Após as cassações de Cláudia Regina e Wellington Filho, prefeito e vice de Mossoró, a Justiça Eleitoral determinou nesta quarta-feira (2), a posse imediata para o cargo do presidente da Câmara Municipal, Francisco José Júnior (PSD), porém, ele se encontra com a família no exterior.
Sem o presidente da Câmara na cidade, a justiça assim determinou a posse o seu vice, o vereador Alex Moacir (PMDB), no cargo de prefeito.
O novo ministro da Secom (Secretaria de Comunicação Social), Sidônio Palmeira, assume oficialmente, a partir desta semana, o desafio de recuperar a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) até as eleições de 2026. A troca no setor se dá no momento de maior desconfiança de agentes financeiros em meio a um desequilíbrio fiscal. Mudanças nas redes sociais também podem dificultar a reação da gestão petista.
A posse do publicitário como ministro será realizada às 11h desta 3ª feira (14.jan.2025), no Palácio do Planalto. De perfil discreto e avesso a holofotes, Sidônio não queria uma cerimônia, mas Lula fez questão de que sua chegada ao governo fosse marcada por um ato público.
Responsável pelo marketing da campanha vitoriosa do petista em 2022, Sidônio tem atuado como um conselheiro do presidente desde o início do seu 3º mandato, em 2023. Intensificou sua presença no Planalto nos últimos meses. Desenhou a estratégia de divulgação do pacote de corte de gastos, em que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou as medidas em um pronunciamento veiculado em rede nacional de rádio e televisão, em 27 de novembro.
Em dezembro, produziu e participou da gravação de um vídeo em que Lula aparece ao lado do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo. Em sua fala, o petista disse que seu governo jamais interferirá nas decisões da autoridade monetária e garantiu autonomia a Galípolo.
Na semana passada, logo depois de ter sido anunciado ao cargo, Sidônio coordenou a reação a um vídeo falso com imagens modificadas por inteligência artificial do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendendo a cobrança de imposto no Pix.
NOVO PERFIL
O publicitário era a 1ª opção de Lula para a Secom quando começou a montar o seu 3º governo, em 2022. Mas o marqueteiro recusou o cargo porque não queria deixar sua agência, a Leiaute Comunicação, e outros negócios na Bahia. Preferiu se manter como um consultor informal.
Embora pudesse dar palpites e conselhos, Sidônio não dava a palavra final nas decisões da Secom, prerrogativa do titular da secretaria, Paulo Pimenta. Agora, será responsabilidade sua remodelar a comunicação do governo para fazer com que a percepção da população sobre os feitos positivos da gestão Lula melhore. Deve também tentar buscar uma marca para o 3º mandato do petista. Aliados do presidente apontam que a diferença agora, com a mudança, é que Sidônio poderá imprimir seu estilo, considerado mais pragmático e objetivo.
Na semana passada, em conversa com jornalistas, defendeu uma maior proximidade de Lula com a imprensa, por meio de entrevistas e conversas, e mais participação do presidente e de ministros nas redes sociais oficiais para mostrar ações do governo.
Lula está insatisfeito com a comunicação de seu governo desde o início de 2024, mas intensificou suas reclamações no fim do ano. A fala mais dura sobre o assunto foi feita em 6 de dezembro durante seminário do PT. Na ocasião, o presidente disse que houve erro seu na área e que seria obrigado a fazer mudanças. A fala foi vista por petistas como uma “demissão pública” de Pimenta.
A popularidade do presidente está no seu pior nível desde o início do mandato. Segundo o PoderData, o governo tinha 48% de desaprovação em dezembro, ante 45% de aprovação. Na 6ª feira (10.jan.2025), a Atlas Intel mostrou um número parecido: 49,8% de reprovação e 47,8% de aprovação. Igualmente recorde.
