Por Ciro Marques – Jornal de Hoje
Conversar com filiados, atender demandas, prestar contas sobre utilização de recursos, trabalhar para manter a sigla forte em Natal e, claro, tomar decisões sobre o futuro partidário. Essas são as principais atribuições do presidente de um Diretório Municipal. E assim também é no PMDB, uma das siglas de maior destaque e tradição da Capital do Estado. Diante disso, o deputado estadual Hermano Morais, garante que será do Diretório Municipal do PMDB, presidido por ele, a decisão sobre a eleição de 2016 em Natal e se os peemedebistas terão candidatura própria mais uma vez ou não.
O poder de decisão do Diretório Municipal do PMDB sobre isso pareceria obvio. O problema é que nas últimas semanas ganharam força, novamente, as conversas de bastidores sobre uma eventual adesão do partido ao governo municipal de Carlos Eduardo Alves, do PDT, que é primo de Henrique Eduardo Alves, presidente estadual do PMDB, e do senador Garibaldi Alves Filho, também peemedebista. E a adesão incluiria o apoio da sigla ao desejo de reeleição do PDT. Seria a retribuição pelo fato do prefeito ter aceitado apoiar Henrique na disputa pelo Governo do Estado no ano passado.
As conversas, nesse sentido, estariam bem adiantadas. Tanto que Henrique, Garibaldi e o deputado federal Walter Alves (também do PMDB), já teriam até visitado o prefeito Carlos Eduardo Alves na casa de praia dele, no litoral Sul da Grande Natal, para tratar da adesão. Quais seriam os espaços ocupados pelos peemedebistas no governo municipal e quando a decisão seria oficializada.
Essa aproximação, no entanto, não havia contemplado o presidente do Diretório Municipal do PMDB. “Estou sabendo pelas notícias publicadas em jornais e blogs sobre o assunto, mas não houve qualquer conversa comigo neste sentido. Se existe algo no sentido de adesão, não passou por mim”, afirmou Hermano Morais, revelando que, na última semana, recebeu uma ligação de Henrique até dizendo que queria conversar com ele, mas “não antecipou qual seria o assunto e ainda não tivemos esse encontro”.
Porém, Hermano Morais prefere não acreditar que o presidente do Diretório Estadual tenha tomado tal atitude sem ouvir o líder do Diretório Municipal, até porque Henrique é ciente que uma adesão interferiria diretamente no projeto partidário de 2016 e o PMDB ainda não decidiu se trabalhar para ter candidatura própria ou não e o presidente do Municipal, Hermano, é um claro defensor a candidatura própria.
Isso porque, para Hermano Morais, a candidatura própria é a principal forma do partido se popularizar, mostrar força e discutir um projeto para Natal. Em 2012, por exemplo, apesar de pouco acreditado, Hermano conseguiu, como candidato próprio do PMDB, chegar ao segundo turno na disputa contra Carlos Eduardo, que já havia governado a capital potiguar por dois mandatos e, por isso, era bem mais popular que ele.
E, neste ano ao defender candidatura própria, Hermano já afirmou revelou que poderá, se o partido assim escolher, ser novamente candidato, tendo a seu favor a bagagem de já ter participado de uma eleição majoritária para o Executivo Municipal.
“Qualquer decisão para formar uma chapa ou incluir a uma coligação passa pelo Diretório Municipal. Henrique, como presidente do Diretório Estadual, e Garibaldi, como maior nome do partido no Estado, serão ouvidos. Claro. São grandes líderes. Mas a decisão será do Diretório Municipal”, ressaltou Hermano Morais, afirmando que esse entendimento terá que ouvir os vereadores da sigla em Natal, Felipe Alves, Bertone Marinho e Ubaldo Fernandes – três que, rotineiramente, votam junto com a bancada governista na Câmara Municipal.
“Vamos ouvir também a população. Dialogar com lideranças e buscar um entendimento no momento oportuno. Não existe nenhuma vaidade pessoal. A decisão será tomada no momento certo”, afirmou Hermano, mostrando não acredita que Henrique poderá tomar qualquer decisão de adesão sem ouvir os demais correligionários e filiados do PMDB em Natal – inclusive, o presidente de Diretório Municipal.
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Parabéns à PM em Jucurutu que atuou com eficiência. Minhas tias estavam na loja quando eles chegaram armados. Desconfiados, foram embora. Um conseguiu fugir e estão muito preocupados. Criminalidade invadindo o interior.