Há três meses a jornalista Juliana Lobo vive um dilema com o filho Pedro Emanuel Lobo Santana, de um ano e nove meses. Pedro nasceu com a Síndrome de West, uma síndrome neurológica que provoca convulsões através de espasmos. Para frear essas convulsões, Pedro diariamente precisa tomar três tipos de medicação, uma delas de alto custo: a Sabril de 500mg. Uma caixa do medicamento chega a custar R$ 214 e ele toma duas por mês. “São quatro comprimidos de Sabril por dia”, lembra a mãe.
O problema é que a medicação, que por lei deveria ser disponibilizada pelo Estado, há três meses está em falta na Unidade Central de Agentes Terapêuticos (Unicat), localizada no bairro do Tirol, em Natal. De lá para cá, Juliana diz que tem recebido ajuda financeira de familiares para comprar o medicamento em farmácias particulares.
“É a forma que tenho encontrado para comprar esse medicamento, mas o que temo é que ele chegue a faltar também nessas farmácias”, diz Juliana.
A mãe conta que por três meses conseguiu retirar o medicamento na Unicat normalmente, mas o Sabril faltou nos estoques da Unidade e desde então ela está tendo que comprar o remédio em farmácias particulares.
“A minha grande preocupação é que já liguei várias vezes para Unicat e para a assessoria do governo, mas não obtive resposta de quando esse medicamento será disponibilizado novamente. O que eles dizem é que a medicação está empenhada e sem previsão de chegar”, relata.
A mãe teme que o filho venha a ficar sem receber a medicação, essencial no tratamento da síndrome. “Sem esse remédio, as convulsões podem aumentar e se tornar um problema mais sério. Se esse remédio faltar aqui em Natal, como vou fazer? Tenho que recorrer aos meus familiares que moram fora. Mas quem não tem família fora, nem como comprar esse medicamento, como fica a situação?”, indaga.
A equipe do Defato.com entrou em contato com a assessoria da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap). A reportagem foi informada que a secretaria já conhece o problema, mas que o estoque do medicamento ainda não foi reposto porque o sistema eletrônico de compras encontra-se fechado e só deve voltar a operar em fevereiro. Só então, segundo a nota, o pagamento da aquisição empenhada será efetuado.
Fonte: DeFato.com
Realmente minha linda já começou a faltar pois dez da semana passada n to conseguindo nas farmácias e o da minha filha só d até quarta feira estou desesperada .
Minha filha toma somatropina (hormônio para o crecimento) e está faltando na unicat. O que fazer qdo existe um tempo para o tratamento e esse governo irresponsável não compra a medicação (que é recurso federal) e mostra o descaso com a saúde da população. isso é pq a governadora é uma médica. Irresponsável!
Faltar SABRIL 500mg na UNICAT não é novidade…Meu filho também faz uso desse medicamento e também estou tendo que adquirir 2 caixas/mês com recursos próprios desde Novembro/2012…Mas essa não foi a primeira vez, durante o ano de 2011 comprei o medicamento o ano inteiro porque não foi disponibilizado na UNICAT.
Vale registrar que os pais de crianças especiais tem muitas outras despesas além do SABRIL 500mg…e por se tratar de um medicamento de alto custo, até nas farmácias de Natal não sendo fácil adquirir. Temos que cobrar uma ação do Ministério Público do RN para garantir a distribuição contínua dos medicamentos para todos os pacientes, principalmente os portadores de necessidades especiais!!!!