Os presos do Rio Grande do Norte promoveram mais uma “quebra-quebra” dentro das unidades prisionais do estado. Desta vez, o local do motim foi o presídio Rogério Coutinho Madruga, que tem 88 detentos. Na tarde deste domingo (6), colchões e toda a estrutura hidráulica das celas foram destruídas pelos presos.
De acordo com a vice-presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Rio Grande do Norte, Vilma Batista, o motivo aparente para o motim foi a falta de regalias para os presos da unidade, que não têm acesso a equipamentos de som ou televisão e também não podem receber alimentação dos parentes. Hoje, em dia de visita, os detentos quebraram os vasos sanitários, chuveiros e as pias das celas e chegaram a tentar queimar os colhões, mas não conseguiram porque não havia isqueiros. Com isso, os detentos optaram por destruir o material.
Na opinião da sindicalista, a estrutura do novo pavilhão ainda não é adequada e a quantidade de agentes penitenciários é insuficiente. Além disso, ela acredita que a aplicação do novo regime, da forma como foi proposta, não poderia ser realizada da forma como ocorreu. “Tiraram os presos do pavilhão 4, onde eles faziam de tudo, e colocaram lá, sem estrutura médica, sem treinamento para os agentes para o novo regime”, ponderou Vilma Batista.
O grupo de intervenção formado por agentes penitenciários foi acionado não houve feridos. A situação na unidade já está controlada. A reportagem da Tribuna do Norte tentou o contato com a Coordenação do Sistema Penitenciário, mas não obteve êxito.
O pavilhão Rogério Coutinho Madruga foi inaugurado pela primeira vez em 2010, ainda na gestão do então secretário de Justiça e Cidadania Leonardo Arruda. Contudo, a unidade, que fica localizada na lateral do pavilhão 4 de Alcaçuz, foi interditada menos de um mês após a inauguração devido a falta de estrutura. Há menos de um mês o pavilhão voltou a receber os detentos.
Tribuna do Norte
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