Economia

Em dois meses, preço de massas e pães subiu 10% no país

Produtos à base de trigo, como pão, macarrão e biscoito, estão sofrendo com a alta dos preços – Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Desde julho, os preços de produtos à base de trigo, como massas alimentícias, pães e biscoitos, além da própria farinha de trigo, já aumentaram em até 10%, segundo estimativas de entidades que representam a indústria do setor no país. O percentual representa cerca de 40 vezes a variação da inflação média dos últimos dois meses, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que subiu 0,24% entre julho e agosto.

A principal explicação para a inflação dos alimentos à base de trigo está na dependência externa que o Brasil tem do produto combinada com as recentes oscilações do dólar e do preço do produto no mercado internacional. O trigo é um dos poucos grãos que o Brasil tem que importar de outros países para abastecer o mercado doméstico.

Pelos dados mais recentes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o país deve produzir 5,2 milhões de toneladas de trigo em 2018 e comprar do exterior mais 6,3 milhões de toneladas, a maior parte oriunda da Argentina, seguida de países como Estados Unidos, Paraguai, Uruguai e Rússia.

Oscilação de preço

Economistas confirmam o cenário descrito pelos produtores do setor. “No caso do trigo, o Brasil importa mais da metade da demanda interna. Assim, maiores taxas de câmbios terão impacto direto sobre os mercados atacadista e varejista. Além disso, no primeiro semestre de 2018, os preços internacionais subiram, diante da menor oferta mundial. O Brasil também foi impactado pelos maiores preços na Argentina, diante das incertezas quanto ao tamanho da safra desta temporada”, explica o professor Lucílio Alves, pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepe), ligado à Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (USP).

O preço do trigo, que é um dos principais produtos negociados na Bolsa de Chicago (CME Group), nos EUA, chegou a atingir US$ 197,80 (R$ 819) por tonelada em agosto, o maior valor desde julho de 2015. Na parcial de setembro, o preço caiu um pouco, para US$ 181 (R$ 749,34), mas ainda bem superior à média do início do ano (US$ 158,91/ton em janeiro).

Além disso, como o preço internacional do produto é calculado em dólar, a desvalorização do real aumenta seu custo de importação. No ano, o dólar se valorizou ante ao real em 22,86%, no acumulado até agosto. Somente no mês passado, essa valorização foi de 8,45%.

Preço por produto

De acordo com Cláudio Zanão, presidente-executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias, Pães e Bolos industrializados (Abimapi), os maiores aumentos acumulados desde julho afetam principalmente o macarrão e o pão de forma, que tiveram cerca de 10% de aumento no período. Esses alimentos foram os mais afetados porque o volume da farinha de trigo empregada na produção representa entre 60% e 70% do custo final do produto.

No caso do biscoito, cuja farinha de trigo representa cerca de 30% do custo, o aumento no preço foi de cerca de 5% nesse período, de acordo com Zanão. Segundo ele, esses aumentos foram, em média, o repasse da indústria e dos supermercados para o consumidor final no varejo. O dirigente também afirmou que a elevação do preço do trigo ainda não se estabilizou.

“Infelizmente, a má notícia é essa. O trigo aumentou, mas não quer dizer que [o aumento] já acabou. Se o mercado internacional continuar oscilando e o câmbio também continuar oscilando para cima, os preços tendem a aumentar mais”, acrescenta Zanão, para quem esses aumentos já devem estar repercutindo no bolso do consumidor. “Quando você aumenta preço no varejo, diminui o consumo, por isso que supermercado não gosta de aumentar preço, mas já foram reduzidas todas as margens e o repasse começa a ser inevitável”.

O repasse da alta do trigo ao consumidor também está sendo absorvido, em parte, pelos moinhos. “Houve um pequeno repasse no custo do trigo para o mercado interno, mas é difícil porque impacta no consumo e a economia ainda está desacelerada”, reconhece Rubens Barbosa, presidente da Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo).

O empresário diz ainda que só não houve uma disparada maior nos preços porque este mês começa a colheita da safra brasileira do produto nos estados Paraná e no Rio Grande do Sul, que são os dois principais produtores do país.

Outros custos

Para o setor de padarias, que comercializa o tradicional pãozinho francês, a oscilação no preço do trigo, apesar de importante, não é a principal preocupação no momento. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip), o gasto com mão de obra representa atualmente 40,6% do custo do setor. Gastos com energia elétrica (14,4%) e impostos (15,2%) também são apontados como fatores de custo relevantes nos últimos anos.

A Abip diz ainda que não orienta o repasse de nenhum tipo de aumento de preço ao consumidor final, já que essa decisão cabe exclusivamente aos donos de padaria. Ainda segundo a entidade, mais de 41 milhões de pessoas passam pelas 70 mil padarias do país, diariamente. O segmento emprega 2,6 milhões de trabalhadores direta e indiretamente.

Crise na Argentina

Outro fator que preocupa a indústria brasileira é o agravamento da crise econômica na Argentina, que vive superdesvalorização de sua moeda, o peso, o que fez com o que o governo de lá decidisse aplicar um imposto de exportação ao setor agrícola. Mais de 80% do trigo importado pelo Brasil vêm justamente do país vizinho.

“A situação continua incerta. Até dois dias atrás, ainda não estava certo se os contratos que tinham sido negociados antes dessas medidas do governo argentino seriam afetados ou não”, aponta Rubens Barbosa, da Abitrigo.

Na semana passada, o presidente da Argentina, Maurício Macri anunciou a criação de um novo imposto aos exportadores de produtos primários, como grão e minérios, que deverão pagar ao governo quatro pesos para cada dólar vendido. Os exportadores dos demais produtos pagarão uma taxa menor, de três pesos para cada dólar obtido.

Tabela do frete

Além da crise na Argentina, os impactos da nova tabela do frete (Lei nº 13.703/2018) ainda podem ampliar a inflação dos produtos à base de trigo. “O pessoal não está correlacionando muito isso, mas a nova tabela pode ter impacto no preço do trigo também”, aponta Barbosa.

Segundo o professor Lucílio Alves, da Esalq/USP, “as incertezas sobre o impacto que a nova tabela terá sobre os custos da produção travaram as negociações em praticamente todo o mercado de grãos e fibras, impactando também os preços no atacado e varejo”.

