Geral

Plano para matar Lula, Alckmin e Moraes foi discutido com rede de 35 militares, diz PF

Imagem: PF

A Operação Contragolpe aberta pela Polícia Federal nesta terça, 19, não só levou à prisão de militares que planejaram a morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de seu vice Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, mas também revelou uma extensa rede do alto escalão das Forças Armadas, com oficiais graduados que trocavam informações sobre o golpe e/ou eram cotados para “pacificar” o País após a ruptura formada. Os investigadores encontraram mensagens, reuniões, documentos e áudios com citações, em diferentes graus, a pelo menos 35 militares – entre eles dez generais e 16 coronéis do Exército, além de um almirante – durante a mais recente fase sobre a trama antidemocrática supostamente gestada no governo Jair Bolsonaro.

O Estadão pediu via Comunicação do Exército e da Marinha manifestação dos militares citados no inquérito da PF, mas não obteve resposta. O espaço está aberto. Em nota divulgada no dia da operação, o Exército afirmou que a Força “não se manifesta sobre processos em curso, conduzidos por outros órgãos, procedimento que tem pautado a relação de respeito do Exército Brasileiro com as demais instituições da República”. As defesas dos presos na operação de terça-feira, 19, ainda não se manifestaram. O espaço está aberto.

O alvo principal da ofensiva foi um general: Mário Fernandes, ex-secretário-executivo do governo Bolsonaro. A partir de seu celular, a Polícia Federal encontrou conversas em que ele e colegas de farda reclamavam sobre o Alto Comando do Exército, dizendo que ele “tinha que acabar” e pregando: “Quatro linhas da Constituição é o cacete”. Os diálogos são efusivos e mostram a insatisfação de alguns militares com o fato de a cúpula do Exército não ter embarcado no suposto plano para manter o governo Jair Bolsonaro após a derrota nas urnas.

“Kid Preto, cinco não querem, três querem muito e os outros, zona de conforto. É isso. Infelizmente. E a lição que a gente deu para a esquerda é que o alto comando ele tem que acabar. Se cria um general de cinco estrelas ou se promove, se mexe na promoção dos generais e só se promove nos próximos oito anos só um general quatro estrelas. Como é nos outros exércitos. Aí acaba essa palhaçada de unanimidade, acaba essa porra. Foi essa aula que a gente deu para eles, infelizmente”, escreveu um colega de Mário.

Com Fernandes a PF encontrou documentos cruciais para a investigação: o plano ‘punhal verde amarelo’, que previa o envenenamento de Lula e o assassinato de Moraes a bomba; e uma minuta de gabinete de crise que “pacificaria” o País após a ruptura, sob a chefia de aliados de primeira hora de Bolsonaro: os generais Augusto Heleno e Walter Braga Netto.

Com o major Rafael de Oliveira, outro alvo da operação de terça-feira, foram encontrados um arquivo e mensagens relativas à operação ‘Copa 2022′, que tratava da prisão e execução de Moraes. Essa operação chegou a ser efetivamente iniciada, mas acabou abortada de última hora. Com o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, a PF encontrou a planilha do golpe, com mais 200 linhas descrevendo o passo a passo para a ruptura democrática.

Os nomes dos militares envolvidos direta ou indiretamente na trama golpista são dispostos ao longo da representação da PF dentro de três vertentes principais: os que dialogavam abertamente sobre o golpe, inclusive reclamando da demora do mesmo; os elencados como integrantes do hipotético Gabinete Institucional de Gestão da Crise que seria criado após a ruptura; e os integrantes do Núcleo de Oficiais de Alta Patente com Influência.

Gabinete Institucional de Gestão da Crise

Vasculhando o celular de Mário Fernandes, a PF encontrou uma minuta de criação de um “Gabinete Institucional de Gestão da Crise” que teoricamente seria ativado em 16 de dezembro de 2022, um dia depois da ação contra o ministro Alexandre de Moraes – que acabou abortada. Segundo o documento, o grupo teria a função de “estabelecer diretrizes estratégicas, de segurança e administrativas para o enfrentamento da crise institucional” – no caso, um golpe de Estado.

