Esporte

Impasse entre Globo e Palmeiras expõe crise em negócio milionário na TV

Uma partida sem nenhum atrativo especial, a disputa entre Palmeiras e CSA pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro, em pleno 1º de maio, se tornou um marco no disputado mercado de direitos de transmissão esportiva. Pela primeira vez em cerca de duas décadas, um jogo do torneio não passou na televisão.

O “apagão” atingiu TV aberta, TV por assinatura, pay-per-view e streaming. Só os torcedores que compareceram ao estádio Rei Pelé, em Maceió, viram o empate em 1 a 1. O torcedor palmeirense em São Paulo teve de acompanhar o jogo por transmissões radiofônicas.

Houve tentativas de pirataria, via Facebook e YouTube, com o uso de celulares e câmeras, por pessoas que estavam dentro do estádio, mas os links foram logo “derrubados” por denúncias de um dos donos dos direitos.

Eis a novidade. A Globo tem os direitos de transmissão para TV aberta dos jogos de 19 times da Série A. Só não fechou acordo com o Palmeiras. A emissora também pode exibir as partidas de 18 times no pay-per-view (além da equipe paulista, não se acertou com Athletico-PR).

Sem concorrentes no mercado de TV aberta, a Globo se viu confrontada no mercado de TV por assinatura por um rival estrangeiro, o grupo Turner. Quando ainda tinha o canal Esporte Interativo, fechado no ano passado, a empresa americana assinou acordo de transmissão com sete equipes (Athletico-PR, Bahia, Ceará, Fortaleza, Internacional, Palmeiras e Santos). Desta forma, ganhou o direito de exibir 42 partidas do Brasileirão neste ano, o que fará pelo canal TNT.Outros 13 clubes (Atlético-MG, Avaí, Botafogo, CSA, Chapecoense, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Goiás, Grêmio, São Paulo e Vasco) fecharam com a Globo, que exibe as partidas pelo SporTV.

O impasse mais sério, pelo número de torcedores que impacta, é entre a Globo e o Palmeiras. É uma discussão complexa, sobre direitos e valores. Os argumentos do clube são baseados em dados objetivos, da mesma forma que os da emissora. Até o momento em que escrevo (quinta-feira à tarde), nenhuma das partes quer ceder nessa mesma discussão.

Como mostrou o jornalista Rodrigo Mattos em seu blog no UOL, Globo e Palmeiras estão perdendo muito dinheiro no confronto. O impasse, lembra ele, ocorre por culpa da legislação, que dá a cada clube direitos sobre a metade de um jogo, mais especificamente pela desunião das equipes, que não conseguem negociar em conjunto com as emissoras.

À medida em que os esportes se tornaram uma mercadoria valiosa para a televisão, a comercialização de direitos de transmissão se profissionalizou em todo o mundo. Na maior parte dos mercados, quem negocia com as TVs são as ligas, em nome das equipes.

Nos Estados Unidos, os direitos de transmissão de partidas de basquete (NBA) e de futebol americano (NFL) atingem a casa dos bilhões de dólares a cada temporada.No Brasil, como lembra Mattos, desde os anos 1980, todas as tentativas de associação dos clubes de futebol foram boicotadas pela principal entidade que comanda o esporte.

É preciso acrescentar que, pelo menos em um momento crucial, em 2011, a Globo teve papel preponderante, aliada à CBF (Confederação Brasileira de Futebol), na luta para esvaziar os esforços de organização das equipes.Na época, com medo de perder os direitos do Brasileiro para a Record, a Globo negociou diretamente com os clubes, causando a implosão do Clube dos 13, a entidade que os representava. Hoje, a emissora deve se arrepender do que fez naquele momento.

O texto é do colunista Maurício Stycer

NOTÍCIAS AO MINUTO

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Saúde

Falta de remédios ameaça dois milhões de pacientes no Brasil

No dia 12 de março de 2019, um ofício do Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass) endereçado ao gabinete do ministro Luiz Henrique Mandetta avisava: a situação dos estoques públicos de medicamentos em todos os estados da federação é crítica.

O documento traçava um panorama do desabastecimento, problema que se arrasta há anos, mas se agravou nos primeiros meses do governo Jair Bolsonaro.

De um total de 134 remédios que são distribuídos obrigatoriamente pelo Ministério da Saúde, 25 estão com estoques zerados em todos os estados do país e outros 18 devem se esgotar nos próximos 30 dias.

O GLOBO analisou relatórios de dez secretarias estaduais de Saúde e outro documento do Conass encaminhados ao governo federal cobrando providências para o problema. De acordo com eles, o país vive a maior crise de sua História na oferta de medicamentos para o sistema público de saúde.

Dois milhões de pacientes dependem de remédios que estão em falta ou que vão acabar nos próximos dias, segundo o Conass. Dentre os já esgotados, estão drogas para tratamento de doenças como câncer de mama, leucemia em crianças e inflamações diversas.

Também falta medicação para pessoas que receberam transplantes recentes de rins e de fígado. Sem isso, é possível que órgãos transplantados precisem ser removidos e descartados, já que as drogas servem para que o corpo do receptor consiga se adaptar. Em apenas em dez estados, incluindo Rio de Janeiro, Minas Gerais e Pernambuco, mais de 20 mil transplantados dependem dos medicamentos fornecidos pelo governo federal.

O Ministério da Saúde afirma que, desde janeiro, tenta regularizar o abastecimento de medicamentos adquiridos. Segundo a pasta, muitos processos de compra não foram iniciados no tempo devido e, por isso, “as entregas estão ocorrendo de modo intempestivo”.

Ao todo, 12 processos de aquisição foram finalizados e 52 estão em andamento. “Assim, a expectativa é de assinatura dos contratos de compra para regularização do abastecimento de grande parte dos fármacos ainda no mês de maio”, diz a nota.

Alertas foram emitidos

O Ministério da Saúde já foi alertado diversas vezes sobre a escassez em que se encontram os estados. O documento mais recente, do Conass, diz que o desabastecimento atinge principalmente “portadores de doenças crônicas” e que causa “consequências sociais, clínicas, e não menos importante, econômicas”.

(mais…)

Opinião dos leitores

  1. É fake news! Isso é na Venezuela ou em Cuba. No Brasil de bozo não falta remédio, não exite gente no lixão. Além disso, foram anunciados aumentos de recursos para educação. Bota pra lascar bozo dos infernos.

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Jornalismo

PF prende advogado por fraude durante exame da OAB

A Polícia Federal prendeu em flagrante na tarde deste domingo, 5, um advogado de 27 anos por suposta tentativa de fraude à segunda fase do exame da Ordem dos Advogados do Brasil.

Segundo a PF, após ‘uma denúncia anônima, os policiais federais foram até o local onde o suspeito realizava a prova e o entrevistaram’.

“O homem confessou o crime e informou aos policiais que havia acertado previamente de receber R$ 5 mil para realizar a fraude”, diz a Polícia Federal.

O advogado foi encaminhado à Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal e responderá pelos crimes de fraude em certame de interesse público e uso de documento falso.

“Se somadas, as penas podem chegar a 12 anos de reclusão”, afirma a PF.

FAUSTO MACEDO / ESTADÃO

Opinião dos leitores

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Jornalismo

Após críticas a general, Bolsonaro diz “Em meu governo, a chama da democracia será mantida sem qualquer regulamentação da mídia”

O presidente Jair Bolsonaro disse neste domingo, 5, em sua conta no Twitter, que vai manter um governo sem qualquer tipo de regulamentação da mídia, inclusive as mídias sociais. “Em meu governo, a chama da democracia será mantida sem qualquer regulamentação da mídia, aí incluídas as sociais. Quem achar o contrário, recomendo um estágio na Coreia do Norte ou Cuba”, escreveu o presidente.

