A paralisação dos serviços da administração federal dos Estados Unidos pode representar novos riscos para a frágil economia mundial, advertiu hoje (1º) o primeiro-ministro britânico, David Cameron.
“É um risco para a economia mundial se os Estados Unidos não escolherem adequadamente os seus planos de despesa e de redução do déficit”, disse Cameron à Rádio BBC, depois de o Congresso dos Estados Unidos não ter conseguido chegar a acordo sobre o Orçamento, provocando a suspensão dos serviços federais.
A suspensão aplica-se a todos os serviços não essenciais. Significa que 800 mil funcionários públicos não vão trabalhar e que museus e parques nacionais permanecerão com suas atividades suspensas.
Segundo economistas, a paralisação da administração federal pode abrandar o crescimento da maior economia mundial. “Penso que também deve chamar a atenção para a necessidade de um plano plurianual, de longo prazo, para baixar os déficits”, acrescentou Cameron.
A coligação de governo no Reino Unido, liderada pelos conservadores de David Cameron, aprovou cortes significativos à despesa pública desde o início de seu mandato, em 2010, para reduzir o déficit.
O ministro das Finanças britânico, George Osborne, prometeu, nessa segunda-feira, que se os conservadores se mantiverem no poder após as eleições de 2015, o Orçamento vai apresentar saldo positivo. Ele admitiu, no entanto, que, para isso, o governo terá de prolongar o programa de austeridade por vários anos.
Agência Brasil
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