Jornalismo

Sarney passa bem após cateterismo, diz assessor

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), passa bem após umprocedimento de cateterismo, seguido por angioplastia com a colocação de “stent”, realizado na madrugada deste domingo (15), segundo informou seu assessor Fernando Mesquita. Ele segue internado na UTI do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

A previsão é que um boletim médico seja divulgado por volta das 12h deste domingo.

De acordo com Mesquita, Sarney está com sua esposa, Marly Sarney, e está sob observação médica, podendo sair da UTI aproximadamente 24 horas após a realização do procedimento. O assessor diz que o tempo do presidente na UTI “é padrão” para casos como este.

Sarney chegou ao hospital no final da tarde de sábado (14) para se submeter a exames. Ele foi recebido pelo cardiologista Roberto Kalil Filho, médico pessoal e responsável pelo tratamento contra o câncer pelos quais passaram a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Kalil coordena a equipe que cuida do senador.

Segundo informou a assessoria de Sarney, ele se sentiu mal na noite desta sexta (13) na residência oficial, em Brasília. No sábado, o presidente do Senado, que está com 81 anos, viajou da capital federal para São Paulo e adiantou um “check-up” que já estava previsto.

Logo após ser internado, os médicos detectaram um quadro de insuficiência coronária, que pode ter sido causado pelo entupimento de uma artéria. De acordo com boletim divulgado à 1h55 deste domingo, a equipe médica optou pela realização do cateterismo após Sarney sentir dor no peito. O boletim ainda informou que o quadro do senador é estável. Ainda não há previsão de alta.

O cateterismo é um exame feito por meio da introdução de um cateter em um vaso sanguíneo para chegar ao coração. Já a angioplastia é o desentupimento do vaso sanguíneo com o implante do “stent”, uma espécie de “molinha” colocada dentro do vaso.

Fonte: G1

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Esporte

[VÍDEO] Jogador italiano sofre parada cardíaca em campo e morre

O meia Piermario Morosini, do Livorno, morreu neste sábado após sofrer uma parada cardíaca durante jogo contra o Pescara, pela Série B (2ª divisão) do Campeonato Italiano. Morosini tinha 25 anos e desmaiou aos 31 minutos do primeiro tempo, quando o seu time vencia por 2 a 0. Imediatamente ele foi levado do Estádio Adriático, em Pescara, para um hospital na cidade. Os médicos não conseguiram reanimá-lo. Revelado pelo Udinese, o meia italiano teve passagem por Bolonha, Vicenza, Reggina e Pádova.

Depois da morte de Morosini, a Federação Italiana de Futebol decidiu suspender todos os jogos do fim de semana das séries A e B.

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, lamentou no Twitter a morte do jogador italiano. “Apenas lágrimas. Não há palavras para expressar o que senti quando soube da morte de Piermario Mosorini. A tragédia é um grande sentimento aos fãs do futebol”, escreveu o dirigente, que também manifestou solidariedade aos parentes e amigos do meia. “Não posso estar fisicamente perto da família, mas gostaria de salientar que meu amor está com eles neste momento”, completou.

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Jornalismo

Três jovens são baleados em tentativa de homicídio do interior do RN

Três adolescentes foram baleados em uma tentativa de homicídio na noite desse sábado (14), em Mossoró, distante 285 quilômetros de Natal. O fato aconteceu na rua do P, localizada no bairro Aeroporto. Os jovens estavam sentados em frente a uma residência, quando foram surpreendidos por dois homens em uma moto, que chegaram efetuando vários disparos. A informação é do blog O Câmera.

Segundo o blog, um dos adolescentes foi atingido por dois disparos na perna esquerda, o segundo jovem foi atingido por um disparo no pé e o terceiro jovem foi baleado por três disparos em uma das pernas. As vítimas moram nas proximidades do local onde ocorreu a tentativa de homicídio.

A polícia ainda não sabe o que teria motivado o crime. Os jovens foram socorridos para o Hospital Regional Tarcísio Maia, todos estão bem e não correm risco de morrer.

Fonte: O Câmera

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Jornalismo

Márcia Maia dispara: "Falta rumo ao atual Governo"

Apesar de não anunciar a definição do PSB para as eleições de 2012 em Natal, a deputada estadual Márcia Maia, presidente do direório municipal da sigla, defendeu, em entrevista a’O Poti/Diário de Natal, o lançamento da candidatura da ex-governadora Wilma de Faria (PSB), sua mãe, à sicessão da prefeita Micarla de Sousa (PV). Se depender de Márcia, o PSB vai de candidatura própria em Natal. Na avaliação da parlamentar, os partidos de oposição deverão lançar múltiplas candidaturas no primeiro turno das eleições na capital. “É importante unir as candidaturas. Mas não posso falar pelos outros. A gente respeita as posições dos partidos. Então, tudo indica que nós (oposição) vamos lançar vários candidatos a prefeito de Natal e teremos a união só no segundo turno”. Ao avaliar a administração da governadora Rosalba Ciarlini (DEM), a pessebista disse que ‘além de não fazer acontecer, o governo parou com o que estava acontecendo’. Para Márcia, a gestão do DEM não tem rumo. Confira a entrevista:

O PSB sairá com a candidatura da ex-governadora Wilma de Faria a prefeita de Natal?
Eu espero que sim.

Por que a candidatura ainda não foi oficializada?
Eu acredito que o processo de diálogo com outros partidos e também de conversas internas está ocorrendo. No momento certo, será anunciada a decisão. Mas, torço muito para que tenhamos candidatura própria. Temos um nome fortíssimo, o da ex-governadora Wilma de Faria. É um nome forte, bem aceito. As pessoas ainda relacionam Wilma ao governo. Mas, há um apelo muito grande. Existe um desgaste da governadora Rosalba Ciarlini (DEM) em Natal e no estado inteiro. Então, as pessoas querem que Wilma voltem ao governo. Às vezes as pessoas confundem os dois cenários. Mas, aonde Wilma chega nas ruas de Natal é bem aceita e as pessoas pedem que ela retorne à prefeitura de Natal, as pessoas as vezes pedem para que ela volte à prefeitura e ao governo. Não dá, obviamente. A decisão do partido deve sair em breve. Não posso responder pela presidente estadual da legenda. Mas, como deputada, cidadã, filiada e presidente do diretório municipal do partido, quero Wilma candidata a prefeita de Natal.

As reflexões da Semana Santa não foram suficientes para o partido discutir e anunciar o rumo que terá em 2012?
Não. O partido ainda não tem uma decisão. Também não há prazo para isso. Pode ser ainda em abril. Pode ser no próximo mês. Vai depender de algumas conversas, diálogos internos, também com outros partidos. No momento certo, haverá o anúncio. Sei que existe uma ansiedade muito grande por parte da imprensa e também por parte de opositores nossos, que parecem estar esperando que a gente tome uma posição para traçar suas estratégias. Mas, enfim, no momento certo teremos a definição de candidatura própria ou não. Espero que o partido opte pela candidatura própria.

Hoje, o ex-prefeito Carlos Eduardo (PDT), que é aliado do PSB, tem   o dobro de pontos percentuais de intenção de voto da ex-governadora Wilma de Faria  nas pesquisas de opinião. Em contrapartida, Wilma cresce em nível estadual com o desgaste do governo Rosalba Ciarlini.
A senhora não acha que seria melhor para o PSB apoiar a candidatura do ex-prefeito e trabalhar com um projeto mais ambicioso para 2014?
Tudo isso está sendo analisado pelo PSB, nos diálogos internos que estamos tendo. Vejo como natural a posição de Wilma em segundo e Carlos Eduardo em primeiro lugar. Muito natural. Carlos foi o prefeito que antecedeu Micarla de Sousa. Wilma  teve uma presença marcante de sete anos no governo e ainda não anunciou que será candidata. Então esses percentuais são naturais. A campanha não começou. Só será iniciada após as convenções. Esses índices não nos deixam com medo. Pelo contrário, nos sentimos desafiados a partir para a campanha. Mas o partido também pensa nesse projeto maior, e isso está sendo discutido. Tudo está sendo analisado. Eu torço para que tenhamos candidatura própria em Natal, pois a cidade está precisando de uma mudança que faça o natalense se sentir seguro de ter uma pessoa competente, honesta, trabalhadora e conhecedora dos problemas de Natal à frente da prefeitura. Temos um nome no partido com essas qualidade.  Mas, não posso dizer que está definida porque essa decisão será de Wilma.Hoje, Carlos Eduardo e Wilma de Faria lideram as pesquisas. Existe a chance real, saindo os dois candidatos, de eles isputarem o segundo turno, o que colocaria a governadora  em um dos palanques,   ividindo a oposição  em 2014. A senhora não teme que a oposição saia enfraquecida mesmo se ganhar a prefeitura de Natal?
Eu acho natural. Estamos numa democracia. Não podemos ficar em suposições, até porque esse quadro pode ser diferente. Não podemos menosprezar os outros pré-candidatos. Não sei nem quem será o candidato da governadora em Natal. Não sei se vai apoiar o deputado federal Rogério Marinho (PSDB) ou o deputado estadual Hermano Morais (PMDB). Eu não sei realmente a situação hoje do apoio do governo em Natal. Não sei se nesse momento a preocupação está mais voltada para Mossoró. Não tenho essa preocupação – de  Wilma de Faria e Carlos Eduardo irem para o segundo turno e enfraquecerem a oposição. Nós estamos ainda no processo de diálogo. Estamos conversando com o PDT, com o PT, inclusive sobre essa questão da união das oposições também. Existe uma conversa local com análise também para o nível estadual. Não estamos distantes de Carlos Eduardo nem do deputado estadual Fernando Mineiro. Temos conversado com outros partidos também. Então, vamos ficar dialogando até chegarmos ao momento certo de definição: se iremos de candidatura própria ou apoiaremos outro candidato.