A manifestação ocorreu após uma série de ataques de bolsonaristas e seguidores do escritor Olavo de Carvalho ao ministro da Secretaria de Governo, general Santos Cruz,  que em entrevista ao Estado e à Rádio Jovem Pan no mês passado citou a necessidade de se aprimorar a legislação que trata das redes sociais.

(O uso das redes sociais) Tem de ser disciplinado, até a legislação tem de ser aprimorada, e as pessoas de bom senso têm de atuar mais para chamar as pessoas à consciência de que a gente precisa dialogar mais, e não brigar”, disse na ocasião. No fim da tarde, o general se reuniu com Bolsonaro no Palácio da Alvorada, em Brasília.

Santos Cruz passou a ser alvo de Olavo de Carvalho, considerado guru bolsonarista, nesta semana. Em postagem neste sábado, 4, Carvalho comparou o ministro a Ciro Gomes (PDT), candidato derrotado à Presidência, e disse que  Santos Cruz “fofoca e difama pelas costas”. O ministro respondeu as acusações em entrevista ao site Poder 360, acusando Olavo de ser “um desocupado esquizofrênico”.

A hashtag #ForaSantosCruz, em referência ao ministro da Secretaria de Governo, é um dos assuntos mais comentados no neste domingo, 5.

Mais cedo, dois filhos do presidente, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), repercutiram nas redes sociais o tema regulamentação das mídas. O “zero dois” afirmou pelo Twitter que a “a internet livre foi o que trouxe Bolsonaro até à Presidência”. “Numa democracia, respeitar as liberdades não significa ficar de quatro para a imprensa, mas sempre permitir que exista a liberdade das mídias!”, escreveu Carlos.

(mais…)

Opinião dos leitores

  1. Os três loucos que vai acabar com o governo do Bozo: Olavo, Carlos e Flávio, os três patetas.

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Política

Com Silvio Santos, Bolsonaro vê apoio na Previdência e crítica a ‘faroeste’ com as armas

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O presidente Jair Bolsonaro recebeu o apoio do empresário e apresentador Silvio Santos na defesa da reforma da Previdência durante entrevista exibida na noite desde domingo, 5, mas ouviu críticas do dono do SBT sobre a flexibilização da posse de armas no Brasil.

Ao comentar sobre o projeto da reforma, que está no Congresso, Bolsonaro buscou destacar que os principais objetivos são “ajudar os pobres” e garantir a sustentabilidade do sistema previdenciário para que futuras gerações tenham suas aposentadorias garantidas. “Deixo bem claro que essa reforma é para ajudar os pobres, é exatamente o contrário do que alguns políticos de esquerda vem falando”, declarou.

Na entrevista, Bolsonaro não chegou a abordar detalhes técnicos da reforma ou pontos considerados polêmicos, como a aposentadoria rural e o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Sobre a tramitação do texto no Congresso, o presidente disse apenas que a maioria dos parlamentares já está “convencida” da necessidade de se aprovar a reforma, embora isso possa gerar “desgate político” a alguns setores.

A pauta da Previdência também foi exaltada pelo próprio Silvio Santos, que comentou diversas vezes na conversa com o presidente que a manutenção das regras atuais levaria a um quadro inflacionário no País. “Se não tiver a reforma da Previdência, vai ter inflação”, disse o empresário e apresentador.

Em outros momentos, quando Bolsonaro tentou mudar de assunto, Silvio Santos retomou o tema da reforma previdenciária, salientando que ela é mais importante do que outras medidas do governo. Ele disse que tem 88 anos e nem sabe se está aposentado ou não. “Já estou vivendo de gorjeta com 88 anos”, disse Silvio.

Faroeste. A única discordância entre os dois veio à tona quando o dono do SBT questionou o presidente sobre a flexibilização do posse de armas. Silvio disse que “não pode aprovar (a medida) porque vai virar o faroeste”. Bolsonaro respondeu que a medida já havia sido feita por decreto e que ela segue o modelo de política adotado nos Estados Unidos, onde o empresário tem residência.

“Mas nos Estados Unidos o cara vai para a cadeia e fica lá. Aqui é piada”, rebateu Silvio. O presidente enfatizou que o pacote anticrime do minsitro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública) vai endurecer a pena para crimes violentos.

Durante a entrevista, Bolsonaro falou ainda brevemente sobre outras iniciativas de sua gestão, como a recém-assinada “MP da Liberdade Econômica”, para reduzir a burocracia e estimular investimento privado no País, e as mudanças que ainda serão propostas para a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), como ampliação da validade do documento de cinco para dez anos e do número máximo de pontos de infração de trânsito para o motorista ter a carteira cassada.

Em clima bastante discontraído, Silvio Santos disse que Bolsonaro havia chegado à Presidência da República por sorte porque “ninguém conhecia” e perguntou ao presidente como foi carregar a bolsa de colostomia na barriga após o atentado que ele sofreu durante a campanha eleitoral em 2018 e se ele tinha ciúmes da primeira-dama Michelle Bolsonaro.

ESTADÃO CONTEÚDO

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Saúde

Após solicitação, Ministério da Saúde destina R$ 50 milhões para construção de hospital em São Gonçalo; Prefeito comemora

Na última sexta-feira (3), o Ministério da Saúde (MS) abriu o seu Sistema de Cadastro de Proposta e inseriu R$ 50 milhões para construção de um hospital geral em São Gonçalo do Amarante/RN. Os recursos foram alocados na programação própria do ministério, no Orçamento Geral da União, e atendem ao pleito do prefeito Paulo Emídio, o Paulinho, e do deputado federal João Maia.

Paulinho comemorou a notícia e definiu como uma “grande conquista pra São Gonçalo, para a Grande Natal e para o Rio Grande do Norte”. “Esse novo hospital atende a necessidade da nossa população que já ultrapassa 100 mil habitantes, e vai auxiliar outros hospitais da Região Metropolitana. Isso ajuda na regionalização da saúde como deseja a governadora Fátima Bezerra”, afirmou o prefeito.

João Maia, que participou de várias audiências com o ministro Luiz Henrique Mandetta, destacou o equipamento como de extrema importância para o Estado. “Esse novo hospital é fundamental para São Gonçalo e importante para a metropolitana de Natal; vai desafogar o Hospital Walfredo Gurgel, diminuindo o fluxo de pacientes. Só temos que agradecer ao ministro Mandetta por atender esse nosso pleito”, disse João Maia.

O novo hospital já tem projeto pronto e será construído na região central da cidade, próximo ao campus do IFRN e do Museu Municipal. Terá capacidade para 120 leitos distribuídos nas clínicas médica, cirúrgica, pediátrica e obstetra, com Pronto Socorro adulto e infantil integrado ao SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).

Ainda contempla UTI neonatal e adulto, centro obstétrico com alojamento conjunto e servirá como hospital universitário para ensino de Medicina e outros cursos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

Opinião dos leitores

  1. Politicia se faz é assim trazendo o que o povo precisa!!!! Parabéns ao POVO de São Gonçalo do Amarante-RN., Paulinho tá mostrando como se administra!!!

  2. Esse foi um golaço do prefeito , ministro, e do presidente , já faz muito tempo q São Gonçalo precisa alavancar a saúde da nossa populacao

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Esporte

Bolsonaro diz que assina terça-feira decreto que beneficia atirador desportista

O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste domingo, 5, que assinará na próxima terça-feira, 7, decreto para facilitar a vida de caçadores, atiradores e colecionadores de armas, os chamados CACs. Sem entrar em detalhes, ele disse que o texto tratará de quantidade de munição e do transporte de arma municiada. A declaração foi dada após ser questionado por pessoas que o aguardavam na porta do Palácio do Alvorada.

