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A construção do caramanchão do Cajueiro de Pirangi tem nova previsão para sair do papel: outubro deste ano. A previsão foi repassada pelo presidente da Associação de Moradores de Pirangi do Norte (Amopin), Francisco Cardoso. A sondagem do solo foi iniciada na última semana, e a confecção das estruturas pré-moldadas em concreto, que serão usadas para erguer a copa da árvorena última segunda-feira. Contudo, não há uma data específica para início das escavações e implantação das fundações, acrescenta Cardoso.

Em dezembro, quando foi lançado oficialmente o Plano de Ações de Proteção do Cajueiro de Pirangi, a previsão inicial era que as obras iniciassem a tempo de evitar o do verão. Devido a exigência de licenças ambientais e adequações no projeto, o início dos trabalhos foi reaprazado duas vezes para fevereiro e depois para abril.
A elaboração das 120 hastes de concreto, que serão usadas como estrutura de sustentação, marcam o prazo de execução de 45 dias dado pela construtora para a conclusão do projeto. O material deve começar a ser depositado no local, a partir desta quarta-feira, 22. “Só iniciaremos a obra de fato com a entrega total do material, porque implica em interdição de ruas. A ideia é preservar a árvore, mas sem trazer mais transtornos para quem trafega no local”, disse Francisco Cardoso. As obras devem ser fiscalizadas por técnicos do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema) e Ministério Público Estadual.
A suspensão dos galhos – a uma altura de 4,5 metros – foi a solução emergencial apontada dentro do Plano de Ações de Proteção do Cajueiro de Pirangi para desafogar o trânsito do entorno, na Avenida Márcio Marinho, lançado em dezembro de 2011. Com a anomalia da árvore – o cajueiro é o maior do mundo – os ramos invadem a via, ocupando uma das faixas e trazendo transtornos ao trânsito no entorno. A situação, segundo moradores e comerciantes, se agrava no período de veraneio e carnaval.
O projeto arquitetônico do caramanchão passou por readequação para contemplar uma área maior. Com isso, a estrutura do caramanchão passou de 70 metros previstos inicialmente para 120 metros, abrangendo toda lateral (próximo ao Marina Badauê). E o investimento saltou de R$ 85 mil para R$ 120 mil. Os recursos são da Associação de Moradores de Pirangi do Norte (Amopin), que administra o cajueiro. A obra será realizada pela Construtora Art Concrete.
O incremento, explicou o presidente da Amopin, se deu em razão da estrutura inicial comportar apenas a copa da árvore. Os caramanchões, que inicialmente estarão na Av. Márcio Marinho, serão implementados em todo perímetro da árvore gigante, criando túneis nas vias, onde passam os carros. A Av. São Sebastião, entretanto, não será mais contemplada com esse tipo de estrutura, segundo o Francisco Cardoso. “Para esse trecho há outras alternativas, como o desvio para as praias”, disse Cardoso.
A árvore ocupa uma área de 8.500 m². A elevação dos galhos do cajueiro de Pirangi vai fazer com o crescimento da árvore seja mais lento. Atualmente ele cresce de 1 a 1.5 m² por ano.
O Plano de Ações de Proteção do Cajueiro de Pirangi foi desenvolvido em comum acordo entre o Idema, Secretaria Estadual de Turismo do Rio Grande do Norte -Setur-RN, Associação dos Moradores de Pirangi do Norte (Amopin), Departamento de Estradas e Rodagem (DER), Instituto de Assistência Técnica do RN (Emater), Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e a Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN (Emparn).
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