O POTI de hoje faz uma reportagem sobre o consumo de alto luxo na nossa cidade, não só no mundo e no Brasil cresce o consumo “VIP” de produtos caros, de ótima qualidade e elevado preço pela grife que você está comprando, hoje Natal já tem grandes lojas em diversos segmentos para essa turma que tem condições de adquirir esses produtos, a estabilização da moeda, o aumento do poder aquisitivo fez a antiga classe media que foi alçada ao patamar de classe A baixa também se arriscar no mercado de luxo. Só para os eleitores tem uma ideia do consumo aqui em Natal, a concessionaria BMW que irá abrir na Prudente, mesmo antes de está instalada, já vendeu 20 carros e 10 motos. Só para se ter uma idéia, Natal hoje é a terceira capital do Nordeste a ter mais carros Land Rover desfilando. Segue reportagem do POTI:
O Crise econômica? Que crise? O crescimento da economia brasileira nos últimos tempos e da renda da população rendeu algo mais que o aumento da classe média e a diminuição da miséria do país: uma procura cada vez maior por artigos de luxo, seja no ramo do vestuário, dos imóveis ou dos automóveis. Para o público que está disposto a pagar caro por algo mais que exclusivo, as notícias desfavoráveis ao capitalismo vindas da Europa não assustam. O resultado é aumento de um mercado para este tipo de público, fácil de perceber ao se observar o perfil das lojas, dos lançamentos imobiliários e dos carros que circulam nos principais bairros de Natal. “Não é preciso ser riquíssimo para ter uma peça única. Com as facilidades de compra, como os cartões de crédito, o acesso a esse mercado vem se tornando mais presente e não faltam compradores”, afirma o empresário americano Charles Tebbe, proprietário de uma loja de artigos de grife, na avenida Afonso Pena.
Assim como outros empresários estrangeiros, Charles acredita que o Brasil é um mercado onde um grande crescimento é esperado e que, nesse contexto, Natal têm um enorme potencial de clientes que querem exclusividade. De acordo com estudos realizados em 2008 pela consultoria Bain & Company, o país terá uma elevação de 35% no setor de luxo nos cinco anos seguintes. Em 2013, cerca de 50 marcas de luxo terão aproveitado as vantagens e oportunidades e entrarão no mercado brasileiro.
Armani, Dolce & Gabbana, Prada, Valentino, Calvin Klein, Guess, BCBG. Essas são algumas das grifes mundialmente famosas que conquistaram seu espaço nos últimos dois anos em lojas de endereços como os shoppings Midway Mall e Natal Shopping, e ao longo da avenida Afonso Pena, conhecida pelos estabelecimentos para quem tem maior poder aquisitivo. O empresário americano, proprietário da New York New York, conta que o que tem sido levado em conta por quem investe no segmento é a possibilidade de oferecer produtos reconhecidos para os clientes exigentes não precisarem se deslocar para os grandes centros em busca das últimas novidades do mercado internacional de luxo.
Segundo a publicação Europa: Branded Consumer Goods, “devido à estabilidade econômica, provocada pelos oito anos de governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva existe um novo consumidor ávido de classe média”, denominado pela pesquisa como a “nova burguesia brasileira”. Para Charles Tebbe, Natal tem um destino promissor no segmento, até mesmo por conta do advento da Copa do Mundo de 2014. “Meu companheiro é potiguar e quando recebemos a visita dos seus familiares e amigos aqui nos EUA, me chamava muito a atenção o entusiasmo com que eles adquiriam as peças de grife a preços convidativos”, conta o americano, explicando que é nítida na cidade o interesse por grifes de alta qualidade.
Cenário promissor
O relatório elaborado pela Goldman Sachs para a publicação Branded em junho de do ano passado revela que fatores políticos e econômicos podem impulsionar as vendas dos bens de luxo no Brasil nesta década. Ainda segundo o documento, as vendas de luxo para brasileiros podem chegar a 6% do mercado global em 2025, ou seja, 63,5 bilhões de dólares, indo muito além de São Paulo, que hoje ainda agrega 70% desse mercado.
O desenvolvimento anual deste segmento no Brasil – 22% em 2009 – tem superado mercados mais estabelecidos: as vendas são agora quase o dobro de 2006. O mercado de varejo normal também obteve um crescimento considerável, chegando aos 11% no ano passado.
A realidade para o Rio Grande do Norte é também animadora. De acordo com a CPP Management Consultants, empresa que presta consultoria a companhias de luxo, o segmento do mercado de luxo brasileiro possui um público-alvo em torno de um milhão de pessoas. O investimento estrangeiro realizado no RN nos últimos anos é responsável pelo aumento da fatia desse mercado consumidor no estado.
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