Polícia

Operação no Jacarezinho é a mais letal da história do RJ; ONG de Direitos Humanos critica ação policial

Foto: Reginaldo Pimenta/Agência O Dia/Estadão Conteúdo

A operação policial mais letal da história do Rio aconteceu nesta quinta-feira (6) no Jacarezinho, Zona Norte do Rio, deixando 25 pessoas mortas. Às 15h45, a operação seguia em andamento.

O levantamento foi feito pelo G1 com informações do Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos (Geni) da Universidade Federal Fluminense (UFF) e da plataforma Fogo Cruzado.

Um dos mortos foi o policial civil André Leonardo de Mello Frias, da Delegacia de Combate à Drogas (Dcod). A Polícia Civil diz que os outros 24 assassinados são suspeitos de integrar o crime organizado, mas não revelou as identidades ou as circunstâncias em que foram mortos.

O sociólogo Daniel Hirata, do Geni/UFF, classifica a operação como inaceitável e diz que é mais grave do que chacinas como a de Baixada Fluminense, em 2005, ou a de Vigário Geral, em 1993.

“Foi a operação mais letal que consta na nossa base de dados, não tem como qualificar de outra maneira que não como uma operação desastrosa (…) É uma ação autorizada pelas autoridades policiais, o que torna a situação muito mais grave”.

Ele diz que, segundo os moradores, a ação se tornou mais violenta após a morte do policial e que ficou “incontrolável”.

Em nota, a Polícia Civil disse que fez uma operação contra o crime organizado e que comunicou o Ministério Público sobre a ação, como determina o Supremo Tribunal Federal (STF).

Desde junho do ano passado, o STF suspendeu operações em favelas durante a pandemia. A decisão permite ações apenas em “hipóteses absolutamente excepcionais”, com o Ministério Público sendo avisado.

“Temos uma cadeia de responsabilizações que precisa ser apurada. Se trata de uma operação policial, um caso gravíssimo de violência de Estado. Não é grupo de extermínio, maus policiais, milicianos. É uma operação autorizada pelas autoridades. E tudo isso em um momento em que há a determinação de suspensão das operações policiais nas comunidades pelo Supremo Tribunal Federal”, diz o especialista.

Em nota, o MP informou que foi comunicado “logo após o seu início, sendo recebida às 9h”. A operação, segundo o MP, foi feita para cumprir prisão preventiva e buscas e apreensão contra traficantes.

O MP afirmou ainda que está investigando o caso e que recebeu ocorrências de abuso policial em seu plantão de atendimento

Estudo: letalidade não diminui violência

Um levantamento de 2019, feito pelo Ministério Público, mostrou que o aumento da violência policial não diminui a ocorrência de crimes ou de homicídios no Rio. O estudo conclui que:

letalidade policial não provoca redução de homicídios e roubos

Rio tem a polícia mais letal, mas está entre os 10 mais violentos

áreas onde há maior redução de assassinados não tiveram aumento de mortes por policiais

ações policiais esporádicas não foram capazes de reduzir o problema da segurança pública

confrontos aumentam risco de matar inocentes e afetar serviços públicos

Pelas redes sociais, moradores do Jacarezinho relataram mais mortes que as computadas, além de corpos no chão, invasão de casas e celulares confiscados. À tarde, eles chegaram a fazer um protesto na comunidade.

Dois passageiros do metrô foram baleados dentro de um vagão da linha 2, na altura da estação Triagem, e sobreviveram. Um morador foi atingido no pé, dentro de casa, e passa bem. Dois policiais civis também se feriram.

Ações com mais mortos desde 2007:

06/05/2021 – Jacarezinho – 24 mortos civis + 1 policial civil morto + 5 feridos (2 deles policiais)

28/06/2007 – Complexo do Alemão – 19 mortos civis

08/02/2019 – Fallet/Prazeres – 13 mortos civis + 1 ferido civil

15/05/2020 – Complexo do Alemão – 13 mortos civis

15/10/2020 – Vila Ibirapitanga (Itaguaí) – 12 mortos civis (incluindo um ex-PM)

A Defensoria Pública do Rio de Janeiro informa que está acompanhando “com muita atenção os desdobramentos da operação”.