A criação do grupo seria baseada em um decreto presidencial e a missão do gabinete seria acompanhar as ações estabelecidas no mesmo “para analisar os assuntos com potencial de risco, com o objetivo de prevenir e mitigar riscos e articular gerenciamento da crise”. O grupo proporcionaria a Bolsonaro “maior consciência situacional das ações em curso para apoiar o processo de tomada de decisão”.

A estrutura organizacional prevista para o gabinete chamou atenção dos investigadores – continha vários nomes de aliados de primeira hora de Bolsonaro, como o general Heleno como chefe do gabinete e o general Braga Netto como coordenador geral do grupo. Mário Fernandes seria da assessoria estratégica, junto com um coronel.

O gabinete contaria ainda com uma assessoria de Comunicação Social – formada por dois coronéis da Polícia Militar do DF, dois coronéis do Exército e dois tenentes-coronéis – entre eles uma mulher. Havia ainda a previsão de uma Assessoria de Operações Psicológicas (sem militares designados), uma Assessoria Jurídica e uma Assessoria de Inteligência, que seria integrada por três coronéis.

Também haveria assessorias: parlamentar, com três coronéis; de relações institucionais, com o ex-assessor de Bolsonaro Filipe Martins; de administração; de TI, com um general; e de Segurança de Instalações, com outro general.

A Polícia Federal suspeita que o documento tenha sido impresso também no Palácio do Planalto, assim como ocorreu com o ‘Plano Punhal Verde Amarelo’. Os investigadores verificaram que um documento de mesmo nome foi impresso no Planalto, em seis cópias, com 30 páginas. A PF suspeita que as impressões seriam entregues em alguma reunião e aponta que Mário Fernandes visitou Bolsonaro no Alvorada no dia seguinte.

Blog do Fausto Macedo – Estadão Conteúdo

Opinião dos leitores

  1. Alguém segura o Bolsonaro…ele não pode ver uma embaixada da Hungria que a roupa dele corre sozinha pra dentro.
    Aí é frouxo 🤣🤣🤣

    1. Essa narrativa é antiga, já se vão 02 anos e NADA kkkkk agora tem um certo alcoolatra, Casado com uma porta de cadeia analfabeta,que levou algemas e curtiu 590 dias vendo o sol nascer quadrado.

    1. Tentaviva de golpe militar através de assassinato de membros de chapa eleita democraticamente e de um ministro do stf… só isso!

    2. Parece que a cúpula do teu presidente não gostou quando o musk rebateu janja dizendo que vão perder a próxima eleição. Aí criam tudo isso para disfarçar as cagadas que o teu presidente faz né, Para a esquerda tomar o poder é a primeira coisa que eles fazem incluindo desestabilizar o oponente criando matérias falsas com disseminação e se fazem de vítima;

    1. Seu comentário espelha bem a condição de idiota dos apoiadores do bolsonaro.
      Se você não entendeu ainda, foi um plano que tinha como objetivo matar, assassinar, três autoridades e isso é um crime não apenas contra pessoas mas também contra a democracia. E você vem falar dos comentários da 1a dama…
      Caraca…vai ser idiota assim na tua casa!
      Mas é compreensível, vindo de um jumento apoiador do canalha fascista. Usam de qualquer subterfúgio para não encarar a verdade. Hipócritas, além de imbecis.

    2. Abadon mais ou menos, teu tutor queria o que com esse nome? Te tornar inteligente igual a gugu Mafra? Bicho, eu acabei de arquitetar um plano para te tornar inteligente, não, não e não, vc não merece ser inteligente, aviso que o meu plano não foi posto em prática, vc vai continuar sendo Abadon burro kkkkkkkkkk

  2. Quando é descoberto que essas pessoas queriam o poder a qualquer custo, vejo que estivemos quase na ditadura. Se eles conseguissem, não parariam mais, não haveria limites para se manterem no poder. Por mais que detestem o PT, Lula, não podemos ignorar que Bolsonaro e sua turma tramaram a queda da democracia. Isso é inaceitável. Bolsonaro moveu todas as instituições, quebrou financiamente o país pra se reeleger, não conseguiu pq Deus teve misericórdia. Lula não era a melhor opção, mas Bolsonaro não é é não pode ser opção de pessoas racionais. Ignorar os fatos é flertar novamente com o risco.

  3. que “teoricamente” seria ativado em 16 de dezembro de 2022; A Polícia Federal “suspeita” que o documento tenha sido impresso também no Palácio do Planalto. TEORICAMENTE, SUSPEITA, SÃO CONCLUSÕES?

