Saúde

Por que o uso de antibióticos na agropecuária preocupa médicos e cientistas

Getty Images

Há quatro anos, em uma fazenda de criação intensiva em Xangai, na China, um exame feito em um porco prestes a ser abatido encontrou uma bactéria resistente ao antibiótico colistina. O achado acendeu um alerta que ecoou pelo mundo — cada vez mais temeroso com a capacidade que micro-organismos têm demonstrado em driblar tratamentos à base de antibióticos.

A bactéria resistente encontrada no suíno, uma Escherichia coli, levou os cientistas da China a aprofundar os exames — agora, também em frangos de fazendas de quatro províncias chinesas, nas carnes cruas desses animais à venda em mercados de Guangzhou, e em amostras de pessoas hospitalizadas com infecções nas províncias de Guangdong e Zhejiang.

Eles encontraram uma “alta prevalência” do Escherichia coli com o gene MCR-1, que dá às bactérias uma alta resistência à colistina e tem potencial de se alastrar para outras bactérias, como a Klebsiella pneumoniae e Pseudomonas aeruginosa. O MCR-1 foi encontrado em 166 de 804 animais analisados, e em 78 de 523 amostras de carne crua.

Já nos humanos, a incidência foi menor, mas se mostrou presente — em 16 amostras de 1.322 pacientes hospitalizados.

“Por causa da proporção relativamente baixa de amostras positivas coletadas em humanos na comparação com animais, é provável que a resistência à colistina mediada pelo MCR-1 tenha se originado em animais e posteriormente se alastrado para os humanos”, explicou em 2015 Jianzhong Shen, da Universidade de Agricultura em Pequim, um dos autores do estudo, cujos resultados foram publicados no periódico The Lancet Infectious Diseases.

Mas como esse material genético resistente pode ter passado dos animais para os humanos? O caminho de “transmissão” de microrganismos (bactérias, parasitas, fungos e etc) resistentes é uma incógnita não só para o caso dos porcos, frangos e pacientes na China, mas para o uso veterinário e médico de antibióticos como um todo.

Pode ser que esses microrganismos ou resquícios de antibióticos (restos dos medicamentos que, em contato com os micróbios, podem estimular sua resistência) possam estar se alastrando pelos alimentos, ou ainda através do lixo hospitalar, lençóis freáticos, rios e canais de esgoto — e a investigação para desvendar as rotas de bactérias tem motivado inúmeras pesquisas no Brasil e no mundo (veja detalhes sobre esses estudos abaixo).

“As bactérias não têm fronteiras: a resistência pode passar de um lugar a outro sem passaporte e de várias formas”, explica Flávia Rossi, doutora em patologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e integrante do Grupo Consultivo da OMS para a Vigilância Integrada da Resistência Antimicrobiana (WHO-Agisar). “Com a globalização, não só o transporte de pessoas é rápido, como os alimentos da China chegam ao Brasil e vice-versa. Essa cadeia mimetiza o que acontece com o clima: estamos todos interligados. Por isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) vem trabalhando com o enfoque de ‘One Health’ (‘Saúde única’ em português, a perspectiva de que a saúde das pessoas, dos animais e o ambiente estão conectados).”

Agora, a dimensão global do problema ganhou um mapeamento inédito juntando pesquisas já feitas medindo a presença de microrganismos resistentes em alimentos de origem animal em países de baixa e média renda — e o Brasil aparece no grupo de lugares com situação preocupante. Não quer dizer que o estudo considere o país como um todo, mas pontos que já foram submetidos a pesquisas, como abatedouros de bois em cidades gaúchas ou em uma fazenda produtora de leite e queijo em Goiás.

Sul brasileiro: foco de resistência microbiana

China e Índia foram, segundo os autores do estudo, publicado na revista Science, “claramente” os lugares em que os maiores níveis de resistência foram encontrados.

Mas o Sul do Brasil, leste da Turquia, os arredores da Cidade do México e Johanesburgo (África do Sul), entre outros, se destacaram também como hotspots, ou focos de resistência microbiana em animais destinados à alimentação, principalmente bovinos, porcos e frangos (com níveis elevados de P50, percentual acima de 50% de amostras de microrganismos resistentes a determinados antibióticos).

As maiores resistências observadas foram relacionadas a alguns dos antibióticos mais usados na produção animal, como as tetraciclinas, sulfonamidas e penicilinas. Entre aqueles importantes para tratamento também em humanos, destacaram-se a resistência à ciprofloxacina e eritromicina.

Os autores reuniram ainda dados que apontam para focos de resistência emergentes, ou seja, em que a resistência dos microrganismos a antibióticos está crescendo. Aí, o Brasil também aparece, tanto o Sul quanto o Centro-Oeste.

Após ler o estudo, a pesquisadora brasileira Silvana Lima Gorniak, professora titular da Faculdade de Medicina Veterinária da USP, liga o destaque ao Sul justamente a uma maior criação de aves e suínos na região, animais para os quais há maior uso de antimicrobianos com a finalidade de promover o crescimento (entenda os diferentes usos de antibióticos veterinários e seus impactos abaixo).

A situação da América do Sul é particularmente preocupante por causa da carência de dados, diz o estudo: “Considerando que Uruguai, Paraguai, Argentina e Brasil são exportadores de carne, é preocupante que haja pouca vigilância epidemiológica da resistência microbiana disponível publicamente para esses países. Muitos países africanos de baixa renda têm mais pesquisas desse tipo do que os países de renda média na América do Sul. Globalmente, o número de pesquisas per capita não se correlacionou com o PIB per capita, sugerindo que a capacidade de vigilância não é impulsionada apenas por recursos financeiros.”

Buscando ampliar, em partes, o acesso a esse tipo de informação, os autores do estudo lançaram um banco de dados colaborativo para cadastro de pesquisas sobre o tema em todo o mundo, o “Resistance Bank”.

