Em 2003, o ano em que iniciou seu primeiro mandato como presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu publicamente que o Brasil voltasse a investir na indústria naval para produzir suas próprias plataformas e navios petroleiros. O episódio é usado pelo sociólogo Marcos Troyjo para abordar o que vê como um erro de interpretação na vitória de Donald Trump sobre Hillary Clinton na eleição presidencial dos EUA – a de que o resultado puniu a ‘esquerda americana’.
“Falar em derrotas dos ‘esquerdopatas’ é um bobagem”, disse em referência a busca por paralelos expressa nas mídias sociais entre a polarização no Brasil e nos Estados Unidos.
“O espectro político não é uma linha reta entre a esquerda e a direita. O populismo do Trump, no que diz respeito a voltar a criar empregos de manufatura para americanos, tem muito mais a ver com o Lula e a questão das plataformas, por exemplo. E será que alguém realmente considera Hillary uma candidata de esquerda?”, afirma Troyjo, em entrevista por telefone à BBC Brasil.
Professor da Universidade de Colúmbia (EUA), o brasileiro concorda com o argumento de que o sucesso de Trump se deva a seu posicionamento como alguém capaz de cativar a imaginação de americanos desiludidos com a política tradicional e empobrecidos pela globalização e suas crises, em especial a grande recessão de 2008. E que veem mudanças sociais profundas em seus país, como o crescimento da população hispânica e o questionamento de “valores tradicionais americanos”.
“É um movimento anti-globalização e que também está relacionado à perda de identidade cultural e que tem como reflexo essa rejeição a instituições como o establishment político norte-americano, que fez parte do discurso de campanha de Trump. Ou, no caso do Brexit, a rejeição dos britânicos à União Europeia. Passa por uma nostalgia, como a promessa de Trump de ‘tornar a América grande novamente’, como se as coisas pudessem voltar no tempo”, analisa o acadêmico.
“Trump apelou para o interesse de um público, e não para o interesse público”.
Troyjo se refere especificamente a promessas de campanha do republicano que soaram como música para o eleitor branco da classe trabalhadora americana, o grupo demográfico responsável pelo grosso dos votos obtidos por Trump, e que foi estratégico para que o republicano roubasse votos de Clinton em estados que vinham votando nos democratas – em especial unidades federativas que sofreram com desindustrialização americana dos últimos anos, como a Pensilvânia.
De acordo com pesquisas de boca de urna, homens brancos e sem curso superior corresponderam a mais de um terço dos americanos que foram às urnas na terça-feira. Deles, 67% votaram em Trump e apenas 28% em Hillary. O republicano também teve sucesso entre mulheres brancas sem curso superior: 62%, contra 34% da democrata.
“O problema é que Trump não poderá adotar posições tresloucadas como a de recuperar empregos para trabalhadores americanos como se a China não existisse e os EUA não fossem o país com mais empresas multinacionais do mundo. Ele vai precisar de alguma moderação para lidar com o clima de incerteza criado por sua eleição”, acredita Troyjo.
“Ainda mais quando a economia americana é baseada no consumo e o país é o maior destino de investimentos estrangeiros diretos do mundo”.
O apelo de Trump também faz parte do que analistas chamam de colapso no respeito aos políticos e a valorização de outsiders como o empresário americano. Algo refletido no Brasil pela eleição do também empresário João Dória para a prefeitura de São Paulo. Troyjo vê a possibilidade da vitória de Trump ter reflexos na corrida presidencial brasileira para 2018, e não crê que isso seria algo necessariamente negativo.
“Ter alguém que não venha da cultura política, como o Dória, não é algo ruim. O problema é quando aparece alguém defendendo coisas como o fechamento do Congresso”, finaliza.
BBC Brasil
A vitória de um "Trump" já havia sido prevista por um um intelectual estadunidense chamado Henry Kissinger. No livro "Sobre a China" – que li faz uns dois anos – ele indica que o capitalismo neoliberal e globalizante será resignificado pelo conservadorismo administrativo. Surgirá, segundo ele, o conservadorismo influenciado pelo nacionalismo.
De lá para cá, surgiu uma extrema direita, cuja função é reagir à Teoria de Rousseau. Economia, família e meritocracia vêm com força por aí. Margaret Thatcher encontrará seu legado consignado por Trump e Le Pain.
Estamos apenas no começo desse processo. Bom é lembrar que ele também já se iniciou no Brasil, na Argentina e no Chile.
Não compare Lula com esse verme !
não compare aquele verme a trump
Não existe comparação em nada de #lulaladrão e Donald Trump.
Só um exempo: Trump é trabalhador e gosta de ganhar dinheiro.
Lula foi ser sindicalista para não trabalhar,é preguiçoso,cachaceiro,vagabundo, ficou milionário (gosta de dinheiro)roubando do povo brasileiro. Essa é a comparação entre os dois…ou melhor não existe comparação.
LULA PRESIDENTE 2018
Vai visitar Trump como presidente do Brasil
Quem viver, verá!!!!!
Bebeu quantas garrafas hj?
????????? rindo até 2018 com #Bolsonaropresidente
#gotrump??? #bolsonaro2018??
Olha comparar os
Dois é crime e o Brasil não tem dinheiro para pagar a frota de advogados que os EUA se essa comparação continuar kkkkkk comparar um bebaço ladrao com um Milionário e trabalhador e fogo para com isso
SÓ QUE UM TERMINOU O SEGUNDO GRAU !! E O OUTRO NÃO !!! kKKKKKKKKKKKK
Será que ele vai roubar kkkkk
boa avaliação.. lógica e simples. Resumindo, qualquer cidadão, onde estiver, deseja o mínimo para sobreviver.. Estado mínimo é e será a solução.
Bem parecidos mesmo…
Essa é pra ri