Agência Brasil

 

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Política

Petista Jaques Wagner diz que apoiaria Alckmin em eventual disputa com Bolsonaro

Ao chegar à posse do ministro Dias Toffoli na presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), Jaques Wagner, ex-governador da Bahia e candidato ao Senado, disse que o candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, “já está no segundo turno” e que é preciso um entendimento entre todas as forças políticas para evitar a eleição de Jair Bolsonaro (PSL) o que incluiria, para ele, um diálogo com o candidato Geraldo Alckmin (PSDB).

— Se você me perguntar: se houver uma hecatombe e o Fernando Haddad não for para o segundo turno, você vai votar em quem se o Bolsonaro for para o segundo turno? No outro.

Perguntado se o outro poderia ser Alckmin, Wagner respondeu:

— Claro. Acho que a gente tem que parar. Já que a História nos colocou em campos opostos, a nossa gênese é mesma, os dois nasceram depois do regime militar. E os dois eram a novidade à época.

O ex-governador também se ofereceu para conversar com Alckmin.

— Se me derem essa missão, farei com muito gosto. Esse jogo de canto de rua tem que parar.

Wagner elogiou a capacidade de diálogo de Toffoli e lembrou que possui uma longa relação com o ministro, desde o tempo em que era líder da bancada do PT e ambos trabalhavam juntos.

— Eu acho que, na verdade, a linha do Supremo está traçada. Você pode ter liberdade do ponto de vista administrativo e, evidentemente, na relação entre os poderes cada um tem uma marca. Como ele é oriundo da Câmara dos Deputados, assessor de bancada, acho que ele tem uma marca do diálogo, da busca de entendimento. Mas eu não gero muita expectativa não. Na verdade, a expectativa é que eles consigam reencontrar o caminho da tranquilidade democrática do país.

O GLOBO

Opinião dos leitores

  1. vamos abrir os olhos pessvamosa esquerda ja ficou 16 anos no poder e olhem como o brasil esta. ta na hora de mudar. votem na direita.

  2. Tudo que é bandido, corrupto e ladrao vai apoiar qualquer um que se opor a Bolsonaro, que é cavalo batizado, mas é melhor que qualquer um outro desses que estão aí.

  3. A bandidagem se articulando para derrotar Bolsonaro 17. Essa simples constatação deveria ser o suficiente para eleger o capitão no primeiro turno. Não dá pra entender o brasileiro. Presidente militar assusta, enquanto que presidente presidiário não. Há algo de errado no caráter desse povo.

    1. Gostei da frase "Presidente militar assusta, enquanto que presidente presidiário não. Há algo de errado no caráter desse povo." Pura verdade desta nação corrupta.

  4. É nessa hora que o eleitor brasileiro tem que ter consciência e de uma tacada só derrotar o fardo todo. Tá claro, esses carniceiros não tem interesse nenhum em mudar o País, pra eles a farra, o roubo, a ladroeira, a corrupção tem que continuar. Porque não se juntam a quem está liderando as pesquisas ? Tá na cara, não exister dúvidas, esses pilantras sentem -se donos do Brasil se unem se for preciso pra continuar a esculhanbacão. É chegado a hora de uma vez só, banir esses bandidos, todos farinha do mesmo saco de uma lapada só. Tá nas nossas mãos, é so botar em prática, cai todos, e o País passa a ser dos brasileiros.

  5. Os bandidos unidos contra o capitão. Se o povo brasileiro fosse minimamente inteligente já faria a leitura desses acontecimentos e votaria 17.

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Política

Ausência de Bolsonaro acentua disputas internas na campanha do deputado

A ausência física de Jair Bolsonaro (PSL), candidato a presidente que segue internado em estado grave após ter sido esfaqueado na semana passada, deixou acéfala sua campanha ao Planalto.

Núcleos diversos da candidatura deixaram de se falar devido ao arranjo particularíssimo da estrutura colocada em campo, que girava em torno do deputado.

Com a nova cirurgia de emergência a que ele teve de ser submetido na noite de quarta (12), só com muito otimismo aliados acham ser possível contar com vídeos de campanha gravados pelo deputado no hospital.

O agravamento do quadro descarta, na prática, a volta física do deputado à disputa, inclusive no caso de ele chegar ao segundo turno.

Os três filhos mais velhos do candidato, todos políticos e ligados à campanha, buscam tomar as rédeas do processo.

Não por acaso, a conta de Bolsonaro no Twitter, à qual só eles têm acesso, trouxe um post sobre o assunto na quinta (13). “Muita coisa vem sendo falada na tentativa de nos dividir e, consequentemente, nos enfraquecer. Não caiam nessa! Não há divisão!.”

Há dificuldades, a começar pela definição sobre o papel do vice do deputado, o general da reserva Hamilton Mourão (PRTB), enquanto o presidenciável convalesce.

Seu partido, o PRTB, consultou o Tribunal Superior Eleitoral sobre a possibilidade de Mourão ocupar o púlpito destinado a Bolsonaro em debates. Isso irritou a família, que viu no movimento um açodamento indevido, além de ter sido feito sem consulta ao PSL.

Mourão manteve sua disposição de “representar Bolsonaro”, mas disse que o candidato “é insubstituível”.

“Tenho o maior apreço pelo general, mas as coisas precisam ser esclarecidas. Bolsonaro está vivo e vai voltar a participar da campanha”, disse diplomaticamente Luiz Antonio Nabhan Garcia, presidente da União Democrática Ruralista e um dos braços direitos do presidenciável.

Outros integrantes do núcleo consultor da campanha, que pediram para não se identificar, foram mais incisivos no que chamaram de oportunismo de Mourão e ainda jogaram a culpa no presidente do seu partido, Levy Fidelix.

Dois desses bolsonaristas atribuem à falta de acesso de Fidelix ao candidato na UTI do  Hospital Albert Einstein, em São Paulo, a motivação para a consulta. A Folha o questionou sobre isso, sem resposta.

Enquanto isso, Mourão segue cumprindo agendas pontuais. O mesmo ocorre com os filhos de Bolsonaro e aliados como o candidato ao Senado pelo PSL-SP, Major Olímpio. Ele e Eduardo, candidato à reeleição na Câmara, estarão por exemplo juntos em Bauru neste sábado (15).

Durante evento em São Paulo nesta quinta, Olímpio foi franco a respeito da possibilidade de sucesso da empreitada. “Nós não temos [Olímpio, Eduardo e Mourão] essa capacidade de levar milhares de pessoas às ruas, como é uma característica e uma força do Jair Bolsonaro. Mas vamos levar a mensagem”, afirmou.

Esses movimentos, contudo, carecem de integração. Voltaram ao palco, por exemplo, críticas ao desempenho do presidente nacional interino do PSL, Gustavo Bebianno.