“O Brasil precisa urgentemente de dados de vigilância disponíveis publicamente sobre a resistência microbiana. É um grande exportador de carne, todos comemos frango brasileiro, seria bom saber o que há nele”, escreveu por e-mail à BBC News Brasil Thomas Van Boeckel, um dos autores do estudo e pesquisador do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique (ETH Zurich), na Suíça.

Em nota enviada à BBC News Brasil, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) afirmou que, “em relação ao estudo da revista Science”, está “ciente sobre a importância da resistência aos antimicrobianos”. “Trata-se de um dos maiores desafios globais de saúde pública e que deve ser abordado pelos países atendendo ao conceito de Saúde Única, exigindo ações imediatas de todos os envolvidos”.

A pasta garante que o país está correndo atrás para ter um sistema de vigilância, por meio do Plano de Ação Nacional de Prevenção e Controle da Resistência aos Antimicrobianos no âmbito da Agropecuária (PAN-BR AGRO), cujo prazo previsto para implementação vai de 2018 a 2022.

Segundo fontes consultadas pela reportagem, o cronograma do plano tem sido cumprido.

Um de seus pontos-chave, e já o colocado em prática, é a realização de testes oficiais de rotina para detecção de micróbios resistentes em animais e alimentos com essa origem.

São amostragens aleatórias de ovos, leite, mel e de animais encaminhados para abate sob inspeção federal, mas o que se busca são resquícios de antibióticos, e não microrganismos resistentes.

Em 2018, o relatório apresentado pelo ministério mostra que o percentual de amostras com resquícios de antibióticos em conformidade ficou na casa dos 99%.

“Para ser seguro para consumo alimentar, a presença de determinadas bactérias tem que estar dentro de limites estabelecidos pelas agências de saúde de cada país, o que já é feito. Mas mais do que saber, por exemplo, a presença de Salmonella (gênero de bactérias) em galinhas ou porcos, é possível testar sistematicamente a suscetibilidade dela aos antibióticos — que é realmente o que nos permite saber se as bactérias são ou não resistentes”, aponta João Pedro do Couto Pires, também coautor do estudo e pesquisador do ETH Zurich.

Frangos com Salmonella resistente em Estados brasileiros

Ainda que não tenha hoje um levantamento sistematizado, o Brasil já teve experiências pontuais na medição da resistência microbiana em alimentos de origem animal.

Uma análise feita entre 2004 e 2006 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em amostras de frangos congelados vendidos em 14 Estados brasileiros, detectou bactérias Salmonella e Enterococcus resistentes a vários antimicrobianos. Das 250 cepas de Salmonella analisadas, por exemplo, 77% foram consideradas multirresistentes (resistentes a duas ou mais classes de antibióticos).

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento destacou ainda que vem progressivamente proibindo medicamentos veterinários usados com o objetivo principal de fazer os animais engordarem, os chamados melhoradores de desempenho. Já foram proibidas substâncias do tipo como os anfenicóis, as tetraciclinas e as quinolonas.

“Na criação animal, há basicamente três tipos de uso de antimicrobianos. O primeiro é o terapêutico, como ocorre com o ser humano. A segunda maneira é a preventiva, como no desmame dos suínos — esse animal provavelmente vai passar por estresse, vai ter uma imunossupressão (redução da atividade do sistema imunológico), e ela pode levar à infecção por várias bactérias, então se faz preventivamente o tratamento”, explica Silvana Lima Gorniak, da USP.

“A terceira maneira é a mais polêmica, a mais discutida na ciência, que é a administração (de antimicrobianos) como melhorador de desempenho. Nesse caso, o animal não tem nenhuma doença, provavelmente não vai ficar doente, e o antimicrobiano é empregado com a finalidade de promover o crescimento. Não se sabe exatamente como, mas o animal de fato cresce.”

A colistina, aquela a que bactérias em porcos na China mostraram resistência no estudo publicado no The Lancet Infectious Diseases em 2015, foi uma das substâncias proibidas para uso como melhorador de desempenho em rações no Brasil, em 2016. Seu uso para o tratamento de doenças, como diarreias, continua, no entanto, permitido por aqui. Proibições foram impostas também em outros países, como a própria China, Índia e Argentina.

Ao mesmo tempo, esta substância é colocada pela OMS no grupo mais crítico entre os antibióticos que precisam urgentemente de substitutos — já que são o último recurso para o tratamento de algumas doenças para as quais outros antibióticos não funcionam mais, são amplamente usados na medicina humana e já se mostraram altamente vulneráveis à resistência microbiana.

Antimicrobianos passaram a ser mais significativamente usados na criação de animais para consumo nos anos 1950 em países de alta renda, algo que foi se estendendo para países de baixa e média renda — onde hoje, inclusive, projeções mostram que o uso desses medicamentos aumentará, já que a produção e consumo de carne nesses países tem crescido.

O elo entre precariedade e uso de antibióticos

Thomas Van Boeckel destaca que, no mundo, o uso excessivo de antibióticos está associado à criação intensiva de animais, a produção industrial, “mas não em todos os países, algumas exceções existem, como a Holanda e a Dinamarca”, aponta.

Sandra Lopes, diretora da organização Mercy for Animals no Brasil, vê o uso de antibióticos como uma das práticas degradantes impostas aos animais.

“O uso de antibióticos força esses animais a seguirem produzindo em um sistema completamente cruel, onde os animais não podem exercer nenhum de seus comportamentos naturais”, aponta a representante da ONG, dedicada ao bem estar de animais ditos de produção, aqueles destinados ao consumo alimentício.

Como exemplos, ela menciona criações com confinamento intensivo em gaiolas.

As galinhas poedeiras, confinadas em uma área análoga ao que seria passar a vida inteira dividindo um elevador com outras 12 pessoas, segundo a ONG, não têm espaço para exercer comportamentos naturais como abrir as asas ou ciscar. Sem forças nas pernas por não movimentá-las, essas galinhas podem sofrer fraturas com o peso do próprio corpo. Isso leva a um ciclo em que o uso de antibióticos se faz necessário.

Há ainda a debicagem, quando os bicos dessas aves são retirados para evitar, entre outros, o canibalismo — intensificado pelo estresse vivido pelos animais. É algo que leva também ao corte dos rabos dos porcos, procedimentos esses que muitas vezes exigem também o emprego de antibióticos.

