Foto: Wagner Carmo/CBAt
O velocista potiguar Hygor Gabriel, do revezamento 4x100m, recebeu a liberação nesta sexta-feira (26) da Corte Arbitral do Esporte (CAS) para competir nas Olimpíadas de Paris. Além dele, os atletas brasileiros Lívia Avancini (arremesso de peso) e Max Batista (marcha atlética) também foram beneficiados pela decisão.
O trio havia perdido suas classificações devido a questões relacionadas ao antidoping, mas agora poderão participar da cerimônia de abertura dos Jogos, na sexta-feira.
Na quarta-feira (24), os atletas conseguiram uma liminar provisória que permitiu a inclusão deles na competição. Com essa decisão, o número de brasileiros que competirão em Paris volta a ser de 277.
Segundo a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), Hygor Gabriel será integrado ao revezamento sem substituir nenhum atleta, pois a modalidade permite a inclusão de um suplente além dos cinco competidores principais. A delegação brasileira viajou com essa vaga em aberto.
Os três atletas haviam obtido os índices necessários para a classificação, mas perderam suas vagas por não atenderem a todos os pré-requisitos do sistema antidoping. A World Athletics alegou que os atletas não foram submetidos a três testes antidoping surpresa, realizados com intervalos de 21 dias, dez meses antes dos Jogos.
A exigência foi direcionada aos países Brasil, Peru, Equador e Portugal. No Brasil, a testagem é responsabilidade da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), de acordo com as orientações da CBAt. Lívia Avancini expressou frustração, mencionando que a comemoração pela vaga durou apenas um dia antes de enfrentarem o problema com o antidoping. Ela criticou a ABCD e a CBAt por não cumprirem completamente as regras internacionais, o que resultou na punição dos atletas.
“A ABCD soltou uma nota se isentando, como se fosse um acaso, por ‘culpa do universo’. E quem perde a chance de participar de um evento dessa magnitude?”, questionou Lívia. Ela acredita que a falta de testes completos foi devido a questões financeiras, já que mora em Londrina. “Estava ali no ranking e pessoas abaixo de mim fizeram [os testes] pois moram em São Paulo. Dia sim, dia não, o pessoal aparecia na casa desta galera. Me falaram: ‘Nossa, fiz uns seis exames em uns cinco meses e nem estou no ranking (perto da vaga)”, concluiu.
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