Advogado de Bolsonaro na ação em que é réu por incitação ao crime no Supremo, ele foi colocado na chefia do partido escolhido pelo deputado para disputar o Planalto.

Já teve entreveros com os filhos de Bolsonaro ao defender a ausência em debates, depois modulada por ordem do “zero-um”, como o candidato é conhecido no seu QG de campanha. A mulher do dirigente, Renata, mantinha a agenda da campanha sob um controle quase soviético, para desespero de aliados regionais do deputado.

Há outras arestas. Um dos postulantes à vice de Bolsonaro, o príncipe Luiz Philippe de Orléans e Bragança, disse à revista Crusoé que Bebianno só “faltou cobrar” na negociação fracassada pelo posto.
Agora, o dirigente abandonou o Rio e praticamente mudou-se para o Einstein.

Só que ele e os demais integrantes da campanha não têm se reunido para fechar táticas do momento. Bolsonaro, afinal, era o mediador e a palavra final nesses casos. Bebianno não atendeu a reportagem.

FOLHAPRESS

Opinião dos leitores

  1. nao existe disputa alguma. existe uma midia desesperada fazendo de tudo pra diminuir a imagem do candidato lider nas pesquisas.

  2. NÃO EXISTE DIVISÃO. EXISTE MATÉRIA DESQUALIFICADA COMO ESSA . A MÍDIA NÃO VAI NOS DIVIDIR. #SOMOSTODOSBOLSONARO

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Judiciário

No meio da crise, folha de pagamento de todo o Judiciário cresceu R$ 8,1 bilhões de 2014 para 2017

O gasto de todo o Poder Judiciário brasileiro com folha de pagamento cresceu 11% (ou R$ 8,1 bilhões) de 2014, ano que marca o início da crise econômica, a 2017. No mesmo período, a economia do país se retraiu 5,6%.

A despesa com salários, benefícios e penduricalhos na Justiça subiu acima da inflação, mostra o relatório Justiça em Números 2018, do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

O documento reúne dados das Justiças Estaduais, Federal, do Trabalho e Militar e dos tribunais estaduais, regionais e superiores, exceto o STF (Supremo Tribunal Federal).

No ano passado, a remuneração custou R$ 82,2 bilhões ao país e bateu recorde. O montante representa 90,5% do Orçamento do Judiciário, distribuído a 448,9 mil funcionários.

Há quatro anos, os gastos de ministros, desembargadores, juízes, servidores, trabalhadores terceirizados, estagiários e outros auxiliares da Justiça foram de R$ 74,1 bilhões, atualizados pela inflação.

“A Justiça brasileira tem uma enorme autonomia administrativa e financeira. Diversas decisões sobre gastos do Poder Judiciário são tomadas pelos próprios magistrados, como abertura de concursos e verbas indenizatórias”, diz Luciano da Ros, professor do Departamento de Ciência Política da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul).

Municípios, estados e União têm reduzido o consumo do governo –gastos com salários, serviços e bens que asseguram o funcionamento da máquina pública.

A queda por três anos consecutivos, de 2015 a 2017, em razão da crise, entre outros fatores, tem impacto no crescimento do país.

O PIB teve alta de 0,5% em 2014. Nos dois anos seguintes, houve encolhimento de 3,5%. No ano passado, ao sair da recessão, o Brasil cresceu 1%.

A Justiça, no entanto, aumentou seus gastos totais e com a folha ano após ano.

Os recursos destinados ao pessoal cresceram 4,9% em 2017 em relação ao ano anterior. Em 2016, auge da crise, quando o país se retraía pelo segundo ano seguido, o Judiciário registrou 1,2% de alta com salários, benefícios e penduricalhos.

Todo o Orçamento do Judiciário alcançava 1,2% do PIB há quatro anos. No ano passado, essa relação foi de 1,4%.

“Se isso já é bastante difícil de conceber em tempos de normalidade, em momentos de crise chega a ser uma afronta ao interesse público ter cada vez mais recursos e o PIB cada vez mais comprometido com o funcionamento de um sistema de Justiça tão pouco transparente”, diz Luciana Zaffalon, doutora em administração pela FGV, que estuda o tema, e coordenadora-geral do IBCCrim (Instituto Brasileiro de Ciências Criminais).

FOLHAPRESS

Opinião dos leitores

  1. Pelo menos tá conseguindo recuperar 100 bilhões de reais roubados dos contribuintes, isso representa somente uma pequena parte do desvio de dinheiro público afanado somente no governo dos petralhas e comparsas. Imagine sem esses controladores. Hein? Talvez fosse isso que esses larápios querem.

  2. Enquanto o governo federal, que já está quebrado extinguiu os quinquênios há mais de 20 anos, o RN falido ainda paga esse benefício, que causa crescimento vegetativo da folha e dificulta a administração do orçamento. Mas vamos q vamos em direção ao precipício.

  3. Também meu amigo, só com esses penduricalhos extras que as "excelências" turbinam os salários queria mais o quê?
    Auxilio moradia de 5mil, auxilio alimentação de 1.600, gratificações por acumulo em substituição de 6mil (que não deveria existir pois recebem subsídio, verba que foi distorcida e deveria ser valor único), auxilio saude…
    Vendas de férias ja que tem 60 dias, mais 20 de recesso, vendem para não sumir tanto tempo…
    Esses privilégios tem que acabar!

    1. Cuidado, dai vem um serviçal dizer que você "não estudou" que é concursado e blábláblá. Em um mundo regido por mercado, um funcionário que praticamente não pode ser demitido e não precisa bater índices de produtividade é um contrassenso, ainda mais ganhando somas obscenas.

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Jornalismo

Apoiadores de Bolsonaro fazem investigações virtuais e preocupam PF

A Polícia Federal tem se preocupado com uma espécie de apuração coletiva informal, realizada na internet por apoiadores do candidato à Presidência nas eleições 2018 Jair Bolsonaro (PSL), para apontar envolvidos no atentado a faca sofrido pelo deputado. A “caçada virtual” levou pessoas apontadas erroneamente como “suspeitas” a denunciarem o caso às autoridades. Essa movimentação em busca de culpados causou apreensão também entre integrantes da campanha, que vieram a público pedir cautela. O objetivo é evitar que pessoas sem vínculo com o atentado, entre eles um segurança do candidato, virassem alvo de agressões.