A avaliação do trabalho pessoal de Lula também piorou de forma generalizada, como mostra o infográfico abaixo:
Uma das áreas que o novo ministro quer melhorar é a comunicação digital do governo. Avalia que atualmente ela é analógica. Mas Sidônio terá duas dificuldades nessa área. Terá de refazer a licitação de R$ 200 milhões para contratar empresas de comunicação digital e enfrentará mudanças nas redes sociais que podem impactar na circulação de informações sobre política.
Em 7 de janeiro, o dono da Meta, Mark Zuckerberg, anunciou que a companhia decidiu acabar com o seu sistema de verificação de fatos e suspendeu as restrições a publicações nas suas redes sociais: Facebook, Instagram e Threads. A justificativa foi “restaurar a liberdade de expressão”.
A big tech anunciou também que passará a exibir mais conteúdo de política nos feeds dos usuários. A medida já começou a valer nos Estados Unidos e deve chegar ao restante do mundo nos próximos dias.
TROCAS NA SECOM
Sidônio fez trocas na composição da Secom ao indicar pessoas que já trabalhavam com ele anteriormente. Ter gente próxima ao seu redor foi uma de suas características durante a campanha eleitoral de 2022. Mas as mudanças também foram feitas para dirimir as disputas internas nas secretarias que compõem o ministério.
Como o Poder360 mostrou, Lula deu carta branca para que o marqueteiro pudesse acabar com os “feudos” existentes na Secom. Das 7 secretarias, só duas eram ocupadas por indicação direta de Pimenta: Ricardo Zamora, chefe da Secretaria Executiva, e Fabrício Lazzarini Carbonel, responsável pela Secretaria de Publicidade e Patrocínios.
Os 2, porém, deixarão a Secom. Sidônio indicou o publicitário Thiago César para a secretaria-executiva e Paulo Brito para a gerência da publicidade. Outra mudança significativa que o marqueteiro fez foi demitir o secretário de imprensa, José Chrispiniano, que atuava como assessor de Lula há 13 anos.
Em seu lugar, assumirá Laércio Portela, que foi ministro interino da Secom de maio a setembro, quando Pimenta se licenciou do cargo para se dedicar a uma secretaria extraordinária criada para ajudar na reconstrução do Rio Grande do Sul, atingido por fortes enchentes.
JANJA PERDERÁ ALIADA
Outra troca significativa que Sidônio deve oficializar nos próximos dias é a saída da titular da secretaria de Estratégia e Redes, Brunna Rosa. Ela é ligada à primeira-dama Janja Lula da Silva e administra as contas institucionais da Presidência, como as páginas do Governo do Brasil (@govbr) e da Secom (@secomvc). Também é responsável pelas pesquisas internas do governo.
Sua saída representa uma ruptura na influência exercida por Janja na comunicação do governo. Como o Poder360 mostrou em maio de 2024, a primeira-dama travou uma disputa com outros 2 assessores diretos mais próximos de Lula pelo controle total das redes sociais do presidente.
Ela queria que Brunna Rosa comandasse também as publicações nos perfis pessoais de Lula, que estavam a cargo de Chrispiniano, no X (antigo Twitter), e do secretário de Audiovisual e fotógrafo oficial, Ricardo Stuckert, no Instagram. A divisão na administração das contas, porém, permaneceu.
Sidônio, porém, mantém uma boa relação com Janja de acordo com aliados de ambos. Desde a campanha eleitoral, o marqueteiro costuma consultar a primeira-dama e acatar suas ideias. Já no governo, trocaram impressões sobre ações da comunicação, às vezes, com a mesma avaliação de que faltava melhorar a forma de levar à população os feitos positivos do governo.
Como o Poder360 mostrou, o chefe de gabinete da comunicação da Prefeitura do Recife (PE), Rafael Marroquim, foi sondado por Sidônio para ocupar o lugar de Rosa, mas não aceitou o cargo. Apesar disso, o jornalista topou ajudar informalmente nas redes do governo e ceder parte de sua equipe.