Lopes menciona ainda a falta de ventilação, a lotação de animais ou ainda o contato com excrementos como características da realidade da produção em escala que podem debilitar a saúde dos animais. Por isso, a ONG defende, entre outras medidas, a melhor regulamentação de várias etapas da criação de animais, a certificação de produtos gerados em práticas consideradas satisfatórias (como existe no caso das galinhas poedeiras criadas fora de gaiolas) e, como recomendação aos clientes, a redução do consumo de produtos de origem animal.

Silvana Lima Gorniak destaca que a ligação entre precariedade na produção e uso excessivo de antibióticos fica mais evidente, uma vez mais, no caso dos melhoradores de desempenho.

“As condições sanitárias impactam diretamente no uso de antimicrobianos. Os melhoradores de desempenho têm um efeito muito benéfico naqueles lugares onde as condições sanitárias não são tão adequadas. Em locais com higiene adequada, é claro que há benefícios, mas ele é diluído”, explica a pesquisadora.

Já os autores do artigo publicado na Science destacam que o cenário de precariedade e consequente uso de antibióticos pode ser uma faca de dois gumes para os produtores: “Uma consequência fundamental desta tendência é um esgotamento do portfólio de tratamento para animais doentes. Essa perda tem consequências econômicas para os agricultores, porque os antimicrobianos acessíveis são usados como tratamento de primeira linha, e isso pode eventualmente se refletir em alimentos com preços mais altos.”

Entidade veterinária pede maior controle de vendas de medicamentos no setor

“É como para a gente, humanos: os antibióticos resolveram muitas questões, mas se a gente abusa, vai chegar uma hora que eles não serão mais eficazes”, resume Fernando Zacchi, assessor técnico da presidência do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV).

Zacchi diz que a entidade está empenhada em educar a categoria para um uso mais racional de antibióticos e tornar mais rigoroso o acesso a antimicrobianos veterinários — hoje, ele explica ser necessária a apresentação, mas não retenção, da receita.

“Aí está uma fragilidade: estamos trabalhando com outros órgãos para a obrigatoriedade da retenção e escrituração”, aponta, lembrando que entra na questão ainda o uso de antimicrobianos em animais domésticos.

Outro ponto é o cumprimento da exigência de um responsável técnico nos pontos de venda destes medicamentos, algo que é fiscalizado pelo próprio CFMV — a BBC News Brasil pediu dados sobre multas e autuações relacionadas a essas regras, mas não teve a solicitação atendida.

“Embora o conselho e o Mapa entendam que deve haver um responsável técnico nesses estabelecimentos, o Judiciário está eventualmente dispensando este profissional, cuja presença garante mais controle e rastreabilidade.”

Segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), nos últimos cinco anos, os antimicrobianos abocanharam cerca de 16% das vendas de tratamentos veterinários (que incluem ainda as categorias antiparasitários; biológicos; suplementos e aditivos; terapêuticos). A reportagem pediu valores — e não apenas percentuais — por categoria, mas não teve a demanda atendida.

Em nota enviada à BBC News Brasil, a Aliança para Uso Responsável de Antimicrobianos, que representa várias entidades do setor produtivo, afirmou também que no ramo a questão “é tratada com responsabilidade por todos os elos da cadeia produtiva”. “Contra achismos, a Aliança busca construir um debate pautado pelo pensamento científico e pela transparência. É formada por organizações nacionais da bovinocultura de corte e leite, avicultura, suinocultura, aquicultura e pescado.”

A Aliança defende que há controle interno, com análises diárias feitas pelas próprias empresas sobre a questão e que o “Brasil cumpre rigorosamente as determinações técnicas de todas as nações importadoras”.

Em relação à produção em escala, a entidade aponta que o país “segue as diretrizes estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) para o alojamento dos animais”.

“Na produção industrial, o sistema produtivo é isolado em controles restritivos de acesso, o que evita a circulação de doenças. Em situações de produção precária, sem as devidas salvaguardas técnico-veterinárias, os riscos de enfermidades e o uso inadequado de antibióticos são maiores”, acrescentou.

E agora, o que fazemos em casa?

“Sou um cavaleiro do apocalipse”, brinca Victor Augustus Marin, professor da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio).

À frente do Laboratório de Controle Microbiológico de Alimentos da Escola de Nutrição (Lacomen), ele e seus alunos e orientandos têm desenvolvido uma metodologia própria para encontrar bactérias resistentes em alimentos minimamente processados, aqueles prontos para consumo, como frutas e queijos. Um resumo do que eles têm encontrado até aqui: muitas bactérias resistentes.

Em sua dissertação de mestrado orientada por Marin, Cristiane Rodrigues Silva, por exemplo, buscou bactérias resistentes em amostras de queijo minas frescal. Todos exemplares estudados apresentaram algum conjunto de bactérias resistentes — em 13%, a resistência foi constatada para todos os antibióticos testados e em 80%, para 8 a 10 diferentes antibióticos. Foi constatada ainda resistência em 87% dos queijos aos carbapanêmicos, tipo de antibiótico potente que é considerado uma das últimas alternativas na luta contra microrganismos muito resistentes.

Agora, Silva, Marin e o resto da equipe estão estudando outros tipos de queijo, como minas padrão, parmesão, ricota e cottage; além de frutas compradas no comércio comum, como manga, laranja e caju. Eles também querem verificar se outras formas de produção, como a orgânica, podem alterar a presença de microrganismos resistentes.

“Comprovamos não só que as bactérias nos alimentos estudados até agora têm alguma resistência, como genes de resistência”, aponta Marin, acrescentando que, embora em escala muito menor do que na pecuária ou entre humanos, antibióticos são usados também na agricultura.

“Como essa bactéria chegou ao queijo? Tem que voltar ao campo: a vaca come capim, que tem dentro dela bactérias endofíticas, que vivem dentro das plantas. A vaca ingere a planta, produz leite e o leite vai para o queijo. Mas é difícil falar quem originou a bactéria primeiro — elas evoluem junto com os humanos e animais. Também são promíscuas: trocam material genético.”

