Tsunamis surgem em decorrência de terremotos ou maremotos.Foto: Shutterstock / Vivo Mais Saudável
Um tsunami, ou onda gigante, pode causar devastação e vitimar muitas pessoas. Estar preparado e saber o que fazer em situações de emergência é a maneira de manter a sua segurança e auxiliar quem precise de ajuda.
Antes de visitar qualquer lugar, é importante saber se o destino é uma zona de risco. Países como Japão e Tailândia, por exemplo, emitem instruções sobre o que fazer em uma situações como essas, alertando turistas e locais.
A razão desse post, longe de qualquer sensacionalismo, chama a atenção para um alerta internacional emitido na noite desse domingo(04), quando um terremoto de magnitude 5.8 atingiu a região central do Oceano Atlântico por volta das 22h, o que se cogitou, ainda que de forma improvável, um eventual risco de tsunami no nordeste brasileiro, como Natal, Recife e Fortaleza.
Segundo o Observatório Sismológico dos EUA, as localidades mais próximas dos tremores foram Fernando de Noronha (a 730 km do epicentro do tremor) e as cidades do litoral nordestino, como Rio Grande do Norte (1.099 km do epicentro do tremor).
Sendo assim, não custa publicar recomendações de segurança para uma hipotética necessidade de evacuação. Abaixo trechos de reportagem em esfera nacional.
Veja mais em: Terremoto de magnitude 5.8 atinge região do Atlântico a 1000 km do Litoral Potiguar e 700 km de Fernando de Noronha
O que fazer durante um tsunami
Numa área costeira onde tenha ocorrido um terremoto, ainda que de pouca magnitude, há chances de tsunami. Além disso, um recuo súbito do mar ou o comportamento estranho de animais também são considerados sinais do desastre natural.
Assim que o tremor for sentido ou outros sinais se manifestarem, mantenha a calma. Em seguida, procure uma área mais alta para se proteger. Seja o telhado de algum prédio ou o topo de uma colina, o importante é distanciar-se da orla e encontrar abrigo na maior altitude possível.
A recomendação é que as pessoas se afastem pelo menos três quilômetros do mar. Caso isso não seja possível e a única alternativa seja subir, indica-se uma altura de no mínimo 30 metros.
Atenção: em uma emergência como essa, você deve estar focado em proteger a si mesmo e as outras pessoas. Não tente segurar pertences, pois poderão lhe atrapalhar durante a fuga.
Fique atento para ondas tardias ou novos terremotos. Mesmo que a água já tenha passado, permaneça em local seguro até receber instruções confiáveis sobre a situação. As autoridades locais são as mais qualificadas para emitir o sinal de positivo para o retorno.
Após a onda gigante passar, o trabalho de auxílio às possíveis vítimas continua. Prontifique-se para ajudar da forma que for mais útil, seja, conseguindo mantimentos e água ou procurando por desaparecidos. Nesses momentos, toda colaboração é bem-vinda.
Caso esteja visitando uma zona de risco, fique atento aos planos de evacuação do local. A Tailândia, por exemplo, espalhou diversas placas sinalizando possíveis rotas em suas ilhas.
Principais ondas gigantes dos últimos anos
Vivenciar um tsunami é um medo comum tanto para viajantes quanto para moradores de locais com histórico de ondas gigantes. A última catástrofe natural nessa categoria foi registrada em março de 2011, quando uma onda de dez metros de altura atingiu a costa de Sendai, no Japão, após um tremor de 8,9 graus de magnitude na escala Richter.
Em 2010, o Chile foi vítima do desastre natural, que atingiu principalmente a região de Maule. Já a Indonésia sofreu com outros três tsunamis nos últimos anos: um na costa de Sumatra, em 2010, um na ilha de Java, no ano de 2006 e outro em 2004. Essa tragédia também atingiu mais nove países do Sudeste Asiático. Um tremor submarino de 9,3 graus provocou um tsunami que causou a morte de 220 mil pessoas.