A melhor estratégia da oposição hoje seria lançar uma candidatura única ou sair no primeiro turno com múltiplas  candidaturas?
É importante unir as candidaturas, mas não posso falar pelos outros. A gente respeita as posições dos partidos. Então, tudo indica que nós vamos lançar vários candidatos a prefeito de Natal e teremos a união só no segundo turno.

O PSB tem hoje a maior bancada da Câmara Municipal de Natal.  Como o partido está se preparando para as eleições deste ano?
Temos sempre essa preocupação. Estamos conversando com os vereadores e pessoas que não têm mandato, mas que serão candidatos. Teremos uma relação de muitos nomes de pessoas que vão à luta, vão batalhar para se eleger. A gente tem que trabalhar essa questão com antecedência. Vamos estudar possíveis alianças na proporcional também. Então, começamos a conversar sobre isso bem cedo. Estamos estimulando muitas novas candidaturas. É importante que tenhamos uma boa nominata para que, se por acaso sairmos sozinhos, sem aliança, fazermos uma grande bancada na Casa. Esse assunto está sempre em pauta. É um fator de preocupação nosso.

Hoje, o PSB tem quantas pré-candidaturas à Câmara Municipal de Natal?
Com certeza, mais de 20. Temos os vereadores e também aqueles que não têm mandato.

Qual será o discurso da oposição em 2012?
Vamos levar ao povo a apresentação de um projeto. Obviamente, temos conversado com os natalenses. Estamos discutindo as questões de saúde, mobilidade, segurança, limpeza urbana, infraestrutura e demais temas de interesse do cotidiano do natalense. O povo tem enfrentado muitas dificuldades, problemas em relação ao fornecimento de todas as políticas públicas. O natalense está se sentindo abandonado. Estão parados vários serviços básicos que deveriam estar funcionando. Vamos levar um projeto novo ao povo de Natal, que inclui as demandas tão colocadas pela população. Vamos fazer uma campanha discutindo com a população. Temos feito reuniões com o povo, militantes e lideranças comunitárias. Se tivermos candidatura própria, viabilizaremos nosso projeto a partir dessas conversas e das ideias que temos para implementar na administração municipal.

Quais as principais queixas que seus eleitores fazem quando a senhora visita suas bases?
As principais queixas são em relação à segurança pública, à saúde, à educação, à infraestrutura e à assistência social. Como sou uma pessoa muito ligada à área social – vejo a assistência social como um direito do cidadão e não como um favor – as pessoas dizem que queriam que os programas fossem executados dessa forma, como direito do cidadão, como dever do Estado. É só reclamação. Os programas estão paralisados. O governo não faz acontecer. Pelo contrário, deixa de fazer o que acontecia nas gestões passadas.Que exemplos a senhora pode citar?
O programa Primeira Chance, o Primeiro Emprego, O Jovem Empreendedor, o Pró-Jovem trabalhador e o Pró-Jovem Urbano estão todos parados. As Centrais do Cidadão estão quase paradas. O deputado estadual George Soares (PR) reclamou, inclusive, que na Central do Cidadão em Assu só funciona meio expediente. Eu já visitei Central do Cidadão em que estavam cortados telefone e internet. Os funcionários estavam lá sem ter condições de trabalhar. O Programa do Leite, que distribuía sete litros de leite por semana para cada família, hoje só distribui um. E mesmo assim às vezes vem estragado. A população reclama também. A agricultura também está abandonada. A Emater praticamente não tem função. Não existe apoio nenhum ao homem do campo. O Programa de Desenvolvimento Solidário também está parado. São muitas deficiências.

Então a senhora considera a área social muito deficiente?
Está um caos total. Foi paralisada a área social. Mas a deficiência também  atinge outras áreas, como por exemplo, a segurança pública. O sistema penitenciário também é caótico. A Secretaria de Justiça e Cidadania teve dois secretários, mas agora está sem. Quem responde é o secretário de Segurança, que mal consegue dar conta da segurança pública. Os agentes penitenciários estão a ponto de deflagrarem uma greve. Tivemos uma fuga nunca antes vista na história do Rio Grande do Norte, quando 41 presos saíram de Alcaçus. É uma situação extremamente dramática. Falta sensibilidade, planejamento, rumo do atual governo para que as políticas públicas possam funcionar. Essa é a avaliação que eu faço.

Como a senhora vê o modo de gestão da governadora Rosalba Ciarlini  no que diz respeito ao relacionamento com os outros poderes e com os servidores estaduais?
É um governo extremamente autoritário. Os próprios agentes penitenciários me informaram que não conseguem diálogo com o governo. Não existe nenhuma abertura. O governo não quer dialogar. Até os deputados estaduais do governo estão tendo dificuldade nesse aspecto. Não há diálogo. Isso é o mais grave de tudo. O governo nem ouve as categorias. Não há nenhuma sinalização nem para escutar, quanto mais para negociar.

Temos a informação de que o governo do estado  havia devolvido uma grande uantidade de recursos à União por falta de contrapartida. Só na secretaria de Agricultura, foram R$ 54 milhões. Essas nformações já são do conhecimento da Assembleia?
Já. Inclusive, não só em relação à Secretaria de Agricultura, mas em relação a outras secretarias também. Já solicitamos as informações ao governo sobre todos os convênios. Há a necessidade de que o governo responda às solicitações da Assembleia. Vamos acompanhar, fiscalizar e tomar as providências necessárias. No caso da Delegacia da Mulher, tenho informação de que há recursos conseguidos pela gestão passada que se não forem utilizados e serão devolvidos. Em relação à Secretaria de Agricultura, estamos aguardando as solicitações feitas ao governo pelo deputado  Fernando Mineiro.

As pesquisas  de opinião em Natal indicam um índice de  reprovação popular à gestão da governadora Rosalba  Ciarlini (DEM) em torno dos 60%. Como a senhora avalia esse índice?
Isso se deve à má gestão, falta de planejamento, falta de rumo e falta de sensibilidade para atender as demandas da população. Talvez também à própria equipe. Não sei se é inexperiência. Não quero julgar. Mas, a população está avaliando dessa forma a gestão Rosalba Ciarlini porque as coisas não estão acontecendo. Ela prometeu fazer acontecer, mas não está fazendo nada. O que estava acontecendo, parou de acontecer.

A senhora acredita que  falta um projeto do governo para o Estado?
Acredito. O governo está mostrando isso. Já vai fazer um ano e meio de governo. Até agora, está sem rumo, sem planejamento. A população está vendo isso. As pesquisas em Natal mostram isso, e pelo que tenho visto no interior, existe a mesma insatisfação, se não for pior. A situação não está diferente.

A senhora acha que o governo tem privilegiado Mossoró?
Mossoró merece. É justo que tenha atenção. Mas não pode ser só Mossoró. É preciso haver investimentos para todas as cidades do estado. Eu acho justo que Mossoró receba os benefícios, mas não se pode pensar só lá e esquecer o restante dos municípios do estado. Todas as regiões têm sofrido, até os próprios mossoroenses. Mesmo com uma ação aqui e outra acolá, o mossoroense também tem mostrado insatisfação.