  4. Esse é grande exemplo dos militares a juventude do país!!! Matar, tomar na mão grande, sem vergonha e sem escrúpulos, promover a violência! Ainda bem que meu filho rezou a Deus para ficar nessa coisa forças armadas….

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Judiciário

STF tende a barrar eventuais mudanças na Lei da Ficha Limpa

Rosinei Coutinho/STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) tende a barrar eventuais mudanças que possam ser aprovadas no Congresso Nacional para flexibilizar a Lei da Ficha Limpa e, consequentemente, diminuir o prazo de inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Já considerando certa a judicialização das possíveis alterações na legislação, ministros da Corte veem pouca chance de Bolsonaro reverter sua situação para disputar as eleições de 2026.

Uma ala do tribunal entende que a medida seria inconstitucional, por violar o chamado “princípio da proibição de proteção deficiente” em relação à moralidade e à integridade das eleições.

Isso significa que, se o prazo de oito anos de inelegibilidade para os “fichas-sujas”, válido hoje, é o que assegura que as eleições respeitem a moralidade e a probidade, um período menor poderia colocar essa garantia em risco.

Não fosse isso, a redução do prazo para dois anos — como propõe o projeto de lei do deputado Bibo Nunes (PL-RS) — não poderia retroagir para condenações passadas, apenas para futuras. Dessa forma, Bolsonaro não seria beneficiado.

Outro ponto levantado por magistrados da Corte é o de que, se ficar comprovado que a aprovação do projeto foi fruto de uma articulação política específica para livrar Bolsonaro, estaria caracterizado o desvio de finalidade.

Os ministros também apostam no diálogo institucional com os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), para convencê-los a travar o avanço da proposta.

CNN Brasil

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Brasil

Pedidos de seguro-desemprego superam pandemia e têm maior nível desde 2016

Aloisio Mauricio/Foto Arena/Estadão Conteúdo – 13.jan.2025

O número de pedidos de seguro-desemprego fechou 2024 em alta e atingiu o maior nível em oito anos. Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego, foram 7,44 milhões de requisições registradas no país no ano passado. O número representa um aumento de 4% em relação a 2023, que teve 7,16 milhões de solicitações.

O acumulado do ano passado é o maior desde 2016, quando o benefício foi solicitado por 7,56 milhões de pessoas, conforme o Painel de Informações do Seguro-Desemprego, do Ministério do Trabalho e Emprego, superando também o período da pandemia de Covid-19.

No auge da pandemia, em 2020, foram 6,78 milhões de requerimentos. Já 2021 e 2022 registraram 6 milhões e 6,68 milhões, respectivamente.

A evolução atual faz parte da movimentação das vagas de emprego, de acordo com o ministério, que credita o aumento à rotatividade do mercado de trabalho. Isso por que, com mais trabalhadores com carteira assinada, o número de pessoas habilitadas a solicitar o seguro-desemprego também aumenta.

O Brasil atingiu, em 2024, uma taxa anual de desocupação de 6,6%, a menor da série histórica do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), iniciada em 2012.

Segundo os dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), o número de brasileiros desempregados em 2024 chegou a 7,4 milhões — 1,1 milhão a menos do que em 2023. Já a taxa anual de informalidade passou de 39,2% em 2023 para 39,0% em 2024.

Para o economista Hugo Garbe, professor da Universidade Mackenzie, o mercado de trabalho está aquecido, com mais admissões e demissões sem justa causa, o que garante o direito ao benefício.

“Nós tivemos o que a gente chama de desemprego friccional. Como a economia acabou ficando mais aquecida depois do pós-pandemia, grande parte dessas pessoas mudou de emprego. Então o desemprego continua baixo. É muito mais uma migração de emprego do que essencialmente desemprego”, afirma o professor de economia.

Leia mais

R7

 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Judiciário

Ganho acima da inflação no Judiciário extrapola várias vezes o do funcionalismo

Ton Molina/www.fotoarena.com.br

Funcionários do Judiciário federal e dos estados lideraram nas últimas décadas os ganhos salariais entre todas as carreiras do funcionalismo. Considerando a remuneração mediana, os servidores da Justiça federal conseguiram ganhos de 130,1% acima da inflação desde 1985. Nos estados, a alta foi ainda maior: 213,6%.