As diversas variáveis que influenciam a resistência dos micróbios são justamente o que representa um desafio para as pesquisas: para traçar o caminho dos microrganismos através dos animais, humanos e do ambiente, seriam necessários grandes volumes de amostras desses elementos.

E em tempo real, lembra João Pedro do Couto Pires, já que muitas vezes é diagnosticada alguma infecção em uma ponta, mas sua origem muitas vezes já se perdeu no tempo.

Por isso, o alarme tocado pelo artigo na Science traz um porém: “Está além do escopo deste estudo tirar conclusões sobre a intensidade e a direcionalidade da transferência de resistência microbiana entre animais e humanos — aspectos que devem ser investigados com métodos genômicos robustos”.

Enquanto a ciência busca decifrar o caminho percorrido pelas bactérias, o que nós, humanos e consumidores de alimentos podemos fazer?

Flávia Rossi, patologista da USP, lembra de procedimentos básicos de saneamento e higiene que cortam a circulação de microrganismos, como lavar as mãos; o uso de água potável na cozinha; e o armazenamento adequado de alimentos.

O cuidado deve ser redobrado com pessoas mais vulneráveis, como hospitalizados, imunossuprimidos ou transplantados. “As bactérias também nos protegem, estão no nosso intestino, na nossa pele… Mas elas nos atacam quando há um desequilíbrio”, diz.

João Pedro do Couto Pires brinca que, hoje, nossas casas são mais perigosas do que restaurantes por haver menos cuidado com questões sanitárias. Ele destaca ações a serem evitadas: misturar alimentos crus e cozidos; ou carnes e vegetais, como, por exemplo, no refrigerador ou no uso de uma mesma faca ou tábua para esses dois tipos de alimentos. Essas misturas levam a fluxos de microrganismos que, no caso de alimentos crus, como vegetais em uma salada, acabam sendo ingeridos pela pessoa que está comendo.

Marin garante que não se trata de parar de comer alimentos como os estudados por sua equipe, como queijos e frutas, mas de aprofundar investigações sobre como a resistência microbiana se expressa neles — para, aí sim, fazer-se uma escolha entre custos e benefícios. Por exemplo, algo a ser levado em conta, segundo descobriu sua equipe, é que queijos mais úmidos exigem maior cuidado no assunto.

“O queijo, além de ter bactérias com resistência, também tem outra microbiota — outras bactérias — que combatem as que têm resistência. Ninguém é demônio e ninguém é anjo, inclusive entre as bactérias. Por isso a visão holística (multifatorial) é tão importante”, diz.

BBC Brasil

 

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Cidades

Estudantes da UFRN reclamam da falta de parada para o circular

Foto: Leandro Juvino

Estudantes, servidores e usuários da linha 588 (Circular-UFRN) estão tendo que esperar a saída dos ônibus sem uma parada adequada há quase três meses, uma vez que a parada que existia foi removida pela STTU. A parada fica localizada na avenida Passeio das Rosas, bairro Capim Macio. Sem bancos e proteção, usuários acabam tendo que esperar sob forte sol, que acaba se intensificando durante a tarde.
No turno vespertino, estudantes acabam sentando em calçadas existentes ao longo das imediações da parada da UFRN esperando pelo ônibus, que sai em horários determinados. “Faz um tempão que estamos sem essa parada. Antes até tínhamos os bancos, mas não tinha cobertura”, lamenta a estudante do 5º período de Pedagogia, Janine Mábile, 22 anos.

Sem a parada, estudantes também apontaram outra dificuldade, que é a falta de sinalização para os pedestres atravessarem. “Fizeram a calçada, colocaram uns postes, mas não acenderam. Ajeitaram as lâmpadas dos postes, pelo menos. Não tem como ficar lá no sol. Quando chover vai dificultar ainda mais”, explica Jessi Gomes da Silva, 46 anos, comerciante na região.

Em nota, a STTU disse que um dos pontos de ônibus localizado na UFRN está em processo de substituição devido às precárias condições estruturais do antigo abrigo. “Severamente danificado por atos de vandalismo, o antigo equipamento apresentava riscos à segurança e ao conforto dos usuários, tornando necessária a sua remoção e substituição por um modelo moderno e acessível”.

A pasta disse ainda que “como parte de um amplo programa de modernização da infraestrutura de transporte público em Natal, a STTU deu início às obras de adequação no local para instalação de um novo abrigo”. A parada terá ampliação da calçada para acomodar o novo abrigo; substituição do meio-fio e da pavimentação; construção de rampas acessíveis e instalação de piso tátil; implementação de postes de iluminação para maior segurança dos pedestres.

A STTU disse que já instalou mais de 596 novos abrigos de ônibus em Natal e explica ainda que, no caso do abrigo da UFRN, todos os projetos técnicos já foram apresentados e uma audiência judicial está agendada para dezembro. Após essa etapa, a STTU poderá concluir as obras e entregar o novo abrigo à comunidade acadêmica e à população de Natal.

Fonte: Tribuna do Norte

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Saúde

Governo do RN depende de recursos federais para pagar 13º salário, afirma secretário

Foto: Sandro Menezes / Governo do RN

O secretário de Administração do Rio Grande do Norte (Sead), Pedro Lopes, informou nesta terça-feira 26 que o pagamento do 13º salário dos servidores estaduais depende da chegada de recursos federais. Segundo ele, as verbas estão previstas para dezembro, e o calendário de pagamentos será anunciado apenas após a confirmação dos depósitos.

O governo adiantou, em julho, 40% do 13º salário para cerca de 22 mil servidores ativos de órgãos com recursos próprios, como Educação, Departamento Estadual de Trânsito (Detran), Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) e outros.

Pedro Lopes destacou que a alíquota reduzida do ICMS, fixada em 18%, tem impactado negativamente as finanças estaduais, dificultando o cumprimento de obrigações com servidores, fornecedores e investimentos. Ele defendeu a aprovação do projeto que eleva a alíquota modal para 20%, em tramitação na Assembleia Legislativa.

