O empresário Gilmar da Montana, divulgou uma nota a respeito da denúncia do Ministério Público que culminou na sua prisão.
Gilmar da Montana afirma que está sendo condenado sem julgamento e sem provas, e nega participação no suposto esquema de fraudes envolvendo a inspeção veicular.
Confira a íntegra da nota:
“·Do leito hospitalar onde me encontro, assisto com revolta, indignação e tristeza o meu nome ser jogado numa vala comum entre supostos corruptos e corruptores. Sempre pautei a minha vida pessoal e profissional sob os alicerces do trabalho, da família, do respeito e da honestidade. Não posso, portanto, ficar calado diante das acusações sem provas que fazem contra a minha pessoa.
· Desde o primeiro momento em que o meu nome foi envolvido nesse assunto, sempre procurei ser claro, positivo e transparente nos questionamentos que me foram feitos, até como forma de poder dar ao MPE a oportunidade e as condições de separar o joio do trigo.
· È preciso que se diga que o meu relacionamento com o grupo Inspar se deu tão somente no âmbito comercial. Sou construtor e a minha construtora – como poderia ter sido qualquer uma do nosso estado – foi a escolhida para erguer os prédios onde funcionaria as bases de prestação de serviço de inspeção veicular.
· Trabalhei, investi, fiz obras pelas quais não recebi um único centavo. Fiquei no mais completo e absoluto prejuízo.
· Tive a minha casa e escritório devassados, fui preso e hospitalizado, me vejo condenado sem julgamento, com o meu nome negativamente exposto perante a sociedade, envolto em um ‘mar de lama’.
· No entanto, os meus acusadores não apresentam – e não vão apresentar porque não existe – uma única prova, cabal, consistente e fulminante, que indique que eu me beneficiei de dinheiro público, que recebi ou ofereci propinas, que fui corrompido ou que sou agente corruptor.
· Mesmo sem ser protagonista de qualquer ato de corrupção passiva ou ativa, estou com meus bens seqüestrados, impossibilitado de movimentar os meus negócios.
· A decisão judicial que me veta o direito de exercer a minha vida empresarial, penaliza também 180 famílias de operários e trabalhadores sérios e honestos, privados agora de receber seus vencimentos e vantagens como o 13º salário.
· Continuo preso, sofrendo de uma privação de liberdade temporária, cuja legalidade é questionável, pois o Ministério Público já colheu os objetos que julgou necessário para subsidiar a ação investigativa.
·Confio na Justiça do meu estado e desafio a quem quer que seja que apresente as provas dos crimes que me acusam, ou me esqueçam.
· Não posso continuar a ser usado como ‘bode’ expiatório de um espetáculo midiático do qual eu sou vitima e não réu.
· Reafirmo a minha inocência e enfatizo que em nenhum momento cometi qualquer ilicitude, nem atos que possam envergonhar a minha família, meus amigos, parceiros comerciais, colaboradores e a sociedade potiguar como um todo.
José Gilmar de Carvalho Lopes”
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