Hoje, os escândalos de corrupção na política estão sendo expostos com grande frequência pela imprensa. Como a senhora sente que o eleitorado tem recebido essas denúncias?
Como cumpro minha missão com seriedade, responsabilidade e muita dedicação, estou com a consciência tranquila. Claro que isso incomoda a todos. Os casos de corrupção em todos os poderes estão ganhando os noticiários na televisão, as redes sociais. Eu acho que os órgãos de fiscalização estão aí para fiscalizar e fazer denúncias aos órgãos competentes para que haja punição aos envolvidos em casos de corrupção. Temos sempre que cobrar isso. É preciso que haja punição. Não podemos conviver com a impunidade. Que a fiscalização seja rígida e identifique os culpados.

A senhora já foi abordada por eleitores com críticas à corrupção nos três poderes?
Não. Nunca fui abordada dessa forma. Pessoas fazem muitas cobranças nas redes sociais, mas não diretamente a mim. Na democracia, é importante que as pessoas possam expressar suas opiniões. Eu recebo muito bem críticas ao meu trabalho, à minha atuação parlamentar. É importante que as pessoas sugiram e possam participar. Recebo muitas sugestões sobre a minha atuação. Na maioria das vezes, acato as sugestões e coloco para frente.

Fonte: DN Online

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Economia

Inadimplentes dão carros de graça para se livrar de dívida

A inadimplência recorde e o aperto dos bancos no crédito têm causado algo além de concessionárias vazias. Muitos consumidores que, com o incentivo do governo, compraram carro financiado nos últimos anos, chegam a um verdadeiro limbo quando têm dificuldade em pagar as parcelas. Tentam vender o veículo, mas, como o carro deprecia rápido e há grande oferta, o valor conseguido na venda não é suficiente para quitar a dívida.

Para resolver o problema, muitos consumidores têm tentado uma solução caseira: repassar o automóvel e a dívida a outra pessoa. Às vezes, no desespero, até de graça.

Em janeiro, o paulistano Felipe Di Luccio percebeu que as contas não fechavam. A faculdade, a parcela do apartamento recém-comprado e o financiamento do carro consumiam boa parte do salário.

Para sair do vermelho, decidiu vender o Celta comprado sete meses antes em 60 parcelas. “Mas não dava. Receberia R$ 20 mil, insuficiente para quitar a dívida de R$ 23,5 mil no banco. Então, decidi repassar a dívida.”

O plano do estudante de arquitetura era simples. Como a venda do carro não bastava para liquidar a dívida, queria se livrar do financiamento com a entrega do carro para outra pessoa. “Vai o carro, vai a dívida”, resume. Não há números oficiais, mas financeiras e lojas de automóveis reconhecem que a iniciativa de Luccio tem se repetido cada vez mais no País.

Após a exuberância do crédito fácil e abundante dos últimos anos, clientes com dificuldade financeira se desesperam ao perceber que não basta vender o carro para quitar o empréstimo. Os que mais sofrem são aqueles que optaram pelo financiamento de 100% do veículo, exatamente como Luccio.

Erro

“Um carro pode depreciar até 40% em um ano. Em um crédito de 60 meses, os pagamentos do primeiro ano amortizam 10% da dívida. Esse foi o erro que cometemos em 2010 e 2011. Reduzimos muito o juro, facilitamos demais as condições e, por isso, a inadimplência subiu”, reconhece o presidente da Associação Brasileira de Bancos (ABBC), Renato Oliva.

Em outras palavras: o erro foi permitir que o bem que garante o crédito passasse a valer muito menos que a dívida. A partir daí, a entrega do carro já não é suficiente para resolver o problema gerado por um calote.

O presidente da Associação dos Revendedores de Veículos do Estado de São Paulo (Assovesp), George Chahade, lembra que o quadro fica ainda mais preocupante em situações como a atualmente enfrentada pelo setor, de inadimplência recorde.

“Aumenta a oferta de carros usados e, se o cliente tentar vender, os preços oferecidos são mais baixos que o normal, o que potencializa ainda mais o problema de quem tem dívida e obriga muitas pessoas a tentarem o repasse”, diz Chahade.

Fonte: Estadão

Opinião dos leitores

  1. "Reduzimos muito o juro, facilitamos demais as condições e, por isso, a inadimplência subiu"
    Começou a campanha contra a baixa dos juros! Tudo como dantes no quartel de abrantes…

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Esporte

Rosberg volta a surpreender, domina GP da China e quebra tabu de 57 anos

Foi na estratégia e na competência que Nico Rosberg venceu o GP da China, seu primeiro triunfo na Fórmula 1. O alemão fez um pit stop a menos para conseguir superar Jenson Button, que terminou em segundo. Além disso, o filho de Keke Rosberg, que largou na pole, soube poupar bem seus pneus na parte final da corrida para ganhar com 20s6 de vantagem para o rival inglês.

Esta é a primeira vitória da Mercedes após 57 anos: a última vez foi com Juan Manuel Fangio, no GP da Itália de 1955. Além disso, Rosberg demorou 110 provas para finalmente ganhar na F-1, empatando com Giancarlo Fisichella na quinta colocação dos que mais esperaram – Jenson Button (113), Jarno Trulli (117), Rubens Barrichello (124) e Mark Webber (130) são os que mais aguardaram para subir ao lugar mais alto do pódio.

A McLaren teve seu outro competidor fechando o pódio, Lewis Hamilton. Mark Webber colocou a Red Bull na quarta posição, logo à frente de Sebastian Vettel, que chegou a ser segundo – também fez uma parada a menos do que os rivais. Romain Grosjean surpreendeu ao ser o sexto com a Lotus, enquanto Bruno Senna teve outra boa prova e terminou em sétimo, seguido pelo companheiro de Williams, Pastor Maldonado.

Fernando Alonso (Ferrari), no nono lugar, e Kamui Kobayashi (Sauber), no décimo, fecharam os pilotos que pontuaram. Felipe Massa até chegou a ser primeiro colocado da prova, mas precisou parar mais uma vez e ficou somente na 13ª colocação. Outro que teve um GP para esquecer foi Michael Schumacher: segundo no grid, o heptacampeão sofreu com um erro durante seu pit stop – a roda dianteira direita não foi colocada de forma correta – e foi o único a abandonar na China.

Kimi Raikkonen também quase surpreendeu com sua Lotus: segurou um pelotão gigante de carros quando estava na segunda colocação, mas sem fazer uma terceira parada, os pneus se desgataram na parte final do GP, e o finlandês foi sendo ultrapassando até acabar em 14º.

O resultado em Xangai leva Lewis Hamilton à liderança do Mundial com 45 pontos, dois a mais do que seu companheiro Jenson Button. O espanhol Fernando Alonso é o terceiro, com 37.

Os pilotos da Fórmula 1 voltam a acelerar seus carros já no fim de semana que vem para o GP do Bahrein, quarta etapa da temporada 2012 confirmada nesta semana, apesar da forte agitação política no país.

A prova

Apesar da falta de experiência na pole position, Nico Rosberg largou muito bem neste domingo e conseguiu manter a ponta da prova na China. Os pilotos da McLaren também saíram com eficiência e Jenson Button pulou para a terceira colocação, logo à frente de seu companheiro de equipe Lewis Hamilton.

Na entrada da primeira curva, Bruno Senna e Felipe Massa se tocaram e o piloto da Williams perdeu parte pequena de sua asa dianteira. O ferrarista tirou o pé para não bater no carro à sua frente e o sobrinho de Ayrton Senna não conseguiu evitar o leve toque.

O australiano Mark Webber foi o primeiro a parar nos boxes, na sétima volta. Sebastian Vettel, na 14ª posição, e Kamui Kobayashi fizeram seu pit stop três voltas depois, sendo seguidos pelos ponteiros da prova. No 13º giro, o alemão Michael Schumacher abandonou, logo após retornar da troca de pneus.

Com pneus médios, Massa ficou mais tempo na pista do que seus rivais e assumiu a liderança na 17ª volta, quando o mexicano Sergio Pérez finalmente foi aos boxes, mas logo foi ultrapassado por Rosberg. Ele trocou pneus no 19º giro e retornou com o mesmo tipo de compostos, apenas na 14ª posição.

O brasileiro e Hamilton protagonizaram boa briga pela 11ª colocação, após o britânico retornar de sua segunda parada dos boxes. Com paciência, o piloto da McLaren evitou uma colisão e fez manobra de habilidade para superar o rival, com quem se envolveu em diversos incidentes em 2011.