“Esse fato evidência que no RN o ICMS com modal de 18% não é suficiente para cumprir suas obrigações com pessoal. Inclusive não se consegue sequer cumprir os compromissos com fornecedores. Investimentos só se consegue executar com recursos federais ou empréstimos”, afirmou Lopes em postagem no Instagram.

A proposta de aumento na alíquota está na Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa e deve ir a votação no plenário no próximo dia 11 de dezembro.

Informação já tinha sido antecipada por secretário de Fazenda
A informação sobre a dependência do repasse federal já tinha sido antecipada pelo secretário estadual de Fazenda, Carlos Eduardo Xavier, no início do mês. Na ocasião, ele disse que o Governo Lula fará um repasse de R$ 600 milhões para permitir que o Estado pague o 13º salário dos servidores públicos. De acordo com o secretário, sem o auxílio federal, o Governo Fátima não teria condições de pagar o abono para o funcionalismo, já que a alíquota do ICMS caiu de 20% para 18% na virada de 2023 para 2024.

“Até início de dezembro a gente vai anunciar como vai ser o pagamento do 13º. A governadora vai anunciar, mas o 13º salário necessariamente conta com apoio do Governo Federal. Com alíquota de 18% do ICMS, a gente não teria condições de honrar as 13 folhas este ano não”, afirmou o secretário, em entrevista à 98 FM.

Carlos Eduardo Xavier enfatizou que, com a queda na arrecadação que vem sendo registrada após a volta do ICMS a 18%, a gestão de Fátima Bezerra (PT) teria dificuldades para pagar o 13º. E que o entrosamento da governadora com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será determinante para o Estado.

“Se a gente não tivesse apoio do Governo Federal, a gente não teria pagamento de 13º este ano no Rio Grande do Norte. A gente já recebeu parte dos valores. Está usando no custeio do Estado. Acho que vai passar dos R$ 600 milhões (o apoio) para a gente cumprir as obrigações. Foi um pleito da governadora. Muitos políticos cobram o apoio do Governo Federal, porque todo mundo sabe da proximidade da governadora com o presidente. Isso está acontecendo e vai acontecer agora no fim do ano para a gente honrar o pagamento do 13º”, concluiu.

Fonte: Portal 98Fm

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Brasil

Gastos do governo federal com Bolsa Família crescem 47,1% em 2023, mostra IBGE

Foto: Reprodução

Os gastos do governo federal com o Bolsa Família aumentaram 47,1% no ano passado em comparação com 2022. O programa de transferência de renda faz parte dos benefícios sociais do governo, que aumentaram 3,6% nas despesas públicas nesse período e foram o item de maior peso na composição dos gastos públicos da Conta Intermediária de Governo. Os dados são das Estatísticas de Finanças Públicas, divulgadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (27).

O estudo foi elaborado em parceria com a Secretaria do Tesouro Nacional e o Banco Central do Brasil.

Em 2023, a necessidade de financiamento líquida do governo geral foi de R$ 844 bilhões, apresentando um aumento de 111,2% em relação a 2022. A variação, segundo o IBGE, é explicada pelo aumento nominal de 13,2% da despesa em relação ao ano anterior em relação a um aumento de 3,4% da receita no mesmo período.

Na análise dos principais agregados da receita, a arrecadação de impostos cresceu 4,1% e as contribuições sociais 7,5% em 2023. Por outro lado, outras receitas caíram 3,4%.

Em relação à receita tributária, o destaque ficou por conta da arrecadação de impostos sobre a propriedade, com aumento de 16%, influenciado pelo aumento de 24,7% na arrecadação de IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores). Impostos sobre a folha de pagamento e mão de obra cresceram 12,6%.

Por outro lado, impostos sobre o comércio e transações internacionais tiveram queda de 0,9%, influenciada pela redução em dólar das importações combinada com aumento da taxa média de câmbio no ano.

Já os impostos sobre bens e serviços, grupo de maior peso na arrecadação tributária, tiveram crescimento nominal de 3,3% em 2023, e os impostos sobre renda, lucro e ganhos de capital, crescimento nominal aumentaram 3,4%.

R7

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Política

Lira e Pacheco eram meus inimigos no começo do mandato, diz Lula

O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, durante cerimônia de assinatura do Pacto pela Transformação Ecológica entre os Três Poderes, com o senador Rodrigo Pacheco, deputado Arthur Lira, ministro Roberto Barroso, em cerimônia realizada no Palácio do Planalto em Brasília. | Sérgio Lima/Poder360 – 21.ago.2024

Foto: Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta 4ª feira (27.nov.2024) que os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), eram seus inimigos no começo do mandato. Segundo ele, atualmente, ambos são seus amigos. Ele discursou sobre a importância de estabelecer conversas na política na Abertura do Encontro Nacional da Indústria, em Brasília. O evento é organizado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria).

“As coisas vão acontecendo porque você estabelece capacidade de conversação, quando eu tomei posse o Lira era meu inimigo, hoje o Lira é meu amigo. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, era meu inimigo, hoje ele é meu amigo. Porque não cabe ao presidente da República quem vai ser o presidente da Câmara ou do Senado, cabe aos deputados. O papel do presidente é conviver com quem é presidente e estabelecer conversas para aprovar aquilo que é de interesse do estado brasileiro”, declarou.

Lula criticou quem chamou de “pessimistas” em relação ao país e à economia. Segundo ele, é preciso que os empresários mostrem como o Brasil está melhor do que em 2023, quando ele assumiu o Planalto. Aproveitou para criticar a taxa básica de juros, que foi elevada pelo Banco Central a 11,25%.

“Qual é a explicação da taxa de juros está do jeito que está hoje? Nós estamos com a inflação controlada, a economia está crescendo, o menor nível de desemprego desde 2012, quando ele começou a ser medido. O maior aumento da massa salarial, ou seja, então, se a gente pensar de forma positiva, não há retrocesso nesse país. Mas se a gente ficar pensando em manchete de jornais escrita por gente que você nem sabe se tem capacidade de escrever o que escreve, a gente não anda”, disse.

