Brasil

Para a surpresa do mercado, avanço do PIB será de 3,5%, diz Lula

Foto: Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta 4ª feira (4.dez.2024) que, para a surpresa do mercado, o PIB (Produto Interno Bruto) de 2024 será de 3,5%, ante o avanço de 1,4% registrado no 2º trimestre deste ano.

O último relatório do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgado na 3ª feira (3.dez), mostrou um crescimento de 0,9% no 3º trimestre em comparação ao 2º.

“Vocês estão percebendo que, para a surpresa dos discrédulos [sic] aqui, o PIB de 2023 não foi 2,9%, foi 3,2%. O PIB de 2024 não será o 1,5%, como o mercado previa, vai ser 3,5%”, declarou o chefe do Executivo em reunião com o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD-RJ), e com a ministra da Saúde, Nísia Trindade.

Em valores, a economia brasileira movimentou R$ 3,0 trilhões no 3º trimestre. As projeções dos agentes financeiros indicavam que a alta seria de 0,7% a 1,0% em relação ao 2º trimestre.

Em outubro, o FMI (Fundo Monetário Internacional) aumentou de 2,1% para 3,0% a estimativa para o crescimento da economia brasileira em 2024.

Para 2025, a projeção da entidade internacional caiu de 2,4% para 2,2%. Segundo o FMI, o Brasil crescerá menos que a média do mundo tanto em 2024 quanto em 2025. As estimativas para a economia global são de expansões de 3,2% tanto neste ano quanto no próximo.

Segundo o presidente, em reunião recente no Palácio do Planalto, atacadistas do Brasil reclamaram da falta de mão de obra para os serviços. Lula classificou a demanda como “absurda” porque é feita no mesmo momento em que o país tem o menor índice de desemprego da história.

“O pessoal costuma jogar a culpa no Bolsa Família, porque tem sempre alguém a ser culpado e o culpado é o pobre. Então, o pessoal jogar a culpa em cima do Bolsa Família, o pessoal jogar a culpa nos aposentados do INSS, o pessoal joga a culpa no BPC. Tudo coisas que nós estamos fazendo a maior delicadeza possível”, disse.

A taxa de desemprego do Brasil atingiu 6,2% no trimestre encerrado em outubro (agosto, setembro e outubro) de 2024, segundo o IBGE. Trata-se do menor nível de desocupação na série histórica, iniciada em 2012.

A desocupação atinge 6,8 milhões de pessoas, o que fez o índice cair 17,2% em 1 ano. Segundo o IBGE, são 1,4 milhão a menos de desempregados em 12 meses.

Fonte: Poder 360

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Geral

Mulher morre durante incêndio em casa na cidade de Macaíba

Foto: Reprodução

Uma mulher identificada como Risoneide Sales de Brito, de 40 anos, morreu durante incêndio em casa na cidade de Macaíba, Região Metropolitana de Natal (RN) na manhã de domingo (8).

De acordo com testemunhas, moradores vizinhos perceberam as chamas e pularam o muro para entrar na residéncia. Eles tentaram apagar o fogo com baldes de água, mas quando chegaram no quarto viram a mulher desacordada em cima da cama.

O Serviço de Ambulância Móvel de Urgência esteve no local, mas a mulher já estava sem vida. Não há informações sobre a causa do incêndio. O Itep iniciou a perícia.

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Mundo

ANÁLISE: discurso de líder rebelde sírio tem recados para Irã, Israel e Trump

Reuters

A estrada de Abu Mohammad al-Jolani para Damasco foi longa. Ele falou abertamente sobre sua mudança ao longo do caminho. De jovem combatente da Al Qaeda duas décadas atrás, a comandante rebelde que defende a tolerância sectária.

É uma jornada ao longo da qual ele teve bastante tempo para planejar onde e como marcaria sua chegada, e para ajustar sua narrativa — sua mensagem para aqueles que o colocaram no poder, aqueles que podem derrubá-lo e outros que podem mantê-lo no poder.

Não é surpresa que o rebelde islâmico tenha escolhido a venerada Mesquita Omíada de Damasco — não um estúdio de TV, nem um palácio presidencial recentemente ausente, mas um lugar de grande significado religioso, que com 1.300 anos é uma das mesquitas mais antigas do mundo — para entregar essa mensagem.

“Esta vitória, meus irmãos, é uma vitória para toda a nação islâmica”, ele disse à sua pequena comitiva, que cambaleou atrás dele contra o pano de fundo do esplendor característico de pedra preta e branca da mesquita.

