O Blog recebeu do Procurador do Município de Natal, Carlos Castim esse artigo e publica:
SOBRE OS CONVÊNIOS CANCELADOS *
A audiência pública sobre o cancelamento dos convênios com os municípios norte riograndenses realizada no dia de ontem na Assembléia Legislativa, se não trouxe uma solução para o problema enfrentado, ao menos serviu para comprovar o desacerto e a precipitação da medida adotada pelo Governo do estado.
Com uma representação de peso composta pelo Secretário Chefe da Casa Civil, Procurador Geral, Controlador Geral, Consultora Geral, além de outros secretários e do Dep. Getúlio Rego, o Governo do estado não conseguiu convencer a prefeitos, jornalistas, políticos e demais presentes, de que a ilegalidade administrativa tenha sido o verdadeiro motivo para a denúncia unilateral desses convênios.
Não obstante o esforço do Secretário Chefe da Casa Civil, adv. Paulo de Tarso Fernandes, dois fatores restaram indubitavelmente claros a respeito do real motivo do cancelamento: primeiro, que a decisão é essencialmente política e não jurídica; e segundo, apesar das aparências, é facilmente perceptível na equipe governamental a ausência de um interlocutor experiente, que por meio da prudência e do diálogo, viabilize as ações administrativas da Governadora Rosalba Ciarlini sem expô-la a desgastes políticos desnecessários.
A impressão que se teve ontem é que o Adv. Paulo de Tarso Fernandes ainda não captou a importância do cargo que exerce como termômetro político do Governo e mediador principal das divergências naturais que dão molde ao Estado Democrático de Direito. Com um discurso exacerbadamente legalista e não menos equivocado, o Dr, Paulo de Tarso parecia mais o Procurador Geral do Estado do que o Secretário Chefe da Casa Civil do Governo.
Talvez o amor denotado às causas jurídicas lhe tenha embotado a argúcia política e a experiência adquirida como atuante deputado na Casa de José Augusto.
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