Entre os perfis apontados como suspeitos de participação do atentado pelos “investigadores virtuais” pelo menos duas mulheres com nome de Aryane Campos, ambas de Juiz de Fora, foram ameaçadas pela internet de morte e tiveram de comparecer à delegacia. Uma foi a pesquisadora em genética e doutora em Ciências Biológicas Aryane Campos Reis, da Universidade Federal de Juiz de Fora.

A outra é a estudante Aryane Campos, de 18 anos, que contou à reportagem que estava em casa com a mãe quando Bolsonaro foi atacado. A reportagem identificou outros seis nomes com perfis divulgados em redes sociais, vinculados erroneamente ao atentado. O pizzaiolo Hugo Ricardo Bernardo, de 27 anos, chegou a brigar com militantes no PSL na passeata e foi hospitalizado. Detido e depois liberado, ele disse desconhecer o servente de pedreiro Adélio Bispo de Oliveira, de 40 anos, preso em flagrante pelo ataque a Bolsonaro.

A prática de investigações coletivas por meios virtuais não é uma novidade. Nos Estados Unidos, uma investigação desse tipo resultou em suspeita infundada em casos de repercussão mundial, como o atentando da Maratona de Boston, em 2013. Na ocasião, homens identificados erroneamente foram ameaçados depois de expostos na internet e em capas de tabloides sensacionalistas do País. Internacionalmente, a prática ficou conhecida por termos como crowdsourced crime-solving e crowdsourced investigation.

Suspeitos de crimes identificados por engano na internet também já foram expostos e agredidos no Brasil. Um dos casos mais graves ocorreu em 2014, no Guarujá (SP). A dona de casa Fabiane Maria de Jesus, de 33 anos, foi espancada publicamente até a morte, depois de ser confundida com o retrato falado, divulgado em redes sociais, de uma suposta sequestradora de crianças.

Logo após a facada em Bolsonaro e a prisão de Adélio, o círculo político mais próximo ao presidenciável passou a colocar em dúvida a tese de que o criminoso agiu sozinho – a mais forte até agora na investigação da PF. Esse simpatizantes de Bolsonaro promoviam uma caçada à identidade de pessoas que apareciam nos vídeos gravados no momento do ataque, distribuídos por redes sociais e aplicativos como Facebook, WhatsApp e Twitter e a plataforma Reddit, espécie de fóruns para colagem de conteúdo sobre um mesmo assunto. O auge da ação ocorreu entre sexta-feira e a segunda-feira passadas.

Coube a personalidades influentes entres os seguidores de Bolsonaro fazer os primeiros pedidos de cautela. A advogada Janaína Paschoal, coautora do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e hoje candidata do PSL a deputada estadual em São Paulo, foi uma delas. Ela afirmou ter ficado preocupada e decidiu fazer o alerta por conta própria depois de receber vídeos e imagens em grupos Whatsapp de militantes, sem ter identificado nenhum núcleo de pessoas que esteja promovendo a investigação por conta própria.

Por meio de nota, a PF orientou que relatos sobre crimes devem ser feitos preferencialmente de forma presencial nas delegacias e que outra opção é a ouvidoria do órgão na internet. “Em casos de grande repercussão é natural que um elevado número de comentários, críticas e denúncias correlatas cheguem à PF, pelos mais diversos meios. Preferencialmente, esses relatos devem ser feitos nas delegacias, de forma presencial, por parte do denunciante. A PF conta também com um serviço de ouvidoria em seu sítio na internet”, disse ao Estado a assessoria de imprensa.

ESTADÃO CONTEÚDO

Opinião dos leitores

  1. A Inteligência profunda igual a um pires e uma marca dos eleitores de Bolsonazi junto da. Sensatez.

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Tecnologia

Robôs crescem nas redes após ataque contra Jair Bolsonaro e 64,2% dos perfis que falam sobre eleição presidencial se opõem ao Presidenciável

A atividade de robôs no debate político sobre os candidatos à Presidência nas eleições 2018 dobrou uma semana após o atentado ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), revela monitoramento da Diretoria de Análise de Políticas (DAPP) da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Entre 5 e 11 de setembro, interações de robôs no Twitter totalizaram 788 mil compartilhamentos, o dobro da semana anterior. No período, houve 9,9 milhões de publicações originais e 7,3 milhões de compartilhamentos (retuítes) sobre os presidenciáveis. O volume de citações feitas por perfis automatizados respondeu por 10,8% do total dos retuítes.

O monitoramento de robôs, obtido com exclusividade pelo Estado, leva em conta as interações provenientes de perfis automatizados com base nos retuítes. O aumento foi verificado em todos os principais grupos de discussão.

Nos que apoiam o candidato do PSL, o avanço foi de 18,4%. No grupo de Ciro Gomes(PDT), de 12,1%, no de Fernando Haddad (PT), de 11,6%, e nos de João Amoêdo (Novo) e Geraldo Alckmin (PSDB), o avanço foi de 6,1%.

Desconsiderando a presença de robôs, o mapa de interações sobre presidenciáveis identificou que 64,2% dos perfis que falam sobre candidatos se opõem a Bolsonaro. Os que apoiam o militar reformado representam 13,4% dos perfis, seguidos pelo grupo alinhado ao PT, com 12%.

Para o professor Marco Ruediger, diretor do DAPP e um dos responsáveis pelo monitoramento, o número mostra que os usuários aproveitaram a onda de atenção que o atentado atraiu para defender seus candidatos. “É uma busca por espaço para tentar fazer campanha, inclusive usando o fato de que Bolsonaro não está nas ruas, para tentar balancear as dificuldades da disputa eleitoral, com menos tempo de TV”, explica.

As publicações sobre Bolsonaro feitas por seus apoiadores refutam as especulações de que o atentado teria sido forjado, desejam boa recuperação ao candidato, questionam o seu suposto baixo apoio entre mulheres e criticam o candidato Ciro Gomes (PDT).

De acordo com a FGV, mais de 75% dos compartilhamentos feitos por mecanismos automáticos vieram do campo de apoio ao candidato do PSL.

Ciro Gomes e Fernando Haddad (PT) foram os candidatos que mais tiveram destaque no debate econômico. Numa análise do conteúdo, a FGV identificou que Ciro recebe apoio por sua proposta de tirar nomes do SPC. Por outro lado, ele foi alvo de críticas pelo posicionamento crítico ao aplicativo de transporte Uber. O estudo diz que Ciro é o candidato em torno do qual gira o debate sobre propostas efetivas para a área econômica, de forma favorável ou crítica. “É possível observar reações positivas e demonstração de conhecimento sobre propostas para a área”, diz o estudo do DAPP.