É uma jornada ao longo da qual ele teve bastante tempo para planejar onde e como marcaria sua chegada, e para ajustar sua narrativa — sua mensagem para aqueles que o colocaram no poder, aqueles que podem derrubá-lo e outros que podem mantê-lo no poder.

Não é surpresa que o rebelde islâmico tenha escolhido a venerada Mesquita Omíada de Damasco — não um estúdio de TV, nem um palácio presidencial recentemente ausente, mas um lugar de grande significado religioso, que com 1.300 anos é uma das mesquitas mais antigas do mundo — para entregar essa mensagem.

“Esta vitória, meus irmãos, é uma vitória para toda a nação islâmica”, ele disse à sua pequena comitiva, que cambaleou atrás dele contra o pano de fundo do esplendor característico de pedra preta e branca da mesquita.

Destacar o Irã parece ser uma mensagem para a teocracia de Teerã – que sua intromissão acabou, seu fácil acesso terrestre ao seu megaprocurador Hezbollah no Líbano acabou, seu apoio ao Hezbollah sírio acabou, e também se foi o lar que eles já tiveram para os estoques de armas do Irã.

Mas é uma mensagem que Jolani saberá que está sendo ouvida em Tel Aviv e Washington, onde ele é considerado membro de uma organização terrorista proscrita com uma recompensa de US$ 10 milhões por sua cabeça. Uma mensagem que diz a eles, “seus interesses são compreendidos na nova Síria”, e um entendimento de sua parte de que esses são os poderes capazes de derrubá-lo.

Jolani tem se esforçado em sua corrida para Damasco para garantir que o presidente dos EUA, Joe Biden, e até mesmo o presidente eleito Donald Trump saibam de sua intenção. Não é coincidência que ele tenha escolhido uma rede de TV dos EUA, a CNN, e não uma árabe, para uma entrevista importante nos dias antes de ele depor Assad, alegando que havia se separado de outros jihadistas por causa de suas táticas brutais.

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Brasil

Nova lista de fraudes de executivos na Americanas inclui estoques, fretes e vendas

Igor Estrela/Metrópoles

Agora, passados quase dois anos desde a eclosão da crise, pode-se dizer que o conjunto de fraudes e “desvios de conduta” praticados contra a Americanas pela antiga cúpula da empresa está mapeado. E ele é maior do que se imaginava. Além das falcatruas conhecidas, que abriram um buraco de cerca de R$ 25,2 bilhões na contabilidade da companhia, as novas descobertas incluem a manipulação de dados sobre estoques, vendas e frentes – tudo, como sempre, para garantir um “falso positivo” nos balanços da empresa.

Em relação aos “desvios de conduta”, o novo mapeamento destaca a concessão de benefícios para cúpula da varejista, mas criados por ela mesma (ou seja, um tipo de autoconcessão vantagens). Isso abrangia, por exemplo, o uso de veículos blindados de luxo por parte dos diretores mais graduados, mas sem o consentimento prévio do conselho de administração – o que seria imprescindível nesse caso, dadas as regras de governança da companhia.

A Americanas tinha um mecanismo por meio do qual os executivos recebiam um empréstimo para a aquisição de um carro. Esse tipo de medida fazia parte de uma estratégia para reter funcionários qualificados, oferecendo-lhes alguns mimos, até como uma forma de complemento salarial.

Até aqui, tudo bem. Essa é uma prática comum em grandes companhias. E o financiamento dos automóveis era parcial e pago em parcelas mensais. No fim do processo, o funcionário poderia optar pela quitação da dívida ou pela troca do veículo por um novo.

Vantagens turbinadas

Menos comum, contudo, foi o benefício autoconcedido pela (e para) a alta cúpula da companhia, que chegou a ter 22 diretores no topo da cadeia de executivos. E as vantagens dessa turma eram mais atrativas do que as oferecidas para os escalões inferiores.

Tratava-se de carros blindados de luxo comprados pela empresa. Depois, eles poderiam ser adquiridos pelos diretores com descontos de até 80%.