A mediana é o valor exatamente no meio do conjunto de remunerações. No caso dos federais do Judiciário, ela alcança hoje R$ 15.856 ao mês, mas chega a R$ 27.223 na parcela dos 10% mais bem pagos. Nos estados, são R$ 10.197 e R$ 24.243, respectivamente.

Os valores que a elite do funcionalismo leva para casa, porém, podem ser bem maiores se considerados os chamados penduricalhos —verbas indenizatórias adquiridas por magistrados por meio de atos administrativos dos tribunais, leis aprovadas pelo Legislativo e medidas autorizadas por órgãos como o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Os dados foram compilados a partir da Rais (Relação Anual de Informações Sociais), que agrega informações sobre empregos e salários no setor formal, pela equipe do Atlas do Estado Brasileiro, do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), vinculado ao Ministério do Planejamento e Orçamento.

Estudo recente do Tesouro Nacional mostrou que o Brasil gasta 1,6% do PIB (cerca de R$ 160 bilhões) com o Judiciário, valor três vezes superior à média de outros emergentes. Quase 83% da despesa é direcionada a salários.

Os aumentos reais de 130,1% e 213,6% na remuneração mediana dos servidores dos judiciários federal e estadual ultrapassam muito o reajuste de 45,5% (também acima da inflação) da mediana dos rendimentos do conjunto do funcionalismo público brasileiro, considerando os poderes Judiciário, Legislativo e Executivo e as três esferas de governo (União, estados e municípios).

Ou seja, em quase 40 anos, foram os membros do Judiciário os que mais tiveram aumentos superiores à inflação. No setor privado, são poucas as carreiras que puderam contar com reajustes muito maiores do que a variação dos preços, especialmente em ciclos de baixa da economia.

Segundo o levantamento, no entanto, no decil mais bem pago entre todo o funcionalismo (desconsiderando os penduricalhos) estão os servidores do Poder Legislativo federal, que inclui funcionários da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. A remuneração média desses 10% no topo chega a R$ 36.704 —e é de R$ 6.903 na mediana.

Deputados federais e senadores, por exemplo, têm salário bruto de R$ 46.336,10, valor do teto constitucional para 2025 —além de seus gabinetes terem direito a diversos assessores e outras verbas.

Para Felix Lopez, coordenador da plataforma Atlas do Estado Brasileiro, o aumento real de 45,5% na remuneração mediana de todo o funcionalismo público brasileiro de 1985 para cá não pode ser considerado exagerado, pois muitas carreiras ganhavam relativamente pouco no passado.

No setor público como um todo, a mediana equivalia a R$ 2.255 em 1985 (em valores corrigidos). Hoje, é de R$ 3.281. A recomposição salarial, diz Lopez, produziu efeitos positivos no recrutamento e no atendimento ao público.

No caso dos servidores municipais, os rendimentos ainda são às vezes menores que os de cargos similares na iniciativa privada. Nos estados, com exceções, os salários públicos e privados se equivalem. “As grandes distorções continuam no funcionalismo público federal e no Judiciário”, afirma.

Mas são justamente aqueles com menor remuneração (nos estados e municípios) que estão na linha de frente com a sociedade. Segundo pesquisa Datafolha de 2024, apenas 41% dos brasileiros consideram o atendimento do setor público ótimo/bom; e 80% são favoráveis a demissões no funcionalismo por mau desempenho.

No Brasil, no entanto, 65% dos servidores têm estabilidade no emprego. Chamados estatutários, raramente podem ser dispensados.

“Outro problema é que seguimos com um padrão de muita desigualdade na remuneração na área pública, com distâncias muito grandes entre os decis [dos 10% mais mal remunerados aos 10% mais bem pagos]. Isso só não é escandaloso porque vivemos numa sociedade muito desigual, e tomamos isso como algo natural”, diz Lopez.

Segundo o economista e doutor em direito Bruno Carazza, autor de “O país dos privilégios”, obra em que faz uma radiografia das benesses pagas pelo setor público a uma elite do funcionalismo, uma característica do Judiciário é que a maioria dos servidores hoje tem remuneração elevada —além dos penduricalhos.