Em janeiro deste ano, pouco após assumir o cargo, Bolsonaro assinou decreto que flexibilizou a posse de armas no País. Na ocasião, o texto foi considerado “tímido” pelos que defendem mais acesso a armas pela população.

Bolsonaro deixou a residência oficial, no início da tarde deste domingo, para participar do enterro da mãe de um ex-funcionário de seu gabinete na Câmara. A cerimônia ocorreu na cemitério Campo da Esperança, em Brasília. Segundo os presentes, trata-se da mãe de Eduardo Guimarães.

Na chegada ao local, o presidente cumprimentou pessoas que acompanhavam o cortejo e caminhou abraçado ao ex-funcionário. O filho e deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) também participou do enterro.

Nova York

Questionado sobre o cancelamento de sua ida a Nova York, prevista para a semana que vem, o presidente respondeu apenas que ainda “vai aos Estados Unidos”, mas não detalhou itinerário, nem a data.

Na sexta-feira, o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, divulgou nota em que comunicava a desistência de Bolsonaro de ir a Nova York receber o prêmio Pessoa do Ano, organizado pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos. O motivo do cancelamento foi a repercussão negativa da presença do presidente no evento, previsto para o próximo dia 14.

Bolsonaro vinha recebendo críticas de políticos americanos, principalmente do prefeito de Nova York, Bill de Blasio, e do senador Brad Hoylman, ambos democratas. Os dois comemoraram a desistência do brasileiro.

No sábado, o vice-presidente Hamilton Mourão atribuiu o cancelamento a disputas internas nos EUA. “A realidade é que o presidente se sente incomodado pela atitude do prefeito de Nova York, que nada mais é do que uma disputa interna nos Estados Unidos”, disse Mourão após participar da Festa Nacional da Cavalaria do Rio Grande do Sul, no município de Tramandaí. “O prefeito é democrata, o presidente Donald Trump é republicano e o presidente Jair Bolsonaro julgou por bem não se meter em algo que é uma disputa de outro país”, afirmou o vice.

Estadão Conteúdo

Opinião dos leitores

  1. Resolvendo os problemas de desemprego, aumento de combustíveis, gás de cozinha, falta de medicamentos, falta de verbas… será que comem capim?

    1. Puxa, Walsul, vc até parece descrever um governo do PT. A propósito, como anda o RN?

  2. Um verdadeiro estadista, preocupado com coisas muito importantes. Vai resolver todos os problemas do Brasil. Ideias brilhantes. Todos concordam com o é proposto pelo presidente. Inigualável.

    1. Nunca "todos" concordarão com governo algum. E esquerdopatas como vc SEMPRE torcerão contra, pelo pior. É da índole de vcs.

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Saúde

‘Indústria alimentícia busca pesquisas que a favoreçam’, diz pesquisadora

Financiar pesquisas de seu interesse, oferecer presentes a formadores de opinião, promover a autorregulação e enfatizar as ações de responsabilidade social. Para a professora emérita da Universidade de Nova York Marion Nestle essas estratégias amplamente usadas por fabricantes de cigarros agora são repetidas com maestria pela indústria alimentícia.

Em seu primeiro livro lançado no Brasil, “Uma verdade indigesta: como a indústria de alimentos distorce a ciência sobre o que comemos”, a professora descreve como pesquisas financiadas por empresas podem ser usadas como peças de propaganda e também a pressão exercida sobre profissionais de saúde para que seus produtos sejam classificados como livre de riscos ou até mesmo miraculosos.

“É importante usar o bom senso. Um único alimento fará uma diferença profunda em dietas balanceadas que têm muitos alimentos? Acho que não. O conjunto da dieta é o que importa”, afirmou Marion ao jornal O Estado de São Paulo. A seguir, principais trechos da entrevista.

No livro, você fala sobre a ligação entre nutricionistas e indústria. É possível romper esse relacionamento para ter estudos confiáveis?

Os pesquisadores de nutrição não são obrigados a fazer estudos financiados pela indústria; eles podem obter financiamento de agências governamentais ou fundações privadas. Quando a indústria alimentícia financia estudos, procura tipos específicos de resultados, preferencialmente que favoreçam seus interesses. Isso é pesquisa de marketing, não ciência. A pergunta a fazer é se o tópico de pesquisa é iniciado pelo patrocinador ou pelo pesquisador. Pesquisas iniciadas pelo investigador tendem a se concentrar em questões científicas importantes, não em benefícios de um determinado produto alimentício. A qualidade científica dos estudos financiados pela indústria raramente é um problema. O viés não está em como o estudo foi conduzido; a maior parte do viés aparece em como as questões de pesquisa foram enquadradas.

A pressão da indústria sobre nutricionistas está crescendo?

No meu livro, dou exemplos de como as empresas de alimentos tentam influenciar opiniões de nutricionistas. A Coca-Cola, por exemplo, pagou nutricionistas para usarem redes sociais com objetivo de classificar bebidas açucaradas como apropriadas. Nutricionistas estão em posição de influenciar o que os pacientes comem. Por isso é compreensível que as empresas de alimentos queiram que esses profissionais aprovem seus produtos.

Se estudos são tendenciosos, como devemos nos alimentar?

Felizmente, a melhor orientação nutricional é simples e tem sido a mesma há décadas: tenha uma dieta baseada em vegetais; controle a ingestão calórica (não coma demais) e evite alimentos ultra-processados (“junk food”). O escritor Michael Pollan alerta: não coma muito e prefira vegetais.

Podemos confiar em pesquisas sobre riscos ou benefícios de determinados alimentos?

É importante usar o bom senso. Um único alimento fará uma diferença profunda em dietas balanceadas que têm muitos alimentos? Acho que não. O conjunto da dieta é o que importa. Desconfio de estudos financiados por indústrias de alimentos, especialmente aquelas divulgadas como “avanços”, “milagres”, “curas para muitos problemas de saúde” ou ainda a ideia de “tudo o que você sabia sobre nutrição está errado”. Não é assim que a ciência trabalha.

Você diz que é necessário reconhecer e gerenciar a influência da indústria no meio acadêmico. Isso é possível em países onde a indústria também influencia autoridades e reguladores?

A revista médica britânica The Lancet publicou recentemente um longo artigo sobre como gerenciar as práticas de marketing da indústria de alimentos. Nesse texto, os autores recomendaram deixar a indústria de alimentos fora da formulação de políticas públicas nessa área. Parece-me um conselho sensato. Pode não ser politicamente fácil, mas vale a pena defender políticas sem influência da indústria.

O Brasil está estudando mudança das regras para os rótulos de alimentos. A indústria critica as advertências, alegando que isso causa medo desnecessário. Qual é a sua avaliação?

Temos o exemplo do Chile (que recentemente alterou as regras e agora traz mensagens de advertências nos rótulos) . Se quisermos uma redução do consumo de alimentos ultraprocessados, as pessoas precisam identificá-los. Os rótulos de advertência chilenos são comprovadamente eficazes para incentivar as pessoas a escolherem alimentos. Os fabricantes desses alimentos ultraprocessados estão preocupados porque os rótulos desestimulam o consumo, mas, do ponto de vista da saúde pública, é exatamente isso o que é necessário.

Como o Brasil pode se proteger de informações distorcidas sobre alimentos?

Os defensores da saúde pública devem estar atentos ao apontar quando a informação vem da indústria e como a indústria está usando sua própria informação para lançar dúvidas sobre informações independentes. O artigo da Lancet ao qual me referi anteriormente tem uma longa lista de maneiras pelas quais os governos podem combater tentativas de a indústria enganar o público ou influenciar dietas.

Alimentos ultraprocessados são baratos. Como convencer as pessoas a fazer escolhas mais saudáveis?

