A presidente do PT, Gleisi Hoffman, usou seu perfil na rede para criticar ontem a mudança do sistema de governo do presidencialismo para o semipresidencialismo, debate admitido por Motta. “Quem tem um ‘semipresidente’ não tem presidente nenhum. É muito medo da soberania do povo ou muita vontade de governar o país sem ter de ganhar no voto”, escreveu, lembrando que o país rejeitou o parlamentarismo em dois plebiscitos (1963 e 1993) e afirmando que a ideia da Casa é “tirar da maioria da população o direito de eleger um presidente com poderes de fato para governar”.
Para o deputado Carlos Zarattini (PT-SP), a interpretação de Motta sobre o 8 de janeiro dá margem para outros ataques à democracia:
— Negar a tentativa de golpe é um absurdo depois de tantas provas obtidas na CPI do Congresso e nas investigações do STF. Enquanto ficarmos passando o pano em golpistas, vamos continuar vivendo sob ameaças.
O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), quer procurar Motta para conversar sobre uma eventual inclusão na pauta da Câmara de um projeto para anistiar os condenados por atos antidemocráticos.
— A declaração foi equivocada. A minuta do golpe foi confirmada por comandantes do Exército e da Aeronáutica. A operação Punhal Verde e Amarelo falava em tentativa de assassinato de Lula e Alckmin. Acho que ele não vai colocar para votar a questão da anistia — afirmou.
A base do governo considera que as declarações sobre o 8 de janeiro não vão gerar uma crise entre apoiadores de Lula e Motta, que pertence ao Centrão e foi eleito também com votos da oposição. Mas os petistas dizem que será preciso atenção redobrada com os passos do presidente da Câmara.
— É o jeito dele, ele foi eleito com os dois lados. Vai ficar sempre fazendo mediação. Está em um processo de construção coletiva. O importante é ele trabalhar pelos projetos do governo — avalia o deputado Jilmar Tatto (PT-SP).
As críticas ao deputado ultrapassaram os círculos políticos. Filho do ex-deputado Rubens Paiva, morto na ditadura, o escritor Marcelo Rubens Paiva atacou Motta no X. “Novo presidente do Câmara demonstra que Brasil continuará no atoleiro e nunca alcançará a democracia plena. O desequilíbrio no caso não é das penas, é dele mesmo”, escreveu Marcelo, cujo livro “Ainda estou aqui”, sobre a luta da mãe para descobrir o paradeiro do ex-deputado, foi adaptado no filme indicado ao Oscar.
As afirmações do presidente da Câmara sobre o 8 de janeiro foram feitas na semana passada, em entrevistas, e a defesa da revisão do sistema de governo do país integrou seu discurso de posse, em 1º de fevereiro, sendo reiterada em conversas com jornalistas. Motta defendeu que não haja “exagero” na punição aos condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pelos ataques às sedes dos Poderes.
— Foi uma agressão às instituições, inimaginável. Quer dizer que foi um golpe? Golpe tem que ter um líder, uma pessoa estimulando, apoio de outras instituições interessadas, como as Forças Armadas. Foram vândalos, baderneiros, que queriam demonstrar sua revolta achando que aquilo poderia resolver, talvez com o não prosseguimento do mandato do presidente Lula — disse na sexta-feira.
As declarações sobre o semipresidencialismo foram feitas à imprensa da Paraíba. Uma PEC protocolada na quinta-feira no Congresso já conseguiu 179 assinaturas para a mudança:
— Discutir o sistema político é sempre bom para buscar mais eficiência, mais participação popular e governos sempre em busca de mais resultados para a população. Mas não temos compromisso de pautar com urgência.
O Globo
Fantástico. Parabéns.
Sem dúvidas é uma decisão sensata e acertada da prefeitura. A sugestão do Erinaldo é infinitamente melhor do que a "ideia" contratada e paga pela prefeitura e que certamente foi feita por um amador, um iniciante ou um apressado.
Além de ser muita mais criativa, bonita e inovadora, a sugestão do Erinaldo ainda tem o valor de ter sido feita a partir de uma estrutura já existente e, mais importante, disponibilizada de forma voluntária. Parabéns para Erinaldo, para Canindé e para a lucidez da prefeitura.
E tem mais: seria muito bom que fosse divulgado o nome da empresa ou do "artista" contratado e quanto custou o serviço aos cofres público. E será muitíssimo justo que tanto o Erinaldo Santos quanto o Canindé Soares (autor das fotos) fossem remunerados pela prefeitura, ou que dela recebessem o devido reconhecimento.
Esse caso deveria servir de exemplo para a prefeitura adotar, a partir de agora, o critério de concurso público para a escolha de trabalho que envolvam produção intelectual e artística. Se for por escolha popular, melhor e mais transparente.
Afinal, quanto terá custado a ideia desaprovada e jogada no lixo?
Será que quem vai fazer o novo monumento será a mesma empresa que produziu o anterior?
Parabéns ERINALDO !
Mas afinal, quem fez a arte anterior? Divulgai Bruno…
Que eu saiba a empresa que venceu a licitação, se não me engano, é de recife.
Foi esse aqui: estrutura, desenhada pelo artista plástico Fernando Moura, trazia o nome da cidade em meio à bolas verde e amarelas e passou menos de um dia instalado. No domingo, a Semsur determinou a retirada do pórtico, a um custo de R$ 11 mil. A estrutura foi construída pela empresa Servlight, que arcaria com os custos da retirada.
http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/decoracao-para-a-copa-e-alvo-de-pichacoes/280934