do Carnaval como motor de desenvolvimento econômico e turístico para a região.
Relembre esse momento inesquecível assistindo ao desfile completo:
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De 2010 a 2024, a obesidade foi responsável por 45.310 mortes no Brasil, um aumento de 75,3% no período, segundo o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde de 2024. O ano com o maior número de óbitos foi 2021, com 4.561 registros. Desde então, houve uma redução de 19,35% nos casos.
Nesta 3ª feira (4.mar), é celebrado o Dia Mundial da Obesidade, data dedicada à conscientização sobre essa doença crônica não transmissível.
O presidente da SBCBM (Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica) e cirurgião bariátrico, Juliano Canavarros, explicou que muitas dessas mortes não foram causadas diretamente pela obesidade. Segundo ele, os óbitos estão associados a comorbidades frequentes em pessoas obesas, como hipertensão e dislipidemia — condição caracterizada por níveis elevados de colesterol.
“O paciente pode desenvolver muitas doenças associadas à obesidade que vão aumentar a chance dele morrer. Inclusive, já é científico que obesos podem ter 30% a mais de chance de desenvolver câncer, que vai abreviar a vida desta pessoa”, disse.
A AMA (Associação Médica Americana, na sigla em inglês), maior associação de médicos e estudantes de medicina dos Estados Unidos, classificou a obesidade como uma doença crônica em 2013. Já a OMS (Organização Mundial da Saúde) considera obesas as pessoas com IMC (Índice de Massa Corporal) acima de 30 kg/m².
Além do aumento no número de mortes associadas à obesidade, o número de casos da doença entre brasileiros maiores de 18 anos cresceu 105,9% entre 2006 e 2023, segundo o Vigitel (Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico). No último ano com dados disponíveis (2023), 24,3% dos adultos no país foram considerados obesos.
Para a psicóloga e cofundadora da ONG Obesidade Brasil, Andrea Levy, o aumento da obesidade entre os brasileiros está ligado a fatores como sedentarismo, desigualdade social, problemas de segurança pública e a ausência de políticas voltadas para a prevenção e o tratamento da doença.
“A gente não pode chegar para uma pessoa com obesidade, em uma situação de vulnerabilidade, que mora na periferia, e falar: ‘Vai caminhar no parque e compra comida saudável’. Comida saudável é hipertaxada, e a pessoa não tem tempo para cozinhar porque tem que trabalhar em 3 empregos. Esses são fatores socioeconômicos muito presentes na vida da população brasileira”, afirmou.
Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que “oferece assistência integral a pessoas com sobrepeso e obesidade por meio da Rede de Atenção às Pessoas com Doenças Crônicas, na qual a obesidade é um dos eixos temáticos”.
Leia a íntegra da nota:
“O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece assistência integral a pessoas com sobrepeso e obesidade por meio da Rede de Atenção às Pessoas com Doenças Crônicas, na qual a obesidade é um dos eixos temáticos.”
“As intervenções clínicas incluem orientações nutricionais, promoção de atividade física e, quando necessário, terapias farmacológicas. A cirurgia bariátrica é indicada para casos específicos, especialmente quando outras abordagens não resultaram em perda de peso significativa ou controle das comorbidades associadas.”
“O acesso à cirurgia bariátrica ocorre por meio dos serviços de saúde, com encaminhamento à atenção especializada, de acordo com critérios clínicos. O tratamento cirúrgico é indicado para indivíduos com IMC ≥ 50 kg/m² ou IMC ≥ 40 kg/m², com ou sem comorbidades, sem sucesso no tratamento clínico longitudinal realizado na Atenção Básica e/ou Ambulatorial Especializada por, no mínimo, dois anos. Também são elegíveis pacientes com IMC ≥ 35 kg/m² e comorbidades como alto risco cardiovascular, diabetes mellitus e/ou hipertensão arterial sistêmica de difícil controle, apneia do sono e doenças articulares degenerativas, desde que tenham seguido protocolos clínicos e passado pelo tratamento clínico longitudinal por, pelo menos, dois anos.”
O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), apresentou na 4ª feira (26.fev.2025) 5 requerimentos contra a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro na Casa Civil, CGU (Controladoria Geral da União), PF (Polícia Federal) e MPF (Ministério Público Federal).