Alimentos pouco processados também são baratos, mas podem ser menos práticos ou exigir habilidades culinárias. No entanto, preço é uma questão de política pública. Nos Estados Unidos, o governo subsidia os custos dos alimentos ultraprocessados para torná-los mais baratos. Os custos de marketing, por exemplo, são dedutíveis do imposto de renda. Essas políticas podem ser alteradas para promover alimentos mais saudáveis.

Entre mensagens baseadas em pesquisas distorcidas, qual você considera mais perigosa?

Não usaria a palavra “perigosa”. Mais importante é informar como funcionam as pesquisas nutricionais e evitar que elas sejam desqualificadas ou manipuladas. A indústria alimentícia se beneficia quando as pessoas não acreditam nas pesquisas que identificam riscos identificados de certos produtos e também quando se duvida dos benefícios em evitar alimentos ultraprocessados. Não acho que as empresas de alimentos devam financiar pesquisas de marketing fingindo ser ciência ou participando do desenvolvimento de políticas de alimentação e nutrição. As empresas de alimentos não são agentes das políticas públicas. São empresas com objetivo simples: vender e lucrar.

Estadão Conteúdo

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Diversos

Troca de ataques entre Israel e palestinos deixa mais de uma dezena de mortos; mais de 600 foguetes foram disparados

Foto: Mohammed Salem/Reuters

 

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, ordenou neste domingo (5) que as Forças Armadas do país continuem seus “ataques em massa” contra alvos do Hamas e da Jihad Islâmica na faixa de Gaza.

A escalada já deixou mais de uma dezena de mortos, embora o número exato de vítimas não tenha sido confirmado. O jornal local Haaretz aponta que seriam 20 mortos, sendo 16 do lado palestinos e quatro do lado israelense, enquanto o americano The New York Times lista 15 mortes entre os palestinos e três entre os israelenses.

Desde sexta, mais de 600 foguetes foram disparados pelo palestinos em direção ao território israelenses.

O exército israelense declarou que seus tanques e aviões atingiram cerca de 220 alvos militares em Gaza.

“Instruí o exército a continuar seus ataques em massa contra elementos terroristas da faixa de Gaza, e ordenei reforços com tanques, artilharia e tropas”, disse Netanyahu no começo do conselho semanal de ministros. No sábado ele anunciou que se reuniria com autoridades de segurança do país.

Pouco antes deste ataque, a polícia israelense relatou três mortes na cidade de Ashkelon, vítima de um dos foguetes da faixa de Gaza.

Da mesma forma, um dos comandantes do movimento radical Hamas, que governa a faixa de Gaza, foi morto por um dos ataques israelenses. Hamad al Jodori, 34, era comandante do braço armado do Hamas, informou o movimento. O exército israelense confirmou a morte.

Os palestinos dispararam contra locais no sul e no centro de Israel. Várias dezenas de mísseis foram interceptados pela defesa antimísseis, disseram as Forças Armadas de Israel, e uma grande parte deles atingiu áreas desabitadas.

A troca de ataques pôs fim ao cessar fogo temporário que vigorava na região e fez aumentar os temores de uma nova escalada entre israelenses e palestinos.​

O aumento da tensão na região começou ainda na sexta-feira (3), quando militantes palestinos feriram dois soldados israelenses próximos da fronteira, o que fez Israel realizar um primeiro ataque contra a faixa de Gaza.

A Jihad Islâmica reivindicou o disparo de uma parte desses foguetes e disse que continuará atacando. Em um vídeo transmitido por redes sociais, o braço armado do grupo Hamas ameaçou atacar vários alvos estratégicos de Israel, como o Aeroporto Internacional Ben Gurion, perto de Tel Aviv.

Entre as mortes do lado palestino estão a de uma mãe e seu bebê, segundo informações das autoridades da faixa de Gaza. Israel, porém, afirma que os dois foram mortos pelo Hamas.

O Ministério da Saúde de Gaza havia dito no sábado que a palestina Abu Arar, 37, e sua filha de 14 meses foram mortas em um bombardeio israelense.

“Essa morte infeliz não foi resultado de armamento (israelense), mas de um foguete do Hamas que explodiu onde não deveria”, declarou Jonathan Conricus, porta-voz do Exército israelense, à imprensa.

Em Bruxelas, a União Europeia pediu o “cessar imediato” dos disparos.

O enviado da ONU encarregado do conflito israelense-palestino, Nickolay Mladenov, pediu “a todas as partes que acalmem a situação e retornem ao entendimento dos últimos meses”.

Por sua vez, os Estados Unidos disseram que apóiam o “direito” de Israel à “legítima defesa”.

A Turquia falou de “agressividade sem limites”. O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu, afirmou que as forças israelenses atacaram um prédio em Gaza onde estão localizados os escritórios da agência de notícias estatal Anadolu, e acrescentou que os ataques foram um crime contra a humanidade.

Segundo a Anadolu, a equipe da agência evacuou o prédio pouco antes do ataque, que foi precedido por uma advertência. Neste contexto, Israel anunciou no sábado o fechamento dos pontos de passagem da fronteira de Gaza e o fechamento das áreas pesca na costa do território.

A escalada dos conflitos acontece pouco antes do mês sagrado para os islâmicos, o Ramadã, e do feriado da independência de Israel. Mediadores egípcios e a ONU estão trabalhando para evitar uma escalada do conflito.

Desde 2008, a faixa de Gaza viu três conflitos de larga escala entre o Hamas e Israel e o temor é que a troca de ataques atual leve a um quarto confronto.

No final de março, sob os auspícios do Egito e da ONU, um cessar-fogo foi negociado, anunciado pelo Hamas, mas nunca confirmado por Israel. Isso permitiu manter relativa calma durante as eleições legislativas israelenses de 9 de abril.

Mas na terça-feira (30), Israel reduziu a zona de pesca autorizada na costa de Gaza depois que militantes palestinos lançaram um foguete em seu território. O foguete caiu no Mediterrâneo. O exército israelense acusou a Jihad Islâmica, um grupo aliado do Hamas.

Uma delegação do Hamas liderada por seu líder em Gaza, Yahya Sinwar, foi para o Cairo na quinta (2) discutir com autoridades egípcias meios de preservar a trégua.

Nos últimos meses, Israel aceitou que o Catar forneceria uma ajuda financeira aos palestinos para o pagamento de salários e o financiamento de combustível para enfrentar a escassez de eletricidade.

Desde março de 2018, palestinos protestam na fronteira entre a faixa de Gaza e Israel contra o bloqueio no enclave e pelo retorno de refugiados palestinos que foram expulsos ou tiveram que deixar suas terras após a criação de Israel em 1948.

Pelo menos 270 palestinos foram mortos desde o início da mobilização, em manifestações ou em ataques israelenses em retaliação. Do lado israelense, dois soldados morreram.

Os organizadores das manifestações e do Hamas asseguram que o movimento da “Grande Marcha de Retorno” é independente.

Israel, por outro lado, acusa o Hamas de orquestrar essas manifestações.

Folhapress/AFP/EFE

Opinião dos leitores

  1. De março pra ca 270 palestinos mprtos e 2 soldados israelenses, é bem justa essa relaçao né? Tambem atacar um povo que nao tem pra onde correr, quase tres milhoes de pessoas aprisionadas em Gaza, por um muro duplo de quase 10mt de altura, israel so tem o trabalho de disparar comtra os palestinos, pq matar eles sempre sabem que vao. E ainda reclamam dos campos de concentraçao, hoje fazem um pouco pior.

    1. Sabe de nada inocente. Isael está no direito de se defender doa mísseis que foram disparados contra eles. O povo de Deus não aceitará mais outro holocausto.