Segundo cálculos de Carazza, entre 2018 e 2023, cerca de R$ 40 bilhões foram pagos acima do teto constitucional a membros do Judiciário. “No Poder Legislativo federal houve uma moralização, e são raros os casos de pagamentos acima do teto, embora muitos hoje recebam perto do valor máximo. O problema dos penduricalhos segue concentrado no Judiciário”, diz Carazza.

Entre os objetivos do ministro Fernando Haddad (Fazenda) para o biênio 2025-2026 consta a aprovação de projeto de lei para eliminar ou limitar pagamentos acima do teto constitucional. Já tramita do Congresso o PL 6.726/2016 neste sentido, mas o governo preferiria reiniciar as discussões, já que exceções permitindo pagamentos maiores têm sido agregadas ao projeto em tramitação.

Procurado para comentar o forte avanço na remuneração de membros do Judiciário, o Conselho Nacional de Justiça não deu retorno à reportagem.

Folha de São Paulo

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Brasil

Governo Lula gasta R$ 1,1 milhão com anúncios na Meta em 1 mês


A Secom (Secretaria de Comunicação Social) pagou R$ 1.115.718 à Meta em 1 mês para impulsionar conteúdos nos perfis oficiais do governo no Instagram e no Facebook.

De acordo com a Biblioteca de Anúncios da Meta, a cifra foi desembolsada de 6 de janeiro a 4 de fevereiro deste ano para custear 48 publicidades.

Dezoito desses anúncios exibem o rótulo (identificação de quem financiou o conteúdo) do Governo do Brasil. O valor pago para impulsioná-los foi de R$ 987.632, liderando o ranking de investimentos no período analisado.

Os conteúdos incluem peças publicitárias sobre agronegócio, redução do desemprego, combate à fome e educação.

A outra parte das postagens promovidas (30) foram pagas pela Secom para divulgar o Acredita, programa de crédito e renegociação de dívidas para pequenos negócios. Foram gastos R$ 128,086 para impulsionar a iniciativa voltada para MEIs (microempreendedores individuais), microempresas e empresas de pequeno porte.

O programa, que já havia sido divulgado em dezembro, voltou a ser impulsionado a partir de 8 de janeiro, depois que a Receita Federal anunciou que passaria a fiscalizar transferências via Pix acima de R$ 5.000 para pessoas físicas.

A medida não foi bem aceita pela população, principalmente por pequenos comerciantes e trabalhadores informais que recebiam seus pagamentos de forma digital e ficavam de fora do radar do Fisco. Com o novo sistema, quem caísse na faixa de renda passível de pagamento de IRPF (Imposto de Renda de Pessoa Física) seria contatado para ser cobrado.

A iniciativa acabou derretendo ainda mais a credibilidade do governo, que acabou derrubando a norma em 15 de janeiro.

Ao Poder360, a Secom declarou que o uso dos 2 rótulos se dá pela limitação de contas de anúncio da plataforma. Afirmou também que todos os valores são pagos pelo governo por meio da Secretaria de Comunicação Social.

MUDANÇA NA SECOM

Desde 14 de janeiro, a Secom está sob o comando do publicitário Sidônio Palmeira, que assumiu a missão de recuperar a popularidade do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Dentre as mudanças implementadas por ele estão, por exemplo, o uso de uma linguagem mais própria das redes como o uso do POV (Point of View ou ponto de vista em português) em vídeos do Lula.

Sidônio já havia atuado em campanhas do governo antes mesmo de assumir a Secom. Ele coordenou a resposta da gestão Lula à fake news de que transações no Pix seriam taxados pela Receita Federal.

Foi do marqueteiro a ideia do vídeo divulgado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em que rebate um vídeo falso que utiliza inteligência artificial para simular declarações suas sobre a criação de impostos. Em seu perfil oficial no Instagram, o titular da Fazenda negou a criação de tributos sobre o Pix, animais de estimação e quem compra dólar.

Poder 360

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Hamas faz reféns israelenses agradecerem aos captores antes de serem libertos

Reféns israelenses tiveram de fazer pequenos discursos antes de serem libertados | Foto: Mohammad Abu Samra/AP

O Hamas libertou três reféns israelenses neste sábado, 8, em troca de 183 palestinos presos por Israel, em uma entrega encenada onde combatentes do Hamas armados com fuzis forçaram seus reféns a fazer discursos curtos, efetivamente sob ameaça de armas, agradecendo aos militantes que os mantiveram cativos por 16 meses.