Na Casa Civil, o petista apresentou 2 ofícios, que pedem informações sobre:
as viagens de Michelle, seus familiares, assessores diretos e servidores nomeados no programa Pátria Voluntária;
o andamento e desdobramentos do procedimento administrativo instaurado por recomendação do TCU (Tribunal de Contas da União) em relação ao mesmo programa.
O Programa Nacional de Incentivo ao Voluntariado, conhecido como Pátria Voluntária, foi criado em julho de 2019, no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A ex-primeira-dama teve participação ativa e presidiu o conselho até a troca de governo para a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), quando o programa foi extinto.
Lindbergh pediu informações sobre as viagens custeadas pela Presidência da República, mas também por outros ministérios, incluindo aquelas com uso de aviões da FAB (Força Aérea Brasileira) e feitas com voos privados.
O líder perguntou à Casa Civil:
Quais, quantos, qual período e qual a natureza dos voos com a presença da ex-primeira dama durante o governo Bolsonaro?
Quem acompanhou a ex-primeira dama em cada viagem, individualizando familiares, assessores diretos ou servidores nomeados no programa?
Qual o prazo de duração de cada viagem realizada pela ex-primeira dama?
Quais documentos subsidiaram as solicitações de voos para a ex-primeira, familiares, assessores diretos ou servidores nomeados no programa, discriminando os voos realizados com aeronaves da FAB ou de empresas privadas, indicando as agendas cumpridas?
A ex-primeira dama, seus familiares, assessores diretos ou servidores nomeados no programa usaram voos sob alegação de sigilosos? Qual o destino? A sigilosidade foi afastada e dada publicidade às viagens?
Qual o custo de cada viagem? Ocorreu com ou sem custos para o recurso público?
Houve relatórios de viagens disponibilizadas para justificação das viagens custeadas pelo recurso público? Em caso positivo, requer-se acesso a tais relatórios.
As viagens internacionais se deram em cumprimento a interesses públicos e/ou estratégicos para o Brasil? Quais os eventos e desdobramentos?
INDÍCIOS DE IRREGULARIDADES
O 2º pedido de Lindbergh à Casa Civil tem relação com a recomendação do TCU de dar transparência às informações do programa. Em auditoria, o tribunal constatou que o programa precisava de previsão constitucional e legal para o modelo utilizado na captação e gestão dos recursos recebidos por meio de doação.
O TCU também indicou que faltavam critérios “objetivos e isonômicos” para a seleção das instituições sociais beneficiadas pelo programa. Além disso, o tribunal disse que os resultados das avaliações das instituições sociais precisavam ser publicados.
Como o programa já havia sido extinto pelo governo Lula, o TCU recomendou maior transparência às informações do programa, que era coordenado pela Casa Civil na gestão de Bolsonaro.
Lindbergh quer saber se a Casa Civil, agora sob Rui Costa, investigou o que chamou de “indícios e fatos referentes ao cometimento de práticas e atos de má gestão, malversação de recursos, improbidade administrativa, corrupção contra a Administração Pública, e demais irregularidades, conforme previsto na legislação aplicável”.
Com direito a “vai no trem” e “parabéns pra você”, os foliões que estão pegando o serviço gratuito de ônibus para curtir o carnaval estão vivenciando uma “vibe” diferente antes e depois das festas carnavalescas.
Como mostra no vídeo do Todo Natalense, ninguém fica parado e todo mundo entra na resenha.
Durante o Carnaval de Natal 2025, a prefeitura implementou um serviço de ônibus gratuito para facilitar o deslocamento dos foliões entre os polos carnavalescos da cidade. A iniciativa visou proporcionar segurança e comodidade aos participantes, garantindo que todos pudessem aproveitar a festa sem preocupações com transporte.
O Brasil registrou um aumento expressivo na apreensão de cigarros eletrônicos contrabandeados em 2024. Dados da PRF (Polícia Rodoviária Federal) revelam que 623.437 dispositivos eletrônicos para fumar foram confiscados no último ano, representando um crescimento de 153% em relação às 246.430 unidades apreendidas em 2023.