    2. Luladrao, se seu comhecimento de religiao for tao bom quanto o de politica, ta ferrado. Por essa sua teoria, os alemaes Nazistas nao estavam fazendo nada mais que se defendendo. Kkkkkk
      Quando um povo é massacrado, retirado seus direitos de ir e vir, expulso de suas terras, destruida suas casas, morto seus filhos, paes e maes, aprisionado( estou falando de judeu nao, de palestinos)…..que sera que esse povo faz heim? Se fosse vc, o que faria, se acovardaria ou lutaria?

  2. Sinceramente essa ONU serve para que mesmo? Deve ser um cabide de emprego internacional para pessoas amigas do Rei. Não resolve nada definitivamente. Na África milhões de pessoas morrendo de fome e não fazem nada tangível para minimizar o sofrimento do povo. Agora tudo em prédios luxuosos,com seus privilégios e o povo que se exploda.

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Televisão

‘Vingadores: Ultimato’ ultrapassa ‘Titanic’ tem segunda maior bilheteria da história

“Vingadores: Ultimato”, da Disney, continua atingindo marcas sem precedentes de bilheteria pelo mundo, ao arrecadar US$ 145 milhões (R$ 571,26 milhões) na América do Norte durante o segundo final de semana em exibição —trata-se de valores nominais, ou seja, não corrigidos pela inflação.

O último filme da saga dos Vingadores é agora o segundo maior filme da história de bilheteria, com US$ 2,18 bilhões, cerca de R$ 8,5 bilhões, mundialmente.

O longa da Marvel se tornou o filme que mais rapidamente arrecadou US$ 2 bilhões (R$ 8 bilhões) globalmente, em apenas 11 dias, superando o recorde anterior de “Avatar”, de 47 dias.

Até agora, o filme já arrecadou US$ 619 milhões (R$ 2,4 bilhões) em bilheterias na América do Norte e US$ 1,56 bilhão (R$ 6,14 bilhões) internacionalmente.

Na América do Norte, “Vingadores: Ultimato” caiu 59% do fim de semana de abertura. Dessa forma, o filme não conseguiu o título de maior segundo fim de semana da história, um recorde que ainda pertence a “Star Wars: O Despertar da Força”, com US$ 149 milhões, aproximadamente R$ 587 milhões.

Assim, “Ultimato” superou “Vingadores: Guerra Infinita” e conquistou a marca de segundo maior segundo fim de semana da história.

Enquanto “Ultimato” continua como a escolha óbvia entre espectadores, uma série de corajosos estúdios lançaram novos filmes com resultados mistos.

“The Intruder”, um thriller psicológico da Sony e Screen Gems, se saiu melhor entre os novatos. O filme estreou em segundo lugar, arrecadando US$ 11 milhões (R$ 43 milhões) em cinemas norte-americanos. É um início sólido, já que o estúdio desembolsou US$ 8 milhões (R$ 31,5 milhões) na produção do longa. O thriller foca em um casal que recentemente comprou sua casa dos sonhos, para depois perceber que o vendedor fica assustadoramente interferindo em sua vida.

“Casal Improvável”, da Lionsgate, uma comédia romântica com Seth Rogen e Charlize Theron, conquistou o terceiro lugar, com mornos US$ 10 milhões, cerca de R$ 39,39 milhões. Jonathan Levine dirigiu o filme sobre um jornalista (Rogen), que tenta conquistar sua ex-babá que se tornou política (Theron) e que concorre à presidência.

Outro lançamento neste fim de semana, “UglyDolls” ficou em quarto lugar, abaixo das expectativas, com US$ 8,5 milhões (R$ 33,4 milhões). O elenco de primeira inclui vozes como Kelly Clarkson, Nick Jonas e Pitbull, que gravaram músicas novas para o filme. O filme acompanha um grupo de bonecas desajustadas que tem o desejo de serem amadas mesmo sendo diferentes.

Quem nadou na onda de “Vingadores: Ultimato”, foi “Capitã Marvel”, que ganhou mais um impulso. O filme chegou ao quinto lugar, com US$ 4,3 milhões (R$ 16,9 milhões) durante o nono fim de semana em cartaz. Brie Larson dá vida à super-heroína e o longa já arrecadou US$ 420 milhões (R$ 1,6 bilhões) na América do Norte.

EFE/Folhapress

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Economia

Especialistas questionam eficácia de medida contra burocracia

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A medida provisória da Liberdade Econômica, assinada pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), trata de temas que estão fora do campo de competência do governo federal e outros que dependem de regulamentação adicional para que entrem em vigor.

Na prática, especialistas afirmam que a medida vai enfrentar desafios para cumprir o objetivo de melhorar o ambiente de negócios no Brasil e apontam ainda o risco de maior judicialização entre empresas.

O texto proposto pelo governo federal contempla princípios gerais que devem ser seguidos na relação entre estado e empresas para diminuir a burocracia. As mais destacadas são a dispensa de autorização de funcionamento para empresas de baixo risco, aprovação automática para funcionamento, caso o Estado não cumpra o prazo, e liberdade de definição de preços.

A MP trata também de temas que dependem de regulação adicional e que estão fora do campo de atuação do poder federal. Regras e prazo de licenciamento de empresas, por exemplo, são atribuições de municípios, diz Mário Nogueira, sócio do NHMF advogados.

Um exemplo de boa ideia que ainda precisa ser discutida, na avaliação de Nogueira, é a proposta de que produtos e serviços de startups possam ser testados sem a necessidade de que elas tenham todas as autorizações que seriam exigidas no caso de uma empresa maior.

“Como definir se uma empresa está testando algo? Tem coisas que levam um mês, outras, dez anos. Não dá para ter uma regra genérica e dizer que, a partir de um certo número de dias, não é mais teste.”

A maior parte do que está enunciado na medida, na prática, já era uma decorrência lógica do que está na Constituição, afirma Diego Gualda, sócio do escritório Machado Meyer.

Ele afirma que os princípios são positivos, mas que tem dúvidas sobre os efeitos práticos.

“Ela vai no sentido correto. Mas imaginar que esse texto dará causa a uma melhora no ambiente econômico no curto prazo é uma dose de otimismo muito grande.”

Por outro lado, Luiz Felipe Valerin, sócio do Xavier Vasconcelos Valerin e professor da FGV Direito SP, afirma que uma medida com princípios fundamentais tem valor simbólico e contribui para redação de novas leis e na interpretação das que já existem.

“O fato de a medida ser passível de regulamentação não a torna inútil. A partir do momento em que ela é enunciada, já é eficaz, ao menos para que se possa exigir que a regulamentação seja editada no menor prazo possível”, diz.

Há, porém, entre as medidas, pontos que podem tornar mais complexas as disputas entre empresas.

Osny da Silva, professor da FGV Direito SP, aponta que uma mudança no Código Civil trazida pela MP prevê que, em caso de dúvida na interpretação de um contrato, quem não escreveu o trecho questionado terá sua versão favorecida pelo Judiciário.

Segundo ele, isso levará a uma disputa com sucessivas análises de minutas e trocas de mensagens para descobrir quem escreveu cada coisa.

Renata de Abreu Martins, sócia do escritório Siqueira Castro que considera a MP em geral positiva, diz que essa alteração, de um lado, deve levar empresas a serem mais rigorosas na elaboração dos contratos. Porém também pode levar a judicialização pelo fato de o texto da MP ser muito aberto a interpretações.

“Até que ponto um contrato gera dúvida ou não?”

“Virão muitas disputas baseadas nesse argumento [de que uma das partes não redigiu determinado trecho do contrato]”, avalia Fabiana Fagundes, sócia do BMA.

Já Mário Nogueira, do NHMF, afirma que a premissa é positiva, pois incentiva que as duas partes entrem na negociação com o objetivo de tornar a redação do contrato o mais participativa possível.