Por isso, era comum que toda a área de um trecho considerável do estacionamento na sede da Americanas, na Rua Coelho e Castro, perto da Praça Mauá, no centro do Rio, ficasse tomada pelos veículos blindados, num total de cerca de 20 carros, a maioria da marca Volvo, além um ou outro Tiguan ou Land Rover. Nos horários comerciais, a frota ficava acomodada ao lado de um imenso painel, com 30 metros de altura e 70 de largura, grafitado pelo artista plástico Tomaz Viana, o Toz, que se tornou uma referência visual na região portuária carioca.

Despesas com blindagem

E havia um fato curioso relacionado aos carrões. Eles simplesmente desapareciam do estacionamento nos dias em que os conselheiros compareciam à Americanas. Assim, quando o área próxima ao painel multicolorido de Toz ficava vazia, sem os veículos da cúpula, o pessoal “chão de fábrica” da varejista já sabia: “Hoje é dia de reunião do conselho de administração”, diziam.

Somente em 2018, a empresa pagou R$ 2,3 milhões para blindar esses automóveis. Em abril de 2021, com a união da B2w (o braço digital da companhia) e da Americanas (o segmento de lojas físicas), o número de altos dirigentes da empresa diminuiu. Ele passou de 22 para quatro. Ainda assim, havia sete carros de luxo à disposição desse grupo. Alguns deles, portanto, na reserva.

Fretes

Quanto às fraudes propriamente ditas, todas tinham um objetivo básico. Elas eram usadas para criar um resultado positivo para a Americanas, à revelia da realidade. Seguindo tal princípio, qualquer despesa ou tropeço comercial tinha de ser varrido para baixo do tapete das demonstrações financeiras.

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Metrópoles

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Judiciário

Judiciário pagou R$ 12 bi em penduricalhos e indenizações em 1 ano

Tetra Images/Getty Images

Tribunais de todo o país pagaram R$ 12 bilhões a juízes e desembargadores a título de indenizações, direitos eventuais e pessoais no período de um ano, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) levantados pelo Metrópoles. Essa cifra corresponde à soma de auxílios, gratificações e bônus concedidos aos magistrados em razão de decisões judiciais ou de conselhos administrativos.

A maior parte das indenizações e dos penduricalhos, como auxílios e gratificações, foi repassada a juízes estaduais, que são a maioria na magistratura. Esse montante chegou a R$ 9,3 bilhões, entre novembro de 2023 e outubro deste ano. Outros ramos do Judiciário, como Cortes superiores e as justiças Eleitoral, Trabalhista, Militar e Federal, receberam os R$ 2,7 bilhões restantes no período analisado pela reportagem.

Esses são os valores que usualmente inflam as remunerações de magistrados para além do teto constitucional, correspondente aos subsídios recebidos pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), hoje estabelecidos em R$ 44 mil. A lista de magistrados do CNJ é composta de 17,4 mil juízes, cujas remunerações são exibidas ao órgão desde 2017 por tribunais de todo o país.

Ao contrário do restante do funcionalismo, para juízes, decisões que reconhecem o pagamento de verbas devidas do passado não entram para a fila de precatórios e são pagas imediatamente. Esses julgamentos são feitos em sessões administrativas dos tribunais ou em conselhos do Judiciário, como o CNJ e colegiados ligados aos diferentes ramos da Justiça.

No último ano, contracheques de magistrados de todo o país têm sido turbinados em razão do pagamento de adicionais por tempo de serviço (ATS). Mais conhecido como quinquênio, o ATS corresponde ao aumento automático de 5% nos salários a cada cinco anos. Ele foi extinto em 2006 pelo CNJ.

Em 2022, o Conselho da Justiça Federal (CJF), órgão administrativo ligado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e integrado em parte por juízes federais, atendeu a um pedido da associação da categoria, a Ajufe, para voltar a pagar o penduricalho, além de restituir todo o saldo retroativo desde 2006.

O ATS não foi o único benefício dado nesse período. Pontualmente, órgãos especiais dos tribunais concederam vantagens a juízes e conselhos ligados ao Judiciário atendendo a pedidos de magistrados. Nas planilhas divulgadas pelo CNJ, esses pagamentos são descritos como indenizações, direitos eventuais e pessoais – elas não recebem descrições mais detalhadas. Tribunais procurados pela reportagem silenciaram sobre o que os levou a pagar supersalários a seus juízes.

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Metrópoles

Opinião dos leitores

  1. Isso sim é roubalheira e absurdo, neles ninguém mexe, já no bpc, aposentados por tempo de serviço, ou por invalidez, esses o governo de LULADRAO sabe bater duro e roubar seus direitos. Bando de bandidos e corruptos, esse governo e seus cúmplices.

