Ontem num post onde denominamos “bombardeio em Henrique não para…” postamos o seguinte: “o potiguar líder disparado para ser o futuro presidente da Câmara é vitima do fogo amigo e do fogo inimigo.
Henrique já passou por momentos como esse e o resultado não foi satisfatório para o deputado, resta saber se agora ele está mais preparado para o bombardeio.
A boca miúda não é novidade aqui no RN a relação dos Prefeitos e políticos do PMDB com a empresa do braço direito do deputado, o empresário Aluízio Dutra. Mais contratos entre Prefeituras do PMDB no RN, emendas de parlamentares executadas pela empresa de Aluízio deverão aparecer nos próximos dias.
Agora resta saber se tem realmente algo ilegal ou se estão querendo apenas detonar as pretensões de Henrique na câmara”
Pois bem, Aluízio braço direito de Henrique pediu exoneração ontem, Dutra pessoa de extrema confiança de Henrique de longos anos, responsável inclusive pelas coisas pessoais do deputado sai de cena tardiamente, grande veículos nacionais estavam ontem buscando mais informações sobre essa relação e outras do deputado aqui em Natal, vasculhando convênios de prefeitos do PMDB e de emendas de deputados estaduais do partido executadas pela construtora que Dutra é sócio.
Acredito que o fofo amigo e inimigo em cima de Henrique continuará mais alguns dias, o deputado tenta imprimir uma agenda positiva através de viagens e reuniões nacionais para colocar definitivamente sua vitória para a Presidência da Câmara enquanto aciona pessoas próximas para tentar estancar a sangria, principalmente o vice-presidente Michel Temer.
Segue reportagem da Agência Estado
Brasília – O empresário Aluizio Dutra de Almeida, assessor do líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), pediu demissão ontem. Henrique Alves é o favorito na disputa para a presidência da Câmara para o próximo biênio. A eleição será no dia 1º de fevereiro. Concorrem também os deputados Júlio Delgado (PSB-MG) e Rose de Freitas (PMDB-ES).
De acordo com notícias da Folha de S.Paulo, publicadas no domingo e ontem, o assessor é sócio da Bonacci Engenharia e Comércio Ltda, uma empresa que recebeu dinheiro público de emendas parlamentares do próprio Henrique Alves. Pelo menos três prefeituras do Rio Grande do Norte contrataram a empresa por meio de emendas apresentadas Henrique Alves ao Orçamento Geral da União. Também foi divulgado que o Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs), controlado por Henrique Alves, repassou mais R$ 1,2 milhão para a Bonacci Engenharia por meio de convênios com prefeituras. Aluizio Dutra é tesoureiro do PMDB do Rio Grande do Norte. Ele trabalhava com o líder do PMDB desde 1998.
“Diante dos questionamentos suscitados pela imprensa envolvendo o meu nome como sócio quotista de empresa na qual nunca exerci função de gerência e embora os atos questionados tenham sido praticados através de licitação e fiscalizados pelos órgãos de controle estatal, como CGU e TCU, pedi minha exoneração do cargo, em caráter irrevogável”, destacou o ex-assessor na carta de demissão.
Segundo reportagem do jornal O Globo, Henrique Eduardo Alves está sendo alvo do “fogo amigo”, reflexo não apenas da disputa pelo principal cargo do Congresso Nacional, mas também devido à eleição para o novo líder do PMDB, que envolve três parlamentares peemedebistas.
Na disputa pela liderança do partido, que possui a segunda maior bancada na Câmara, estão de um lado Henrique Eduardo Alves e o vice-presidente Michel Temer, cujo candidato é o deputado federal Sandro Mabel. O cargo também é pretendido pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Cunha é aliado dos peemedebistas Geddel Vieira Lima e do irmão Lúcio Vieira Lima. O terceiro candidato na disputa é Osmar Terra, deputado federal pelo Rio Grande do Sul.
Além das denúncias nos jornais sobre ingerência na liberação de emendas parlamentares, a revista Veja, desta semana, publica que a verba de gabinete do peemedebista teria, supostamente, “sido usada para pagar gastos com locação de automóvel contratada a uma empresa fantasma”.
Em nota, a assessoria do deputado nega a informação e destaca que a empresa Global Transportes, sediada no Distrito Federal, presta serviço regular ao parlamentar. A assessoria do deputado afirma que “apesar da empresa contratada pelo gabinete parlamentar, Global Transporte, estar legalmente constituída e haver apresentado toda documentação exigida para fornecer o serviço, foi determinada, pelo deputado, a apuração rigorosa da existência de possíveis irregularidades conforme noticiadas na reportagem”.
Segundo o jornal O Globo, um dos interlocutores do deputado Henrique Alves relaciona as denúncias à guerra que se trava no partido pela liderança, envolvendo o deputado Eduardo Cunha com apoio do grupo de Geddel Vieira Lima: “Quem era para estar apanhando era Renan (Calheiros, que disputa a presidência do Senado), mas, de repente, o mundo de Henrique é que desabou. Aí tem fogo, e é fogo amigo. Quem ia saber de emendas e locação de carros de Henrique? Geddel e Henrique nunca se bicaram, e ele, como ministro, sabia de todo o trâmite de emendas do PMDB”.
Ouvido pelo jornal carioca Eduardo Cunha joga as suspeitas sobre autoria das denúncias para o PT: “O PMDB está unido no mesmo propósito e não faria fogo amigo contra o Henrique. O mais provável é que seja fogo contra o PMDB. Talvez de quem não quer o PMDB no comando das duas Casas”.
DNOCS
O jornal Folha de São Paulo relaciona a liberação das emendas individuais propostas pelo deputado federal Henrique Eduardo Alves com a contratação de empresa Bonacci Engenharia e Comércio Ltda, que tem como um dos sócios Aluizio Dutra de Almeida, que estava, até ontem, lotado no gabinete do deputado federal pelo PMDB.
De acordo com o jornal paulista, o líder peemedebista teria liberado recursos, por intermédio das emendas, para as prefeituras de Campo Grande (R$ 195 mil), Brejinho (R$ 92 mil) e São Gonçalo do Amarante R$ 192 mil), todas, na época, eram administradas por peemedebistas, e os valores das emendas originaram contrato com a empresa do assessor Aluízio Dutra.
A Folha de São Paulo divulgou também que o Dnocs, dirigido por Emerson Fernandes Daniel Júnior, teria beneficiado, por intermédio de convênios, as prefeituras de Alto do Rodrigues, São João do Sabugi e Coronel Ezequiel.
As três receberam cerca de R$ 1,2 milhão para combate a desastres e contrataram, para os serviços, a Bonacci Engenharia.
Segundo a Folha de São Paulo, diversas emendas individuais do parlamentar foram liberadas para prefeituras e para o DNOCS e culminaram com a contratação de serviços da Bonacci.
Ao jornal paulista, o atual diretor-geral do Dnocs, Emerson Daniel Júnior, negou interferência de Henrique Eduardo em convênios feitos pelo órgão.
“Não houve nem tem havido qualquer pedido ou interferência do deputado. Cabe e coube às prefeituras municipais solicitarem os convênios, efetuar os procedimentos licitatórios em estrita obediência aos ditames legais e, na sequência, contratar aquela empresa que apresentou a melhor e menos onerosa proposta”, afirmou Daniel Júnior. A assessoria de imprensa do Dnocs informou, à FSP, que esses convênios fazem parte do apoio a obras preventivas de desastres tocadas com orçamento da Secretaria de Defesa Civil.
Comente aqui