“Se eu estava no laboratório, se eu estava conversando, se eu ia no ponto de ônibus, se eu sentasse no prédio em algum lugar, ele sempre estava à espreita observando. Em qualquer situação, ele estava lá. Eu fiquei muito assustada, não sabia o que fazer”, contou a doutora.
Vulnerabilidade e medo
A importunação sexual do professor contra a orientanda aconteceu durante o ano de 2020, quando as atividades acadêmicas passaram a acontecer à distância, por conta da pandemia da Covid-19.
Já o boletim de ocorrência de Victoria contra Jordi foi aberto em agosto de 2022, após as situações de stalking. Esse tipo de crime passou a existir na legislação brasileira em março de 2021.
Segundo a lei, a prática de stalking acontece quando se persegue alguém reiteradamente ou por qualquer meio, ameaçando a integridade física e psicológica da vítima.
“Várias situações que eu estava sozinha, eu percebia que ele estava me seguindo e eu sentia muito medo”, lembra Victoria. Poucos dias após a denúncia, a então estudante de doutorado conseguiu uma medida protetiva contra o professor, que passou a ficar proibido de se aproximar dela.
Mudança de rota
As situações de perseguição e a importunação sexual do próprio orientador provocaram mudanças drásticas na vida profissional e pessoal da pesquisadora de Geofísica.
Jordi é uma referência na área de anisotropia sísmica, o estudo de terremotos e da estrutura da Terra. O tema da pesquisa de Victoria era dentro desse ramo da Geofísica e ela tinha todo um planejamento acadêmico sobre o assunto, que precisou ser alterado por causa dos abusos denunciados.
“Eu tinha uma relação boa com ele e um respeito profissional muito grande. Eu vi meu plano se desfazer”, lamenta a doutora. “Eu tive uma série de crises de ansiedade, tinha dificuldade de estudar e executar meu projeto. Eu fiquei pessoalmente mais fechada, entrei em conflitos com a família. É uma situação de vulnerabilidade muito grande”.
Victoria apresentou sua tese de doutorado em 15 de maio deste ano e foi aprovada por unanimidade. O estudo comprova como determinados tipos de rocha atrapalham os sinais de radares usados para penetrar o solo. A banca examinadora, formada por cinco doutores na área, contou com o geologista sênior da Petrobras Michael Strugale.
Investigações e provas
Três investigações foram abertas contra o professor Jordi: um inquérito na Polícia Civil do Rio Grande do Norte, um na Polícia Federal (PF) e um procedimento administrativo disciplinar na UFRN.
O inquérito da Polícia Civil foi concluído e remetido ao judiciário. Em maio deste ano, o Ministério Público ofereceu denúncia contra Jordi por importunação sexual em quatro situações e por stalking por 10 vezes. O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte recebeu a denúncia e o professor se tornou réu.
Além de coletar as gravações das aulas em 2020 e mensagens de internet, a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher ouviu testemunhas que confirmaram as situações de perseguição. O inquérito da PF e o processo administrativo da universidade estão em andamento.
Nos autos do processo, o advogado do professor, José Majuli Bezerra Filho, preferiu não se manifestar sobre o caso concreto e questionou a investigação da polícia judiciária estadual, defendendo que a apuração deve ser feita apenas pela Polícia Federal.
Em nota para a reportagem, Majuli escreveu que Jordi nega todas as acusações de forma veemente e afirma que vai confirmar sua inocência. “Convém negar de forma veemente que tais condutas tenham sido praticadas pelo professor, que confia na atuação imparcial da Justiça, a qual, ao final, confirmará a sua inocência no processo que ainda está em sua fase inicial”, escreveu o defensor.
Já a reitoria na Universidade Federal do Rio Grande do Norte informou que o caso está sendo apurado por meio de processo administrativo, que corre em sigilo até a sua conclusão.
Metrópoles
É muito mais éticos defender a liberação da maconha, do q cometer um crime de falsidade ideológica. Sem falar nos crimes q ele cometeu. Ô o senhor não está lembrado da ficha criminal dele. É PRÁ SER CASSADO A CANDIDATURA.
Esse povo q se declara Deus, Pátria e família! Vá atrás q tem algo de maligno. É incrível. É batata. Falou esse jargão, tem algo ruim.
Filhote de Bozo. Mentiroso, hipócrita, falso profeta. Espalham mentiras, o gado acredita. Conhecimento é poder.
Típico dos supostos cidadãos de bem, defensores da família e da verdade. Falsos profetas. Malditos.
CIDADÕES DE BEM, COMO DIZ ESBANJA, É O BOULES. INVASOR DE PROPRIEDADE PRIVADA E DEFENSOR DE LIBERAÇÃO DA MACONHA.
Exatamente isso.
É o novo chefe dos bovinos que rezam para 🛞 .
A esquerda tem forças pra prender no dia da eleição? O que diz a lei? A federal já entrou em campo?
A lei diz que pode prender em flagrante…e esse é o caso: Marçal publicou nas próprias redes, sem intermediários!
Deveria ser preso em flagrante.