Os eventos tornaram um cessar-fogo já frágil ainda mais vulnerável, possivelmente colocando em risco os próximos passos do acordo de trégua. Israel está programado para se retirar de parte de Gaza no domingo, permitindo que os palestinos lá se movam mais livremente, mas ameaçou tomar ações não especificadas em resposta ao que considera serem violações do cessar-fogo por parte do Hamas.

As negociações sobre a segunda fase do acordo de trégua deveriam estar avançando agora, em meio a uma grande consternação no mundo árabe sobre a proposta do presidente Donald Trump de mover as mais de duas milhões de pessoas de Gaza para fora do enclave e fazer com que os Estados Unidos assuma o território.

Para o Hamas, a entrega de reféns cuidadosamente coreografada reforçou a mensagem do grupo de que, apesar de uma guerra devastadora na Faixa de Gaza que matou milhares de seus membros e grande parte de sua liderança, o grupo continua no poder ali, desafiando a promessa dos líderes israelenses de erradicá-lo.

Em uma declaração sobre a liberação dos reféns, o Hamas disse: “Isso confirma que nosso povo e sua resistência estão com a vantagem”.

O Hamas afirma que tratou seus cativos de forma benevolente, mas muitos israelenses viram as imagens como uma evidência quase insuportável do contrário. Três reféns frágeis e dolorosamente magros foram desfilados em um palco diante de uma multidão na cidade de Deir al-Balah, cada um segurando um “certificado de liberação” emitido pelo Hamas, e forçados a pronunciar palavras escritas para eles.

Gideon Saar, ministro das Relações Exteriores de Israel, invocou o trauma definidor do judaísmo no último século, escrevendo nas redes sociais: “Os reféns israelenses parecem sobreviventes do Holocausto”.

O espetáculo de sábado certamente reforçará a pressão de alguns israelenses para que o governo encontre uma maneira de recuperar todos os reféns restantes em Gaza. Para outros, isso reforçará a visão de que Israel deve retomar a guerra depois que a primeira fase de seis semanas do cessar-fogo expirar em 2 de março, em vez de negociar uma paz a longo prazo.

O que acontecerá a seguir está longe de ser certo.

O escritório do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse após as liberações no sábado que ele havia ordenado às autoridades israelenses que “tomassem as medidas apropriadas” em relação às violações do cessar-fogo, mas não especificou quais seriam essas ações.

Estadão Conteúdo

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

71% acham que o governo Lula terá desafios no Congresso, diz pesquisa AtlasIntel

Foto: Jamil Bittar/Reuters

Pesquisa AtlasIntel mostra que 71% dos brasileiros acham que o governo terá desafios no Congresso Nacional nos próximos seis meses.

Ao serem questionados sobre a possibilidade de haver falta de maioria governamental no Congresso, 32% dos entrevistados responderam que acreditam ser “muito provável”, enquanto 17% consideram “provável”, 22% acham “algo provável”, 11% veem como “pouco provável” e 17% consideram “nada provável”.

Foram ouvidas 3.125 pessoas entre os dias 27 e 31 de janeiro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, e nível de confiança de 95%.

O levantamento foi realizado às vésperas da eleição que escolheu os novos presidentes da Câmara e do Senado, respectivamente Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP).

Na última quarta-feira (5), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou ao Congresso as prioridades da agenda econômica do governo. A reunião contou com a participação de Hugo, e teve como destaque a apresentação de 25 projetos prioritários, dos quais 15 dependem de tramitações do Congresso. O principal projeto discutido foi a isenção de Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil.

Desde que assumiu o cargo, o deputado tem afirmado que adotará uma postura colaborativa, mas expressou preocupação com a reforma de renda proposta pelo governo.

CNN Brasil

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esporte

ABC goleia o rebaixado Força e Luz e crava primeira colocação; América vence o Santa Cruz e fica em 2º

Fotos: reprodução/TV FNF e Gabriel Leite/América FC

O ABC consolidou a primeira colocação no Campeonato Potiguar com uma vitória tranquila sobre o rebaixado Força e Luz. O Alvinegro goleou por 4 a 0 neste sábado, no Estádio Barrettão, em Ceará-Mirim. Wallyson, Madison, Emanuel e Marcos Vinícius fizeram os gols do Mais Querido.