  2. Que justiça ! Vão logo argumentar que é tudo legalizado , “somente” os prazos dos precatórios são julgados pelos próprios e pagos de imediatos aos contemplados, diz na constituição brasileira que somos todos iguais perante a lei ! SEI !!!

  3. O judiciário cria suas próprias leis em benefício próprio. A maior piada é a aposentadoria compulsória por crimes. O judiciário diz que não pode fazer nada porque está na Lei que eles criaram. Pq não desfaz a lei? Pq eles sabem que no futuro podem precisar do benefício. Povo, o judiciário só muda se a população se rebelar, é preciso criar raiva no ignorante. O ódio é a maior energia capaz de mudar o mundo. Não podemos perder a capacidade de sentir ódio, raiva, sem isso é jogar a toalha, é a inércia que eles querem para farrear as nossas custas. O povo vive de pires na mão pela falta de ódio.

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Brasil

Construtoras querem atrair público do Bolsa Família para trabalhar no canteiro de obras

Foto: Tiago Queiroz/Agência Estado

Perto de bater o recorde de contratações e com dificuldades de atrair novos trabalhadores, as construtoras estão formulando uma proposta a ser apresentada ao governo para estimular a população atendida por programas sociais, como o Bolsa Família, a se apresentar para trabalhar nos canteiros de obras. Na visão dos empresários, os programas sociais se tornaram “concorrentes” uma vez que a maior parte das pessoas que recebe auxílio fica de fora do mercado de trabalho formal.

Por enquanto, a proposta do setor está em gestação. Ela envolve uma possível campanha das vantagens de se trabalhar nas obras até sugerir parâmetros mais flexíveis que os atuais para o público trabalhar sem perder a bolsa.

O pano de fundo é que as construtoras estão com dificuldade de encontrar mão de obra qualificada, o que as obriga a pagar salários mais altos para atrair candidatos. O setor está aquecido e atingiu a marca de 2,9 milhões de empregos formais, puxado por obras comerciais e residenciais, especialmente do Minha Casa, Minha Vida. Este é o maior nível de emprego em uma década, chegando perto do recorde histórico, que foi de 3,1 milhões em 2014.

O salário médio de admissão (primeiro emprego) na construção está em R$ 2.315, o terceiro mais alto, atrás apenas de finanças, com R$ 2.324; e administração e serviços públicos, com R$ 2.455, segundo o Ministério do Trabalho.

Emprego no Bolsa Família

Criado há 21 anos, o Bolsa Família atende 20,7 milhões de famílias com um valor médio de R$ 684 por mês. Para ter direito ao benefício, a renda de cada pessoa da família deve ser de até R$ 218 por mês.

Não é verdade que essa população não trabalha. Ao menos 2,8 milhões de famílias (13,5%) têm um membro com carteira assinada, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social. Neste ano, os beneficiários ficaram com 56% de 1,5 milhão de vagas formais geradas. Além disso, há muitos beneficiários em postos informais, como faxineiras, jardineiros, feirantes, pedreiros, motoristas, entregadores, entre outros, cuja quantidade exata não é bem conhecida.

Desde o ano passado, o Bolsa Família ganhou uma regra que garante a manutenção do benefício às pessoas que assinam a carteira de trabalho. O objetivo foi incentivar a procura por emprego. Chamada ‘Regra de Proteção’, ela prevê que famílias em que a renda subir acima de R$ 218 por pessoa sigam recebendo benefícios. Para isso, o aumento de renda não pode ultrapassar meio salário mínimo (R$ 706) por indivíduo. Nessas condições, passam a receber 50% do valor regular do benefício por até 24 meses.

Estadão

Opinião dos leitores

  1. Tenho certeza, infelizmente, que as construtoras irão responder por essa proposta “imoral”…
    Na nossa Nação, a concessão de “bolsas” (necessárias em casos específicos), tornou-se um tipo de “escravidão” de pessoas carentes que, nos olhos dos governantes, serão revertido em votos nas campanhas eleitorais…
    Esse assistencialismo, tem que ter uma porta de entrada e, principalmente, uma porta de saída…
    Conheço vários e vários casos, que os beneficiários dessas bolsas, preferem receber esse benefício, a ter que trabalhar com carteira assinada…
    Se não me engano, em recente pesquisa, constatou-se que 19 Estados, tem mais beneficiários do que pessoas com carteira assinada…
    Não há economia que resista a isso: “sustentar” pessoas aos milhares, sem que essas pessoas não produzam nada…
    No meu humilde conhecimento, acho que, como no caso presente, quando fosse oferecido uma vaga para esses “beneficiários bolsistas”, e ele recusasse o emprego, o benefício deveria ser cortado…