Marroquim cuida das redes do prefeito João Campos (PSB), reconhecido como o mais popular do campo progressista na internet. Sua aproximação indica o perfil que o novo chefe da Secom quer para os perfis de Lula e do governo.
Em meio às mudanças, Stuckert será mantido. Fotógrafo de Lula desde o início do seu 1º mandato, em 2003, é uma das pessoas com melhor acesso ao presidente. Esteve com o petista durante todo o seu governo (2003-2010) e no seu período fora da Presidência, inclusive quando Lula esteve preso por 580 dias na carceragem da Polícia Federal em Curitiba (PR). No atual governo, é o secretário de Produção e Divulgação de Conteúdo Audiovisual.
O presidente Lula (PT) criticou nesta segunda-feira (13) mães que dão celular para crianças que choram no lugar de “aconchegar” os filhos. O discurso foi durante a sanção do projeto que proíbe aparelhos celulares nas escolas do Brasil.
“Comportamento desumano”
Criticando o ato, Lula disse: “Vi caso de criança com dois anos começar a chorar e ao invés da mãe pegar para que o aconchego do corpo pudesse fazer a criança parar de chorar, simplesmente dar o celular.”
Ele seguiu: “É uma coisa fria, gelada, não tem nada a ver e não vai educar. Esse comportamento desumano está sendo utilizado pelos humanos.”
Namoro no celular
O presidente também relatou quando viu um casal de adolescentes sentados frente a frente conversado pelo celular. “Tirei o telefone dos dois e disse: ‘Conversem se olhando, vão ver se não é muito mais bonito, interativo, do que ficar na frente do outro sem pegar na mão, apenas com a mão no celular.”
Para o presidente, o celular atrapalha o contato humano: “O ser humano nasceu para viver olhando um para a cara do outro, para brincar. Somos feitos de reação química que tem que olhar, abraçar, pegar na mão.”
Proibição de celulares em escolas
A sanção da proibição de celulares em escolas ocorreu em um evento fechado no Palácio do Planalto. Ainda não foi publicado pelo Diário da União, mas Lula garantiu que não haverá votos.
A proposta foi aprovada de forma simbólica pelo Senado em dezembro de 2024. O governo esperava colocar a PL em ação no começo do ano letivo de 2025.
Imagens registradas na noite desta segunda-feira, 13, mostram ruas de Caicó alagadas após as fortes chuvas. O registro aconteceu no Bairro Salviano Santos, e a população local demonstra preocupação com a situação.
Joe Biden afirmou, nesta segunda-feira (13), que deixa um Estados Unidos “mais forte”, durante um discurso focado na Ucrânia, Gaza e China, no qual fez um balanço de sua política externa antes de passar o cargo ao republicano Donald Trump.
“Os Estados Unidos estão mais fortes, nossas alianças estão mais fortes, nossos adversários e concorrentes estão mais fracos, (e) não fomos à guerra para que essas coisas acontecessem”, afirmou no Departamento de Estado.
Os membros da aliança militar da Otan agora “pagam sua parte justa”, garantiu.
Trump criticou repetidamente os países da aliança atlântica e, em determinado momento, disse que incentivaria a Rússia a fazer “o que quisesse” com os aliados que não pagassem o que cabia a eles.
No passado, o republicano também expressou sua admiração pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, enquanto Biden zombou do chefe de Kremlin sobre a situação na Ucrânia.
“Quando Putin invadiu, ele pensou que conquistaria Kiev em questão de dias. A verdade é que, desde que começou essa guerra, eu sou o único que foi ao centro de Kiev, não ele”, disse.
Biden se tornou o primeiro presidente dos Estados Unidos em exercício a visitar uma zona de guerra não controlada pelas forças americanas ao viajar à capital ucraniana em 2023.
O democrata afirmou que os Estados Unidos e seus aliados não podem “abandonar” a Ucrânia, a quem Washington enviou bilhões de dólares em assistência militar desde o início da guerra em 2022.
