Foto: Divulgação
De acordo com levantamento realizado em parceria com a Offer Wise Pesquisas, para 62% dos entrevistados, a situação econômica do país foi pior em 2020 do que em 2019 e 46% temem não serem capazes de pagar suas contas em 2021.
A Covid-19 abalou o mundo todo causando impactos não somente na área da saúde, mas também sociais e econômicos. Para os brasileiros, a pandemia afetou diretamente suas finanças, é o que mostra levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo SPC Brasil em parceria com a Offer Wise Pesquisas. De acordo com pesquisa realizada em todas as capitais do país, para 62% dos entrevistados a situação econômica do país foi pior em 2020 do que em 2019, com uma diferença de 31 pontos percentuais em relação a 2019. No mesmo sentido, a situação financeira pessoal piorou para 45% dos entrevistados.
O motivo mais citado para a piora das finanças familiares é o fato de o salário/rendimento não ter aumentado na mesma proporção dos preços dos produtos/serviços (52%), seguido da redução da renda familiar (45%) e do desemprego do entrevistado ou de alguém da família (42%). 97% dos que tiveram piora nas finanças pessoais afirmam ter havido influência do cenário de pandemia, refletindo os impactos causados pela Covid-19 na vida financeira da maioria dos brasileiros.
Além disso, oito em cada dez entrevistados (81%) fizeram cortes no orçamento em 2020, principalmente para redirecionar o valor ao pagamento de contas básicas do dia a dia (53%), para conseguir guardar dinheiro (37%) e para o pagamento de contas em atraso (30%). Os consumidores fizeram cortes principalmente na compra de itens de calçado e vestuário (47%), refeições delivery e fora de casa (46%), e idas a bares e casas noturnas (39%).
O presidente da CNDL, José César da Costa, destaca que o aumento do desemprego causado pela pandemia contribuiu para a piora do cenário econômico do país. “O desemprego elevado é, sem sombra de dúvidas, um dos grandes desafios a serem enfrentados pelo país agora em 2021, o que se agrava diante de um cenário de pandemia ainda não controlada, economia pouco aquecida, desentendimentos políticos e situação fiscal preocupante”, aponta Costa.
O desemprego também foi apontado pelo presidente da CDL Natal, José Lucena como causador da instabilidade econômica e um desafio a ser vencido. “Tivemos um 2020 bem difícil para saúde, economia e empregos no mundo. Aqui no Rio Grande do Norte não foi diferente. De acordo com dados do IBGE a taxa de desemprego era de 16,8%, com 243 mil pessoas desocupadas em novembro, e esses números impactaram no setor de comércio e serviço. Precisamos reverter esse quadro, e o empreendedorismo é uma alternativa. Muitas pessoas que não conseguem se recolocar no mercado de trabalho optam por abrir um negócio e isso é muito bom, pois o empreededorismo tem o potencial de geração de ocupação para si mesmo, como também postos de trabalho para a população”, destacou Lucena.
89% não conseguiram realizar pelo menos um dos projetos planejados para 2020
Quando perguntados sobre as experiências financeiras que vivenciaram ao longo de 2020, 37% afirmam que conseguiram pagar as contas em dia ao longo do ano. Apesar disso, 31% tiveram que abrir mão de produtos ou serviços que consumiam, 30% fizeram uso de alguma reserva financeira que possuíam e 27% ficaram desempregados. Com relação aos projetos para 2020 que envolviam planejamento financeiro, 60% afirmam que conseguiram alcançar pelo menos um dos objetivos traçado. Os mais citados foram o pagamento de dívidas atrasadas (18%), a realização de algum tratamento médico (17%) e a formação de uma reserva financeira (13%).
Apesar disso, 89% não conseguiram realizar todos os projetos planejados para o último ano, deixando de atingir principalmente a reforma ou compra de uma casa (24%), a contribuição para a reserva financeira (23%) e a realização de uma grande viagem (23%). Os principais empecilhos para concluir tais projetos foram o aumento dos preços (50%), o fato de possuir pouco dinheiro 40%) e a situação de desemprego, seja do próprio entrevistado ou de algum familiar (30%).
De acordo com a pesquisa, 78% afirmam que a pandemia exerceu impactos na vida financeira da família, e com isto 49% passaram a evitar a compra de itens de vestuário sem necessidade, 44% cortaram ou diminuíram os gastos com lazer, 40% passaram a fazer mais pesquisa de preço e 38% reduziram as refeições delivery e/ou fora de casa.
Três em cada dez temem não conseguir emprego em 2021. 64% esperam vida financeira Melhor.
Mesmo com o ano difícil vivenciado pelo brasileiro em 2020, os sentimentos com relação a 2021 são positivos para a maioria. Dessa forma, 59% esperam que este ano seja melhor do que o anterior com relação ao cenário econômico do país, principalmente porque acreditam que a vacina para o coronavírus vai ajudar na recuperação da economia (51%), e por serem sempre otimistas independente os problemas (51%).
As expectativas para a vida financeira pessoal também são otimistas: 64% acreditam que o ano que se inicia será melhor do que 2020. As principais consequências de uma vida financeira melhor neste ano serão conseguir manter o pagamento das contas em dia (62%), conseguir economizar dinheiro (54%) e realizar algum sonho de consumo (46%). Já entre os projetos que os entrevistados mais esperam realizar em 2021 estão juntar dinheiro (48%), comprar ou reformar a casa (28%), sair do vermelho (27%) e fazer uma viagem (26%). Os motivos mais citados para acreditar que seus projetos serão realizados são o fato de ter esperança de que as coisas vão melhorar (69%) e estar se organizando financeiramente para isso (43%).
Apesar de a maioria estar otimista com a economia e as finanças, há ainda uma parcela considerável de consumidores que não se sente dessa maneira. Com relação ao cenário econômico, 17% acreditam que ele vai permanecer igual em 2021, e 12% que pode piorar.
Quando se trata da vida financeira familiar, 19% esperam que ela se mantenha igual a 2020, e 7% esperam que ela piore. Além disso, 90% possuem algum temor relacionado à vida financeira para 2021, principalmente não ser capaz de pagar suas contas (46%), não conseguir guardar dinheiro (40%), e não conseguir um emprego (27%).
METODOLOGIA
Público alvo: Consumidores das 27 capitais brasileiras, homens e mulheres, com idade igual ou maior a 18 anos, de todas as classes econômicas (excluindo analfabetos).
As reformas trabalhista e previdenciária tirou dinheiro do bolso do povo. O resultado é ausência de poder aquisitivo e as empresas saindo do país.
Só ñ empactou no planalto que gastou 16 milhões em leite condensado e 2 milhões em goma de mascar, e eu que pensavei que seria o fim da MAMATA.
Poderia ter sido pior se não fosse a aço rápida de nossos congressistas em aprovar e impor ao presidente da república e seu ministros a economia o auxílio emergência.