O petista precisará novamente de seus “amigos” do Congresso para aprovar um pacote de corte de gastos e acalmar o mercado em relação à responsabilidade fiscal do governo. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse na 2ª feira (25.nov) que o anúncio do pacote de corte de gastos depende de uma conversa entre o presidente e a cúpula do Congresso. A intenção é apresentar em linhas gerais pontos da proposta aos presidentes da Câmara dos Deputados, do Senado e a líderes das duas Casas.

Poder 360

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Cidades

Ato público reúne profissionais de saúde em busca de convocação no RN

Foto: Adriano Abreu

Profissionais de saúde realizam um ato público no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal, durante esta quarta-feira (27), clamando pela convocação dos aprovados no cadastro de reserva do concurso público de 2018. A mobilização surge em meio a um cenário crítico de superlotação nas unidades de saúde, que se agravou nos últimos dias e também destaca a sobrecarga dos profissionais.

Sônia Godeiro, responsável pela organização do ato, explica as motivações por trás da manifestação. “Nos últimos quinze dias, a superlotação do HMWG, que já existe há anos, voltou a ser um tema recorrente. São muitos fatores, como o aumento de acidentes, que levam à necessidade de reabertura do segundo andar do hospital, fechado para reformas. Agora, com a previsão de reabertura de 39 leitos, precisamos urgentemente de servidores”, afirma Sônia.

Atualmente, mais de 300 estão presentes no cadastro de reserva, mesmo após algumas chamadas realizadas ao longo do último ano. No enquanto, segundo Sônia, as vacâncias vêm sendo ocupadas por contratos temporários, mesmo existindo profissionais aguardando convocação através de concurso. “Aqui no hospital existe a necessidade de temos 27 enfermeiros, 3 fisioterapeutas e 2 farmacêuticos. É um déficit preocupante”, destaca Sônia.

O déficit de profissionais também atinge outras áreas, como a assistência social, onde há uma pendência de 13 assistentes sociais no HMWG. “Isso é um reflexo direto da falta de investimento na saúde pública. O tratamento dos pacientes é comprometido pela ausência de profissionais qualificados”, ressalta Sônia.

O ato público conta com profissionais de diversas regiões do Rio Grande do Norte, como Mossoró e Serra do Mel, que aguardam convocação para compor o quadro da saúde.

Tribuna do Norte

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Religião

Prefeito Álvaro Dias entrega imagem da padroeira de Natal ao Papa Francisco

Foto: Instagram

O prefeito de Natal (RN), Álvaro Dias, publicou na manhã desta quarta-feira (27) em perfil do Instagram uma foto do momento em que entregou a imagem de Nossa Senhora da Apresentação, padroeira da capital, nas mãos do Papa Francisco, direto do Vaticano, em Roma.

O chefe do executivo municipal escreveu: ´compartilho com vocês um momento muito emocionante. Quando entreguei a imagem de Nossa Senhora da Apresentação, padroeira de Natal, a Sua Santidade, o Papa Francisco, ele perguntou: “é para mim?”`.

História da Padroeira de Natal

A história da padroeira de Natal, Nossa Senhora da Apresentação, baseia-se em uma tradição oral que conta o encontro de uma imagem no Rio Potengi em 1753. Na manhã do dia 21 de novembro, pescadores encontraram um caixote encalhado em uma pedra na margem direita do rio. Ao abrirem o caixote, encontraram uma imagem de Nossa Senhora do Rosário envolvida em uma faixa com a inscrição “Aonde essa imagem chegar, nenhuma desgraça acontecerá”.

O vigário da Paróquia, Pe. Manoel Correia Gomes Pressurroso, conduziu a imagem para a Matriz. Como o dia 21 de novembro é a Festa da Apresentação de Maria ao Templo, a imagem recebeu o nome de Nossa Senhora da Apresentação.

A festa da padroeira da capital do Rio Grande do Norte é celebrada todo 21 de novembro, feriado municipal.

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Brasil

Segundo PF, general teria planejado atribuir responsabilidade por omissão no 8/1 a Dino

Foto: Reprodução

O relatório da Polícia Federal (PF) sobre a tentativa de golpe de Estado, que teve sigilo derrubado nessa terça-feira (26), revela que o general da reserva Mario Fernandes teria planejado atribuir ao então ministro da Justiça Flávio Dino a “responsabilidade por omissão” dos atos de 8 de janeiro de 2023, quando manifestantes radicais invadiram e depredaram os prédios dos Três Poderes.

“Nos materiais físicos apreendidos em poder de MARIO FERNANDES foram identificadas anotações que demonstram a atuação do investigado para criar narrativa com a finalidade de tentar atribuir ao então ministro da Justiça FLAVIO DINO a responsabilidade por omissão da tentativa de golpe de Estado realizada no dia 08 de janeiro de 2023”, diz o relatório.

De acordo com a PF, Mario Fernandes é um dos principais articuladores do plano golpista. Segundo a PF, o general foi responsável por elaborar e imprimir o documento denominado “punhal verde e amarelo”, que incluía a possibilidade de execução do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após as eleições de 2022. Ele foi preso na Operação Contragolpe, na semana passada.

O relatório da PF conta com fotos das páginas de um caderno apreendido com Fernandes. Nas anotações do general há registros referentes aos atos golpistas do 8 de janeiro e à atuação do então ministro da Justiça, com descrições de possíveis temas a serem abordados.

Na sequência do material também há menção ao senador Marcos do Val (Podemos-ES)

“Em uma das páginas do caderno há a descrição denominada ‘Visão Marcos do Val → MDV’, possivelmente relacionado ao Senador da República MARCOS DO VAL. Chama a atenção algumas anotações que evidenciam que o grupo criminoso, por meio do referido Senador, tinha a intenção de praticar atos para atacar o ministro ALEXANDRE DE MORAES. O documento ainda descreve a expressão “FD”, possivelmente fazendo referência ao então Ministro da Justiça FLÁVIO DINO e a letra “L”, como associada, possivelmente, ao presidente LULA”, descreve o relatório.