Button pulou para a primeira colocação após a segunda rodada de troca de pneus, seguido por Rosberg, que foi ultrapassado quando foi aos boxes. O britânico teria vida relativamente tranquila na ponta, mas enfrentou problemas quando realizou seu terceiro pit stop, perdeu tempo e consequentemente a chance de vencer.

Beneficiado pelo erro da McLaren, o alemão aproveitou a oportunidade de conquistar sua primeira vitória na Fórmula 1 e completar um fim de semana perfeito, em que largou pela primeira vez na pole position. Sem erros, realizou apenas duas trocas de pneus e conduziu sua Mercedes com segurança até receber a bandeira quadriculada e comemorar em Xangai.

Fonte ESPN

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Jornalismo

Agripino diz sentir decepção com Demóstenes e reconhece desgaste de Rosalba

Presidente nacional do Democratas, o senador José Agripino Maia articula as alianças para o pleito 2012, focando também na disputa da eleição estadual de 2014. Ele confirma que a campanha municipal funcionará como “ensaio geral” o pleito seguinte. O senador enaltece a aliança do DEM com o PMDB e o PR e considera natural a candidatura à reeleição da governadora Rosalba Ciarlini. Ainda sobre a eleição estadual, ele cita os deputados federais Henrique Eduardo Alves (PMDB) e João Maia (PR) para o pleito, embora prefira não comentar sobre as posições que esses ocuparão na chapa majoritária. Sobre a eleição de 2012, o senador José Agripino Maia admite que a tendência é o Democratas apoiar a candidatura do deputado federal Rogério Marinho, em Natal. No entanto, o senador ainda vê possibilidade de uma união entre o PMDB, PP, PR, Democratas e PSDB com um candidato único a prefeito da capital potiguar. A fórmula para isso já encontrou: seria feita uma pesquisa e o candidato dessas legendas mais bem colocado ficaria como o escolhido do grupo. Mas na mesa de negociação, José Agripino disse que o PMDB não aceitou o critério. Para a eleição de Mossoró, o líder do Democratas confirmou que delegou a tarefa de escolher a candidata à governadora Rosalba Ciarlini e o ex-deputado Carlos Augusto Rosado. Analisando o cenário nacional pós-denúncias contra o senador Demóstenes Torres, que era filiado ao DEM, José Agripino afirmou que o partido “sai sofrido, mas com o discurso robustecido”. O líder partidário nega qualquer projeto de fusão com o PSDB e acredita que os pleitos 2012 e 2014 devolverão ao Democratas “no mínimo, o tamanho que era antes da criação do PSD”. Ao responder sobre o governo Rosalba Ciarlini, o senador admite que a administração não está como “ele gostaria”, mas credita isso ao desequilíbrio financeiro com que Rosalba Ciarlini encontrou a gestão.  Confira a entrevista que o senador José Agripino Maia concedeu à TRIBUNA DO NORTE.

O Democratas volta a ficar trincado no episódio envolvendo o senador Demóstenes Torres?

Não. De forma alguma. Foi um episódio duro, uma decepção para o Brasil e para nós do Democratas. Diria que para nós a decepção foi dobrada porque convivemos com Demóstenes durante mais de oito anos e não fazíamos a menor ideia de que ele poderia estar envolvido com os fatos que estão denunciados. Agora, o que é importante para o partido? É você manter sua linha de coerência e o discurso, a postura. No episódio Arruda (ex-governador do Distrito Federal que foi denunciado por corrupção), o Democratas teve atitude que nenhum outro partido até agora repetiu. O PT trata como uma estrela de primeira grandeza José Dirceu, que é o andarilho do Brasil inteiro e está costurando as aliança do PT nas eleições. José Genoíno é assessor de Ministério. Waldomiro Diniz é festejado na sua volta ao partido. Esses mensaleiros todos, para citar apenas alguns, além de não expulsos, são festejados pelo partido. Acho isso uma indignidade perante o país, perante a sociedade. Ela (a sociedade) se espelha muito nos exemplos que são dados. E o exemplo político que o PT dá com seus mensaleiros é o da impunidade e da conivência. O mensalão está aí, o julgamento dos mensaleiros estará em pauta no Supremo Tribunal Federal e o Brasil vai ver quem é quem. O Democratas expulsou José Roberto Arruda. O Democratas, no caso de Demóstenes, logo no primeiro momento, quando as evidências ficaram claras, tomou uma postura de criar as condições de imposição a Demóstenes, que era um dos nosso melhores quadros e em quem nós confiávamos tanto, para o pedido de desfiliação. O partido mantém o discurso, a coerência, a consistência, que outros não têm. Eu não vi nenhum outro partido tomar atitude no tempo em que o Democratas tomou. O Democratas não esperou, antecipou-se aos fatos e tomou uma posição. O partido, no episódio Demóstenes, sai sofrido, mas sai com o discurso robustecido. É o único que tem condição, no Brasil, de dizer que se envolver líderes seus, de primeira, segunda ou qualquer grandeza, não hesita em fazer a limpeza em nome da não convivência com improbidade e da formulação programática defensável. E um dos nossos princípios é a defesa da ética.

Mas numericamente, no Congresso Nacional, o Democratas teve baixas. Perdeu o líder, que era Demóstenes Torres, e vários deputados no processo de criação do PSD. O DEM é um partido em definhamento a ponto de colocar em risco a existência e representatividade?

Absolutamente. É preciso que se reconheça que as perdas que o Democratas teve recentemente para o PSD foram as que ocorreram porque o partido, pela sua essência, insistiu no posicionamento correto de se manter na oposição. É muito fácil correr para o Governo, que foi o caminho que o PSD escolheu, quando se criou uma legenda nova com vários políticos que queriam se aproximar do Governo). Insistimos no posicionamento claro de ficar na oposição. E no Democratas ficou a essência do partido. Perdemos 17 deputados e um senador. Mas ficou a essência. Os mais votados do partido ficaram. Nesse momento está ocorrendo que nunca tivemos uma pré-campanha municipal com tanta perspectiva de vitória como temos agora pelos nossos valores e pelos exemplos que nossos valores têm dado. ACM Neto (deputado federal) é o ponteiro na eleição para prefeito de Salvador, João Alves é ponteiro na eleição para Aracaju, Mendonça Filho está na disputa real em Recife, Moroni Torgan se dispõe a ser o candidato a prefeito de Fortaleza e está bem posicionado. Em Macapá, o deputado Gabriel Columbe está em primeiro lugar. Fora cidades importantes, onde nós esperamos ganhar a eleição, como Mossoró, Caruaru, Vila Velha, Feira de Santana… Aí você remete a eleição de 2014. Em 2014 nos espera a volta de Marco Maciel ao Congresso Nacional, de Heráclito Fortes, de Paulo Souto, de José Carlos Aleluia. Eles perderam eleição majoritária, mas, com certeza absoluta, se elegerão deputados federais e até trarão outros parlamentares. O partido hoje é muito mais forte em São Paulo do que era.

Muito se falou na imprensa sobre fusão do DEM com o PSDB…

Na hora que ocorrem fatos como esse de Demóstenes Torres fragiliza o partido e gera esse tipo de comentário, que não passa disso: comentário. Como você pode pensar em fusão, considerando as perspectivas das eleições de 2012? Nossa expectativa é venturosa nas eleições municipais, é de fazer mais prefeitos do que temos hoje. Vamos fazer prefeitos de capitais, onde não temos nenhum hoje. Como você vai antever um futuro promissor imaginando uma fusão que seria conclusão de definhamento? A fusão ocorreria se não tivéssemos essa expectativa de fazermos mais prefeitos. Quando se fala em fusão, se fala em expectativa de resultado negativo na eleição municipal. Nossa expectativa é termos na eleição municipal um resultado muito melhor do que temos hoje. Ao invés de fusão, nossa expectativa é de crescimento do Democratas.

O senhor acredita que os órgãos de fiscalização e controle têm sido mais rigorosos com os adversários do Governo do que aqueles que são de partido da base de apoio?