Folhapress

Opinião dos leitores

  1. O problema desses especialistas, que se dizem especialistas é que vivem criticando as medidas dos outros, mas nunca citam a solução para o problema!!! Devem ser especialistas chorões do PT!!!

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Educação

Bloqueios no MEC vão do ensino infantil à pós-graduação

O bloqueio orçamentário do governo Jair Bolsonaro (PSL) no Ministério da Educação atinge recursos que vão da educação infantil à pós-graduação. O congelamento inclui verbas para construção de escolas, ensino técnico, bolsas de pesquisa, transporte escolar, além de custeio das universidades federais.

O MEC provisionou R$ 5,7 bilhões em cortes, segundo dados obtidos no Siop (Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento do Governo). A iniciativa atende a um decreto de contingenciamento definido pela área econômica do governo da ordem de R$ 30 bilhões. No MEC, ele envolve, no total, 23% dos valores discricionários (que excluem despesas obrigatórias, como salários).

Na semana passada, o governo definiu um novo bloqueio, de R$ 1,6 bilhão —o que resultará em um corte total de R$ 7,3 bilhões. A divisão desse novo congelamento por área ou órgão ainda passa por análises dentro do MEC.

Após a polêmica sobre embargo de recursos por motivação ideológica em universidades federais, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, defendeu que priorizaria creches. O discurso do governo tem sido o de privilegiar a educação básica, especialmente a educação infantil, alfabetização e ensino profissional, mas essas áreas foram atingidas.

Considerando as rubricas relacionadas à educação básica, etapa que vai da educação infantil ao ensino médio, foram congelados até agora R$ 680 milhões. Com relação à construção e manutenção de creches e pré-escolas, a pasta contingenciou 17% dos R$ 125 milhões do orçamento autorizado.

Esses recursos estão no âmbito do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), autarquia ligada ao MEC. O congelamento total do FNDE é de R$ 1,02 bilhão, equivalente a 21% do discricionário.

Além dos cortes em obras e manutenção do ensino, ações ligadas a livros didáticos e transporte escolar também sofreram impacto. Estão congelados R$ 144 milhões dos recursos para compra de livros, que representa 8% do autorizado. Já o programa de aquisição de veículos escolares perdeu R$ 23 milhões, equivalente a 7% do previsto.

Foram suspensos 40% dos valores separados para o ensino técnico e profissional. Dos R$ 250 milhões autorizados, R$ 99,9 milhões foram bloqueados.

O corte para ações de alfabetização e Educação de Jovens e Adultos atingiu 41% do previsto. São R$ 14 milhões congelados ante de R$ 34 milhões autorizados.

De acordo com Cesar Callegari, ex-secretário de Educação Básica do MEC, os cortes indicam a postura do governo com relação à educação. “É coerente com a falta de qualquer projeto na área educacional. O governo dá indicações de que, para ele, basta um ministro da Educação que seja vetor da guerra ideológica”, diz.

“Com uma estrada e uma ponte, você interrompe a obra e depois continua. Mas a descontinuidade de programas de educação representa sua destruição”.

Somadas todas as universidades federais, o contingenciamento é de 30% sobre os recursos discricionários. No total, essas instituições sofreram bloqueio de R$ 2 bilhões.

As instituições temem não conseguirem manter o funcionamento mínimo, como pagamento de energia e água, caso os cortes não sejam revertidos. O percentual bloqueado varia em cada instituição.

A área de pesquisa também foi atingida. A Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), ligada ao MEC, sofreu corte de R$ 819 milhões, 19% do autorizado.

Mas na rubrica de bolsas, tanto para o ensino superior quanto relacionada à educação básica, o corte é um pouco maior: 23% dos R$ 3,4 bilhões reservados para essa finalidade foram congelados.

Questionado sobre os critérios para o contingenciamento, o MEC afirmou, em nota, que o bloqueio foi operacional e técnico, sem detalhar qual foi a prioridade. Sobre a determinação de novo corte, de R$ 1,6 bilhão, diz analisar a melhor forma “de cumprir a determinação do governo”.

Os bloqueios de orçamento podem ser revertidos pelo governo ao longo do ano. A gestão Bolsonaro defende que com a aprovação da reforma da Previdência a economia pode melhorar, e o aumento de arrecadação permitiria retomar o previsto no orçamento.

A Capes informou que, para atender o bloqueio, fará redução gradativa de novas bolsas em cursos de pós-graduação que têm registrado nota 3 (conceito mínimo de permanência no sistema avaliativa do órgão) no período de dez anos. Atualmente, 211 programas têm essa pontuação.

Também serão suspensas bolsas do programa Idiomas sem Fronteiras e o congelamento de bolsas ociosas. Haverá a retomada, segundo a Capes, de chamadas públicas para que empresas possam investir em pesquisa.

“A Capes esclarece que a economia racional de recursos, a melhoria do sistema de pós-graduação e a parceria com o setor empresarial são as diretrizes adotadas para superar os desafios apresentados”, disse o órgão, em nota.

Folhapress

Opinião dos leitores

  1. Lascou até quem é conservador e frequenta cursos de biológicas e exatas. Governo cego, poderia ter feito de outra forma.

  2. Parabéns para aqueles que contribuiram para isso!! Isso não questão de ideologia, é questão de sobrevivencia de um país, EDUCAÇÃO não gasto, é investimento!! e ainda aparece idiotas que comparam com um passado não muito distante, onde partido A ou B é culpado por tudo, esquecendo que o povo brasileiro é roubado desde 1500. Pessoas assim estão desviando a atenção do caos que esta se transformando o país, com quase 14 milhões de desempregados e gasolina a 5 contos!! Os minions de hoje não se cansam de voltar a um passando, é a mesma ladainha sempre!!! já esta na hora de mudar o repertorio e reconhecer a cagada que deram!!!

  3. É lamentável! Essa briga ideológica besta não tem fim! A pergunta é: é correto o que está sendo feito? O que se destina pra educação já não é suficiente e com esses bloqueios vai piorar muito mais. Vamos deixar de ser cegos e passarmos a enxergar com responsabilidade. Não é porque se votou em Bolsonoaro que se fecha os olhos pra o que está acontecendo. Também, não adianta colocar culpa nos governos anteriores, pois a roubalheira antecede o PT e vai até o período militar. Mas, podemos fazer diferente questionando o que está errado pra não piorar o que já está muito ruim.

  4. lamentável qualquer país que deseja um futuro melhor para sua população investe em educação o nosso vai cortar .

  5. Em 2015, na gestão Dilma Rousseff (PT), que tinha como slogan de governo "Pátria Educadora", o Ministério da Educação (MEC) perdeu R$ 10,5 bilhões, ou 10% do orçamento. A tesoura atingiu programas importantes como o Financiamento Estudantil (Fies) e o Pronatec, as duas principais bandeiras de Dilma na área da educação durante as eleições de 2014.

    Por que hoje os estudantes estão revoltados e naquela época ficaram em silêncio? A resposta é simples: A IDEOLOGIA MARXISTA impregnada dentro das universidades federais e centros estudantis.

  6. Ninguém indignado? OK! Vamos aguardar alguma notícia com a Palavra LULA/PT pra os robôs aparecerem

    1. Coloca luladrão pra tocar o financeiro de tua casa, se não foi adquirida através dos mesmos métodos de Lula, dirceu e filhos

  7. Vamos fazer arminha que as coisas melhoram!
    Com o PT, mesmo acusado de roubar, tínhamos investimentos crescentes na educação comprovados ao se olhar os orçamentos para a área.
    Com Temer começou a redução e agora com Bolsonaro, na contramão das Nações mais desenvolvidas que dobram seus investimentos na educação do seu povo, começam os um caminho em que a iniciativa privada comemora e os filhos de pobres voltam a sofrer pra encontrar oportunidades de progredir nos estudos.
    Decepção!
    Lamentável!