CNN

Opinião dos leitores

  1. Pronto! Já são dois ministros impedidos por lei, de funcionar nesse processo….(Dino e Morais).

  2. Meu amigo, nem na segunda guerra mundial houve tanta coisa em código, os caras são peritos nessa linguagem, será que esse L não seria lulu, esse FD – FEIO DEMAIS, e esse MDV – meu Deus vem.

  3. A questão foi que o 08/01 era apenas a ponta do iceberg. Fazia parte do plano do golpe, pra mostrar que iriam chegar, chegando.
    O problema senhores, é que os golpistas planejadores não foram MACHOS.
    Para a sorte desse país, a corja golpista não teve culhão pra finalizar o que tinham vontade mas não tiveram coragem de fazer e cagaram fino na hora H.
    Tremeram na base.
    Viram que depois do golpe teriam um país em guerra civil declarada e teriam que administrar a pior crise da história política desse país.
    Na real, esse monte de inútil lambe botas fardados só se sentem seguros de fazer algo além de pintar meio fio e podar árvores, quando os EUA estão por trás.
    Só isso.
    Viva a democracia!
    Viva o Brasil!
    Sem anistia pra canalha!

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Polícia

Operação da PF combate fraudes bancárias eletrônicas no RN e outros seis estados

Foto: Divulgação

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (27) a operação “Não Seja um Laranja 4” para desarticular esquemas criminosos voltados à prática de fraudes bancárias eletrônicas. A ação contou com o apoio da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), da associação Zetta e Associação Brasileira de Internet (Abranet).

Estão sendo cumpridos 30 mandados de busca e apreensão em Minas Gerais, Bahia, Paraná, Rio Grande do Norte, Santa Catarina , Rio Grande do Sul e São Paulo. No RN, são cumpridos dois mandados de busca e apreensão em São Gonçalo do Amarante, Região Metropolitana.

A operação faz parte da Força-Tarefa Tentáculos, que tem como um dos principais pilares a cooperação com a instituições bancárias e financeiras no combate às fraudes bancárias eletrônicas.

Nos últimos anos, as investigações da PF detectaram um aumento considerável da participação consciente de pessoas físicas em esquemas criminosos, para os quais “emprestam” suas contas bancárias, mediante pagamento. Este “lucro fácil”, com a mercantilização de abertura de contas para receber transações fraudulentas, possibilita a ocorrência de fraudes bancárias eletrônicas que vitimam inúmeros cidadãos. Tais pessoas são conhecidas popularmente como “laranjas”.

Os delitos a serem apurados na Operação ‘Não Seja um Laranja 4’ são: associação criminosa, furto qualificado mediante fraude, uso de documento falso, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, cujas penas podem somar mais de 20 anos de prisão.

Essa é mais uma operação de caráter nacional que visa coibir esse tipo de conduta criminosa, a exemplo das ações já realizadas nos anos de 2022 e 2023 com alcance nacional.

 

Opinião dos leitores

  1. Quando é prá descobrir crimes dos bancos é bem ligeirinho, minha esposa tem um irmão deficiente ela quem responde por ele, fizeram empréstimo no banco faz mais de cinco meses que ela prestou queixa e nada, entrou na justiça e perdeu, país de merda .

  2. Até q enfim a PF voltou a trabalhar e parou de fazer literatura de ficção

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Acidente

Acidente na BR-101 deixa passageiro em estado grave; motorista alcoolizado é detido

Foto: PRF

Na manhã desta segunda-feira (27), um grave acidente foi registrado no km 79 da BR-101, envolvendo três veículos. De acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), um dos motoristas, apontado como provável causador da colisão, estava sob efeito de álcool no momento do impacto.

Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e da PRF estão no local para prestar socorro às vítimas e orientar o trânsito. Entre os envolvidos, um passageiro foi encontrado em estado crítico e precisou ser submetido a manobras de reanimação por estar em parada cardiorrespiratória. A vítima recebeu atendimento médico no local.

O condutor que apresentava sinais de embriaguez foi detido e será encaminhado à Delegacia de Polícia Civil, onde deverá responder por crime de trânsito, conforme previsto no Código de Trânsito Brasileiro.

O trânsito no trecho segue parcialmente bloqueado.

Tribuna do Norte

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Política

Bolsonaro teria 37,6% contra 33,6% de Lula se eleição fosse hoje

Se a eleição presidencial fosse hoje, Jair Bolsonaro (PL), que neste momento está inelegível, teria 37,6% dos votos contra 33,6% do atual ocupante do Palácio do Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), segundo levantamento do Paraná Pesquisas realizado de 21 a 25 de novembro de 2024. Como a margem de erro do estudo é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos, os 2 pré-candidatos estão em situação de empate técnico.

O levantamento (íntegra – PDF – 648 kB) coletou dados já durante o período em que se tornou pública uma investigação da Polícia Federal que acusa Jair Bolsonaro de ter sido um dos organizadores de um golpe de Estado frustrado no final de 2022. Dessa forma, o resultado da pesquisa veio já com o efeito do intenso noticiário a respeito desse processo, que é relatado no Supremo Tribunal Federal pelo ministro Alexandre de Moraes.

No cenário de 1º turno em que Bolsonaro lidera numericamente e Lula está em 2º lugar, há também Ciro Gomes (PDT) com 7,9%; Simone Tebet (MDB) com 7,7% e Ronaldo Caiado (União Brasil) com 3,7%. A pesquisa foi realizada nas 27 unidades da Federação com 2.014 eleitores com 16 anos ou mais. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Eis os 7 cenários testados pela Paraná Pesquisas:

O quadro acima permite constatar o seguinte:

Lula – lidera em 5 dos 7 cenários, ficando numericamente atrás só de Bolsonaro;

Bolsonaro – lidera contra Lula (na margem de erro) e com muita folga se o candidato do PT for Fernando Haddad, que registra apenas 14,5%;

Michelle Bolsonaro – fica atrás de Lula (34,2% X 27,5%), mas ganha com folga de Haddad (27,6% X 14,9%). Depois do marido, ela é o nome mais forte no bolsonarismo hoje;

Tarcísio de Freitas (Republicanos) – o governador de São Paulo pontua 24,1% e fica em 2º lugar quando representa o bolsonarismo na disputa. Seu desempenho hoje fica abaixo do de Michelle Bolsonaro.