Com o resultado, o ABC fechou a primeira fase com 17 pontos – cinco vitórias e dois empates -, à frente do rival América-RN, que venceu o Santa Cruz por 3 a 0, com gols de Souza, em cobrança de falta, Henrique e Thiaguinho marcaram os gols do Alvirrubro na Arena América, em Parnamirim.

Os rivais de Natal já estavam classificadas de forma direta para as semifinais. Rebaixado, o Força terminou sua participação no estadual com dois pontos. Outro rebaixado foi o Baraúnas, que jogando no Edgarzão, em Assú, o Tricolor foi derrotado pelo Laguna por 2 a 1, de virada.

Resultados da última rodada

  • Potiguar de Mossoró 1 x 0 Globo FC
  • América-RN 3 x 0 Santa Cruz de Natal
  • Força e Luz 0 x 4 ABC
  • Baraúnas 1 x 2 Laguna

 

Classificação final

 

  • 1º – ABC – 17 pontos
  • 2º – América-RN – 16 pontos
  • 3º – Laguna – 13 pontos
  • 4º – Potiguar de Mossoró – 12 pontos
  • 5º – Globo FC – 7 pontos
  • 6º – Santa Cruz de Natal – 7 pontos
  • 7º – Baraúnas – 4 pontos
  • 8º – Força e Luz – 2 pontos

 

Confrontos do mata-mata classificatório

No novo formato do Campeonato Potiguar, os dois primeiros colocados se classificam diretamente para as semifinais, e as outras duas vagas serão definidas em dois confrontos no chamado mata-mata classificatório: terceiro colocado x sexto colocado, e quarto colocado x quinto colocado, em jogos de ida e volta.

  • Globo FC x Laguna
  • Laguna x Globo FC

* O classificado vai enfrentar o ABC nas semifinais

  • Santa Cruz de Natal x Potiguar de Mossoró
  • Potiguar de Mossoró x Santa Cruz de Natal

* O classificado vai enfrentar o América-RN nas semifinais

Com informações de ge-RN

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Bolsonaro elogia Hugo Motta e diz que anistia do 8/1 não é política, mas humanitária

Foto:  Evaristo Sá/AFP

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enviou mensagem a seus aliados neste sábado (8) em que defende a anistia para os condenados pelos atos de 8 de janeiro como uma questão humanitária e exalta o novo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), que disse na sexta-feira (7) que os ataques não podem ser classificados como uma tentativa de golpe de Estado.

“Que Deus continue iluminando o nosso presidente Hugo Motta, bem como pais e mães voltem a abraçar seus filhos brevemente. Essa anistia não é política, é humanitária”, escreveu o ex-presidente.

O projeto de lei na Câmara dos Deputados que prevê a anistia aos condenados pelos ataques tramita em conjunto com propostas mais abrangentes que poderiam beneficiar o próprio Bolsonaro, que foi condenado e tornado inelegível por oito anos pela Justiça Eleitoral.

Em entrevista a uma rádio da Paraíba, Motta afirmou que os atos do 8 de janeiro foram uma “agressão inimaginável” às instituições, mas não podem ser classificados como uma tentativa de golpe.

“O que aconteceu não pode ser admitido que aconteça novamente. Foi uma agressão às instituições, uma agressão inimaginável, ninguém imaginava que aquilo pudesse acontecer”, disse.

“Agora querer dizer que foi um golpe… Golpe tem que ter um líder, tem que ter pessoa estimulando, apoio de outras instituições interessadas, como as Forças Armadas, e não teve isso.”

Aliados do presidente Lula (PT) criticaram o posicionamento de Motta, que antes de ser eleito à presidência da Câmara no último dia 1º, com 444 votos dentre 513 integrantes da Casa, evitou entrevistas à imprensa e se comprometer com o projeto de lei da anistia, para não gerar ruídos com o PT e o PL, as duas maiores bancadas da Casa.

Folhapress

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Gusttavo Lima diz ter conversado com Deus sobre Presidência do país

Foto: reprodução/Instagram gusttavolima

O cantor Gusttavo Lima (sem partido) fez uma live no Instagram emocionado na madrugada de sábado (8) e disse ter conversado com Deus sobre a Presidência da República. Na segunda-feira (3), ele havia dito que “só Deus poderia parar um sonho”.