Isso as investigações vão mostrar. No caso recente de Demóstenes, ele foi objeto fundamental. Eu temo e vou trabalhar como líder de oposição para que não aconteça o que temo: que o Governo tenha aderido à CPI (de Carlinhos Cachoeira) para criar um fato político e tirar o foco do julgamento do mensalão. Isso não vamos permitir. Vamos querer que a investigação aconteça por inteiro, no campo público e privado. Se existem empresas que estejam corrompendo o processo, têm que ser também objeto de investigação. Agora não quero fazer nenhum pré-julgamento e dizer que a Polícia Federal está mais atenta às figuras da oposição do que às do Governo. Ela (a investigação) deve ocorrer com isenção, sem proteger quem quer que seja, para o país saber quem é quem. Se fatos existem decorrentes das investigações não podem ser circunscritos a certos interesses. Ela deve ocorrer no âmbito completo, como vai ter que acontecer nesta CPMI do Cachoeira. Se existem empresas que tenham exercido papel de corruptoras, que se investigue tudo dentro das suas vinculações.

O único governo estadual do DEM é o de Rosalba. E pesquisas recentes apontam índice de desaprovação superior a 60%. O que acontece com o governo do DEM no Rio Grande do Norte? 

Isso é produto do quadro que ela encontrou. Ela (a governadora Rosalba) não hesitou em mostrar o quadro de dificuldades que encontrou ao assumir e que paulatinamente vem sendo enfrentado e superado, agora com dificuldades. Você pode me perguntar se ela já equilibrou as dificuldades orçamentárias. Isso ainda não ocorreu. Mas ela está avançando, ela começa a avançar. Tem exemplos que apontam para sucesso. O que confio é no padrão moral de Rosalba. Ela tem disposição de trabalho monumental, montou a equipe possível e está como ninguém se movimentando para conseguir recursos e poder governar. O desgaste de Rosalba, neste início, que aceito e considero como fato, é decorrente das dificuldades principalmente orçamentária que ela encontrou, que vem enfrentando, superando com dificuldade e em uma velocidade menor do que eu deseja e do que ela desejava. Acho que Rosalba, se não está bem, tem todas as condições de terminar o Governo bem. Ela guarda duas ferramentas fundamentais: ela é honesta, proba, e tem espírito público e capacidade de trabalho inigualável. Superadas as dificuldades financeiras ela fará o Governo que eu e o Rio Grande do Norte esperamos dela.

Então o senhor admite que o governo Rosalba não está bem?

Não diria que não está bem. Diria que esperávamos, e até ela própria, que não tivesse encontrado tantas dificuldades que a levasse a estar no quadro de dificuldades que ela enfrenta.

Quase um ano e meio depois de assumir o discurso da “herança maldita” não se exauriu? 

Mas ela começa a apresentar resultados. De um mês para cá, ela começa a lançar adutoras, casas, construção de estradas em vários locais do Estado. O que ela precisa, na verdade, é recurso próprio, administrar o equilíbrio financeiro do Estado para melhorar a qualidade do serviço público que chega a cada cidadão. As Centrais do Cidadão, os hospitais públicos, isso exige recurso próprio, sobra para investir e prestar serviço de qualidade à sociedade. É aí onde está morando o grande problema de Rosalba. A superação do desequilíbrio orçamentário que possibilite disponibilidade de recurso próprio para que o serviço público responsável pelo Estado seja ofertado com a qualidade que o povo espera.

O governo Rosalba está há mais de um mês sem secretário de Justiça e Cidadania, e há três semanas sem secretário de Turismo.  A impressão que passa é que a governadora está com dificuldade de escolher os auxiliares ou não consegue fazer o arranjo político…

Arranjos políticos têm. Todo governo é feito de alianças políticas. As alianças políticas com o PR, com o PMDB são fatos desejáveis até para que ela possa ter na Assembleia Legislativa número suficiente para aprovar os projetos de interesse do Estado, por exemplo, a concessão de empréstimo, o Proimport. Isso envolve a composição do secretariado com indicações que passem pela vertente política, com qualidade. Talvez o que esteja demorando é a conciliação por parte desse partidos de pessoas com indicação política com qualidade.

Então o senhor acha que os aliados não estão indicando as pessoas com a qualidade que a governadora deseja?

Não. Acho que o processo de indicação passa por um crivo. Talvez o crivo esteja sendo exercitado, a indicação política aliada à indicação de qualidade. Às vezes você consegue fazer a indicação e em um segundo está resolvido. Às vezes demora um pouco mais. O importante é não errar na escolha e não errar no crivo.

O líder do Governo na Assembleia, deputado Getúlio Rego, disse recentemente que faltam duas coisas para o Governo: diálogo com os deputados e mais autonomia aos secretários. O senhor concorda com essa avaliação?

Toda crítica construtiva pode contribuir e o objeto de Getúlio foi uma crítica construtiva no sentido de fazer com que o Governo fique atento ao que ele colocou. Não houve desafio. Houve o apontamento de fatos que o Governo precisa olhar com prioridade.

Está faltando a capacidade de articulação política do Governo?

Acho que não. Estaria havendo se não houvesse o diálogo, a crítica e a tomada de posição. A relação do líder do Governo com o Governo não é de subserviência, é de prestação de serviço com autonomia e com vontade de servir. Nem sempre você serve dizendo amém. Muitas vezes você serve discordando, apontando falhas para que elas sejam reparadas.

Eleições 2012. O DEM está fechado com a candidatura do deputado federal Rogério Marinho (PSDB) a prefeito de Natal?

Está quase na hora de ter essas definições. Mas nós nos encaminhamos sim para a candidatura de Rogério Marinho. A eleição de uma capital se decide dentro de uma campanha. Rogério, na minha opinião, é o candidato mais aparelhado e estruturado para exercer o cargo de prefeito de Natal. Ele tem conhecimento e muita vontade de governar a cidade.

E nesse palanque o senhor vislumbra quais aliados?

Eu gostaria que o PMDB, o PR e o Democratas estivessem no mesmo palanque e não abandonei essa ideia. Até porque o jogo não está jogado. Não sei quem serão os candidatos. Os candidatos que são postos nas pesquisas estão sob a perspectivas de poderem ter suas candidaturas impugnadas. Qual vai ser a perspectiva real, o quadro? Fulano pode ser candidato? Beltrana vai ser candidata? Quem será candidato de verdade? De acordo com quem possa ser candidato você pode promover arranjos novos, inclusive de juntar candidatos da base de Rosalba em torno de um só em nome da racionalidade. Claro que nesse momento os partidos dispõem de candidaturas.  Se o quadro for um você pode ter um arranjo, se o quadro for outro você pode ser levado a ter outro tipo de arranjo. Eu não abandonei a minha tese de que o melhor para nós seria o PMDB, o PR, o PP, PSDB e o Democratas terem um candidato só.

Como seria essa união dos partidos em torno de um só candidato?

A proposta que fizemos há três meses foi clara e mantenho: se faria uma pesquisa por um instituto acreditado e o candidato na pesquisa preferido seria o candidato dos partidos. Eu fiz essa proposta, Rogério Marinho concordou com ela.

E o PMDB concordou?

Não, infelizmente não concordou, pelas razões que eu respeito, mas não concordou.

As candidaturas de 2014 já estão sendo articuladas?

Normal que Rosalba seja pré-candidata à reeleição. É normal a pretensão de Rosalba, que ela nunca me colocou, mas entendo como perfeitamente necessária e justificável ela ser candidata à reeleição. E dentro dos nossos parceiros a composição da chapa para vice-governador e senador será, necessariamente, a escolha dos partidos, que têm grandes nomes. No PR você tem João Maia. No PMDB, você tem Garibaldi (Filho, ministro da Previdência), que não pode ser candidato. Henrique Alves pode ser um grande candidato. Na hora certa iremos nos compor, o importante é o exercício das afinidades. E entendemos que estamos fazendo um avant-première para 2014.

E o episódio de um depoimento que vazou e teria feita referência à uma doação de campanha irregular ao senhor, está superado?

Quando você trabalha com a verdade é fácil falar. Essa doação não existiu. O que é duro é ter que explicar e justificar o fato que não aconteceu. A doação não existiu.

Preocupa o risco de investigação seletiva ou “arapongagem” contra a oposição?

Esse temor eu tenho. Eu convivo com essa possibilidade. Tenho presente essa perspectiva. Eu não quero fazer conjectura. Agora, para um democracia, um estado policialesco seria um perigo.

Fonte: Tribuna do Norte

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Jornalismo

Mega-Sena acumula e prêmio pode chegar a R$ 23 milhões

Nenhum apostador acertou as seis dezenas da Mega-Sena, sorteadas neste sábado (14), em Itajaí (SC) pelo concurso 1380. A Caixa Econômica Federal informou que a estimativa de prêmio para o próximo sorteio, que será realizado na próxima quarta-feira (18), é de R$ 23 milhões.

As dezenas sorteadas foram: 03 – 14 – 52 – 55 – 57 – 60.