Ronaldo Caiado – vai mal o governador de Goiás, com pontuação variando apenas de 3,7% a 8,9%;

Romeu Zema – com 12,2% no cenário em que é testado, o governador de Minas Gerais fica em 3º lugar (ainda que empatado tecnicamente com Ciro Gomes, que está em 2º);

Ratinho Junior – marca 15,3% e ocupa o 2º lugar num cenário liderado por Lula. Entre os candidatos de direita não totalmente alinhados ao bolsonarismo, é quem tem o melhor desempenho;

Ciro Gomes – o eterno candidato da faixa dos 10% agora varia de 7,9% a 17%. Hoje, conseguiria ser o 2º colocado num cenário contra Lula;

Simone Tebet – a política do MDB varia de 7,7% a 13,5%. A dúvida é se seu partido, quem tem o DNA governista, vai lançá-la como candidata em 2026, uma vez que hoje a sigla está dentro da administração Lula (e Tebet, inclusive, como ministra do Planejamento);

Fernando Haddad – o ministro da Fazenda foi o único nome testado como alternativa a Lula. Em 2 cenários, pontuou 14,5% e 14,9% e ficou bem atrás de Bolsonaro (38,3%) e de Michelle (27,6%).

2º TURNO

A pesquisa testou ainda cenários de 2º turno para enfrentamentos entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente Jair Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas. Todos os resultados ficaram dentro da margem de erro da pesquisa, de 2,2 pontos percentuais.

O quadro acima permite constatar: 

Lula – o petista fica numericamente atrás apenas de Jair Bolsonaro, mas teria uma eleição apertada contra Michelle Bolsonaro e Tarcísio; Bolsonaro – lidera contra Lula (na margem de erro); Michelle

Bolsonaro – fica atrás (na margem de erro) de Lula e seria o nome mais competitivo dentre os testados para substituir Bolsonaro;

Tarcísio – fica atrás (na margem de erro) de Lula.

AVALIAÇÃO DE GOVERNO

A Paraná Pesquisas também perguntou aos entrevistados como avaliam o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A taxa dos que desaprovam o governo é maior do que a dos que aprovam:

desaprovam – 51,0%

aprovam – 46,1%

não sabem/não opinaram – 2,9%

Quando são dadas opções não-binárias para os eleitores, os percentuais de avaliações negativas também superam os de avaliações positivas: ótima – 11,7%

boa – 20,9%

regular – 24,2%

ruim – 11,0%

péssima – 31,3%

não sabem/não opinaram – 1,0%.

Poder 360

Opinião dos leitores

  1. Homi, essas notícias a gente tem que dar em códigos, dar direto assim é um perigo, esses noiados maníacos são imprevisíveis, sofrem do coração e da sindrome da mente vazia, nam, a gente quer eles vivos para ve-los chorar.

  2. Atenção o Brasil está passando uma crise muito grande, fome os hospitais superlotados um desespero grande na sociedade tudo caro o pobre não pode comer mais carne uma crise que só houve na administração do PT tempos atrás e agora as pessoas vem fazer pesquisa para saber quem tá na frente e quem tá atrás, Isso é um absurdo a gente no desespero grande desse
    Acorda Brasil Lula é bi bilionário, bolsonaro já está com a sua vida feita
    Vamos trabalhar e cuidar das nossas vidas infelizmente trabalhar muito para pagar imposto para dar regalia esses políticos caríssimos

  3. Não entendo porque colocam Bolsonaro nas pesquisas. Ele está INELEGÍVEL para a nossa satisfação. Lula bate todos em 2026 e será reeleito no primeiro turno.

  4. só pode ser pra rir da cadaiada imunda, paraná pesquisa sendo paga pra desviar o foco da prisão do vagabundo golpista, pra a gadaiada imunda fazer a narrativa de que estão tentando prender esse excremento pq ele ganha a eleição, omi vao encher os cus de rola bando de pilantras vagabundos, é lulinha ate 2030 e cadeia ja ja no corno miliciano

  5. Pesquisa especulativa, desnecessária e que não mostra a realidade.
    Aponte onde o ex condenado vai e tem gente para recepcioná-lo? No máximo estão 03 ônibus do MST onde pagam o deslocamento, o lanche e fornecem camisa, boné e bandeiras para quem se dispor a ir montar o faz de conta.
    Por outro lado, Bolsonaro, SEM convocar, SEM pagar, SEM prometer, por onde passa tem milhares de pessoas a referenciar, aplaudir e mostrar sua liderança.
    Mesmo com toda OPRESSÃO dessa tal “democracia relativa” a esquerda SO DIMINUI.
    Quem comprova isso? A recente eleição de prefeitos e vereadores.
    Em Natal a patricinha bolivariana perdeu a eleição para um opositor que tinha 5% da intenção de votos e virou o jogo, mesmo com a presença do ex preso em seu palanque.

  6. Kkkkkkkklkl. Com todo ataque covarde sobre Bolsonaro ainda está com esse nível de popularidade? Pode escrever aí q é o dobro.

    1. Uma resposta, pelo que consta, ninguém ainda é candidato, estar ou não elegível, no momento é para pesquisa, isso não interessa.

  7. Bolsonaro teria 100% contra qualquer adversário se ele e seus asseclas tivessem êxito com o golpe de Estado que eles planejaram e iniciaram a execução. #semAnistia

  8. Caramba, os caras inventam de tudo para levantar a moral do futuro presidiário bolsonaro…
    A verdade é que, independente de pesquisas fictícias, ele está inelegível, e prestes a ser condenado por vários crimes hediondos.
    Fato!
    O resto é choro livre!

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