Reportagem da Super Interessante no fim de 2018 foi mais além, e especulou cenário improvável, porém, não impossível – que poderia causas estrago, especialmente, na região Nordeste
É quase impossível que tsunamis como os da Ásia aconteçam por aqui. A maior parte deles acontece por conta de choques entre placas tectônicas. “Já o Brasil, para nossa sorte, está localizado bem no centro de uma placa e, mesmo quando ela se move, provoca apenas abalos de pouca intensidade”, diz o professor de engenharia oceânica da UFRJ Paulo Cesar Rosman.
Mas se você acha que estamos completamente, engana-se. O pesquisador Steven Ward, da Universidade da Califórnia, é autor de um estudo sobre o impacto que uma erupção do vulcão Cumbre Vieja poderia causar nas Américas.
O vulcão está localizado na ilha La Palma, no arquipélago das Ilhas Canárias, perto da costa africana. De acordo com Ward, uma próxima erupção pode fazer parte da ilha deslizar e cair no mar.
Essa queda produziria uma energia tão grande que, em poucas horas, ondas gigantescas se formariam e destruiriam várias ilhas do Caribe, alguns estados americanos e o Norte e Nordeste brasileiros.
“Ninguém sabe ao certo quando o Cumbre Vieja pode entrar em erupção”, diz o pesquisador americano. “Ele entrou em colapso há 550 mil anos. Desde então, reconstruiu-se e pode estar voltando novamente ao fim de seu ciclo.”
Como o Brasil não tem sistema de alarme de tsunami, moradores e turistas seriam pegos de surpresa.
Passo a passo
O geofísico Steven Wardacredita que um tsunami pode,sim, chegar ao Brasil. Veja como seria
1. Pontapé inicial
Uma erupção do vulcão Cumbre Vieja, na ilha La Palma, jogaria no mar um pedaço de terra com 500 km3. A queda provocaria a formação de ondas gigantes
2. Comprida para danar
O intervalo entre uma onda e outra seria de apenas 10 minutos. Logo que começassem a se formar, cada uma delas teria 120 quilômetros de comprimento
3. Primeiro alvo
Em apenas 1 hora, as ondas chegariam a uma velocidade de 720 km/h e atingiriam a costa do Marrocos com elevações de 100 metros
4. Reta final
Enquanto viajam pelo mar, as ondas perdem velocidade e ficam menores em comprimento. Já a altura cresce à medida que elas se aproximam da costa
Belém embaixo d’água
As ondas seriam fatais para cidades baixas, como a capital do Pará. “A parte mais alta de Belém tem só 30 metros de altura. O famoso Mercado Ver-O-Peso, por exemplo, ficaria encoberto por água”, diz José Geraldo Alves, do centro de geociências da Universidade Federal do Pará
Jericoacoara – Adeus às dunas
As ondas arrastariam estruturas sem raízes fixas, como bancos de areia. Uma energia tão grande quanto a de um tsunami faria em minutos o trabalho de anos do vento e é bem possível que as dunas fossem varridas do mapa
Sem Disney
O Brasil não será a única vítima das ondas gigantes nas Américas. O tsunami também pode levar à destruição das ilhas caribenhas e de alguns estados americanos, como a Geórgia e a Flórida, que serão atingidos nove horas após o início do tsunami
Destruição nacional
As ondas que atingiriam o Norte e o Nordeste teriam 20 metros de altura e 6 quilômetros de comprimento. “Elas levarão tudo o que estiver perto da costa. Em locais onde a topografia baixa, podem alcançar até 10 quilômetros território adentro”, diz Steven Ward
Fonte de Pesquisa: Terra e Super Interessante
Pois é, se alguns são protegidos pelas Dunas, quem mora próximo à Praia dos Artistas, Praia do Forte, Praia do Meio e Areia Preta, não estão protegidos pelas Dunas!
Sonha Alice!!
Estão gostando da repercussão, só pode. Ou querem falar disso para causar pânico nas pessoas.
Aos leitores: Não teve e nem terá Tsunami em Natal. As movimentações de terra que geram tremores que aqui não são do tipo que vai gerar tsunami.
E mesmo que fosse o caso, Natal está localizado 50 metros acima do nivel do mar. Além disso estamos cercados pelas Dunas do Parque das Dunas. Ou seja, é mais fácil a gente morrer afogado numa chuva do que por uma tsunami.
Quero ver essa tranquilidade quando a parede do vulcão das ilhas Canárias deslizar para o Atlântico.
Valei-me!