  2. Espero que tenham êxito. Mas tem muita gente viciada em receber dinheiro sem trabalhar. Só Deus na causa.

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Mundo

2024 é o ano mais quente da história da humanidade, segundo observatório da União Europeia

Mukesh Gupta – 1º.jun.2024/AFP

Com a confirmação de que novembro foi mais um mês com temperaturas escaldantes, agora já é dado por certo que 2024 será o ano mais quente da história da humanidade, segundo o observatório Copernicus, da União Europeia.

Desde o começo do segundo semestre, os cientistas europeus já vinham chamando a atenção para a alta probabilidade de que o recorde global de temperaturas, estabelecido em 2023, fosse superado neste ano.

Embora fosse bastante improvável, ainda era matematicamente possível evitar esse cenário se os termômetros registrassem valores bem mais baixos do que os anteriores durante últimos meses de 2024. Os dados revelados na madrugada desta segunda (9) mostram, porém, que isso não aconteceu.

De janeiro a novembro deste ano, as temperaturas médias globais ficaram 0,72°C acima da média de 1991 a 2020 —o maior valor já registrado para esse intervalo e 0,14°C superior ao mesmo período de 2023.

O mês passado foi o segundo novembro mais quente da história, atrás apenas daquele de 2023. A temperatura global média da superfície do ar foi de 14,10°C, o que representa 1,62°C acima do nível pré-industrial.

Os valores relativos ao período de 1850 a 1900 —antes da Revolução Industrial e dos efeitos do aquecimento potencializado pela emissão em larga escala de gases de efeito estufa— são considerados pelos pesquisadores o padrão para avaliar as mudanças de temperatura no planeta.

Novembro de 2024 foi o 16º mês, em um período de 17 meses, em que a temperatura média global da superfície do ar superou 1,5°C de diferença em relação aos níveis pré-industriais. Esse valor é considerado pelos cientistas como o limite para evitar as piores consequências do aquecimento global e é também a meta preferencial pactuada no Acordo de Paris, de 2015.

Ainda que os números sejam motivo de alerta, cientistas afirmam que o limite de 1,5°C de aquecimento ainda não foi definitivamente ultrapassado. Para isso, seriam necessários vários anos com valores acima desse patamar.

“Com os dados do Copernicus para o penúltimo mês do ano, podemos agora confirmar com virtual certeza que 2024 será o ano mais quente já registrado e o primeiro ano-calendário acima de 1,5°C. Isso não significa que o Acordo de Paris foi violado, mas enfatiza que a ação climática ambiciosa é mais urgente do que nunca”, diz Samantha Burgess, diretora-adjunta do serviço de mudanças climáticas do Copernicus.

No fim de outubro, um relatório do Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) afirmou que ainda é tecnicamente possível limitar o aquecimento global a 1,5°C, mas que essa missão é cada vez mais difícil.

De acordo com o levantamento, nas condições atuais, o planeta se encaminha para um aumento de temperatura de até 3,1°C.

Segundo os dados do Copernicus, novembro também foi marcado por altas temperaturas nos oceanos. A média da superfície do mar na faixa de latitude entre 60°S e 60°N —que abrange a maior parte dos oceanos, excluindo as regiões polares— foi de 20,58°C. Esse é o segundo número mais alto registrado para o mês, abaixo apenas 0,13°C do documentado em novembro de 2023.

Temperaturas abaixo da média na região do Pacífico indicam uma transição para condições neutras ou para o fenômeno climático La Niña, mas, ainda assim, as temperaturas na superfície da água permaneceram excepcionalmente altas em muitas regiões oceânicas.

Na Antártida, o gelo marinho atingiu seu menor valor mensal para novembro, ficando 10% abaixo da média e superando ligeiramente os valores de 2016 e 2023. Segundo o Copernicus, o resultado dá continuidade a “uma série de grandes anomalias negativas históricas observadas ao longo de 2023 e 2024” na região.

Do outro lado do mundo, a extensão do gelo marinho no Ártico ficou 9% abaixo da média, atingindo o terceiro menor valor mensal para novembro.