    1. Vc só contribuir se for pra formar quadrilha assaltarem os cofres públicos do Brasil. Ah tá, ótimo

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Cultura

‘Não é porque é artista que não tem de prestar conta’, diz ministro da Cidadania

Enquanto tenta acalmar os ânimos da classe artística com as mudanças na Lei Rouanet, o ministro da Cidadania, Osmar Terra, não foge de outras polêmicas envolvendo a sua pasta, que agrega os antigos ministérios da Cultura, Esporte e Desenvolvimento Social.

Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, o ministro disse que “não é porque é artista que não precisa prestar contas”, que o deputado federal Alexandre Frota (PSL-SP), um de seus maiores críticos, “quer nomear todo mundo no ministério” e que ele recebeu do presidente Jair Bolsonaro “liberdade de dizer não às indicações até do vice-presidente”, tanto que demitiu um apadrinhado do general Hamilton Mourão.

Sobrou até para a reforma da Previdência. “O maior programa de combate à pobreza não é a Bolsa Família nem o BPC, é a aposentadoria do trabalhador rural. Não pode mexer”. Sobre não ter reajuste para o Bolsa Família este ano, afirma: “Para que reajuste? O 13º já é um up”. A seguir os principais trechos.

A classe artística reagiu à redução do teto da Lei Rouanet de R$ 60 milhões para R$ 1 milhão. A atriz Ingrid Guimarães disse ao jornal O Estado de São Paulo que “quando a lei acabar, a cultura vai parar nesse País”.

Quem é Ingrid Guimarães?

A atriz…

Ah, sim. De todos os projetos culturais aprovados pela Lei Rouanet, 85% não têm mais de R$ 1 milhão e 95% usam, no máximo, R$ 6 milhões. Hoje, poucos artistas e espetáculos tinham acesso superior a isso. Qual a razão para ser R$ 60 milhões? Não estamos limitando a doação. Estamos estabelecendo um limite na captação. O valor vai circular pelo País, sair do circuito Rio-São Paulo e disseminar pelo Nordeste, Sul, Norte. No Nordeste, onde tem 26% da população, há menos de 4% de incentivos da Lei.

A classe artística diz que está sendo criminalizada pelo governo. Como o senhor responde?

Estamos fazendo um pente-fino nas contas. Tinha muita prestação de contas ruim. Tem gente que morreu sem prestar conta. Mas isso é dinheiro público e tem de ter o mínimo de controle. Não posso dizer que só porque é artista não precisa prestar conta.

O que o senhor já identificou?

Tem um musical que arrecadou R$ 13 milhões, cobriu toda a despesa e faturou R$ 15 milhões livres. Qual foi o benefício para a população? Eles pagaram caro para assistir. Ah, mas vão dizer que tem 10% de gratuidade. Isso não funciona. Esses ingressos grátis estavam nas mãos de ONGs que nem sei quais são. Tinha uma que trocava o ingresso por lata de leite condensado.

Houve descuido das gestões anteriores?

Não estou dizendo que os ministros anteriores tiveram culpa, mas estava mal amparado. Estamos tentando dar uma modernizada, democratizá-la. A gente quer que a prefeitura faça um cadastro único, convide as pessoas e dê transporte para leva-las à peça de teatro e depois as leve de volta.

O deputado Alexandre Frota (PSL-SP) é um dos seus maiores críticos e defende a volta do Ministério da Cultura…

O problema do Alexandre é que ele quer nomear todo mundo no ministério. Ele apresentou nomes para todos os cargos. Até atendi um que achei o currículo interessante. Mas para os outros cargos eu busquei técnicos. Quem vai responder depois sou eu e não o deputado. Acho que o Alexandre tem certa inexperiência na prática política. Ele nunca foi político. Respeito o trabalho dele e acho que ele é importante na cultura, mas o ministério é responsabilidade minha.

Também há um movimento para o Esporte voltar a ser ministério. Teme o esvaziamento da sua pasta?

Os ministérios (Cultura, Esporte e Desenvolvimento Social) foram unificados, mas o operacional continua o mesmo. Não reduzimos orçamento.

O governo tem força para barrar a volta dos ministérios?

Mas por que o Congresso vai recriar os ministérios? Não há argumento, já que não está diminuindo recurso, não diminuiu a estrutura operacional. Essa tentativa de recriar as pastas é o pensamento de alguns, é o lobby corporativo.

O que o senhor identificou no pente-fino do programa Bolsa Atleta?

Isso ainda está em andamento. Mas todos os programas que têm incentivos têm rolos. Não quer dizer que todo mundo faça. Aliás, 98% não fazem, mas 2% fazem. Então temos de ter mecanismos de controle mais detalhados.

Assim como a Lei Rouanet, pode haver mudanças no Bolsa Atleta (o programa patrocina atletas de alto rendimento em competições)?

Estamos estudando isso, não significa que vá ter. A forma como acontece favorece o desvio, então o estudo que estamos fazendo é sobre o formato da concessão. A gente quer que uma pessoa pegue o recurso incentivado e que aquilo tenha algum resultado.

O governo teme que o Congresso não aprove o 13° para os beneficiários do Bolsa Família?

O deputado que não aprovar vai ficar sujeito à pressão dos beneficiários do Bolsa Família. O 13º vai ser um aumento global no final do ano de 8,3%, o que é acima da inflação. A partir de junho também vamos começar a colocar R$ 48 a mais para o jovem do Bolsa Família que esteja fazendo curso técnico. Eu peço ao Paulo Guedes (ministro da Economia) para, em vez de cortar o Sistema S, colocar para me ajudar a fazer a capacitação dos jovens nem-nem (nem trabalham nem estudam).

O 13º compensa o reajuste que não teve este ano?

Para que precisa de reajuste? O 13º já é um up. A partir do ano que vem sim, vai ter 13º e o reajuste.

A recuperação da economia ainda está acanhada…

Eu confio muito no Paulo (Guedes) e é muito importante essa liberdade que Bolsonaro nos deu de montar as equipes. Ele não pediu cargos, não loteou e deu liberdade total para escolher sem interferência de partido político. Tirando as pressões corporativas, temos liberdade para agir.

Mas o senhor tinha no ministério o general Marco Aurélio Vieira, indicado pelo vice Hamilton Mourão para a secretaria de Esportes. Por que demitiu?

Ele estava jogando para voltar o Ministério do Esporte para ele ser o ministro. Não tenho nada contra ele. E não há nada contra militares também porque ele saiu e eu botei outro militar no cargo.

O general Décio Brasil, que assumiu a vaga, é indicação de quem?

Eu conversei com (o deputado federal) Luiz Lima (PSL-RJ), que falou muito bem dele.

Foi indicação do Luiz Lima?

Não. Foram sugestões do setor. Ele está disposto a trabalhar em equipe. E qualquer cargo público é assim. Tem de ter a experiência de convívio.

O senhor avisou ao vice-presidente que iria demitir o apadrinhado dele?

Eu expliquei ao Mourão. Eu tinha liberdade de dizer não às indicações até do vice. O presidente não me impôs nada. Eu tinha achado bom o nome indicado por ele. Mas depois, no andar da carruagem, ele foi numa direção diferente. Aí, ou você toma uma atitude ou perde a autoridade.

O senhor defendeu que a concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC) não fosse tratado na reforma da Previdência?

No passado, convenci o presidente Michel Temer (de quem foi ministro) a deixar o BPC fora da reforma e defendi o mesmo para Paulo (Guedes) e Rogério (Marinho). Disse que não deveria entrar e que, se entrasse que fosse de uma maneira que não tenha perda. E isso já está acertado.

