O presidente nacional do PT, Rui Falcão, promete levar à cerimônia de abertura do 14º Encontro Nacional do partido, nesta sexta-feira, em São Paulo, uma reação dura contra os adversários da presidente Dilma Rousseff na eleição presidencial – Eduardo Campos (PSB) e Aécio Neves (PSDB). A maior ofensiva será contra Campos, ex-governador de Pernambuco e que já foi um aliado do PT.
Falcão vai acusá-lo de não ter “ideias próprias” e de sempre ter andado “a reboque” do programa de desenvolvimento petista. Ele defenderá que chegou a hora de “desmascarar os que prometem uma nova política, mas comprometidos com figuras do passado” e usará uma metáfora, ao melhor estilo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que também estará no evento, para fazer um alerta:
“Cuidado! Porque misturar tapioca com açaí, às vezes, pode causar indigestão”, diz trecho do discurso que Rui fará à noite e que foi divulgado à imprensa nesta tarde.
A tapioca é uma referência ao nordestino Campos e o açaí, fruta típica da Região Norte, é uma referência à ex-senadora e pré-candidata a vice na chapa de Campos, Marina Silva.
Contra o PSDB de Aécio, Falcão dirá que “mudar não é retroceder” e que é necessário tomar cuidado com aqueles que deixaram ao país uma “herança maldita”. Também vai explorar medidas “impopulares” defendidas pelos tucanos nesta pré-campanha, como a flexibilização das leis trabalhistas e o fim da lei do salário-mínimo.
“Que eles, como costumam fazer, não venham depois desdizer o que disseram – nem tenham medo de manter na campanha suas desatinadas propostas”, segue o discurso do líder petista.
Para reagir ao movimento “Volta, Lula”, Falcão começará seu pronunciamento reafirmando a candidatura da presidente Dilma Rousseff.
“O encontro é, sobretudo, o momento de formalizarmos solenemente a indicação da companheira Dilma Rousseff como nossa pré-candidata à Presidência da República”, diz o discurso.
O Globo
Tapioca com açaí é calórico e produz força.
Outras misturas podem dar diarréia, como estamos vendo o resultado.
Isso é preconceito as regiões mais pobres do país? Poderia fazer qualquer outro comentário, até pessoal, mas falar da comida em tom irônico, mas parece crítica de cunho geral. Fica a pergunta. E não se venha apontar exemplo de outros integrantes que o partido prestigie, isso não responderia. A indagação repousa no regionalismo que a comida representa.