Haddad, por sua vez, foi vinculado a discussões sobre as posições contrárias à reforma trabalhista e ao teto dos gastos públicos adotado no governo do presidente Michel Temer(MDB)

Segundo Ruediger, os ataques pessoais têm perdido relevância e dado lugar a discussões sobre propostas concretas. “Quando os candidatos falam de temas relevantes para a sociedade, têm vocalização maior nas redes”, explica. “Agressões pontuais podem ser negativas e contraditórias para as imagens dos candidatos.”

Para as próximas semanas, Ruediger enumera quatro frentes em que as discussões devem se desenvolver: o prosseguimento das investigações sobre as motivações do ataque a Bolsonaro, o crescimento de Ciro Gomes nas pesquisas e nas redes, já observado nas últimas semanas, o debate em torno da candidatura de Fernando Haddad, agora oficializado como candidato do PT à Presidência nas eleições 2018, e as estratégias de Geraldo Alckmin (PSDB) e Marina Silva (Rede) para crescerem nas intenções de voto.

Ao Estado, o Twitter afirmou, em nota, que levantamentos sobre o impacto de automação indevida na rede social “levam em consideração apenas sinais externos e muito limitados, além de não considerarem as ações anti-spam da plataforma.”

ESTADÃO CONTEÚDO

Opinião dos leitores

  1. pronto…a conversinha vai ser essa na hora de fraudar as urnas. ele estava em primeiro por causa dos robos… se ligurm nao. se fraudarem essas urnas vai dar me.rda

  2. Só lembrando que robô não vota. Bolsonaro ganha no primeiro turno.
    Melhor Jair se acostumando.
    ?????????

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Política

Rodrigo Maia: impeachment devolveu PT ao jogo

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), avalia que o impeachment de Dilma Rousseff fez muito bem ao Partido dos Trabalhadores. “O PT voltou a ser um ator político relevante”, declarou Maia em entrevista ao blog., nesta quinta-feira (13). Para ele, “o governo Michel Temer, da forma como está terminando, foi muito bom para o PT.” Acha que a situação seria outra se Dilma ainda estivesse no Planalto. “Nós íamos para uma convulsão social”, declarou Maia. O desemprego teria vitimado “mais de 20 milhões de brasileiros”. A inflação estaria “acima de 20%, 30%”. Haveria “um colapso.”

A despeito de tudo o que enxerga no retrovisor, Rodrigo Maia não se arrepende de ter ajudado a articular o impeachment, em 2016. Declarou que havia na época duas alternativas: manter o PT no Planalto para a oposição “ganhar a eleição em 2018” ou afastar Dilma e “reorganizar as contas públicas”. “Eu fiquei com a responsabilidade”, afirmou o deputado, hoje candidato à reeleição.

Preferido dos partidos do chamado centrão para continuar no comando da Câmara a partir de 2019, Maia disse torcer para que o Brasil atravesse os próximos quatro anos sem um novo impeachment. “Não é bom”, disse o deputado, antes de tentar explicar por que a gestão de Temer tornou-se um mico: construiu-se “um governo parlamentar sem o parlamentarismo. Quer dizer: você teve a ocupação parlamentar do governo sem a prerrogativa de o Parlamento poder trocar o governo se o governo não vai bem.”

A avaliação de Rodrigo Maia é paradoxal, pois a Câmara, sob seu comando, teve duas oportunidades de se livrar de Michel Temer na fase pós-grampo do Jaburu. Entretanto, em vez de autorizar o Supremo a abrir ações penais que resultariam no afastamento do presidente, a maioria dos deputados preferiu enviar as acusações ao freezer. Deu-se algo diferente com Dilma, apeada graças a uma grande articulação. “Claro que teve atuação política”, declarou Maia. Mas o resultado foi “um governo muito pulverizado, muito dividido, muito de varejo.”

Rodrigo Maia estima que o petista Fernando Haddad, substituto de Lula na corrida presidencial, subirá rapidamente nas pesquisas, alcançando nos próximos dias um patamar acima de 15%. Aliado de Geraldo Alckmin, o deputado avalia que a ascensão fulminante de Haddad pode estimular o voto útil, aquele que vai para qualquer lugar, com a condição de que o PT não retorne ao Planalto. Ciro Gomes pode ser uma opção do eleitor antipetista, declarou Maia. Mas ele acredita que Alckmin será “o principal depositário” desse tipo de voto.

Na opinião do presidente da Câmara, o pedaço do eleitorado que torce o nariz para o PT se moverá quando a ascensão de Haddad se misturar a pesquisas que sinalizem as dificuldades de Bolsonaro de prevalecer num eventual segundo turno. Nessa hora, antevê Maia, os eleitores estacionados em candidaturas como as de João Amoêdo (3%) e Henrique Meirelles (3%) tendem a tonificar os índices de Alckmin. “Mas como o Geraldo não é um campeão de carisma, as coisas dele são lentas. Acho que só vai acontecer ali, faltando três, quatro dias.” O deputado definiu o estilo de Alckmin com três palavras: “Devagar, devagar, devagar.”

JOSIAS DE SOUZA

Opinião dos leitores

  1. Esse gordinho é muito cara de pau mesmo ! um político profissional desses, envolvido até o pescoço nessa lama que inunda o País pagando de analista político, dono da verdade.

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Judiciário

Mulheres são minoria na magistratura brasileira, segundo pesquisa do CNJ

Um levantamento feito pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para apontar o perfil sociodemográfico da magistratura brasileira revelou que as mulheres são minoria entre ministros, juízes e desembargadores. Esta é a segunda pesquisa desta natureza feita pela entidade – a primeira edição ocorreu em 2013.

Participaram do levantamento 11.348 magistrados, o que representa 62,5% dos 18.168 de magistrados nos tribunais superiores. Do total, apenas 37% são mulheres. A pesquisa mostra, contudo, que houve uma evolução na participação de mulheres na magistratura – o percentual era de 25% na década de 1990.

Opinião dos leitores

  1. Pronto, daqui a pouco vão criar cota pra mulher em concurso de juiz. Elas não são igualmente capazes???????????.

    1. Souza se criar cotas pra mulheres em concurso de juízes tem que criar para promotoras também elas são igualmente capazes só tem um problema nunca as mulheres vão se acostumar que os homens nasceram primeiro do que elas o homem é e vai ser sempre o chefe do puteiro.