O Paraná liderou as estatísticas em 2024, com 525.154 dispositivos ilegais retirados de circulação. O estado já havia registrado números elevados em 2023, com 149.590 unidades confiscadas.
No ano passado, a PRF registrou as duas maiores apreensões do país no Paraná, uma em julho (129 mil unidades recolhidas em Vitorino) e outra em maio (100 mil unidades recolhidas em Santa Terezinha de Itaipu).
A proximidade geográfica com o Paraguai contribui para os altos números registrados no Paraná e em Mato Grosso do Sul, já que grande parte dos cigarros eletrônicos ilegais entra no Brasil por meio da fronteira.
Comercialização proibida
A comercialização e a importação de cigarros eletrônicos são proibidas no Brasil desde 2009, mas o consumo, em si, não é ilegal. Em abril de 2024, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) revisou a norma e manteve a proibição, alegando riscos à saúde e falta de estudos científicos conclusivos sobre os impactos do uso prolongado desses dispositivos.
Quem for flagrado transportando cigarros eletrônicos pode ser enquadrado pelo crime de contrabando, com pena de dois a cinco anos de prisão. Entre janeiro e outubro de 2024, a PRF prendeu 168 pessoas no Brasil por esse tipo de infração.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) classifica os cigarros eletrônicos como uma grave ameaça à saúde pública. Pesquisas indicam que esses dispositivos contêm altas concentrações de nicotina, metais pesados e outras substâncias tóxicas, o que pode levar a diversos problemas de saúde, incluindo:
Dependência química, especialmente entre adolescentes, aumentando o risco de iniciação ao tabagismo convencional;
Doenças pulmonares, como a EVALI (lesão pulmonar associada ao uso de cigarros eletrônicos), condição que já causou internações e mortes em diversos países;
Complicações cardiovasculares, como aumento da pressão arterial, maior risco de infarto e doenças do coração;
Impactos no desenvolvimento cerebral de adolescentes e gestantes, com prejuízos cognitivos e comportamentais a longo prazo.
Além disso, a OMS alerta que os cigarros eletrônicos, ao invés de serem uma alternativa segura ao tabaco, podem induzir jovens ao consumo de cigarros convencionais, funcionando como um “gatilho” para o tabagismo.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) acredita que virou alvo do Supremo Tribunal Federal (STF) por denunciar os abusos da Corte nos Estados Unidos. Ele está há dias naquele país, onde se encontrou com empresários, jornalistas e congressistas.
No último sábado, 1º, o ministro Alexandre de Moraes encaminhou à Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido de análise sobre a retenção do passaporte do deputado. As acusações contra Eduardo incluem conspiração contra o Brasil através de articulações internacionais, coação no curso do processo, atentado à soberania nacional e obstrução de investigação de organização criminosa.
Em entrevista ao programa Oeste Sem Filtro, realizada nesta segunda-feira, 3, Eduardo afirmou que Moraes deve ser um dos principais nomes a sofrer sanções dos norte-americanos. Isso poderá ocorrer por meio da Lei Magnitsky, que autoriza os EUA a punir pessoas que considerem ter violado direitos humanos.
“Ele não poderá sequer abrir uma conta bancária nem entrar nos EUA”, disse Eduardo, ao explicar o que aconteceria se houvesse uma punição a Moraes.
Enquanto a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro ainda é incerta, o Comitê Judiciário da Câmara dos Estados Unidos aprovou, na última quarta-feira, 26, um projeto que pode barrar a entrada de Moraes no país. O texto ainda precisa ser votado pelo plenário, com maioria de deputados republicanos.
Como justificativa, os republicanos destacaram que, em abril de 2024, Moraes ordenou que empresas norte-americanas suspendessem ou removessem mais de 150 contas das redes sociais — incluindo contas de residentes e jornalistas dos EUA. Se não o fizessem, enfrentariam multas pesadas.
EUA sabem que há ditadura no Brasil, diz Eduardo Bolsonaro
Ao ser interpelado sobre como os norte-americanos veem o cenário político brasileiro, o deputado respondeu que há um consenso sobre as arbitrariedades jurídicas cometidas no país. Eduardo citou, por exemplo, a surpresa dos norte-americanos com a proibição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de viajar para a posse do presidente dos EUA, Donald Trump.