“Neste momento, a instituição está no local, por meio de sua Ouvidoria e do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos, ouvindo os moradores e apurando as circunstâncias da operação, a fim de avaliar as medidas individuais e coletivas a serem adotadas. Desde já, manifestamos nosso pesar e solidariedade aos familiares de todas as vítimas de mais essa tragédia a acometer nosso estado.”

Em nota, a ONG de Direitos Humanos Instituto Igarapé criticou a ação.

“É inaceitável que a política de segurança pública do estado continue apostando na letalidade como principal estratégia, sobretudo em áreas vulneráveis. Privilegiar o confronto indiscriminado coloca nossa sociedade e nossos agentes públicos em perigo”.

Foto: Reprodução/G1

G1

Opinião dos leitores

  1. ficam falando que foi um massacre? pq querem tanto esses 24 bandidos vivos? bandidos que nao tem mais jeito de viver em sociedade. Massacre seria se fossem de policiais mortos por esses bandidos! Olhem a quantidades de armas que estavam com esses bandidos? É MUITO FALSO MORALISMO NESSE NOSSO PAÍS DESSE TAL DE POLITICAMENTE CORRETO VIU! As nações europeias chamam de massacre porque la nao tem traficante com arma de guerra, mas aqui tem e o traficante aqui que usa arma de guerra ele vai p/ matar policial. Aí essas ONGs esperam o que? Que o policial consiga algemar um traficante que lhe aponta um fuzil? Não tem outro jeito nao p/ um bandido assim nao, senao levar um tiro da policia. Por que é tao dificil de raciocinar assim? a operação ta de parabens, precisar ter mais operações, senao esses bandidos vao continuar dominando o país!

  2. Civil é a infeliz mãe que pariu um imbecil desse que questiona a morte de bandidos! Não morreram civis! Morreram pessoas que escolheram ser a escória da humanidade! Que morram cada vez mais delinquentes!

  3. Quando um cidadão de bem é assassinado por traficantes, nenhuma ONG de Direitos Humanos se pronuncia sobre o assunto. Essas organizações são defensoras de bandidos.

  4. Acho que quem era pra ser investigado são esses lideres dessas ONGs…”Assassinados”os bichinhos inocentes de fuzil na mão.

  5. ONGs.. tem que criticar ação dos bandidos oras, se eles se entregassem não teria confronto ! Excelente trabalho da polícia, esta de parabéns!

  6. É por esses motivos que o país está nesse buraco sem volta, a polícia apenas revidou uma injusta agreção, o crime organizado protegido por autoridades de todos os segmentos da sociedade, sem contar essas ONGs protetoras de bandidos. Parabéns a PMERJ.

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Tecnologia

Amazon lança satélites Kuiper em concorrência com Starlink

Foto: Reprodução

A Amazon, liderada pelo bilionário Jeff Bezos, lançou, na última segunda-feira, 28 de abril, os primeiros satélites Kuiper.

Essa iniciativa visa oferecer conexão à internet de alta velocidade a partir do espaço, competindo diretamente com o serviço Starlink, desenvolvido pelo também bilionário Elon Musk.

O lançamento dos 27 satélites ocorreu a partir do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, utilizando um foguete Atlas V da United Launch Alliance (ULA), uma joint venture entre Boeing e Lockheed Martin.

Com um investimento superior a 10 bilhões de dólares, o Projeto Kuiper está projetado para incluir mais de 3.200 satélites em sua rede, que deverá ser operada a partir de 2025.

A proposta da Amazon é fornecer acesso à internet em áreas remotas e até mesmo em regiões afetadas por conflitos ou desastres naturais.

Embora o custo do serviço ainda não tenha sido definido, a empresa se compromete a manter preços acessíveis, em linha com sua estratégia comercial de oferecer produtos a preços competitivos.

Starlink e Kuiper

Atualmente, sua concorrente, a Starlink, já conta com cerca de 6.750 satélites em órbita e tem consolidado sua posição como líder no setor de internet via satélite.

O serviço foi utilizado em diversas situações emergenciais, incluindo intervenções após desastres naturais como terremotos e incêndios florestais.

O sucesso da Starlink destaca não apenas a capacidade técnica de Elon Musk, mas também sua influência na definição das políticas espaciais atuais.

