A operação tapa-buracos, suspensa pela falta de pagamento às empresas, ganhou novo argumento, dado pela prefeita: a qualidade do asfalto é ruim, e não querem jogar qualquer lama preta em nossas ruas.
Curioso é que a empresa que venceu a licitação para fornecer asfalto não teve o processo suspenso ao cancelado. Ela ganhou o direito de emissão por R$ 133 mil.
Mais estranho ainda é que na Semopi foi remanejado R$ 23,9 milhões para operação tapa-buraco, mas todas as licitações para o processo, seis num total, não somam R$ 4 milhões. Sobra muito dinheiro pelas contas. Cadê?
Lembrando do sufoco da Prefeitura do Natal, ocorre que a administração precisa de dinheiro para bancar as contrapartidas para as obras da Copa do Mundo de Futebol. Estaria indo para aí o dinheiro? Não sei, é uma possibilidade. A PMN poderia explicar, mas até agora não fez.
A suspeita ganha força quando olhamos a tentativa da Prefeitura do Natal de obter operação de crédito junto ao BID, banco norte-americano e bem mais complicado do que já é por aqui.
Primeiro a Câmara Municipal precisa aprovar a operação, e depois a Prefeitura provar que tem capacidade de envididamento, algo, segundo noticiou Cassiano Arruda Câmara em sua Roda Viva, que ela não tem. Além disso, o BID exige que garantias da União, que não vai se meter nessa história percebendo o risco de pagar o pato.
Enquanto isso, esperamos por uma solução aos buracos… Esperamos, como sempre.
Secretário de Comunicação da Prefeitura, Jean Valério manda esclarecimentos sobre o o post do Blog: O Dinheiro da operação tapa-buracos foi parar aonde?
Caro Bruno, Recebi informações do nosso secretário do secretário de Gestão Estratégica e Ouvidoria, Carlos Von Sohsten, também leitor do seu blog. É preciso que sejam postados alguns esclarecimentos:
– O remanejamento de R$ 23,9 milhões é de natureza orçamentária e não de ordem financeira. É necessário para suprir necessidades de contrapartidas das obras da COPA (Mobilidade Urbana).
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