O período de setembro a novembro de 2024, o outono europeu, foi mais úmido do que a média nas regiões centrais e ocidentais do velho continente.

No resto do mundo, o período teve condições mais secas do que a média na maior parte da América do Norte e do Sul, Rússia ocidental, Chifre da África, sul da China e África Austral.

Outras regiões, contudo, tiveram mais chuvas do que a média, incluindo partes dos Estados Unidos, Ásia Central, partes do Chile e do Brasil e a maior parte do oeste e centro da Austrália.

Folha de São Paulo

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Brasil

No governo Lula, custos de estatais explodem e lucro desaba

Reprodução

Após quatro anos consecutivos de redução no excessivo número de funcionários, as empresas estatais do governo federal voltaram a inchar e onerar a folha no governo Lula (PT). Além de diversos benefícios, aposentadorias e planos de saúde especiais, os empregados de estatais estão fora do teto salarial do funcionalismo. Em 2023, foram R$130,2 bilhões gastos com pessoal, segundo o Relatório Agregado de Empresas Estatais Federais. Em 2022, esse custo foi bem menor: R$115,8 bilhões.

Custo sem benefício

Se a farra no valor da folha salarial aumentou exponencialmente, caíram em 2023 o lucro das estatais (-28%) e seu faturamento (-5,2%).

Fazenda de cabide

O número de funcionários de estatais federais caiu de 476,2 mil em 2019, para 434 mil em 2022. Em 2023 voltou a subir, para 436,3 mil.

Recorde negativo

Os R$130,2 bilhões torrados com salários e benefícios nas estatais é o maior valor desde 2020, mesmo corrigido pela inflação.

Concentração

Cerca de 82% de todos os funcionários de estão em cinco estatais: Banco do Brasil, Caixa, Correios, Petrobras e uma certa Ebserh.

Diário do Poder

Opinião dos leitores

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Brasil

Congresso e Planalto têm duas semanas para moldar a economia em 2025

Reprodução

O Planalto e o Congresso têm menos de duas semanas –de 9 a 20 de dezembro– para moldar a economia de 2025. As duas últimas semanas antes do recesso parlamentar terá, como de costume, votações aceleradas para viabilizar novas regras para o ano que se inicia.

Uma delas é o projeto de lei que muda a forma de reajuste do salário mínimo. Pela lei atual, seria reajustado por 3,2% (crescimento da economia brasileira em 2023) acima da inflação. O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) propôs um reajuste menor, de até 2,5% acima da inflação.

Com margem apertada, a Câmara aprovou urgências de cortes de Lula. Leia o que está pendente de votação no Congresso:

– corte de gastos – PL (Projeto de Lei) estabelece a limitação do ganho real do salário mínimo aos limites do arcabouço fiscal. Ou seja, será corrigido pela inflação e ganho real de 0,6% a 2,5%. A atual legislação fala em inflação mais a variação do PIB. O projeto também traz novas regras em programas sociais, a fim de fazer um pente-fino no sistema;
benefícios tributários – PLP (Projeto de Lei Complementar) autoriza o governo a limitar a utilização de créditos tributários caso haja deficit nas contas públicas. Também permite que a União use o excedente de 8 fundos nacionais;
abono salarial e supersalários – PEC (Proposta de Emenda à Constituição) estabelece um corte gradual no acesso ao benefício e corta supersalários;
dívidas dos Estados – Câmara pode aprovar projeto de renegociação de dívidas dos Estados;

-diretrizes orçamentárias – PLDO (Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias) estabelece os parâmetros para o orçamento de 2025;

Orçamento – Ploa (Projeto de Lei Orçamentária Anual) de 2025 precisa de aval do Congresso.
Como de costume, o Ploa de 2025 deverá ser aprovado na última semana legislativa, que termina em 20 de dezembro. Antes disso, porém, será necessária a aprovação do PLDO (Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias) do próximo ano.

A Comissão Mista de Orçamento aprovou o relatório preliminar da LDO na 4ª feira (4.dez.2024), e os congressistas têm até 3ª feira (10.dez.2024) para apresentar emendas ao texto.

O relator do PLDO, senador Confúcio Moura (MDB-RO), disse, ao Poder360, que o “humor não está bom” no Congresso. Ele respondeu sobre as medidas de revisão de gastos públicos.