Diferente das tradicionais telecomunicações via satélite que operam com grandes satélites em órbita geoestacionária (a mais de 35.000 km da Terra), tanto o Kuiper quanto o Starlink utilizam uma rede de satélites em órbita baixa.

Isso possibilita uma latência significativamente menor nas transmissões de dados e permite cobrir áreas onde as infraestruturas terrestres são insuficientes ou inviáveis.

Risco de colisões entre satélites

No entanto, a rápida expansão dessas constelações levanta preocupações sobre o congestionamento da órbita terrestre baixa.

A competição acirrada entre as empresas pode resultar em um aumento do risco de colisões entre satélites e interferir nas observações astronômicas.

Além disso, questões de soberania estão sendo debatidas, especialmente considerando o crescente papel político exercido por Musk, que se tornou um conselheiro próximo do ex-presidente Donald Trump.

O cenário competitivo no setor promete intensificar ainda mais à medida que novos jogadores entram no mercado, como Eutelsat e Guowang da China.

O Antagonista

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Geral

STF usa técnicas ‘incompatíveis com a democracia’, diz defesa de Filipe Martins

Foto: Divulgação

O advogado Marcelo Sant’Anna, que atua na defesa do ex-assessor da presidência Filipe Martins, afirmou que o processo que tornou seu cliente réu por suposta participação em tentativa de golpe de Estado se baseia em premissas equivocadas e que violações processuais graves foram cometidas durante a tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo Sant’Anna, o julgamento de recebimento da denúncia não respeitou garantias mínimas de defesa. “Uma decisão de recebimento de denúncia tem que oportunizar a pessoa acusada à defesa”, disse. “A pessoa tem o direito de tentar demonstrar que aquela acusação é manifestamente improcedente.”

Em entrevista ao Oeste Sem Filtro nesta segunda-feira, 28, o advogado explicou que, durante a sessão, a defesa solicitou que o relator, ministro Alexandre de Moraes, mostrasse onde estavam, nos autos, os dados de geolocalização de Filipe Martins, cuja quebra havia sido determinada em outubro de 2023. Contudo, segundo ele, a documentação não consta nos autos.

Também foi questionada a existência da chamada “minuta do golpe”, atribuída à acusação. “Não temos uma minuta de cópia, nós não temos materialidade”, afirmou Sant’Anna. “Meu colega, o dr. Sebastião, pediu para que o ministro indicasse nos autos onde estaria a tão falada minuta do golpe. O relator não indicou, e o voto prosseguiu.”

Ministro é “vítima” e deveria ser considerado impedido, diz advogado

Sant’Anna também criticou o fato de Alexandre de Moraes conduzir o processo em que, segundo ele, é parte interessada. “Não é um juiz, nós estamos diante da vítima”, descreveu. “Embora, tecnicamente, tenhamos um relator magistrado, ministro da Suprema Corte, o ministro Alexandre de Moraes é vítima. E, por ser vítima, ele não está distante o suficiente dos fatos.”

Segundo ele, esse comprometimento afeta a imparcialidade exigida de um julgador e prejudica a condução do caso. “O STF não entra de fato nas discussões que precisa entrar e não está se prestando a uma jurisdição de qualidade, uma jurisdição à altura de uma Suprema Corte”, criticou o advogado.

Para o advogado, “esse julgamento transborda o aspecto jurídico” e, durante a sessão, houve “falas que, tecnicamente, são muito acanhadas”. O advogado também abordou a atual situação de Filipe Martins, que hoje cumpre prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica, depois de ter passado seis meses em regime fechado.

Para a defesa, a manutenção das medidas cautelares não se justifica. “Sobre o fato gerador daquela prisão, que seria sua suposta viagem, esse fato já está absolutamente esclarecido, nunca houve”, ressaltou. “Não existe o menor sentido na manutenção dessas medidas cautelares diversas da prisão, que é o monitoramento de Filipe hoje.”

Sant’Anna também criticou a proibição de entrevistas impostas a Filipe Martins, ao citar um episódio histórico. “Nelson Rodrigues teve um filho que foi preso durante a ditadura militar, e Flávio Cavalcanti foi até a prisão para entrevistá-lo“, recorda. “Hoje, nessa suposta democracia em que vivemos, não temos isso.”