A aposentadoria rural também?

A rural também não pode mexer. O maior programa de combate à pobreza não é a Bolsa Família nem o BPC, é a aposentadoria do trabalhador rural. É ela que mantém uma família no sertão. E o impacto é gigantesco, de R$ 110 bilhões por ano. O Bolsa Família é de R$ 30 bilhões. Tem de ser fiscalizado, mas não pode acabar e nem fazer redução abrupta.

No ano passado, o senhor defendeu os caminhoneiros. Como o senhor viu a decisão do Bolsonaro de intervir nos preços de combustíveis da Petrobrás?

Estava começando a ter aumentos quase diários. Fica impossível o caminhoneiro trabalhar. Ele inicia uma viagem, faz contrato de frete e chega lá o preço tá diferente. O presidente se preocupou em perguntar por que era assim e se não tinha como ser diferente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Estadão Conteúdo

Opinião dos leitores

  1. Lei escrota! O próprio "doador" do nome à famigerada lei já disse que desvincular o seu nome é uma dádiva.

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Economia

Uma empresa aérea quebra a cada dois anos no Brasil

Um leilão marcado para ocorrer na terça-feira, em um edifício próximo à Avenida Paulista, em São Paulo, colocará fim a mais uma companhia aérea brasileira. A Avianca Brasil será a 11.ª empresa do setor a encerrar as operações desde 2001 no País, que tem taxa de mortalidade de uma empresa a cada dois anos.

Os casos de falência ou de recuperação judicial na aviação não são exclusividade do Brasil. Neste ano, outras nove empresas aéreas endividadas deixaram de voar no mundo, desde pequenas, como a sul-coreana AirPhilip, até companhias mais relevantes, como a Jet Airways, que chegou a ser uma das maiores da Índia. Nos EUA, American Airlines, Delta e United já tiveram de recorrer ao Chapter 11, o equivalente à recuperação judicial brasileira, mas acabaram sobrevivendo.

Margens baixas, necessidade de injeções volumosas de capital, contratos de longo prazo com arrendadoras de aeronaves e vulnerabilidade ao preço do combustível – e ao dólar, no caso brasileiro – estão entre os fatores que explicam a elevada taxa de mortalidade.

“É uma indústria muito difícil no mundo todo”, diz Jerome Cadier, presidente da Latam no Brasil. “Temos incerteza de curto prazo em relação à demanda e necessidade de tomar decisões de longo prazo, como o tamanho da frota. São decisões caras e difíceis de tomar.”

Foram basicamente duas dessas decisões que tornaram a situação da Avianca insustentável nos últimos anos, segundo analistas. Uma delas foi a de não enxugar a frota em 2015 e 2016, período mais delicado da aviação brasileira desde os anos 2000. Foram nesses anos que a crise econômica derrubou a demanda por transporte aéreo e os custos foram pressionados pela alta do dólar e do petróleo.

Nessa época, muitos apostaram que a Gol seria a primeira a sucumbir – dado seu nível de endividamento -, mas uma renegociação com credores, aliada a um plano de devolução de aeronaves, garantiu a virada do jogo. Latam e Azul fizeram movimentos semelhantes em suas frotas e contaram ainda com novos recursos – a primeira vendeu uma participação para a Qatar e a segunda abriu capital. A Avianca, porém, não recuou no número de aeronaves, em uma tentativa de ganhar participação de mercado.

Outra decisão equivocada foi a entrada no mercado internacional, em 2017. Um voo para o exterior tem um custo médio dez vezes superior ao de um doméstico. Se o avião não sai lotado, portanto, o prejuízo é grande. A operação internacional da Avianca queimou rapidamente o caixa da companhia, que já não tinha boa performance.

Os resultados da empresa nunca foram dos melhores devido, em parte, ao fato de ela voar principalmente em rotas disputadas por Latam e Gol. A Gol foi a primeira companhia nacional a adotar um modelo de negócio de custo baixo, obrigando a Latam a ir por um caminho semelhante. Com aviões novos, mais eficientes e alta utilização da frota (em média voando 12 horas por dia, quando a média nacional era de 7 horas), a Gol estreou no mercado com um custo 40% inferior ao da Varig e da então TAM (hoje Latam). A Varig quebrou ao resistir ao corte de custos. A TAM se salvou justamente por fazê-lo – eliminou, mais recentemente, até a tradicional balinha de boas-vindas.

Competição

Gol e Latam se tornaram, assim, muito competitivas – o que tem dificultado a entrada de novas companhias no setor e feito novatas quebrarem no caminho, diz o especialista no setor aéreo André Castellini, sócio da consultoria Bain & Company.

Para tentar ganhar passageiros em rotas dominadas pelas concorrentes, a Avianca apostou em preços inferiores para passagens compradas de última hora, apesar de oferecer um serviço muitas vezes superior – e mais caro -, como comida quente e espaço maior entre poltronas. A estratégia poderia funcionar para ganhar participação de mercado, mas não era sustentável no longo prazo.

A Azul foi a única que conseguiu, até agora, entrar com sucesso no setor dominado por Latam e Gol. A receita foi fugir das rotas nas quais as duas estão presentes. Ajudou também o fato de ela começar a crescer quando a crise dava os primeiros sinais, obrigando Latam e Gol a focarem nas próprias operações, e não na concorrente. A questão é que atuar no mercado secundário é mais caro. Entrar no segmento da Azul tem, portanto, um desafio extra para uma possível nova estreante. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Estadão Conteúdo

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Diversos

[VÍDEO] Avião de passageiros pega fogo ao fazer pouso de emergência em Moscou

Um avião de passageiros pegou fogo neste domingo ao efetuar uma aterrissagem de emergência no aeroporto Sheremetievo em Moscou, na Rússia. Ao menos um passageiro morreu e outros seis estão feridos, segundo a imprensa russa.

“Segundo dados preliminares, seis pessoas ficaram com queimaduras e ferimentos durante a evacuação do avião”, disse à “Interfax” um porta-voz do serviço de emergência, mas outras fontes não descartam a possibilidade de ter ocorrido mortes.

A aeronave, com 73 pessoas a bordo, tinha decolado minutos antes de Sheremetievo com destino a Murmansk, cidade no noroeste da Rússia.

“O piloto informou que havia um problema a bordo e se dispôs a efetuar uma aterrissagem de emergência. Não conseguiu na primeira tentativa e, na segunda, o trem de pouso se chocou contra a pista, assim como o nariz do avião, e aconteceu o incêndio”, detalhou a fonte à “Interfax”.

Ainda não se sabe que problema obrigou o piloto do avião de fabricação russa, um modelo Sukhoi Superjet 100, a retornar a Sheremetievo.

EFE

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Política

Nomeação de almirante para a presidência da Apex abre nova queda de braço entre olavistas e militares

A nomeação do almirante Sergio Ricardo Segovia Barbosa para a presidência da Apex inaugura nova etapa da queda de braço no órgão entre aliados do ministro Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e do escritor Olavo de Carvalho contra os militares.

Indicada pelo chanceler, a diretora de Negócios da agência, Letícia Catelani, atuou contra a indicação do almirante. Aliados dela dizem que o militar não tem experiência em comércio exterior nem fluência em inglês, requisitos para comandar a Apex.

A ofensiva contra Sergio Segovia aumentou consideravelmente nos últimos dias porque o grupo do governo que é ligado ao escritor Olavo de Carvalho recebeu a informação de que a nomeação do almirante para a Apex seria assinada na sexta (3).

A indicação de Segovia foi confirmada neste sábado (4). Na véspera, Olavo de Carvalho atacou nas redes o ministro Santos Cruz (Secretaria de Governo), um dos padrinhos do almirante.

Folhapress

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