“Para um norte-americano, é inconcebível uma pessoa sem condenação não ter passaporte”, disse Eduardo, ao observar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com duas condenações transitadas em julgado, continua a viajar para outros países. “Fica mais clara a ideia de que o Brasil vive uma perseguição, não somente contra Bolsonaro, mas contra a direita.”
Atualmente, os quatro parlamentares sem passaporte são de direita: os deputados Carlos Jordy (PL-RJ) e Carla Zambelli e os senadores Marcos do Val (Podemos-ES) e Rosana Martinelli (PL-MT). No Oeste Sem Filtro, Eduardo disse que deve entrar na lista. “Moraes não vai parar de perseguir”, afirmou.
Bolsonaro é o candidato da direita em 2026
Eduardo também respondeu se disputaria uma vaga nas eleições presidenciais de 2026, tendo em vista que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível. “Busco não dar eco nas redes sociais, porque acredito que a inelegibilidade será revertida”, afirmou. “Ele será candidato.”
O ex-presidente ficou inelegível em junho de 2023 por suposto abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. Ele está inabilitado até 2030.
Aliados do ex-chefe do Executivo dizem que Bolsonaro aposta na mudança de composição no TSE no próximo ano para reverter a inelegibilidade e reaver os direitos políticos a tempo do próximo pleito. Em 2026, a Corte Eleitoral será presidida pelo ministro Kassio Nunes Marques, com André Mendonça na vice-presidência. Os dois foram indicados por Bolsonaro.
Com a situação de Bolsonaro ainda incerta, Eduardo prefere trocar o Salão Verde pelo Salão Azul. Pretende disputar uma vaga no Senado, com apoio do presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto. “Chegou a hora”, disse o parlamentar, no Oeste Sem Filtro. “Tenho essa pretensão. Estou consciente da missão. Se depender de mim, votarei pelo impeachment do ministro Alexandre de Moraes.”
Alexandre de Moraes segue no jogo
Ao ser indagado sobre a possibilidade de o Congresso se mobilizar para pautar o impeachment de Moraes, Eduardo rechaçou a ideia. “Não vivemos uma situação normal para a aprovação de um projeto de lei”, justificou.
O deputado citou, entre as alternativas viáveis, a discussão da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 8/2021. Em resumo, esse texto proíbe que decisões individuais de ministros suspendam leis ou atos do presidente da República, do Senado, da Câmara ou do Congresso.
Para Eduardo, o avanço na discussão da PEC 8/2021 ainda é incerto por causa da postura intransigente do Supremo diante do Legislativo. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou o texto em outubro do ano passado. Agora, a matéria precisa ser analisada por uma comissão especial antes de seguir para o plenário.
O Instituto Brasil Pela Liberdade divulgou uma nota pública manifestando profundo descontentamento com a vitória do filme Eu Ainda Estou Aqui na categoria de Melhor Filme Internacional no Oscar 2025. Segundo o comunicado, a obra representa uma “clara agenda de propaganda comunista” e simboliza um “triunfo amargo” para aqueles que se opõem ao uso da cultura como ferramenta ideológica.
Na nota, o instituto critica a premiação por, supostamente, transformar um momento de reconhecimento artístico em um mecanismo de influência política. O comunicado também expressa preocupação com a possibilidade de que o filme passe a ser exibido de forma obrigatória em escolas e universidades, o que, segundo a entidade, limitaria o espaço para questionamentos e reflexões críticas – confira abaixo:
Foto: Reprodução/X
Ainda segundo o instituto, Eu Ainda Estou Aqui não seria apenas um filme, mas sim um “símbolo do avanço silencioso de uma máquina ideológica que sufoca a diversidade de ideias e a autonomia individual”. O texto lamenta não apenas o prêmio, mas também o impacto que essa vitória teria no cenário cultural e político do Brasil.
A premiação mostra a qualidade do cinema brasileiro, uma direção e roteiro maravilhosos.
Uma grande atuação de nossos artistas.