STF analisa suposta viagem de Martins aos EUA

Parte central da defesa gira em torno da alegação de fraude nos registros migratórios que mostravam uma suposta viagem de Filipe Martins aos EUA. De acordo com Sant’Anna, as investigações em andamento nos EUA já tratam o episódio como falso.

“No dia 9 de abril, tivemos uma audiência muito importante”, recordou Sant’Anna. Atualmente, o processo nos Estados Unidos está na fase de disclosure, em que as partes devem, de maneira recíproca, contribuir para a instrução do processo. Segundo ele, “já se sabe” que o documento de entrada de Martins é falso.

O advogado relatou que a expectativa é esclarecer quem realizou a fraude, por qual razão e a mando de quem. “Esperamos que agora, nas próximas semanas, a gente tenha algum andamento mais concreto disso, já que o governo norte-americano sinaliza com alguma colaboração, para que a gente possa saber”, disse.

Durante a entrevista, Sant’Anna afirmou que o STF tem ignorado os argumentos técnicos da defesa e que o processo apresenta falhas graves. “É um processo que pretende julgar pessoas que supostamente praticaram um golpe, mas que se vale de mecanismos de exceção e de técnicas de interpretação que são absolutamente incompatíveis com a própria democracia”, afirmou.

Revista Oeste

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Geral

Entidade alvo da PF por fraude no INSS contratou filho de Lewandowski

Foto: Divulgação

Uma das entidades investigadas pela Polícia Federal (PF) por envolvimento no bilionário esquema de fraude nos descontos sobre aposentadorias do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) contratou o escritório do filho do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, quatro meses antes da operação deflagrada na última quarta-feira (23/4).

Em 2 de dezembro de 2024, o Centro de Estudos dos Benefícios dos Aposentados e Pensionistas (Cebap) acertou a contratação do escritório do advogado Enrique Lewandowski e de outras duas bancas de advocacia com o objetivo de “representar institucionalmente a associação” junto a vários órgãos federais “de forma a assegurar a manutenção do ACT (Acordo de Cooperação Técnica)”, que é o convênio com o INSS que permite os descontos de mensalidade associativa de aposentados e pensionistas.

Entre os órgãos listados no contrato está a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), órgão vinculado ao ministério comandado por Lewandowski, assim como a própria Polícia Federal. A Senacon tem como principal objetivo proteger os direitos dos consumidores e a prerrogativa de aplicar multas milionárias a entidades que cometem infrações ao Código de Defesa do Consumidor.

Além do órgão vinculado ao Ministério da Justiça, também são citados no contrato atuação junto ao próprio INSS, à Controladoria-Geral da União (CGU) e ao Tribunal de Contas da União (TCU), órgãos que começaram a investigar fraudes nos descontos a partir de dezembro de 2023, quando o Metrópoles publicou as primeiras reportagens revelando o esquema dos descontos indevidos.

Por meio de nota, a assessoria do ministro Lewandowski afirmou que “não há, nem houve, nenhuma atuação do referido escritório no âmbito do Ministério da Justiça e Segurança Pública”.

Já o advogado Enrique Lewandowski afirmou, por meio de sua assessoria, que o documento obtido pela reportagem “diz respeito a uma proposta de prestação de serviços na área do direito administrativo ao Centro de Estudos dos Benefícios dos Aposentados e Pensionistas (Cebap)” e que “não contempla atuação na esfera criminal”.

“Esclarece, ainda, que jamais atuou em nenhum processo no âmbito do Ministério da Justiça e Segurança Pública”, completa.

De acordo com o contrato, o valor dos honorários advocatícios ficou definido em R$ 200 mil por mês, sendo R$ 50 mil para o escritório do filho de Lewandowski, por um período de 12 meses, totalizando R$ 600 mil em um ano.

O contrato prevê atuação “no atendimento consultivo às fiscalizações demandadas pelos órgão reguladores dos ACTs” e “assessoria jurídica consultiva para evitar a desabilitação da cliente [Cebap] dos quadros do INSS como entidade autorizada a realizar descontos de mensalidades de seus associados, sempre em âmbito administrativo”.

