Está na Folha de São Paulo, todo dia agora as denúncias contra o Dep. Henrique Alves ganham as páginas nacionais, o potiguar líder disparado para ser o futuro presidente da Câmara é vitima do fogo amigo e do fogo inimigo.
Henrique já passou por momentos como esse e o resultado não foi satisfatório para o deputado, resta saber se agora ele está mais preparado para o bombardeio.
A boca miúda não é novidade aqui no RN a relação dos Prefeitos e políticos do PMDB com a empresa do braço direito do deputado, o empresário Aluízio Dutra. Mais contratos entre Prefeituras do PMDB no RN, emendas de parlamentares executadas pela empresa de Aluízio deverão aparecer nos próximos dias.
Agora resta saber se tem realmente algo ilegal ou se estão querendo apenas detonar as pretensões de Henrique na câmara. Segue matéria da folha:
A empresa de um assessor do líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), recebeu pelo menos R$ 1,2 milhão de um órgão do governo federal controlado politicamente pelo deputado.
Os recursos saíram dos cofres do Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas), ligado ao Ministério da Integração Nacional e sob a influência de Henrique Alves desde a gestão Lula.
O deputado indicou o diretor-geral atual, Emerson Fernandes Daniel Júnior, e o anterior, Elias Fernandes, ambos do Rio Grande do Norte.
Ele é o favorito na eleição à presidência da Câmara, em fevereiro, com apoio da base do governo Dilma Rousseff e de partidos da oposição.
A Folha revelou ontem que emendas parlamentares do deputado aos ministérios do Turismo e das Cidades também foram parar na mesma empresa por meio de convênios das pastas com prefeituras do Rio Grande do Norte.
Henrique Alves indicou o destino do dinheiro, o governo federal liberou o recurso, que voltou para o assessor lotado no gabinete da Câmara.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
CONVÊNIOS
A empresa que obteve esses recursos –tanto os liberados pelo Dnocs como os com origem nas emendas parlamentares– é a Bonacci Engenharia e Comércio Ltda.
Ela tem como um dos sócios Aluizio Dutra de Almeida, assessor do gabinete do líder do PMDB na Câmara e tesoureiro do diretório regional do partido, presidido pelo próprio Henrique Alves.
A influência do deputado no órgão federal existe ao menos desde 2007, quando ele indicou com sucesso Elias Fernandes, hoje secretário-geral do PMDB potiguar, para ser diretor-geral do Dnocs.
De lá para cá, o órgão fez convênios com as cidades de Alto do Rodrigues, São João do Sabugi e Coronel Ezequiel (todas do RN), na área de combate a desastres.
Em junho de 2010, a prefeitura do primeiro município fechou a contratação da empresa do assessor de Henrique Alves por R$ 630 mil para cuidar do convênio com o Dnocs, no mesmo valor, para a construção de 40 casas.
No mesmo ano, a Prefeitura de São João do Sabugi usou os recursos do órgão para pagar R$ 420 mil à Bonacci para construir barragens.
A empresa prestou o mesmo tipo de serviço para a Prefeitura de Coronel Ezequiel por R$ 142 mil, dinheiro que também saiu de um convênio com o Dnocs assinado por Elias Fernandes.
Além do assessor do deputado, a empreiteira tem como sócio Fernando Leitão de Moraes Júnior, irmão de Hermano Moraes, vice-presidente do PMDB no RN e que disputou (e perdeu) a eleição para prefeito de Natal em 2012.
Na ocasião dos convênios, os prefeitos das três cidades eram do PMDB, mesmo partido de Henrique Alves.
Em janeiro do ano passado, Elias Fernandes teve de deixar a direção-geral da autarquia em meio à acusação de irregularidades no cargo.
Um relatório da CGU (Controladoria-Geral da União) apontou desvio de R$ 192 milhões em obras tocadas pelo órgão. No lugar dele, Henrique Alves emplacou Emerson Fernandes Daniel Júnior.
Como este assessor (Aluizio Dutra) aqui em Natal tem muitos, ou seja funcionario publico "EMPRESARIO" e empresario "FUNCIONARIO PUBLICO" . Pior que na sociedade se gabam de "grandes empreendedores". Eh mole???
Triste é ver a omissão do Ministério Público em relação a empresa de Aluízio Dutra. O MP tem inúmeros documentos e várias denúncias dessa rotineira ação. Pesos diferentes e medidas diferentes?