Os fãs dos produtos da Apple estão ansiosos pela chegada ao mercado do novo iPhone 5, mas, no Brasil, diversos sites aproveitam a onda e oferecem o modelo genérico “HiPhone 5”. Por R$ 289 é possível encomendar o telefone xing-ling no Groupon. O iPhone 4S mais barato custa R$ 1.999.
As similaridades entre o produto original e a cópia se resumem à carcaça. Por dentro, os componentes são bem diferentes. Por exemplo, o HiPhone tem sistema operacional Android customizado para copiar o iOS, câmera com apenas 2 megapixels e se conecta à internet apenas por wi-fi. O iPhone 5 tem conexão 4G e câmera de 8 megapixels.
Por meio de assessoria, o Groupon informa que “apresenta sempre de forma clara aos clientes todas as características do produto ou serviço ofertados no site”, ressaltando que o site “não comercializa produtos piratas em seu site e que condena a prática”.
Para o consultor do Grupo de Proteção à Marca (BPG, da sigla em inglês) Milton Vieira, o smartphone ofertado pelo site de compras coletivas é um produto pirata.
– A imitação de marcas, como Apipas no lugar de Adidas ou HiPhone em vez de iPhone, é pirataria – diz.
Segundo o consultor, um dos maiores problemas do e-commerce é a falsificação. No comércio tradicional, o consumidor pode analisar o produto e confiar na loja. Pela internet, ele tem apenas as fotos e descrições. Além disso, sites reconhecidos, que aparentam ser confiáveis, vendem mercadorias piratas.
– Nas compras coletivas, o consumidor está sendo duplamente enganado. Pela empresa que vende e pelo site, que passa a ideia de ser mais barato por estar em promoção – afirma Vieira.
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