“Para tanto, iremos participar de reuniões com as diferentes autoridades púbicas que possam tratar da referida habilitação, incluindo, mas não se limitando ao INSS, à Senacon, CGU, TCU e outros para apresentação, realização de diagnóstico e entendimento do estágio atual da relação da entidade com os órgãos”, afirma o contrato.

No dia da operação da PF, o ministro Ricardo Lewandowski convocou uma coletiva de imprensa em Brasília para explicar o escopo da investigação, que cumpriu 211 mandados de busca e apreensão e seis de prisão por desvio de dinheiro de aposentados que podem chegar a R$ 6,3 bilhões. O Cebap foi um dos alvos da operação — sofreu busca e apreensão em seu escritório na capital paulista.

Na última sexta-feira (25/4), o Ministério da Previdência decidiu suspender todos os acordos de cooperação em vigor e prometeu devolver o dinheiro descontado dos aposentados e pensionistas no mês de abril. Já a devolução dos descontos não reconhecidos pelos beneficiários realizados antes do mês passado, diz a pasta, “serão avaliados por grupo da Advocacia-Geral da União (AGU) que tratará do tema”.

Metrópoles

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Mundo

Trump completa 100 dias com impasse sobre tarifas e queda de popularidade

Foto: Reuters/Nathan Howard

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, completa 100 dias, nesta terça-feira (29), desde que assumiu seu segundo mandato na Casa Branca, em 20 de janeiro de 2025.

Desde a data, ele lançou uma guerra tarifária global sem precedentes e cortou a ajuda externa dos EUA. Falou sobre anexar a Groenlândia, retomar o Canal do Panamá e tornar o Canadá o 51º estado dos EUA.

Nos primeiros 100 dias desde que Trump retornou ao poder, ele travou uma campanha frequentemente imprevisível que abalou partes da ordem mundial baseada em regras que Washington ajudou a construir a partir das cinzas da Segunda Guerra Mundial.

“O que estamos vendo é uma enorme ruptura nos assuntos mundiais”, disse à Reuters Dennis Ross, ex-negociador do Oriente Médio para governos democratas e republicanos. “Ninguém tem certeza, neste momento, do que fazer com o que está acontecendo ou do que virá a seguir”, ele acrescentou.

A Casa Branca rejeita a ideia de que Trump tenha prejudicado a credibilidade dos EUA, citando, em vez disso, a necessidade de se recuperar do que chama de “liderança irresponsável” do ex-presidente Joe Biden no cenário mundial.

“O presidente Trump está tomando medidas rápidas para enfrentar os desafios, trazendo a Ucrânia e a Rússia à mesa de negociações para encerrar a guerra, estancando o fluxo de fentanil e protegendo os trabalhadores americanos, responsabilizando a China, e levando o Irã à mesa de negociações ao impor novamente a Pressão Máxima”, disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Brian Hughes, em um comunicado.

Ele acrescentou que Trump também estava “fazendo os houthis pagarem por seu terrorismo… e protegendo nossa fronteira sul, que estava aberta a invasões por quatro anos”.

No entanto, à medida que se aproximava dos 100 dias de sua Presidência, a visão dos americanos sobre o que ele fez até agora tornou-se profundamente negativa, revela uma nova pesquisa da CNN conduzida pela SSRS.

CNN

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Geral

VÍDEO: Vídeos de adolescente pregando geram indignação nas redes sociais

Vídeo: Reprodução/Instagram/Canal do Paulo Mathias

Nos últimos dias, vídeos de um jovem pregador adolescente têm circulado amplamente nas redes sociais, gerando debates acalorados e indignação entre internautas e líderes religiosos. As imagens mostram o adolescente, identificado como Miguel Oliveira, fazendo declarações polêmicas durante pregações e entrevistas, o que levantou questionamentos sobre a exposição de menores em ambientes religiosos e o conteúdo das mensagens transmitidas.​

Autointitulado “profeta”, Miguel aparece em pregações intensas, alegando realizar curas milagrosas, como a de uma mulher com leucemia, e solicitando doações via Pix, o que levantou questionamentos sobre a autenticidade de suas ações e a exploração da fé alheia.