E ainda mostra um momento triste de nossa história, importante q todos conheçam. Um prêmio justo. Todos têm consciência desse momento político perverso em nosso país. Aplausos para todos.
O setor de TV por assinatura no Brasil fechou 2024 com 9,3 milhões de clientes, uma queda de 21% na comparação com o fim do ano anterior. Esse recuo foi o maior da história, segundo dados da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).
Em 2014, no pico, havia 19,6 milhões de acessos de televisões a cabo. Quando se compara esse resultado aos números de hoje, observa-se uma queda de 52,7% na base de assinantes.
Arte: Poder 360
Especialistas dizem que o avanço da internet e de serviços de streaming –como Netflix e Globoplay– pode ter influenciado essa mudança de hábito, além de preocupações econômicas no geral.
“As novas gerações não estão mais na frente da TV. As pessoas estão circulando. Elas estão na mobilidade total. Querem assistir o que quiser, aonde quiser’”, disse ao Poder360 a professora Maria Letícia Renault, da Faculdade de Comunicação da UnB (Universidade de Brasília).
A professora diz que muitos jovens não assistem à televisão no “modelo que se conheceu antes”, mas que isso “não significa” que eles não consumam esse conteúdo de outra forma -como em redes sociais e sites das emissoras.
Os números apresentados nesta reportagem indicam uma mudança de comportamento de consumo em toda uma cadeia de mídia. O Poder360 mostrou, por exemplo, que os 5 principais canais de TV de notícia do Brasil registraram ao longo de 2024 uma média de só 11.792 espectadores por dia.
O governo dos Estados Unidos vai suspender, temporariamente, toda a ajuda militar concedida à Ucrânia, conforme decisão divulgada nesta segunda-feira (3/3) pela imprensa norte-americana. A medida deve incluir, até mesmo, o cancelamento do envio de armas já em trânsito ou que já estavam na Polônia, prestes a chegar ao país de Volodymyr Zelensky.
A decisão surge três dias após a discussão travada entre o presidente Donald Trump e o líder ucraniano, ocorrida no Salão Oval da Casa Branca, na sexta-feira (28/2). Na ocasião, Trump e o vice J.D. Vance retrucaram Zelensky, dizendo que ele devia ser grato pela ajuda dos EUA e que ele estaria “jogando com a vida de milhões de pessoas” e com a eminência de uma “terceira guerra mundial”.
A informação da pausa na ajuda militar foi revelada por um funcionário do governo Trump à Fox News. A expectativa é que a paralisação dure até que fique claro para Trump que Zelensky estaria comprometido em fechar um acordo de paz ou um cessar-fogo com a Rússia.
Nesta segunda-feira, o republicano criticou na rede social Truth Social a declaração do presidente ucraniano de que o conflito com a Rússia estaria “muito, muito distante” de acabar. Para Trump, essa foi a “pior declaração que Zelensky poderia feito”.
“A América não vai tolerar isso por muito mais tempo! Como eu disse, esse cara não quer que haja paz enquanto tiver o apoio da América. E a Europa, na reunião com Zelensky, declarou categoricamente que não pode agir sem os EUA — provavelmente, não foi uma grande demonstração de força contra a Rússia. O que eles estão pensando?”, escreveu Trump.
A Mídia Ninja, uma rede de comunicação ligada à esquerda, tem usado ONGs para receber repasses do governo federal enquanto afirma publicamente não ser bancada com dinheiro público. Duas entidades diretamente ligadas ao grupo, e cujos representantes têm atuação no Ministério da Cultura, obtiveram R$ 4 milhões em convênios, emendas parlamentares e lei de incentivo durante o atual mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Liderado pelo ativista Pablo Capilé, a Mídia Ninja apoiou Lula oficialmente à presidência, em 2022. Fez campanha para “virar votos” e, ao anunciar a vitória do petista sobre o então presidente Jair Bolsonaro (PL), escreveu “vencemos” em uma publicação.
Procuradas, as entidades negam ter sido escolhidas por seu vínculo político com o governo e dizem ser apenas parceiras da Mídia Ninja, sem poder falar pelo movimento (leia mais abaixo). As páginas oficiais do movimento Ninja somam quase 7 milhões de seguidores nas principais redes sociais (4,6 milhões no Instagram, 1,2 milhão no YouTube e 1 milhão no X).