O cantor sertanejo disse que era pobre e que se incomoda com o povo brasileiro que não têm acesso a necessidades básicas. Afirmou que, aos 10 anos, teve que fugir da fome. Chorou e disse que existem milhões de pessoas nessa situação. Declarou que falta segurança e infraestrutura no país.

“A gente comia abóbora com farinha, farinha com açúcar. Colocava água para fingir que era leite. […] Existem milhões de pessoas nessa situação, de não ter o básico. Sobreviver com básico para ter dignidade”, declarou o cantor.

O cantor disse que já questionou a existência de Deus no passado por ter perdido a irmã, a mãe e o tio. Declarou que enriqueceu, mas que dinheiro é “papel” e indicou que sua vida teria um propósito. Afirmou que, apesar de não ser político e ser filiado a um partido, Deus teria escolhido ele para se tornar presidente da República.

Gusttavo Lima nasceu em Presidente Olegário, em Minas Gerais. Tem 35 anos.

“Até hoje, de verdade, eu ainda busco respostas sobre minha vida, sobre o que Deus quer de mim. Por quê Deus me tirou lá daquele lugar? Eu não sou político, não tenho partido, não tenho nada. Por que Deus me tirou lá daquele lugar?”, disse, emocionado.

O cantor disse que conversou com Deus e pediu uma resposta. “Eu só posso ser um milagre, porque não tem base. A minha vida, ter sido do jeito que foi, não tem como orquestrar todos os lugares que eu passei e chegar aqui onde vocês me colocaram”, declarou.

O cantor disse que estava em Fortaleza quando foi fazer uma oração quando Deus teria dito para ele se tornar presidente do país. “Eu cheguei no hotel [fui] fazer minhas orações tranquilo, me conectando. E aí do nada: ‘Presidência da República’. E aí eu respondi: ‘Por quê eu?’. E aí Ele falou: ‘Você sabe o porquê”, disse em live.

E completou: “Por muitas vezes eu questionei Deus na minha vida. Levou meu tio que eu mais amava em 2011, 2012 levou minha irmã, 2014 levou meu tio, 2015 levou minha mãe. Daqui a pouco é minha vez e o que eu fiz aqui? Eu passei aqui, ganhei dinheiro, fiquei rico de dinheiro, que para mim dinheiro é papel. Só vale para comprar as coisas que a gente realmente necessita”.

Uma pesquisa Genial/Quaest mostrou na 2ª feira (3.fev.2025) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ganharia em todos os cenários de votação para as eleições presidenciais.  O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível, não foi contemplado entre as opções.

A margem seria mais apertada contra o cantor sertanejo. Neste cenário, Lula teria 41% e Gusttavo Lima, 35%, numa diferença de seis pontos percentuais.

Poder 360

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Lula terá jantar promovido por Barroso com ministros do Supremo e o chefe da PGR

Foto:  Antônio Cruz/Agência Brasil/Reprodução: Flickr

O presidente do Supremo Tribunal Federal(STF), Luís Roberto Barroso, vai promover um jantar para receber o presidente Luiz Inácio Lula da Silva(PT), no próximo dia 19, na casa dele, em Brasília. Além de Lula e Barroso, devem participar do encontro todos os demais ministros da Suprema Corte.

Alguns auxiliares de Lula e o procurador-geral da República, Paulo Gonet, também serão convidados.

O encontro do chefe do Executivo com os integrantes do Judiciário ocorre em meio ao debate, no STF, de pautas importantes para o governo federal e que podem impactar a gestão petista em 2025.

Entre as pautas previstas para o ano estão, por exemplo, a suspensão do pagamento das emendas parlamentes, a definição sobre o Marco Civil da Internet, a regulamentação de apostas on-line e o julgamento do plano de golpe.

Será o segundo “jantar institucional” oferecido por Barroso à Lula, em casa, desde que o petista assumiu a presidência em 2023. Em dezembro daquele ano, uma confraternização no mesmos moldes foi promovida para que Lula pudesse estreitar o diálogo com o Tribunal. O novo encontro estava previsto para dezembro do ano passado, mas precisou ser adiado porque o presidente precisou passar por uma cirurgia na cabeça.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. Todos juntos e misturados e o povo “o, perdeu Mané.
    Nos derrotamos o Bossonarismo e vamos comemorar.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *