Primeiro foi um possível encontro formal entre Carla Ubarana e seu esposo, George Leal, que causou indignação das demais detentas quando a conversa se espalhou pelas celas do Pavilhão Feminino do Complexo Penal João Chaves. A revolta, porém, rompeu as paredes da ala feminina e chegou ao Presídio Provisório Raimundo Nonato, unidade na qual o marido da ex-chefe do Setor de Precatórios do Tribunal de Justiça, George Leal, é custodiado desde o início do mês passado. Desta vez, o descumprimento de normas para entrada de pessoas e entrega de alimentos no presídio, causou perturbação moral entre as famílias dos detentos que cumprem pena ou aguardam julgamento nas demais celas do presídio.
No domingo passado, dia de visita social para amigos e familiares dos encarcerados, a mãe de George Leal, a promotora aposentada Íris Brandão de Araújo Leal, conforme relatos de agentes penitenciários e esposas de detentos, entrou no presídio sem passar por revista íntima. De acordo com o depoimento de servidores da casa carcerária, ela apresentou documento específico, o que lhe garantiu o acesso. “O policial militar que estava de plantão questionou se ela era advogada do próprio filho e ela silenciou. Depois ela disse que não iria fazer a revista e conversaria com o filho de qualquer forma”, relatou o funcionário que estava de plantão na ocasião.
As mulheres dos detentos que estavam do lado de fora ficaram revoltadas. Muitas delas, como a esposa de Carlos Alberto Fasanaro Júnior, acusado de participar da quadrilha chefiada pelo casal Ubarana Leal, cumprem um constrangedor ritual para terem acesso ao presídio, o qual inclui a revista íntima. Ontem, Íris voltou ao presídio e discutiu com os agentes penitenciários que se negaram a autorizar a entrada de alimentos que ela conduzia para o filho. De acordo com eles, o preso recebe alimentação externa todos os dias.
Fonte: Tribuna do Norte
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