O recém-nascido PSD arrastou para dentro de seus quadros até a noite desta sexta (7), 54 deputados federais.
Composta por descontentes de todos os quadrandes, a tropa presidida por Gilberto Kassab tornou-se a terceira maior bancada da Câmara.
Soma dois votos a mais que o PSDB, cuja bancada ficou com 52 deputados. Em quantidade, perde apenas para o PMDB (80 deputados) e o PT (86).
Líder do PSD na Câmara, o ‘ex-demo’ Guilherme Campos (SP), negocia novas filiações. Estima que pode liderar até 60 deputados.
Segundo Guilherme, até um deputado do PT flerta o PSD. Ele evita mencionar o nome.
A despeito da pretensa “independência” do novo partido, a situação de Dilma Rousseff será ainda mais confortável na Câmara.
Acrescidos à maioria governista, os votos do PSD servirão de antídoto contra a rebeldia de legendas como o PR de Valdemar Costa Neto.
No Senado, o poder de sedução do PSD revelou-se menos efetivo. Além de Kátia Abreu (TO), a agremiaçao filiou apenas o senador Sérgio Petecão (AC).
Pelo regimento, só as legendas com pelo menos três senadores têm direito de indicar um líder.
Petecão lamenta: “Fica uma bancada muito forte na Câmara mas, em compensação, o partido não vai ter estrutura no Senado. É muito ruim.”
Kátia, porém, não jogou a toalha: “Ainda temos algumas conversas.”
Josias de Souza
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