Os docentes da UFRN realizam durante todo o dia de hoje um plebiscito em todas as unidades da instituição, para saber a opinião dos professores sindicalizados sobre uma possível paralisação das atividades. Em uma assembleia ocorrida na semana passada a maioria dos presentes votou à favor da greve – 54 a 49. Mas, segundo o presidente da Associação dos Docentes da UFRN (Adurn), João Bosco Araújo, o estatuto da categoria prevê a consulta através de plebiscito para o início do movimento.
João Bosco diz que a diretoria da Adurn é contra a greve, porque acredita que as negociações com o Governo Federal devem ter avanços. Além disso, ele não acredita que o movimento tenha força se iniciado agora, devido ao período letivo da Universidade. A UFRN está em final de semestre, e em poucas semanas os servidores entrarão de férias. A principal reivindicação dos professores é a equiparação salarial dos Magistrados de Nível Superior e de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT) com os de Ciência e Tecnologia. Os reajustes estão entre 40 e 60%.
O sindicato dos técnicos administrativos da UFRN oficializou na manhã de ontem o movimento de greve por tempo indeterminado. Os 3.200 técnicos na ativa, além dos 2.000 aposentados reivindicam melhorias salariais, racionalização dos cargos, cumprimento do plano de carreiras e do “step” (diferença relativa de uma categoria para outra) de 5%.
A pauta de negociação é a mesma de 2011. Ano no qual a categoria permaneceu em greve durante 113 dias e não teve seus pedidos atendidos. Com a paralisação, os hospitais e restaurantes universitários, biblioteca e o sistema de apoio à docência vão funcionar com o efetivo de greve de 30% dos funcionários.
Fonte: Tribuna do Norte
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