O conteúdo vem gerando reações de líderes religiosos, psicólogos e internautas. Nas redes sociais, o termo “falso profeta” chegou a figurar entre os assuntos mais comentados, com milhares de postagens questionando a veracidade das cenas e a responsabilidade dos adultos ao redor do jovem. Já outros alertam para o risco de perseguição religiosa e pedem mais empatia na abordagem do caso.

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Geral

Em meio à investigação de fraude, Lula só deve demitir Lupi se houver provas contra ministro

Foto: Lula Marques/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva só deve demitir o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, se houver provas contra ele no caso das fraudes do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social). Segundo apurado pelo R7 e pela RECORD, o petista, por enquanto, não deve dispensar Lupi, que está no governo desde o início do mandato. Apesar de avaliarem que o ministro não está ameaçado, as fontes admitem que ele tem sido atingido pelo assunto. “Obviamente ele terá um caminho duro nos próximos dias”, destacou um interlocutor.

Apesar do desgaste e da “pancadaria”, como relatou uma fonte, Lupi não é oficialmente investigado pela operação da Polícia Federal e da CGU (Controladoria-Geral da União) da última terça-feira (22).

Lupi reconheceu, nessa segunda (28), que houve demora do INSS para investigar o esquema de desvio em benefícios de aposentados e pensionistas. Em reunião do Conselho Nacional de Previdência Social, ele argumentou que os processos internos do órgão são demorados porque o instituto não é “um botequim de esquina”.

Apesar do contexto, pessoas que estiveram no encontro do conselho dessa terça relataram à reportagem que a atmosfera da reunião ficou dentro do previsto, com clima “sóbrio e um pouco tenso”. O assunto não estava na pauta do grupo, que se reúne todo mês, mas foi abordado por Lupi logo na fala de abertura.

O ministro recebeu as primeiras denúncias sobre possível fraude no INSS em junho de 2023 e determinou que o assunto fosse investigado, o que foi concluído em setembro do ano passado. “Eu pedi à época, instruí, para que o INSS, que é a instituição responsável pela ação dessa política pública, começasse a apurar essas denúncias apresentadas. Levou-se tempo demais”, admitiu.

R7

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Prefeito Jaime Calado concede benefícios fiscais à Zurich Airport para impulsionar o desenvolvimento e geração de emprego

Foto: Divulgação

A Prefeitura de São Gonçalo do Amarante deu mais um passo estratégico para o fortalecimento da economia local com a assinatura do ato de concessão de benefício fiscal à Zurich Airport, operadora do Aeroporto Internacional Governador Aluízio Alves. A assinatura do documento aconteceu nesta segunda-feira (28) pelo prefeito Jaime Calado e o secretário municipal de Tributação, Valério França, e garante a redução da base de cálculo da alíquota do Imposto Sobre Serviços (ISS) para 2% pelo prazo de dez anos.

“São Gonçalo do Amarante possui hoje uma das legislações mais modernas do Brasil para fomentar a instalação e a permanência de empresas em nosso município. Essa política de incentivo garante a geração de empregos, o crescimento econômico e a qualidade de vida da nossa população”, afirmou Jaime Calado.

Durante a cerimônia, o prefeito destacou que novas parcerias estão sendo articuladas para impulsionar ainda mais o desenvolvimento do Complexo Aeroportuário.

“Nosso objetivo é tornar São Gonçalo do Amarante um polo de desenvolvimento econômico, gerando oportunidades para quem vive aqui. Estamos trabalhando de forma planejada para garantir um futuro de progresso e mais dignidade para a nossa gente”, disse Jaime Calado.

Para Ricardo Gesse, CEO da Zurich Airport Brasil, a habilitação da concessionária no programa municipal de incentivo fiscal consolida a confiança no município e no Estado.

“É fundamental estarmos enquadrados no decreto do ISS 2%. Operamos há um ano em São Gonçalo e agora celebramos essa habilitação, que reforça nosso compromisso com o Rio Grande do Norte e com a cidade. Anunciamos R$ 25 milhões em novos investimentos e a criação de mais de 60 postos de trabalho”, disse Gesse.

“A relação da gestão municipal com a iniciativa privada é marcada pelo profissionalismo e pela transparência, o que nos dá segurança para investir ainda mais”, acrescentou o CEO.

A cerimônia também marcou a inauguração da Sala Multissensorial do aeroporto, espaço dedicado ao acolhimento de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e suas famílias. A expectativa é atender de três a cinco famílias por semana.