A Quina pagará R$ 23.424,79 a cem apostadores. Segundo a Caixa, 6.994 bilhetes acertaram a Quadra e cada um receberá R$ 478,46.

Fonte: G1

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Jornalismo

RN registra 199 homicídios este ano

Renildo Francelino, Dalvimar da Silva, Gleydson Fagundes, Elcione Borges. Laykson Franklin, Wendell Evandro, Elionai Tavares, Kerginaldo Pereira. Abimael Wilk e Euclides Fernandes. Esses são apenas 10 dos quase 200 nomes que compõem uma lista escrita com letras de sangue em páginas da violência. O Rio Grande do Norte registrou durante os 100 primeiros dias de 2012, 199 assassinatos. Em média, 14 por semana. Os números escondem as histórias que formam uma realidade cruel e desumana. As estatísticas são encobertas pela fumaça densa e branca do crack e abafada pelo estampido das pistolas automáticas.

Cada homem e mulher que tombou sem vida no território potiguar se tornou marca de uma crescente violência. Os “alvos” possuem perfis comuns e formam o padrão da morte. Quase 50% dos assassinatos envolvem jovens entre 15 e 25 anos – a grande maioria homens – e em mais de 90% dos casos foram utilizadas armas de fogo. As execuções têm como característica principal a ligação das partes com a comercialização de entorpecentes.

A equipe de reportagem da TRIBUNA DO NORTE reuniu durante mais de três meses as identidades das vítimas do descaso do Estado com a segurança pública.  Os dados foram atualizados diariamente através do website da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Estado (Sesed), baseado no registro de óbitos do Instituto Técnico-científico de Polícia (Itep). Apesar da riqueza de detalhes e informações à disposição da polícia, diversos casos permanecem sem solução e se acumulam em uma pilha que talvez nunca seja esclarecida.

Enquanto os números se avolumam, a sociedade não vê os projetos previstos saírem do papel. A famigerada Divisão de Homicídios pode não se concretizar em 2012 e a Secretaria de Segurança já estuda outras medidas para conter o avanço da criminalidade. Para o secretário Aldair da Rocha, “a saída é investir”.

A impunidade compromete a credibilidade do trabalho policial e dá espaço para o ciclo da criminalidade. A opinião é do promotor de Justiça de Investigação Criminal, Wendell Bethoven Ribeiro Agra. “Faz 15 anos que eu estou no Ministério Público e 12 que estou nessa promotoria. Posso dizer que eficiência da PC diminuiu nesse intervalo de tempo. Há 10 anos, a PC funcionava melhor do que funciona hoje”, afirmou.

O Rio Grande do Norte revive o cenário traçado pelo escritor João Cabral de Melo Neto há mais de 50 anos, em seu “Morte e Vida Severina”: “Morremos de morte igual, mesma morte severina: que é a morte que se morre de velhice antes dos trinta, de emboscada antes dos vinte”. A morte severina agora ganhou traços da vida urbana, em que se mata por uma pedra de crack, por um cigarro de maconha. Por quase nada.

Secretaria espera por investimentos

“Aguardamos investimentos maiores na área de segurança pública”. As palavras são do secretário Aldair da Rocha. Em entrevista à TRIBUNA DO NORTE, o titular da pasta esclareceu que está tentando pôr em prática os projetos, mas tem enfrentado dificuldades. Para ele, “daqui pra frente, há uma saída: investir”.

Quando assumiu a pasta no início de 2011, Aldair diz ter se surpreendido com a quantidade de casos de homicídios não resolvidos. “Mas por que isso acontecia ou ainda acontece? Não temos uma estrutura adequada de investigação de homicídios”, apontou.

Desde o começo da sua gestão, o secretário apontou como prioridade a instituição de uma Divisão de Homicídios. “Tenho falado desde o início da necessidade de se criar uma Divisão. Até o momento, infelizmente, não conseguimos o efetivo e nem a estrutura para criar essa divisão de homicídios. Ela é primordial na seqüência do trabalho”.

Enquanto o reforço policial não surge, a Secretaria pretende disponibilizar equipes da Delegacia Especializada de Homicídios para investigar casos que ocorram nos finais de semana.  “O delegado-geral está estudando o caso. Assim, na sexta, sábado e domingo, quando ocorre a maior concentração de homicídios, montaríamos uma plantão da Delegacia de Homicídios. Ela mesmo atenderia o chamado daria início às investigações. Ainda vai depender de diárias operacionais e horas extras”. Hoje, a Dehom só recebe casos depois que as distritais não consegue resolvê-los.

Segundo ele, a sua gestão tem progredido, ainda que “lentamente”. “Temos os projetos e temos encaminhado para a governadora a nossa vontade de trabalhar. Estamos progredindo, mas ainda muito lentamente”, afirmou. Um exemplo do progresso citado foi a informatização das 15 delegacias distritais, com o funcionamento do boletim e procedimentos policiais eletrônicos. “Isso vai nos permitir o controle sobre a produtividade das delegacias da Grande Natal. Quero partir para as Especializadas e depois para o interior”, esclareceu.

O secretário também enxerga um avanço quanto ao policiamento na Região Oeste do RN. “Lá, a gente conseguiu melhorar a parte de investigação. A Divisão de Polícia do Oeste (Divpoe) foi instituída sob o comando do delegado Odilon Teodósio, que tem feito um bom trabalho. A Polícia Militar também melhorou com a criação de um novo batalhão para Mossoró”.

Fonte: Tribuna do Norte

Opinião dos leitores

  1. Unificação das Polícias
    Na unificação, os delegados ganhariam status de Promotor de Justiça, os Oficiais PMs, Agentes e Escrivães de Polícia, status de Delegado e os Praças das PMs se tornariam Agentes de Polícias Estaduais…Assim, todos ficariam satisfeitos e a escassez de Promotores, Delegados e Policiais seria bastante atenuada…Saliento que antes haveriam cursos para aperfeiçoar esse profissionais, habilitando-os para as respectivas funções, que muitas vezes eles já exercem de forma irregular…Por exemplo: Há muitos Sargentos, Agentes, Escrivães e Oficiais de Polícia exercendo função de Delegado em várias cidades do Brasil

    Fala-se muito em preservação das tradições… Mas, o que é mais importante? as tradições, ou a eficiência nas estruturas da segurança pública? Para quê serve o militarismo nas policias? Não seria o momento de dar aos agentes da segurança um caráter profissional desprovido do cerimonialismo e apêndices?

    Esta é a solução para a segurança pública no Brasil

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Jornalismo

Tem gente que não deveria, mas ignora o futebol potiguar – Parte 2

Complemento da reportagem, Tem gente que não deveria, mas ignora o futebol potiguar. Arena das Dunas

O problema foi que o Governo não se preocupou com os clubes locais, em especial o América, que ficou sem um local para realizar as partidas que tem mando de jogo, ao lado da torcida. Veio a proposta de revitalização do Estádio Juvenal Lamartine e de construção de um novo estádio na Zona Norte, mais especificamente no terreno onde hoje funciona o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). Ambas em vão, porque as duas eram inviáveis tanto técnica, quando financeiramente. Foi acertado, então, o paliativo do Estádio José Nazareno do Nascimento, de Goianinha, mais conhecido como “Nazarenão”, que agradou a todos para a realização da série C que todo jogo era uma final. Já no Estadual virou um elefante branco, distante, desconfortável e bastante oneroso.

Para garantir uma maior capadidade no Nazarenão, A Prefeitura de Goianinha e diretora do América Futebol Clube trataram de providenciar arquibancadas móveis, semelhantes àqueles puleiros de circo, enquanto não eram construídos novos lances de arquibancadas de alvenaria. O problema é que esses lances não ficaram concluídos e de acordo com as exigências da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para realização dos jogos da Série B do Campeonato Brasileiro. O BG Voador já teve a informação que do jeito que está, o América não tem como mandar os jogos em Goianinha. Um aviso já foi dado pela própria CBF no lançamento da tabela oficial, que considera como “a definir”, os locais de mando de campo do América.

Paralelamente a essa confusão com o futebol potiguar, já que ABC e Alecrim indiretamente foram atingidos, mas, principalmente, o Alvirrubro, que ficou sem um local para sediar os jogos em casa, nos deparamos com a OAS a mesma responsável pela construção da Arena, que também é responsável por construir a Arena Fonte Nova na Bahia, mas que, por terras soteropolitanas patrocina os dois grandes clubes capital: Bahia e Vitória. Os valores não foram descobertos pelo blog, mas fontes do futebol garantiram que cada um dos contratos com as equipes baianas supera a cifra de R$ 2 milhão por ano. Nas duas equipes, as cotas adquiridas são cotas master, as mais caras.