“Há mais a fazer”, afirmou o octogenário, garantindo que Putin “não alcançou nenhum de seus objetivos estratégicos”.
Trump prometeu alcançar um acordo de paz “em 24 horas”, mas há temores em Kiev de que ele possa forçar um cessar-fogo que faça a Ucrânia ceder território à Rússia.
– “Nunca vão nos superar” –
No balanço de seus quatro anos de mandato sobre política externa, Biden não poderia deixar de falar sobre a China, uma de suas prioridades.
O democrata está convencido de que “os Estados Unidos estão ganhando a competição mundial” contra o gigante asiático em uma nova era de economia e tecnologia globais.
“Segundo as últimas previsões, observando a trajetória atual da China, nunca vão nos superar. Ponto”, afirmou, se vangloriando também de ter gerido de forma “responsável” as relações com Pequim.
“Criamos linhas de comunicação entre o presidente Xi (Jinping) e eu e entre os líderes de nossos exércitos para evitar mal-entendidos. Encontramos formas de colaborar para enfrentar a mudança climática, para reduzir o fluxo de fentanil nos Estados Unidos”, detalhou.
O presidente em fim de mandato se congratulou pela queda das mortes por overdose de drogas nos Estados Unidos e se vangloriou de que mais fentanil foi apreendido na fronteira “em dois anos do que nos cinco anos anteriores juntos”.
Trump decidiu declarar guerra ao fentanil e ameaça impor tarifas muito altas ao México, Canadá e China até que, segundo ele, os três países tomem medidas contra este opioide sintético que causa estragos nos Estados Unidos.
O discurso de Biden foi mais comedido sobre a guerra em Gaza, já que parte do Partido Democrata critica seu apoio incondicional a Israel. Mesmo assim, o democrata se mostrou otimista.
– O “certo” no Afeganistão –
“Na guerra entre Israel e Hamas, estamos prestes a que uma proposta que apresentei em detalhes há meses finalmente se torne realidade”, afirmou.
Biden defendeu a retirada do Afeganistão, que caiu nas mãos dos talibãs em 2021.
“Acabar com a guerra foi a coisa certa a se fazer”, considerou.
Por fim, o presidente de 82 anos instou a administração Trump a continuar com as políticas de energia verde que seu governo impulsionou, pois os negacionistas do clima estão “completamente errados”.
Diretamente do Salão Oval, Biden fará seu discurso de despedida à nação na quarta-feira.
A Câmara dos Deputados autorizou parlamentares a usar recursos da cota de financiamento de atividades do mandato para pagar despacho de bagagem e internet em voos e aeroportos.
A decisão foi tomada pela Mesa Diretora da Casa às vésperas do recesso do fim do ano. O texto, porém, só foi publicado nesta sexta-feira (10), como uma “retificação” do Diário da Câmara do dia 19 de dezembro.
A mudança, que já está em vigor, amplia possibilidades de uso da cota parlamentar, um benefício mensal destinado aos deputados para custear despesas relacionadas ao exercício dos mandatos.
Na prática, os deputados vão poder comprar esses serviços adicionais usando a verba da Câmara – ou comprar com recursos próprios e pedir o ressarcimento integral em seguida.
Popularmente conhecido como “cotão”, o recurso varia entre as bancadas dos estados, levando em conta a distância das capitais a Brasília – e pode chegar a R$ 51,4 mil mensais por deputado.
Ao longo do último ano, os gastos com a cota parlamentar totalizaram cerca de R$ 227,7 milhões.
Deste montante, as despesas com passagens aéreas somaram R$ 35,3 milhões, de acordo com dados da Câmara.
O benefício pode ser utilizado em 15 categorias de despesas, incluindo compras de:
passagens aéreas
combustível
alimentação
hospedagem
serviços de manutenção de escritórios
atividades de divulgação do mandato.
Atualmente, a cota parlamentar pode ser usada diretamente por cada gabinete em débito automático – por exemplo, emitindo passagens aéreas por um sistema específico da Câmara.