  2. Pronto, daqui a pouco vão criar cota pra mulher em concurso de juiz. Elas não são igualmente capazes???????????

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Judiciário

Toffoli tira de Moro processo contra Guido Mantega

Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

O ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli atendeu recurso da defesa de Guido Mantega e tirou de Sergio Moro o processo em que o ex-ministro da Fazenda é investigado por suposto caixa 2.

No recurso, a defesa afirmou que o recebimento da denúncia por Moro desrespeitava decisão anterior do STF. Pelo entendimento, a questão deveria ser julgada pela Justiça Eleitoral.

Segundo o Ministério Público Federal, Mantega foi responsável por negociar caixa 2 nas eleições de 2014 para beneficiar a campanha presidencial de Dilma Rousseff (PT).

Veja

Opinião dos leitores

  1. Esse cara por muito tempo foi advogado do PT. Nomeado por Lula pro STF, é bem capaz de pagar agora a nomeação, soltando o corrupto chefe. O mantega ja começou a se dar bem. Se vai pro Moro é cana na certa.

  2. Por pouco luladrão revogava a lei da ficha suja, se tivessem concedido mais uns dias ao pt para trocar de candidatura, e não a última terça feira como data limite,esse petralha tinha rasgado a lei da ficha suja. Esse será o Favreto com poder. É um Fascista!

  3. Esse tofolli é uma cópia do Gilmar piorada. Esse FDP vai tentar acabae com toda a luta de combate a corrupção. Esse fdp foi advogado do PT durante varios anos, e agora vai terminar de fazer o serviço sujo que iniciou qdo advogado.

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Economia

Inadimplência do consumidor subiu 3,63% em agosto

Pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) aponta que o indicador de inadimplência do consumidor avançou 3,63% no último mês de agosto. Segundo a apuração, o indicador cresceu pelo 11º mês seguido na comparação anual da série histórica, e estima-se que aproximadamente 62,9 milhões de brasileiros estejam com o contas atrasadas, o que representa quase a metade da população brasileira adulta.

Apesar do aumento de brasileiros com as contas atrasadas na comparação anual, o dado mensal registrou uma ligeira queda na taxa de inadimplência na passagem de julho para agosto, diminuindo em 0,71% a quantidade de pessoas com o nome sujo.

No total do crescimento registrado na comparação anual, o mês de agosto apresenta um crescimento modesto em relação aos meses de junho e julho, que registraram aumento de 4,07% e 4,31%, respectivamente.

A análise do indicador por região mostra ainda que, só na Região Sudeste, o aumento foi de 10,52%; seguido pela Região Norte, com alta de 3,76%; Nordeste (3,22%); Sul (2,76%) e Centro-Oeste (1.87%).

De acordo com a apuração, o ranking do número de inadimplentes por região é puxado pelo Norte, onde 49% de sua população adulta está com o CPF restrito, o que representa 5,9 milhões de consumidores negativados. Atrás estão o Nordeste, com 17,4 milhões de inadimplentes (43% da população adulta); o Centro-Oeste, com 5 milhões (42%); o Sudeste, com 26,1 milhões de negativados (39%); e o Sul, com aproximadamente 8,5 milhões de devedores (37%).

Jovens, adultos e idosos

A pesquisa revela ainda que o aumento mais acentuado no número de endividados cresce mais entre a população idosa. Na comparação entre agosto de 2018 e o mesmo período do ano passado, aumentou em 9,56% a quantidade de inadimplentes com idade de 65 a 84 anos. Atrás estão os brasileiros com idade entre 50 a 64 anos, com alta de 6,26%; de 40 a 49 (4,77%); e 30 a 39 anos (1,69%). O indicador aponta também houve queda entre a população mais jovem, com idade entre 18 e 24 anos, que registrou recuo considerável de -23,20%, e na faixa etária entre 25 e 29 anos, com recuo de -5,63%

Em números absolutos, a maior parte de brasileiros com o nome sujo é compreendida na faixa dos 30 aos 39 anos, com 17,9 milhões de pessoas que não conseguem honrar seus compromissos financeiros. Na sequência, adultos com idade entre 40 e 49 anos (14,1 mi); entre 50 e 64 (13 mi); e idosos entre 65 e 84 anos (5,4 mi). Na população jovem, são 7,8 milhões de inadimplentes com idade entre 25 e 29 anos e 4,5 milhões de pessoas que tem entre 18 e 24 anos.

O indicador de inadimplência tem como foco de análise todas as informações disponíveis nas bases de dados às quais o SPC Brasil e a CNDL têm acesso. As informações disponíveis referem-se a capitais e municípios dos 27 estados brasileiros.

Agência Brasil

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Economia

País gera 392 mil empregos no primeiro semestre de 2018

O saldo de empregos com carteira assinada gerados no primeiro semestre deste ano foi de 392 mil em todo o país, um valor 452,37% superior ao mesmo período de 2017, quando foram criados 71 mil novas vagas. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados hoje (13) pelo Ministério do Trabalho. Com esse resultado, na comparação entre os primeiros seis meses de cada ano, em 2018 foram criadas 321 mil vagas a mais do que no ano anterior.

Dos oito setores da economia, sete tiveram saldo positivo nos primeiros seis meses deste ano. O melhor desempenho foi no segmento de serviços, que chegou ao final do primeiro semestre com 279.130 postos de trabalho criados, seguido pela indústria de transformação, que gerou 75.726 vagas, e a agropecuária, que gerou 70.334 empregos novos. Já o comércio fechou 94.839 postos de trabalho com carteira assinada.

A taxa de desemprego, segundo a mais recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada em agosto pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), abrange 12,3% da população economicamente ativida, volume 0,6% menor do que o apurado em março. O número representa um contigente de 12,9 milhões de pessoas sem trabalho no país.

Jovens empregados

Em uma análise por faixa etária, o levantamento mostra que a maior parte dos empregos gerados no primeiro semestre desse ano (104 mil) inclui jovens entre 18 e 24 anos. Houve também uma reversão no fechamento de vagas nas faixas etárias entre 25 a 29 anos e de 30 a 39 anos. Enquanto na primeira metade do ano passado esses dois grupos perderam 66 mil vagas de emprego, neste ano já foram abertas, nessas duas faixas, 46,3 mil novos postos de trabalho.

Por outro lado, continuaram sendo fechadas vagas para trabalhadores nas faixas de 40 a 49 anos (-16,2 mil), 50 a 64 anos (-122,1 mil) e acima de 64 (-29,6 mil), mas em ritmo menor do que no primeiro semestre de 2017, quando essas três faixas etárias viram o fechamento de 266,4 mil postos de trabalho com carteira assinada em todo o país.

