Em entrevista ao jornal O POTI, versão dominical do Diário de Natal, a prefeita Micarla de Sousa diz, com todas as letras, que a bancada federal do Rio Grande do Norte não tem ajudado em nada a capital durante a sua administração.
“A bancada federal virou as costas para Natal” afirmou a prefeita, ainda disse mais, alguns até se compremeteram, mas na hora do vamos ver, viraram as costas para a capital.
Apesar de parecer desculpa para os problemas administrativos e políticos que tem enfrentado, sobretudo de 2010 para cá, a afirmação da prefeita deve merecer um cuidadoso exame.
É verdadeiro afirmar que a prefeita, pelos erros e enganos que cometeu nos últimos dois anos e meio, isolou-se politicamente e aumentou, ainda mais, a instabilidade que ronda sua administração.
Também é correto dizer que a absoluta maioria dos 11 parlamentares federais deve e muito a sua eleição aos votos recebidos na capital, principal reduto eleitoral do Estado e centro de uma região metropolitana onde moram 40 em 100 habitantes do Rio Grande do Norte. E os problemas são diretamente proporcional aos aglomerados urbanos que Natal lidera.
Portanto, ainda que a prefeita não tenha demonstrado grande capacidade de administrar os problemas – enrolando-se em situações administrativas consideradas fáceis para tem quem experiência – não deveria ter lhe faltado apoio na condução de projetos voltados para a solução dos graves problemas que Natal enfrenta.
As declarações da prefeita deverão merecer resposta da bancada federal. Senadores e deputados federais devem vir a público dizer o que tem feito por Natal. Mas, desde já, as declarações de Micarla soam como declaração de isolamento de quem já não conta com base alguma de apoio político e administrativo.
COMPARANDO-SE COM ALDO TINOCO
Ainda na entrevista a O POTI, Micarla aumenta ainda mais o fosso que a separa de uma hoje muito improvável recuperação perante a opinião pública natalense. Ela repete a tese de que não tem sobrenome político famoso e diz que o último prefeito de Natal a viver a mesma situação foi o engenheiro sanitarista Aldo Tinoco Filho.
Ao lembrar Aldo Tinoco, que administrou Natal de 1993 a 1996 e não deixou boas lembranças e de quem o povo não guarda saudade, Micarla incorre no erro de comparar-se justamente aquele que é usado como parâmetro pelos que criticam diuturnamente. “Micarla consegue ser pior do que Aldo”. A frase corrente entre os oposicionistas e críticos é o máximo em ofensa política considerando como terminou a administração do engenheiro.
O mais preocupante da entrevista da prefeita é que, criticando a bancada federal e comparando-se a Aldo Tinoco em termos de falta de sobrenome tradicional – esquecendo-se que é filha de Carlos Alberto que saiu de vereador a senador numa carreira impressionante para o filho de um ferroviário – Micarla não melhora em nada sua imagem. Parece apenas antecipar um final melancólico para a sua gestão.
* A Prefeita se referiu a excessão na bancada federal. Que com certeza é o Deputado Henrique Alves, que tem sido um parceiro imprescindível para ela.
Mas o problema é justamente esse, falta de bons projetos. Na realidade ela não tinha projejos para governar a capital.
UMA INJUSTIÇA COM O DEP. HENRIQUE EDUARDO, QUE TEM FEITO DE TUDO JUNTO AO GOV. FEDERAL PARA AJUDAR ESTA SENHORA.
A Prefeita na Entrevista deixou claro que tinha excessão. Apesar de não nominar com certeza ela se referiu a Henrique.
Já que vc caiu de inocente na política do RN e se elegeu prefeita da capital com o apoio de todos esses que vc mesmo afirma que a abandonaram, procure fazer a diferença agora. Mostre bons projetos que a sua Presidenta Dilma atropela todos esses amigos infiéis e a nossa cidade volta a respirar feliz. Siga o meu conselho e boa sorte!