Ficam as perguntas: porque a OAS também não investe no futebol potiguar? Porque não patrocinar América, que está sem casa? O ABC que teve uma boa projeção com a Copa do Brasil do ano passado com vários títulos estaduais? Porque não separar R$ 1 milhão por ano de um contrato de R$ 1,2 bilhão? Seria uma forma de aproximar o público potiguar da empresa, de aproximar os torcedores, de mostrar carisma junto aos natalenses e de dizer que realmente acredita no futebol potiguar. Mas a empresa simplesmente ignora? É isso?

Será que o América vai ter que jogar em João Pessoa para o ficar mostrado a incompetência na conducão das praças esportivas no RN para todo o Brasil?

Fica a dica. Patrocínio não é dar esmola ou dinheiro de graça. É investimento, planejamento e retorno. Distanciamento não é o caminho. Fica aqui o registro pra OAS mostrar sua força também em terras potiguares, em terras natalenses, assim como faz na Bahia.

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Jornalismo

Tem gente que não deveria, mas ignora o futebol potiguar – Parte 1

Projeto inicial Arena das Dunas

Desde o início das licitações para construção da Arena das Dunas até o dia da abertura dos envelopes que decretou a construtora OAS como vencedora, vários foram os episódios.

O primeiro deles aconteceu logo no dia 24 de novembro de 2010, com uma licitação deserta. Na época, 27 empresas compraram o edital a R$ 1 mil. Dessas, a Galvão Engenharia, Queiroz Galvão, OAS, Odebrecht e Construcar chegaram a depositar 1% do valor estimado da obra para, de fato, participar da licitação. O problema é que 1% da obra para o depósito de fiança, popularmente conhecido como caução, equivaleu a nada mais que R$ 4,2 milhões, já que a obra estava avaliada em R$ 420 milhões. Tudo transcorria tranquilamente, até que nesse dia 24, simplesmente ninguém apareceu. Isso mesmo. Ninguém apresentou uma proposta sequer.

As alegações foram as faltas de garantias e o valor proposto para a execução do projeto muito elevado.

Com isso, Natal ficou praticamente fora da Copa do Mundo Fifa de 2014, já que os prazos impostos pela Fifa para início das obras não seriam cumpridos. Natal tinha até 31 de dezembro para lançar o edital, se não: tchau Copa! Foi um corre-corre. Crítica pra tudo que é lado, principalmente no meio político. Foi um prato cheio pra muita gente.

O Governo do Estado, então, recuou com o processo, pediu e conseguiu prorrogação dos prazos e iniciou uma série de ajustes emergenciais para poder adequar e baratear o projeto da Arena das Dunas. Quem não se lembra daquelas torres bonitas do projeto inicial que seriam os centros administrativos estadual e municipal que tinham no entorno da Arena nas ilustrações? Elas foram apenas parte do corte que já havia sido feito. A primeira grande mudança foi a redução de R$ 20 milhões no projeto, quase 5% do total.

Além da redução do valor final da obra, o Governo, por orientação dos membros e técnicos da Fifa, injetou no Fundo Garantidor um colchão em dinheiro no valor de R$ 70 milhões para dar mais garantia ao parceiro provado, que recuou no primeiro edital por entender que só os imóveis propostos pelo governo para o fundo não bastavam para assegurar a contrapartida do Poder Público no negócio. Fora a cobertura que foi reduzida. A lateral da Arena que fica do lado da BR-101 teve sua cobertura reduzida drasticamente. Os torcedores vão ficar com o sol na cara mesmo. Nunca é demais lembrar que meio do ano é período de chuva, ou seja, quem ousar a comprar um ingresso absurdamente caro do lado da menor cobertura, que se prepare. Como diz a música, “as águas vão rolar…”. Também foram feitas adequações no sistema de circulação de ar e a realocação da área de imprensa. Amigos, o Governo foi uma mãe antecipada pra empresa viesse a vencer o processo.

Pois bem, depois dessa série de ajustes técnicos e financeiros, a OAS e a Queiroz Galvão voltam ao páreo mais uma vez. Disputando a licitação de R$ 400 milhões. Isso já depositando aquele caução pequeno e básico no valor de R$ 4 milhões. Nessa queda de braço, veio a abertura dos envelopes no dia 2 de março que decretou a OAS sai vencedora. Detalhe: com grande parte dos recursos garantidos através de um financiamento do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES),  que é público, vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O financiamento com o dinheiro da gente.

Mas o problema é que o Governo do Estado não vai pagar R$ 400 milhões pelo contrato para construção a vencedora. O valor total da obra está avaliado em cerca de R$ 1,2 bilhão, valor de três arenas. Nunca é demais lembrar como vencedora de uma Parceria Público-Privada, a empresa, na verdade aí já entra um consórcio, pode explorar comercialmente o empreendimento. Isso mesmo caros leitores. Embora o valor da obra seja de R$ 400 milhões, bancados pela construtora OAS através de recursos próprios e empréstimo junto ao BNDES, o desembolso dos cofres públicos potiguares para a empresa vai representar, ao término do contrato de 20 anos de concessão, o equivalente a três Arenas.

A forma de pagamento é simples. Nos primeiros 11 anos de funcionamento do estádio serão pagas prestações mensais de R$ 9 milhões. Do 12º até o 14º ano, serão pagas suaves prestações mensais de R$ 2,7 milhões. Nos três últimos anos do contrato de financiamento, o Governo pagará à OAS prestações mensais de R$ 90 mil. Ao final da contrato de 20 anos, incluindo os três de carência, o Governo do Rio Grande do Norte terá desembolsado R$ 1.288.400.000,00. Gente, estamos falando de mais de R$ 1,2 bilhão. É muito dinheiro e o blog nem almeja entrar no mérito se vale ou não o investimento, afinal ninguém sabe o que é sediar uma Copa do Mundo.

Passada essa etapa truculenta, confusa, burocrática e bastante problemática, veio a demolição do Machadão. Até aí tudo bem. Todos já sabiam que para a Arena das Dunas ser construída, seria necessário colocar abaixo o Machadão e o Machadinho.

Segue reportagem no próximo post

Opinião dos leitores

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Judiciário

TJ/RN tem o terceiro pior desempenho do Brasil no julgamento de processos em 2011

O porte é pequeno, as despesas milionárias e o resultado, aquém do esperado. O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN),  que atualmente é alvo de investigação por irregularidades no Setor de Precatórios, registrou o terceiro pior desempenho no julgamento de processos em 2011 quando comparado com os demais Tribunais do país. Na Corte potiguar, do total determinado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), 55,94% dos julgamentos foram cumpridos, de acordo com o relatório recentemente publicado pelo órgão fiscalizador das atividades jurisdicionais. O índice registrado no estado ficou na frente apenas  das Cortes do Acre, que registrou 50,35% e da Paraíba, que não apresentou informações ao Conselho e teve seu percentual zerado.

Júnior SantosTribunal do RN está na categoria das cortes de pequeno porte

Com um orçamento que somente em 2010 consumiu 1,34% do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todas as riquezas produzidas no Estado – o que correspondeu, à época, a R$ 413 milhões, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte acumula processos, trabalha no cumprimento de metas remanescentes de 2010 e 2009 e justifica suas deficiências em falta de recursos financeiros e de mão de obra humana, que inclui servidores e magistrados.  Os  dados relacionados ao cumprimento de nove metas estipuladas pelos presidentes dos 91 Tribunais brasileiros foram publicados pelo Conselho Nacional de Justiça na quarta-feira passada, através do Relatório Final das Metas Nacionais do Poder Judiciário, ano base 2011.

O relatório formatado pela Comissão Permanente de Gestão Estratégica, Estatística e Orçamento do Conselho Nacional de Justiça é baseado em informações do próprios Tribunais repassadas através do sistema eletrônico disponibilizado às Cortes pelo próprio Conselho. De todos os Tribunais de Justiça Estadual, somente o da Paraíba não forneceu dados.

Além das informações relacionadas ao Tribunal de Justiça Estadual, o relatório do CNJ inclui dados acerca do cumprimento de metas dos Tribunais da Justiça Federal, Eleitoral, Militar, Trabalho, além dos Tribunais Superiores. No geral, os Tribunais da Justiça Federal, Eleitoral e do Trabalho do Rio Grande do Norte, registraram índices satisfatórios quando comparados com a Justiça Estadual.

