
Policiais civis da Delegacia de Defesa da Criança e do Adolescente (DCA) prenderam, no início da tarde de ontem, o motoboy José Antônio da Silva, 31 anos. Ele é acusado de ter cometido crimes de abuso sexual contra menores em vários pontos da capital. Até agora, pelo menos seis crianças, com idade variando entre 6 e 13 anos, foram ouvidas e identificaram o acusado. No entanto, a polícia acredita que ele seja o responsável por mais de 20 estupros. A maioria deles, cometido à luz do dia, em locais públicos.

O acusado é casado e pai de dois filhos, de 12 e 4 anos. Ele foi preso em sua residência, no bairro de Felipe Camarão, e apresentado à imprensa, na Delegacia Geral de Polícia Civil (Degepol). Lá, ele confessou alguns dos crimes e disse não saber por que violentava as crianças. “Não sei o que acontecia. Não era eu que fazia aquilo. Não sei o que dizer. Sentia alguma coisa e fazia”, disse.
De acordo com informações do titular da DCA, delegado Correia Júnior, as investigações sobre o caso aconteciam há pelo menos um mês. “Recebemos várias denúncias, sobre o mesmo tipo de crime, que apontavam um mesmo autor para os crimes. Investigamos e conseguimos realizar a prisão do acusado”, esclareceu. O acusado agia sempre usando uma moto. De capacete, ele abordava meninos e meninas no meio da rua. Dizendo que estava armado, ameaça as vítimas e obrigava-as a tirarem a roupa. José Antônio apalpava as crianças e forçava que elas fizessem sexo oral nele.
Uma das ações do criminoso foi filmada pela câmera de segurança de uma residência. Na última quinta-feira à noite, o acusado abusou de duas irmãs, 10 e 11 anos, no bairro Dix-Sept-Rosado. Segundo a polícia, dessa vez, o acusado não estava usando capacete. O pai das meninas foi à Degepol e contou o que aconteceu. “Eu fui pegar minha mulher no trabalho e deixei elas em casa. Elas estavam na rua e ele se aproximou. Conversou um pouco e elas foram embora. Passou um tempo e ele foi na minha casa pedir água. Aproveitou que elas abriram a porta e ameaçou elas de morte”, disse o pai que, revoltado, preferiu não dizer que tipo de abuso o criminoso tinha feito com as filhas dele. “A vontade que eu tenho é de trucidar um monstro desse”, completou.
Para a polícia, José Antônio da Silva, ficou conhecido como o maníaco da moto. “Nos primeiros casos identificados pela Polícia Civil, ele utilizava uma moto de cor preta, e depois outros que começaram a surgir com o uso de um moto de cor prata”, disse Correia Júnior.
A mãe de uma menina de 13 anos, que foi violentada pelo acusado também no bairro de Dix-Sept-Rosado, foi à Degepol prestar depoimento. Ao ver José Antônio, a mãe se revoltou e quis bater nele. “Isso é um monstro. Merece morrer. Sorte a dele que foi a polícia quem pegou. Se fosse o pessoal do bairro, ele ia ver o que é bom. Tomara que fique preso pelo resto da vida”, disse. O acusado já tem passagem pela polícia. José Antônio esteve preso no CDP da Ribeira durante sete meses. Contra ele existêm três inquéritos policiais.
Fonte: Tribuna do Norte
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