O evento contou com a presença de secretários do Governo do Estado, representando a governadora Fátima Bezerra, funcionários da empresa Zurich Airport e secretários municipais.

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Geral

Por 6×4, STF referenda decisão de Moraes e mantém prisão de Collor

Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta segunda-feira (28) referendar a decisão do ministro Alexandre de Moraes e manter a prisão do ex-presidente Fernando Collor.

O placar final foi de 6×4. Votaram para acompanhar a decisão de Moraes: Flávio Dino, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia e Dias Toffoli.

Os ministros André Mendonça, Luiz Fux, Nunes Marques e Gilmar Mendes divergiram e votaram para revogar a prisão.

Os quatro ministros divergentes consideraram que o recurso apresentado pela defesa de Collor tem base no Regimento Interno do STF e deveriam ser acatados.

Fux, Gilmar e Mendonça também mencionaram discordar de Moraes ao dizerem que o recurso não foi “meramente protelatório”.

Decisão de Moraes

Moraes pediu a prisão imediata do ex-presidente na quinta-feira (24), após rejeitar o segundo recurso da defesa de Collor, que foi condenado — em maio de 2023 — a oito anos e dez meses de prisão por participação em esquema de corrupção na BR Distribuidora, atual Vibra.

Neste segundo recurso, a defesa que fosse considerada a pena sugerida pelos ministros que votaram por punições mais leves durante sua condenação em 2023: André Mendonça, Nunes Marques, Dias Toffoli e Gilmar Mendes.

Na decisão, Moraes afirmou que esse tipo de pedido só é aceito quando ao menos quatro ministros votam pela absolvição total, o que não aconteceu, nem mesmo se os crimes forem analisados separadamente.

O ministro disse ainda que a defesa de Collor tinha “intenção protelatória” ao entrar com o segundo recurso, já que não apresentou fatos novos. Com isso, julgou ser necessário que a decisão seja cumprida de forma imediata.

A decisão ainda precisava ser referendada pelo Plenário da Corte, que iniciou o julgamento na sexta-feira (25). Naquele dia, a votação foi suspensa por pedido de destaque de Gilmar Mendes, o que levaria o julgamento para o plenário físico.

No entanto, o ministro recuou da decisão, permitindo que a análise prossiga no plenário virtual, onde não há debates entre os ministros — apenas o registro dos votos no sistema eletrônico do STF.

Segundo apurou a CNN, houve uma articulação para que Mendes retirasse o pedido de destaque. A avaliação interna foi de que seria ruim manter a prisão de Collor com uma decisão monocrática, especialmente porque a próxima sessão presencial da Corte está prevista apenas para o dia 7 de maio.

Em 2023, a maioria dos ministros da Corte entendeu ter ficado comprovado que Collor recebeu R$ 20 milhões de propina entre 2010 e 2014 para facilitar a construção de obras da UTC Engenharia na BR Distribuidora usando sua influência política como senador.

Ele não foi preso na época porque ainda cabiam recursos da decisão. Essas possibilidades de recurso ficam agora esgotadas com a terceira condenação pela Corte.

O ex-presidente foi preso na madrugada de sexta-feira (25), em Maceió, Alagoas, e segue em sala especial do presídio. A defesa tenta prisão domiciliar e alega que Collor tem mais de 75 anos e sofre com comorbidades graves.

CNN

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Geral

Governo Lula usa cargos em conselhos para agradar Motta, Alcolumbre e partidos aliados

Foto: WILTON JUNIOR/ ESTADÃO

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva utiliza cargos em conselhos de empresas estatais para prestigiar sua base no Congresso. Figuras ligadas aos presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, foram contempladas na distribuição desses postos, que, além de influência na gestão dos negócios, rendem remunerações adicionais ao salário – os chamados jetons.

O Planalto diz que as nomeações seguem exigências da Lei das Estatais e passam por avaliação dos comitês de elegibilidade das empresas que verificam a conformidade dos processos de indicação. A reportagem também procurou os parlamentares e seus auxiliares por meio das assessorias de imprensa, mas não obteve resposta.