Escolaridade

Dos 394 mil empregos gerados na primeira metade deste ano, 266 mil foram para trabalhadores com ensino médio completo, seguido de 166 mil para quem tem ensino superior completo, 26,4 mil para quem tem ensino superior incompleto e 6,6 mil vagas para quem tem ensino médio incompleto. Não houve abertura de novas vagas para trabalhadores com escolaridade inferior a essas.

Entre os empregos para quem tem ensino médio completo e incompleto, os que absorveram a maior parte das vagas foram alimentador de linha de produção (49 mil), faxineiro (32,3 mil) e auxiliar de escritório (24,2 mil). Para quem tem ensino superior completo ou incompleto, a maior parte das vagas foram como auxiliar de escritório (17 mil) e assistente administrativo (14,5 mil).

Opinião dos leitores

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Cidades

Instituto recomenda manutenção urgente das pontes sobre o Rio Potengi

A Câmara Municipal de Natal realizou uma audiência púbica para discutir a manutenção das estruturas das pontes de Igapó e Newton Navarro, que ficam sobre o Rio Potengi, ligando as regiões Norte e Sul da capital. A proposição do debate foi do vereador Sueldo Medeiros (PHS).

O vereador Sueldo explicou que apresentou um projeto que trata exatamente das estruturas físicas dos prédios de Natal, que, apesar de não contemplar as estruturas das pontes, motivou as discussões, principalmente após a análise do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias em Engenharia (Ibape) que recomendou a urgente manutenção das pontes.

“Decidimos realizar o debate diante da importância dos equipamentos que ligam as zonas Norte e Sul da cidade, que apresentam falhas visíveis, que precisam ser sanados antes que tenhamos problemas maiores. A realidade das duas pontes é muito preocupante. No momento em que fizemos uma lei em consonância com os técnicos do Ibape, foi sugerida a audiência pública. Como engenheiro e como parlamentar, não poderia deixar de estender a mão para os profissionais que, verdadeiramente, querem contribuir para a cidade”, disse.

O engenheiro Fábio Pereira, que coordenou os trabalhos periciais nas pontes, contou explicou que a Ponte Newton Navarro necessita apenas de pequenas manutenções, mas que a Ponte de Igapó necessita de mais cuidados, principalmente depois de constatado que não há uma cultura de manutenção das estruturas.

“Em Igapó temos duas pontes. Um construída em 70 e outra em 80 com características diferentes. Principal problema de lá, são os pilares-parede, que coincidem com a área de respingo da maré, que é uma ação mais agressiva amais estrutura. A ponta está com desgaste maior e com perda das armaduras. A armadura já foi corroída pela erosão, o que está sustentando lá é o volume. O que precisa ser feito é a recuperação desses pilares-parede e reforço”, contou ao afirmar que, nas demais áreas, os problemas de corrosão são menores.

O Ibape, que realizou o levantamento, é uma entidade federativa nacional de caráter técnico com trabalho desenvolvido por meio de projetos pioneiros intimamente ligados ao desenvolvimento das atividades dos profissionais da engenharia e da arquitetura atuantes nos campos das avaliações de bens e das perícias.

A Ponte de Igapó, no seu formato atual, foi inaugurada em 1988, enquanto a Newton Navarro teve a sua inauguração no ano de 2007. O objetivo da audiência é ampliar o debate e propor soluções imediatas para os possíveis problemas apresentados pelos técnicos. Participaram dos rebates representantes do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea), da Prefeitura do Natal, do Governo do Estado e ainda entidades ligadas ao urbanismo da sociedade.

Opinião dos leitores

  1. Um assunto a ser tratado com a prioridade e urgência necessária que o problema exige. Não se pode esperar até que o pior aconteça. É urgente que se resolva a situação sob pena de se perder vidas!

  2. Importante e elucidativa apresentação do professor Fábio Pereira. Mostra a necessidade de envolvimento de todos, principalmente da bancada federal que poderia destinar emenda orçamentária já para o ano de 2019, para que as obras de recuperação sejam o mais rápido possível iniciadas. Na audiência abordei a necessidade de acréscimo de uma terceira faixa em ambos os sentidos do fluxo de veículos, visto que a ponte reduz uma faixa em relação a Av. Tomaz Landim e o projeto de ampliação da Av. Felizardo Moura. Para minha surpresa o competente prof. José Pereira da Silva, calculista estrutural das duas pontes de concreto, informou já ter apresentado um estudo ao DNIT com esse intuito, inclusive, com o aproveitamento das bases da ponte metálica para o transito de trens, no que poderia resultar na reconstrução da bela ponte que emoldura o Potengi e hoje se apresenta em estado lastimável. Parabéns a todos os presentes a essa importante audiência pública.

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Economia

Dólar encerra o dia cotado a R$ 4,19, maior valor desde o Plano Real

O dólar encerrou o pregão de hoje (13) próximo dos R$ 4,20, no maior patamar desde a criação do Plano Real. A moeda norte-americana fechou em alta de 1,21%, cotada a R$ 4,1957 para venda, superando o teto de R$ 4,1655 de janeiro de 2016.

No acumulado do mês, o dólar já apresenta valorização de 3,03% em relação ao real. O Banco Central segue com a política tradicional de swaps cambiais, sem efetuar na semana nenhum leilão extraordinário de venda futura de dólares, como fez há cerca de 15 dias para conter a valorização da moeda norte-americana.

O índice B3, da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), terminou o dia em baixa de 0,58%, com 74.686 pontos. Os papéis da Petrobras tiveram desvalorização de 1,27%, seguidos pelos do Itau com (-0,55%) e Bradesco (-0,40%).

Opinião dos leitores

  1. É só tirar Dilma:
    Assinado:Patos, coxas, fãs do fascista/homofóbico/machista, FIESP, Ze Agripino, Flavio Rocha, Globo…

    1. Tinha que ter tirado Michel Temer também. Vc votou nele. Mas tem nada não o nosso capitão da chegando pra acabar devez com essas presepadas.

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Política

Vice diz que falta de Bolsonaro atrapalha campanha e pede nova Constituição

Candidato a vice-presidente na chapa encabeçada por Jair Bolsonaro (PSL), o general Hamilton Mourão (PRTB) disse nesta quinta-feira (13) confiar que o presidenciável poderá voltar a realizar atos de campanha dentro de três semanas, mas reconheceu que a ausência do companheiro no momento afeta a coligação. As declarações foram dadas após Mourão conceder uma palestra no Instituto de Engenharia do Paraná (IEP), no centro de Curitiba. Horas antes, ele cumpriu agenda em Ponta Grossa (PR).