De acordo com dados do Setor de Planejamento Estratégico da Corte potiguar, o TJRN atingiu o percentual de 75% de alcance das metas prioritárias do ano passado – criar unidades de gerenciamento de projetos para auxiliar a implantação da gestão estratégica; julgar quantidade igual à de processos de conhecimento distribuídos em 2011 e parcela do estoque, com acompanhamento mensal e implantar pelo menos um programa de esclarecimento ao público dobre funções, atividades e órgãos do Poder Judiciário em escolas e quaisquer espaços públicos. Para alcançar o percentual, o juiz auxiliar da presidência, Guilherme Pinto, realizou reuniões com a equipe de Planejamento do Tribunal ainda em 2011 buscando ações que trouxessem melhores resultados para este ano.

A coordenadora do Setor de Planejamento Estratégico, Maristela Rodrigues de Queiroz Freire, ressaltou que a Meta 3 de 2011, que consiste no julgamento de quantidade maior de processos de conhecimento do que os distribuídos naquele ano, passou a ser a Meta 1 em 2012. Ela disse que a partir das discussões realizadas com os auxiliares da presidenta do TJRN, desembargadora Judite Nunes, foram levantadas algumas dificuldades, como a falta de recursos humanos, considerados insuficientes para atender a atual demanda do Judiciário Potiguar. A busca pelo aprimoramento da gestão das metas levou Judite Nunes a compor um Grupo Gestor formado por sete magistrados que administrarão o cumprimento de duas metas cada – incluindo as remanescentes – além de servidores da área administrativa.

Tribunais foram divididos pelo CNJ em três categorias

O Conselho Nacional de Justiça dividiu os Tribunais dos Estados brasileiros em três categorias: pequeno, médio e grande porte. O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte foi classificado na categoria de pequeno porte devido ao número de magistrados que o compõe, além da quantidade de processos anualmente judicializados. O Estado divide o bloco com mais onze Tribunais de Justiça de estados das regiões Nordeste, Centro-Oeste e Norte.

Das doze Cortes que compõem o referido bloco, a potiguar ocupa a quinta posição no ranking das maiores despesas anuais. Em 2010, o percentual do Produto Interno Bruto potiguar utilizado para cobrir as custas do Tribunal correspondeu a 1,34%. O índice é superior, inclusive, à média nacional, que é de 0,65%.

Apesar da monta consumida pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte ao longo de um ano superar o orçamento de diversos outros órgãos estaduais, o valor é considerado aquém do ideal para o funcionamento adequado da Corte. Conforme esclareceu a coordenadora do Setor de Planejamento Estratégico, Maristela Rodrigues de Queiroz Freire, este é um dos impeditivos para o cumprimento ideal das metas do Conselho Nacional de Justiça.

O diretor do Departamento de Planejamento Estratégico do CNJ, Fabiano de Andrade Lima, fez um breve comparativo do porte do Tribunal de Justiça potiguar com o amazonense. O Tribunal de Justiça do Amazonas, também considerador de pequeno porte, consumiu quase três vezes menos recursos do que o Rio Grande do Norte e obteve resultados exemplares no que tange o cumprimento da Meta 3 do Relatório. A Corte do Amazonas cumpriu 106,57%, uma diferença de 50,63% quando comparado com o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte.

Para Maristela Freire, o resultado apresentado pelo estado da região Norte é louvável, mas o modelo de gestão de metas seguido pelo Tribunal de Justiça potiguar é o alagoense, devido ao número de magistrados, servidores e processos serem similares com os do RN. Alagoas teve índice de 92% e Sergipe, de 119,8%.

Fonte: Tribuna do Norte

Opinião dos leitores

  1. O TJ/RN tem que fazer o concurso para magistrados, e colocar pra frente o projeto que ja vinha sendo estudado de aumentar de 15 para 20 desembargadores na Corte. Aí sim, teríamos uma maior celeridade nos processos.

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Jornalismo

Lewandowski afirma que indícios autorizam abertura de inquérito contra Demóstenes

O ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski considerou prematuro atender ao pedido da defesa do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), que pretendia considerar inválidas as gravações telefônicas interceptadas pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo. Nas escutas, autorizadas pela Justiça Federal, o parlamentar é flagrado em conversas comprometedoras com o contraventor do ramo de jogos ilegais Carlinhos Cachoeira.

Ontem, Lewandowski negou pedido de liminar que pretendia desconsiderar as gravações como provas válidas contra o senador, que tem foro privilegiado. Ele falou à imprensa durante cerimônia do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro, na qual foi homenageado com a Medalha do Mérito Eleitoral.

“O advogado do senador pediu uma série de medidas de caráter liminar, que foram por mim indeferidas [negadas], sobretudo tendo por fundamento a ilicitude das interceptações telefônicas. Mas eu entendi que esse argumento, neste momento, é prematuro, porque nós não estamos ainda em uma fase de ação penal. É apenas uma investigação, são indícios. E esses indícios, por enquanto, a meu ver, autorizam a abertura do inquérito”, explicou o magistrado.

Lewandowski ressaltou que, sobre o mérito da questão, ainda não tem opinião formada. “Nenhuma [opinião] porque, neste momento, a investigação está sendo comandada pelo procurador-geral da República. Ele é quem comanda as investigações. Eu apenas determinei, a pedido dele, a abertura do inquérito. Vão ser coletadas as provas pedidas pelo Ministério Público e isso poderá ou não desencadear uma ação penal contra o senador”.

Fonte: Agência Brasil

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Jornalismo

Rapaz é preso com 89 saquinhos de drogas escondidos no pênis

Uma parada de trânsito tomou um rumo inesperado na semana passada em Folcroft, no estado da Pensilvânia (EUA), depois que a polícia descobriu que o ocupante de um veículo escondia drogas em seu pênis, segundo o jornal “Daily Times”.

Ray Woods, de 23 anos, foi obrigado a baixar a calça depois que os policiais notaram uma protuberância na parte da frente de seu jeans.

A revista acabou revelando que Woods escondia 89 saquinhos de cocaína, heroína e outras drogas amarrados ao pênis.

Ele foi preso acusado de tráfico de drogas. Woods deixou a cadeia após pagar fiança de US$ 2,5 mil.

Fonte: G1

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Jornalismo

Ilustração mostra primeira e última viagem do Titanic realizada há um século

No dia 13 de abril de 1912, o comandante do Titanic, Capitão Smith, recebeu avisos de rádio sobre icebergs avistados na sua rota. Achou prudente traçar um novo curso, mas, confiante na potência e na segurança oferecida por uma embarcação do porte do seu transatlântico, seguiu a prática comum à época e não reduziu sua velocidade, manteve o Titanic a pleno vapor.

Favorecido pelo bom tempo encontrado até então, o Titanic vinha cumprindo sua promessa de ser um dos navios mais velozes do seu tempo. Nos três dias de viagem, desde seu último embarque, já cruzara 200 milhas a uma velocidade média de 21 nós.

As coisas mudaram no dia seguinte, com a chegada de uma frente fria e a aproximação da região dos Grandes Bancos da Terra Nova, famosa zona de icebergs do Atlântico Norte.

Em 14 de abril de 1912, dia em que o transatlântico colidiu com a enorme placa de gelo, sabe-se que não menos que 7 avisos de icebergs foram enviados para sua central telegráfica.

Icebergs

Constituídos essencialmente de água doce, os icebergs são blocos de gelo que se soltam das geleiras formadas na era glacial, há cinco mil anos.

A ponta do velho gigante gelado esconde o perigo. Apenas cerca de 1/7 da massa dos icebergs pode ser vistas à superfície, sua parte mais extensa, cerca 6/7 , fica submersa. Daí o grande risco que ele oferece à navegação nos mares gelados.

*Com informações do Estadão 

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Jornalismo

TJRN publica lista com ordem cronológica dos processos de Precatórios e RPVs

Está disponível no site do Tribunal de Justiça do RN a listagem geral da ordem cronológica dos beneficiários de Precatórios e Requisição de Pequeno Valor (RPV), bem como os processos de prioridade.

No site, os interessados vão encontrar as listas dos processos nos quais figuram como entes públicos devedores o o município de Natal, o Estado do RN, suas autarquias e fundações. Ainda não está disponível a listagem dos demais municípios que têm dívidas de Precatórios e RPV. A previsão é que elas sejam disponibilizadas até o início de maio.

Veja AQUI as listas.

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