Deputados e assessores podem, também, usar seus cartões pessoais e pedir o ressarcimento em seguida.
O novo ato da Mesa Diretora não altera a lista de 15 categorias de despesas. Mas inclui o despacho de bagagens e a compra de pacotes de internet nas possibilidades de gastos com “passagens aéreas”.
Ao justificar a medida, a Mesa afirmou que a mudança dá “continuidade ao processo de aperfeiçoamento da Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar”.
Imagens registradas em Carnaúba dos Dantas mostra o alto nível das águas na cidade, após chuvas desta segunda-feira, 13. Segundo informações, as chuvas registraram mais de 90 milímetros.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta segunda-feira (13/1) que vai atuar, em conjunto com a bancada de seu partido, para derrubar a instrução normativa da Receita Federal que trouxe novas regras de monitoramento de transações envolvendo o Pix.
“Junto à nossa bancada de deputados e senadores do PL, e de outros partidos, buscaremos medidas para derrubar essa desumana Instrução Normativa da Receita de Lula da Silva”, escreveu Bolsonaro no X.
O que aconteceu:
-Instrução normativa da Receita determinou que, a partir de janeiro de 2025, Pix que somarem pelo menos R$ 5 mil por mês para pessoas físicas e R$ 15 mil para pessoas jurídicas (as empresas) deverão ser declarados;
-Contribuinte que é autônomo, empreendedor ou que faz os chamados “freelas” e hoje atua de modo informal, isto é, sem registro com CNPJ, MEI, microempresa ou empresa de pequeno porte, terá de se submeter às regras, sob o risco de cair na malha fina;
-Com a medida, a Receita diz estar incorporando inovações tecnológicas, estendendo o monitoramento de transferências feitas por Pix a fintechs (bancos digitais) e instituições de pagamento (que fornecem carteiras virtuais);
-Quem vai reportar à Receita as transações são as empresas responsáveis pelas operações financeiras. O prazo para que os primeiros dados sejam apresentados ao Fisco é até o último dia útil de agosto.
O Pix é o sistema de pagamentos contínuo e em tempo real do Banco Central (BC). A iniciativa de criação do sistema foi tomada no governo de Michel Temer (MDB), e implementada na gestão Bolsonaro. O BC é responsável por inovações no Pix, como o Pix por aproximação, que já está sendo testado.
O governo Lula (PT) tem rebatido as acusações de que vai taxar o Pix. Na última sexta-feira (10/1), o próprio presidente Lula chamou de fake news informações divulgadas nas redes sociais. E afirmou: “O que nós podemos fazer é fiscalizar para evitar lavagem de dinheiro”.
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva confirmou que não irá a posse do presidente dos EstadosUnidos, DonaldTrump, na próxima segunda-feira (20). Convidado, o ex-presidente Jair Bolsonaro aguarda a liberação de seu passaporte para participar da cerimônia.
Conforme o protocolo das posses presidenciais nos EUA, o futuro presidente convidou diplomatas, e não chefes de Estado ou governo. Essa medida visa reforçar a ideia de supremacia americana e evitar a necessidade de reconhecimento de outras nações por meio da presença de líderes estrangeiros.
Em 2009, o então presidente Lula também não foi convidado para a posse de Barack Obama, apesar de uma agenda alinhada.
A embaixadora do Brasil em Washington, Maris Luiza Voitti, representará o país na posse de Trump, conforme confirmado pela chancelaria brasileira. O convite segue a tradição americana.
Convites excepcionais
Apesar do protocolo, Trump fez exceções ao convidar líderes da extrema direita, como o presidente argentino Javier Milei, cuja presença foi confirmada pelo jornal La Nación. A primeira-ministra italiana, Georgia Meloni, e o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, também foram convidados.
Jair Bolsonaro afirma ter recebido um convite, mas depende da liberação de seu passaporte, apreendido pela Polícia Federal em fevereiro do ano passado. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, exigiu que a defesa de Bolsonaro apresente um documento oficial que comprove que foi convidado.