“Temos plena certeza de que nas, próximas três semanas, o Bolsonaro estará em condições, não totalmente recuperado a ponto de participar das manifestações de rua, mas de liderar o nosso processo. O que era do Bolsonaro era só dele. Ele é insubstituível”, afirmou o general. “Quem mobiliza na rua é sempre ele. Ele é o homem das massas, o grande agitador. É ele que as pessoas vão eleger, eu sou o apêndice.”

Jair Bolsonaro foi esfaqueado durante uma passeata na cidade de Juiz de Fora (MG), há uma semana, e desde então já foi submetido a duas cirurgias abdominais. O candidato está internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

O candidato à vice-presidência negou ter interesse em substituir Bolsonaro na campanha. “Só ocorreria se ele viesse a falecer, o que não é o caso. Jair está vivo, continuará vivo e vai nos liderar”, declarou.

No entanto, ele admitiu que, agora, o presidenciável deve focar na recuperação de sua saúde. “O Bolsonaro não pode conversar. Nesse momento, a preocupação número 1 é recuperar a saúde dele e ele precisa ficar em repouso. Não pode ficar em idas e vindas, porque isso prejudica. Ele foi submetido a um outro processo [cirúrgico] para reverter uma situação que não teria sido criada se tivesse ficado quieto”, disse.

Para Mourão, a consulta informal feita pelo PRTB para que ele pudesse substituir Bolsonaro em debates não gerou um mal-estar. O PSL não concordou com o pedido. “Não gerou desconforto, mas os assuntos que não são conduzidos da forma mais transparente acabam gerando ‘disse-me-disse'”, avaliou. “Nós fizemos uma consulta informal para, se for o caso, se ele [Bolsonaro] julgar necessário, eu representá-lo, desde que obviamente haja anuência dos outros candidatos.”

UOL

Opinião dos leitores

  1. Isso lá é tipo pra soltar uma declaração dessa, temer vai já fazer uma nova constituição. Tás lôco mané!

    1. Esse é o mal da maioria dos Brasileiros, não ler o texto. Quando fala em nova constituição ele quis dizer "Nova constituição de chapa". Se liga Brasil!!!

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Judiciário

Toffoli toma posse na presidência do STF e ficará no cargo até 2020

Foto: Divulgação/CNJ

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli tomou posse hoje (13) no cargo de presidente da Corte. O ministro ficará no cargo pelos próximos dois anos. Ele irá suceder Cármen Lúcia, que voltará a integrar a Segunda Turma da Corte, responsável pelo julgamento dos processos da Operação Lava Jato.

Após cumprir o protocolo no qual fez o juramento de cumprir a Constituição, Toffoli deu posse ao vice-presidente, ministro Luiz Fux. Neste momento, o novo presidente recebe o cumprimento da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da Procuradoria-Geral da República (PGR) e demais autoridades. Em seguida, Toffoli fará o primeiro discurso como presidente. Cerca de mil pessoas foram convidadas para a cerimônia.

Toffoli tem 50 anos e foi nomeado para o STF, em 2009, pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Antes de chegar ao Supremo, o ministro foi advogado-geral da União e advogado de campanhas eleitorais do PT.

O ministro é conhecido por evitar polêmicas e por ter um tom pacificador em suas decisões. De acordo com os colegas da Corte, o novo presidente fará um trabalho ligado à gestão administrativa do Judiciário, por meio do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão que também comandará.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. Agora sim, vcs vão vê um canalha de verdade. E pior, comandando a instância máxima do país, no setor jurídico.

  2. Pense em um cabra competente,,Kkkkkkk risível e ridículo, tentou ser juiz normal, não conseguiu….Kkkkkkk o grande Lula resolveu, eita Brasil com e honesto.

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Cultura

Fest Bossa & Jazz inicia edição 2018 em Mossoró

Com tudo pronto para receber o público do Rio Grande do Norte e redondezas, a organização do Fest Bossa & Jazz dá início a edição 2018, em Mossoró-RN. É a terceira vez consecutiva que a cidade recebe o Festival, um dos maiores do gênero no Brasil. Na programação dessa quinta-feira (13), primeiro dia do evento, foram promovidas sessões da Oficina Musical Infantojuvenil – A Bossa Nova, ministrada pelo professor Bruno Hermínio, na Escola de Artes, para crianças de escolas públicas do município.

Para esta sexta-feira (14), oficinas, workshop, Cine SESC além de três grandes atrações musicais do cenário nacional e internacional. A animação começa na Praça da Convivência, a partir das 20h30, com Cortejo Bossa & Jazz Street Band que leva o público à Estação das Artes Elizeu Ventania, onde Alan Jones (RN) toca seu repertório que passeia da bossa ao pop, às 21h. Logo após, a autêntica e original, Taryn Donath Trio (EUA), com participação do gaitista Marcelo Naves e, para encerrar a primeira noite, a SESI Big Band convida Roberta Sá, repetindo a parceria de 2015, quando tocaram juntos no Fest, em Pipa/RN. Finalizando as apresentações no palco, a festa continua com a Jam Session, no i’l Giardino della Pizza.

Para o sábado (15), o grupo instrumental mossoroense, Monxoró Brass, e logo em seguida, Tributo a Gilberto Gil, comandado pelo multi-instrumentista Sérgio Groove, ao lado do guitarrista Lu D’ Sosa e do baterista Thiago Alves. A última atração do Fest Bossa & Jazz 2018 fica sob a responsabilidade do guitarrista Igor Prado & JustGroove. Já a despedida, como manda a tradição do evento, é com Jam Session, no Birra Nordestina.

O Festival é uma realização do Governo do Estado do RN, por meio da SETUR e EMPROTUR, com recursos do Acordo de Empréstimo com o Banco Mundial e da Juçara Figueiredo Produções. Conta ainda com a parceria da Prefeitura Municipal de Mossoró e do SESI-RN. O evento fará parte da Festa da Liberdade – comemorada em setembro para recordar fatos históricos da cidade, como a libertação dos escravos cinco anos antes da Lei Áurea, o primeiro voto feminino da América Latina, o Motim das Mulheres e a resistência de Mossoró à invasão do bando de Lampião.

Confira programação completa no site do Fest Bossa & Jazz: www.festbossajazz.com.br

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