Conforme revelou o Estadão, há 323 aliados do petista indicados para colegiados de empresas públicas ou privadas. Em alguns casos, as nomeações ignoram critérios de formação técnica e experiência profissional condizente com os ramos de atuação das companhias. A lista de beneficiados inclui não só ministros, dirigentes petistas e servidores comissionados, mas também pessoas ligadas a parlamentares com influência sobre a pauta do Legislativo.

Assistente técnico no gabinete de Motta desde fevereiro, Marcone dos Santos é membro do conselho fiscal da Infraero, responsável pela operação e pelo aprimoramento da infraestrutura dos aeroportos do País. Ligado ao Republicanos, sua indicação partiu do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, de quem foi assessor quando o chefe da pasta exercia mandato na Câmara. Santos também passou pelo gabinete do deputado Ossesio Silva (Republicanos-PE).

Mariangela Fialek, assessora da Presidência da Câmara, é conselheira da Brasilcap, uma subsidiária do Banco do Brasil que atua na emissão de títulos de capitalização. Ela é ligada ao antecessor de Motta, o deputado Arthur Lira (PP-AL), e foi mantida no cargo após a troca de comando na Casa.

Fialek – ou Tuca, como é chamada por aliados – é uma figura conhecida nos corredores do Congresso. Na condição de auxiliar de Lira e assessora da Liderança do PP, foi uma das principais articuladoras da distribuição de emendas entre deputados e teve atuação destacada no orçamento secreto. Em 2022, às vésperas da eleição presidencial, era ela quem recebia parlamentares e assessores em uma sala para deliberar sobre a repartição dos recursospara redutos eleitorais.

Também já trabalhou com o ex-senador Romero Jucá (MDB-RR) e com o ex-presidente Michel Temer (2016-2018), a quem serviu na Secretaria de Governo da Presidência da República. Sob Jair Bolsonaro, trabalhou no Ministério do Desenvolvimento Regional, na gestão de Rogério Marinho (PL-RN), hoje senador.

O perfil dela é similar ao de Ana Paula de Magalhães Albuquerque Lima, chefe de gabinete de Davi Alcolumbre e principal assessora do presidente do Senado em assuntos relacionados ao orçamento público. Ela integra os conselhos fiscal da Caixa Loterias e de administração da PPSA, estatal constituída para a exploração do pré-sal. A remuneração dos dois cargos rendem R$ 13,7 mil mensais.

No fim do ano passado, um relatório da Polícia Federal sobre supostos desvios de recursos de emendas revelou que empresários investigados repassavam o contato dela entre si. Um deles é Marcos Moura, apelidado de “Rei do Lixo”.

Outro representante da cota do Congresso é Inácio Melo Neto, presidente da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CRPM) e membro do conselho de administração da entidade vinculada ao Ministério de Minas e Energia. Ele é marido da senadora Eliziane Gama (PSD-MA).

Somam-se a ele ainda o chefe de gabinete do senador Otto Alencar (PSD-BA), Fabio Coutinho, conselheiro de administração da Nuclep, estatal que produz equipamentos para os setores nuclear, de defesa, de óleo e gás, e de energia, e Micheline Xavier Faustino, assessora do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), antecessor de Alcolumbre. Ela integra conselhos da PPSA e da Eletronuclear.

Estadão

Opinião dos leitores

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Brasil

Anitta tenta barrar farmacêutica de usar nome dela em novos remédios


A cantora Anitta está travando uma batalha para impedir o uso de seu nome artístico em produtos que não estejam ligados à sua imagem. A disputa é contra a farmacêutica responsável pelo vermífugo “Annita”, que além de fabricar o medicamento, também possui o registro da grafia “Anitta”, idêntica à usada pela artista.

O problema começou quando a empresa solicitou a ampliação do registro para atuar no setor de cosméticos. Preocupada com a associação de sua imagem a outros produtos, Anitta, por meio de seus escritorio, entrou com um pedido no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) para impedir a expansão do uso da marca.

Além dessa disputa com a farmacêutica, a cantora também tenta barrar uma empresa finanças que registrou o nome “Anitta” para a produção de gim. Determinada a proteger sua identidade, a artista quer garantir que seu nome continue sendo relacionado exclusivamente aos seus projetos musicais e comerciais.

Correio Brasiliense 

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