Segundo o UOL, o convite mencionado por Bolsonaro é um e-mail enviado ao seu filho, deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), questionando se o ex-presidente participaria do evento. Moraes questionou a autenticidade do convite, já que a mensagem foi enviada de um endereço não identificado: “[email protected]”, sem detalhes dos horários do evento.
Defesa de Bolsonaro
O ex-presidente deve responder ao STF nesta segunda-feira (13). A defesa está sob responsabilidade do advogado Celso Vilardi, que assumiu o caso no dia 9 e deve protocolar as informações complementares solicitadas por Moraes. Vilardi já defendeu figuras como o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, o empresário Eike Batista e o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta. Paulo Cunha Bueno, advogado anterior de Bolsonaro, permanece na equipe, mas não está mais na coordenação.
O vice-presidente eleito dos Estados Unidos, J.D.Vance, recuou na promessa de campanha feita por Donald Trump de conceder o perdão presidencial aos invasores do Capitólio, em Washington, no dia 6 de janeiro de 2021, para impedir a validação da vitória do presidente Joe Biden.
JD Vance, em entrevista à emissora americana Fox News nesse domingo (12/1), afirmou que o perdão só deve ser concedido àqueles que foram pacíficos e não aos que invadiram e depredaram o Congresso norte-americano.
“Se você protestou pacificamente em 6 de janeiro, você deveria ser perdoado. Se você cometeu vi0lência naquele dia, obviamente não deveria ser perdoado, e há uma pequena área cinzenta aí, mas estamos muito comprometidos em ver a administração igualitária da lei”, afirmou J.D.Vance.
No entanto, Trump afirmou que um dos primeiros atos como presidente será perdoar os envolvidos na invasão do Capitólio.
Questionado sobre a situação de apoiadores acusados de crimes federais em decorrência do episódio, Trump prometeu conceder perdão presidencial aos envolvidos. No entanto, ele frisou que irá analisar caso a caso, “na primeira hora” da administração.
“Bem, vamos analisar cada caso individual e vamos fazer isso muito rapidamente. Vai começar na primeira hora em que eu chegar ao cargo. E a grande maioria deles não deveria estar na prisão. A grande maioria não deveria estar na prisão, e eles sofreram gravemente”, afirmou o presidente eleito.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu nesta 2ª feira (13.jan.2025) que a proibição do uso de celulares nas escolas é uma forma de educação, não de “proibição”.
“Depois que ele [estudante] sair da sala de aula e chegar na casa dele, que a mãe dele faça o que ele quiser, nós não vamos proibir. Nós não estamos interferindo na proibição, estamos apenas educando que tem lugar que é permitido e lugar que não é”, disse.
A declaração do petista foi dada em cerimônia de sanção do PL (projeto de lei) 104 de 2015, que veta o uso de aparelhos eletrônicos portáteis por estudantes do setor público e privado. As regras valem assim que publicadas.
Para o presidente, o texto servirá para que “o humanismo não seja trocado por algoritmo”.
SANÇÃO
O projeto foi sancionado sem vetos. A cerimônia no Palácio do Planalto contou com congressistas, o ministro da Educação, Camilo Santana, e a ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo.
Eis alguns pontos da restrição:
valerá para escolas públicas e privadas, em todas as etapas da educação básica (ensinos infantil, fundamental e médio);
será para as salas de aula, o recreio e os intervalos entre as aulas;
outros aparelhos eletrônicos portáteis também estarão restritos.
O texto permite o uso de celular para:
atividades pedagógicas, com orientação de professores;
situações de estado de perigo, necessidade ou força maior;
assegurar a acessibilidade, a inclusão e os direitos fundamentais e para atender às condições de saúde dos estudantes.
A proposta determina ainda que caberá às escolas oferecer treinamento periódico para identificar e prevenir o sofrimento mental pelo uso dos aparelhos.
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