Poder 360

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Brasil

Carro da polícia com placa adulterada estava no local da morte de delator do PCC, horas antes do crime

Reprodução

Horas antes do assassinato do empresário Vinícius Gritzbach, no Aeroporto Internacional de Guarulhos, um carro suspeito estava no mesmo local onde tudo aconteceu. Era uma viatura descaracterizada, com a placa adulterada.

No dia do ataque, esse carro foi utilizado fora dos registros da polícia. Segundo pessoas envolvidas na investigação do caso, o agente da polícia civil Alfredo Alexander Raspa da Silva, que estava ao volante, alegou à Corregedoria que fez uso particular de um carro oficial – um bem público – para ir até o aeroporto. Ele afirma que adulterou a placa porque não queria ser descoberto.

Segundo Alfredo, ele estava de férias e foi ao aeroporto para pegar um voo para Porto Alegre, onde ficaria por dois dias.

Policial estava no local do crime

O Fantástico teve acesso, com exclusividade, a imagens de câmeras de vigilância do Aeroporto De Guarulhos, que estão sendo usadas para esclarecer o caso.

Às 15 horas, o carro passou pela área de desembarque do terminal 2 do Aeroporto Internacional de Guarulhos. Na placa, logo na primeira letra, há uma adulteração grosseira: uma fita adesiva é usada para formar a letra “a”. Na verdade, a letra original é um “F” – que forma a numeração real da placa de uma viatura descaracterizada da Polícia Civil de São Paulo.

Depois de deixar o carro no estacionamento do terminal 2, Alfredo caminha, às 14h25. Esse é o local de execução de Vinícius. O voo dele partiria por volta de 15 horas, do terminal 1, que fica a três quilômetros de distância dali e onde também tem um estacionamento.
O policial disse que perdeu o voo e que, por isso, foi pra casa.

O Fantástico apurou que ele ficou por horas no aeroporto e que, inclusive, foi visto no terminal 2 depois do assassinato, quando a área já estava cercada.

Cerca de 40 minutos depois do assassinato, Alfredo aparece, com um celular na mão esquerda, e caminha em direção ao local do crime. Então, começa a tirar uma série de fotos.

Apesar de circular em torno do local do crime, em nenhum momento ele fez contato com os policiais que trabalhavam no caso.

A corregedoria da Polícia Civil instaurou um inquérito pra investigar o que ele fazia no aeroporto, usando uma viatura oficial de forma clandestina e com a placa adulterada.

Alfredo disse ao Fantástico que confundiu o terminal, mas que tentou pegar o voo e que não conseguiu remarcar a passagem. Ele planejava desde setembro ir a Porto Alegre fazer um curso. Explicou que ficou no aeroporto até oito horas da noite, porque tentou comprar uma nova passagem, mas desistiu da viagem por causa do preço.

Sobre as fotos do crime, Alfredo falou que foi por interesse profissional, já que é policial. Ele reconheceu que errou ao usar o carro para fins particulares, e afirmou que não conhece Vinícius nem tem envolvimento com o crime.

Depois dessa conversa, ele mandou mensagem dizendo que não autorizava a divulgação dos áudios do telefonema.
Alfredo é policial do DEIC, o Departamento Estadual De Investigações Criminais. A viatura também é do DEIC. Trata-se do mesmo departamento onde trabalham policiais delatados por Vinícius Gritzbach.

G1

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Geral

Rússia solicita reunião privada do Conselho de Segurança da ONU sobre a Síria

Putin aperta mão do presidente sírio Bashar al-Assad (imagem de arquivo) • Foto: Reprodução / Reuters

A Rússia solicitou ao Conselho de Segurança das Nações Unidas uma reunião privada na segunda-feira para discutir o colapso do regime de Assad na Síria.

“Dados os eventos recentes na Síria, cuja profundidade e consequências para este país e toda a região ainda não foram totalmente compreendidas, a Rússia solicitou consultas urgentes fechadas no Conselho de Segurança da ONU”, disse o Primeiro Representante Permanente Adjunto da Rússia na ONU, Dmitry Polyanskiy, neste domingo (8), no Telegram.

Ele disse que a reunião era necessária para discutir o que estava acontecendo com a Força de Observação de Desengajamento das Nações Unidas, que é responsável por manter um cessar-fogo entre Israel e a Síria e supervisionar uma zona-tampão que separa as Colinas de Golã ocupadas por Israel do resto da Síria.

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu disse no domingo que havia ordenado que os militares “assumissem o controle” da zona-tampão.

CNN Brasil

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