Nada mais rídiculo, do que as quase 30 representações no Conar contra a campanha da Nissan, dos pôneis malditos.
Sucesso absoluto, as denúncias, pasmem, se baseiam no sólido argumento – ler com ironia – de que associaram imagens infantis à palavra “malditos”.
Ora, que oportuno.
Se o argumento evocado é da associação referida podemos também estender o caso a uma série de conveniências ou fica mesmo só contra a Nissan o protesto risível?
Por exemplo: os denunciantes bem poderiam protestar contra o apelo sexual das telenovelas que inundam os lares brasileiros, mas estão muito ocupados acompanhando as tramas, que depois seguem em comentários nas rodas de fofocas, outro exemplo dos pais guardiões da moralidade.
Nem mesmo os mais interessados em derrubar a vitoriosa campanha da Nissan, a concorrência, se manifestou sobre o assunto em sentido semelhante.
Por aqui, a notícia que nos pegou de surpresa foi a proibição de o Picolé Caseiro Caicó estar doravante impedido de anunciar a guloseima em rua do Barro Vermelho.
A moradora Rita Pereira de Medeiros foi à Justiça porque diz sofrer de graves perturbações e aborrecimento em razão do barulho.
Oremos.
O Tribunal de Justiça entendeu que “o receio de dano irreparável ou de difícil reparação, se mostrou evidenciado, na medida em que são notórios os efeitos maléficos à saúde em razão da perturbação do sossego derivados de atos sonoros”.
E se os demais moradores da rua decidissem ir à Justiça alegando qualquer besteira semelhante para que o Picolé Caseiro Caicó volte a circular com seu som no logradouro público? Predominaria o princípio democrático?
Podemos alegar que o picolé é um bem imaterial da cidade, ficando até a sugestão para algum vereador propor a matéria na Casa Legislativa.
A moradora em questão iria entra em colapso. Seu sono possivelmente dependeria para o resto da vida de drogas para não acometido por “graves perturbações”.
De todo o modo, a decisão do TJ abre o precedente para que no próximo ano a gente ingresse na Justiça contra, aí sim, um mal maior: o abuso da publicidade chata dos políticos nas ruas da cidade.
Temos, pelo menos, uma causa nobre a tirar desse episódio.
E agora se quem gosta da música de Biafra for reclamar da propaganda do Bradesco Seguro, vai dar bom.
divulga mesmo bruno, porque eu, morador aqui em frente ao maristela fiquei muito puto ao saber que UMA moradora acabou com minha sobremesa/lanche da tarde…. e reclamar com os cultos de 150 Decibéis das 3 ou 4 capelas que circundam a vizinhança ngm reclama né…
Aí seu descubro q rua é essa , a fita k7 já esta gravada para passar com um paredão nessa rua 🙂
Pior que a propaganda do picolé de caicó que passa entre as 15:30 e 16:00h nos fins de semana na minha rua interropendo meu sono na varanda ventilada , são os milhares de panfletos que emporcalham a cidade. Isto sim deveria ser proibido!
Bruno, divulga ai o endereço dessa mulher… para que toda vez que passar por perto eu vou gritar na janela do carro: "Olha o picoléééé de Caicóóóó!!!". rsrsrs