Foto: (Benne Ochs/Getty Images)
Já dizia o ditado: “devagar se vai ao longe”. Mas talvez ele não faça tanto sentido assim — ao menos no que diz respeito à longevidade. É o que sugere um estudo feito por cientistas do Reino Unido que avaliou a relação entre o ritmo do passo e a expectativa de vida. Os resultados apontam que quem anda mais depressa vive até uma idade mais avançada.
Foram analisadas informações sobre 474.919 britânicos contidas na base de dados UK Biobank, coletadas entre 2006 e 2016. E essa constatação de que as pessoas que andam mais rápido vivem por mais tempo se mantém, independentemente do índice de massa corporal. Ela se aplica tanto aos que estão abaixo do peso quanto aos obesos mórbidos.
Foi a primeira vez que uma pesquisa associou a velocidade mais acelerada dos passos a uma vida mais longa. “Em outras palavras, os resultados sugerem que talvez a atividade física seja um indicador melhor da expectativa de vida do que o índice de massa corporal, e assim encorajar a população de que caminhadas rápidas podem adicionar anos de vida”, disse em comunicado Tom Yates, da Universidade de Leicester, autor principal do estudo.
Indivíduos que declararam andar devagar e que estão abaixo do peso apresentaram a menor expectativa de vida do estudo: 64,8 anos para os homens e 72,4 anos para as mulheres. Já para os mais apressadinhos, a expectativa média feminina chegou a 87,8 anos e a masculina a 86,8 anos. O padrão se repetiu em todas as medidas de cintura.
Francesco Zaccardi, co-autor do artigo, explica que pesquisas anteriores falavam em “risco relativo”, parâmetro que não é tão claro quanto a expectativa de vida. Nesses termos, o aumento no índice de massa corporal provoca um acréscimo em porcentagem no risco de morte. A mensagem aqui é que caminhar depressa exige mais do corpo, e o exercício físico gerado pelo simples ato de acelerar o passo pode nos dar uns anos extras de vida.
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