O cientista político e professor do Insper Leandro Consentino avalia que a absorção das militâncias digitais por campanhas é uma tendência na política, mas o pagamento indireto a movimentos precisa ser visto como ponto de atenção.
“Há questionamentos importante, com relação à legitimidade. Primeiro, quanto à natureza desse movimento que diz não receber verbas públicas, mas que recebe colateralmente. Isso é um ponto de atenção importante, de entender a natureza jurídica e os objetivos desse movimento”, pontuou.
Consentino também disse considerar importante que fique clara a relação entre o recebimento de verbas e o apoio a um governo, de esquerda ou direita. “Se o recurso vai para uma ONG que tem como função enaltecer o próprio partido do governo, começa a ter um problema do ponto de vista da competição política e eleitoral”, disse.
No site oficial, a Mídia Ninja afirma não ser bancado por verba pública e critica os “veículos de comunicação corporativos” que “sobrevivem às custas de altos investimentos públicos”. Entretanto, seus cofundadores dirigem organizações não governamentais que recebem dinheiro do governo.
O movimento não tem personalidade jurídica própria, mas financia seus projetos por meio de duas ONGs nos nomes de seus fundadores. Elas já ganharam R$ 1,6 milhão desde 2023. Há, ainda, mais R$ 2,4 milhões previstos por meio de incentivos e convênios assinados ou pré-acordados por elas com o Ministério da Cultura e com o Ministério da Justiça, por meio do Fundo de Defesa de Direitos Difusos.
Além disso, o presidente de uma delas foi autorizado a captar R$ 985 mil por meio da Lei Rouanet. Ele diz não ter conseguido captar os recursos.
Os principais projetos financiados com verba pública levam o nome “Ninja” ou têm seções próprias dentro do site oficial do movimento. Em notas enviadas pela mesma assessoria de imprensa, as entidades afirmaram que não falam em nome da Mídia Ninja, mas relataram uma “relação natural de apoio executivo e institucional” porque o movimento é “uma rede de comunicação livre” formada por “diferentes produtores e gestores culturais”.
A principal contemplada é a Associação Coletivo Cultural, com R$ 3,4 milhões. Uma parte da verba, R$ 296 mil, partiu de convênio com a Fundação Nacional de Artes (Funarte), ligada ao MinC. O líder da ONG, Talles Pereira Lopes, e a conselheira fiscal, Karla Kristina Oliveira Martins, são fundadores da Mídia Ninja e fizeram parte de colegiados da Funarte que atuaram na escolha de projetos na época em que a organização deles foi contemplada.
Além deles, a entidade tem em seu quadro outros três fundadores e dirigentes do movimento: Clayton Nobre, Dríade Aguiar e Irlana Cassini.
Um dos documentos apresentados pela ONG ao governo demonstra que a relação dela com a Mídia Ninja é mais do que de “apoio”. O texto diz que a associação foi criada em 2012 para “oferecer uma base jurídica e institucional para os projetos da rede cultural Fora do Eixo e Mídia Ninja”.
O ministério afirmou, por meio de nota, que seguiu critérios estabelecidos em uma portaria que determinava a seleção de dez representantes da sociedade civil “com reconhecida atuação no segmento artístico”, sendo pelo menos um de cada região do País. Também foram considerados elementos de diversidade territorial, étnico-racial, de gênero e de atuação.
Talles Lopes participou da “comissão de seleção do Programa de Ações Continuadas 2023 – Espaços Artísticos”. Karla Martins foi da comissão “Funarte Retomada 2023 – Teatro”. A escolha da ONG Coletivo Cultural não passou por essas comissões, mas Lopes tem acesso a outros setores do ministério.
Em dezembro, ele participou de uma reunião da Funarte sobre o programa Rede Música Brasil, criado em 2009, no primeiro governo Lula, e que está sendo reeditado. No encontro, assumiu posição de líder da iniciativa e fez sugestões, como a definição de critérios de participação antes da criação de um CNPJ. Também ficou incumbido de elaborar um documento com uma proposta.
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