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Protagonista de uma queda de braço nos bastidores do PSDB do Rio, o ex-ministro Gustavo Bebianno será o candidato do partido à sucessão do prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) no lugar de Mariana Ribas, lançada como pré-candidata tucana em setembro do ano passado. A substituição foi adiantada nesta quarta-feira pelo blog do jornalista Lauro Jardim e ocorre após negativa recente do governador de São Paulo, João Doria, com quem Bebianno havia se reunido em janeiro. Na sigla, o ex-aliado do presidente Jair Bolsonaro angariou aliados, rachando a sigla fluminense, e uma eventual troca de partido após três meses de filiação chegou a ser cogitada.
Após a participação de Bebianno no programa “Roda Viva” da TV Cultura, na segunda-feira, Doria se convenceu a apoiar a candidatura do ex-ministro à prefeitura do Rio. O anúncio oficial será feito em coletiva na manhã de quinta-feira.
Ribas, por sua vez, será convidada por Doria para atuar na área de cultura em São Paulo. Ela foi secretária de Cultura na gestão Crivella, além de diretora da Ancine, e teve sua pré-candidatura defendida por Doria e pelo empresário Paulo Marinho, suplente do senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ), mas que também rompeu com o clã presidencial antes de assumir a presidência estadual do PSDB.
Doria e Marinho foram responsáveis pela filiação de Bebianno, com a atribuição de articular a sigla para a disputa municipal. Durante a participação no “Roda Viva”, Bebianno elogiou Ribas, mas admitiu que ainda alimentava sua própria candidatura no Rio.
— Quando cheguei ao PSDB, o partido já tinha uma pré-candidata. A política é muito dinâmica. Isso não apaga meu desejo de, quem sabe, vir a disputar a prefeitura — disse Bebianno.
A insistência de Doria e Marinho pela candidatura de Mariana Ribas desagradou Bebianno. Segundo um integrante do PSDB, Bebianno manifestou pela primeira vez, em reunião da Executiva estadual do PSDB neste ano, a possibilidade de trocar de partido. Procurado pelo GLOBO, Bebianno negou e disse que não participa das reuniões da Executiva estadual.
O PSL, partido que Bebianno deixou após romper com Bolsonaro e ser exonerado da Secretaria-Geral da Presidência, no início de 2019, era visto como um possível destino por conta da amizade com o presidente nacional da legenda, Luciano Bivar. Procurado, Bivar não deu retorno. Bebianno também manteve conversas recentes com o governador do Rio Wilson Witzel (PSC), outro que está no radar do PSL.
Membros do PSDB tratam como plano B uma composição do partido com candidatos de outras siglas, como o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM). Em meio à queda de braço, Mariana Ribas vinha marcando posição como aliada de Doria e assistiu à final do torneio de tênis Rio Open ao lado do governador de São Paulo, no último dia 23, no Jockey Club.
Na terça-feira, integrantes do PSDB do Rio ainda consideravam de pé a candidatura de Mariana Ribas. A vereadora Teresa Bergher, que disputará o quarto mandato consecutivo na Câmara Municipal do Rio, criticou a manutenção da pré-candidatura de Ribas e afirmou que Bebianno “teria maior potencial”. Bergher disse que estuda convites para trocar o PSDB pelo PDT ou pelo Cidadania, dos pré-candidatos Martha Rocha e Marcelo Calero, respectivamente.
— Não tenho nenhum compromisso com a candidatura da Mariana. Ainda estou no PSDB porque não sou uma pessoa de trocar de partido. Mas percebo que esse “novo PSDB”, como vem sendo chamado, não construiu nada. Houve uma intervenção absurda no Rio — disse Bergher.
Bebianno também ganhou apoio entre prefeitos do PSDB no estado. Dr. Aluízio, de Macaé, se manifestou publicamente a favor da candidatura do ex-ministro de Bolsonaro no Rio e participou da reunião em que Doria disse “não”.
Em meio à disputa envolvendo a pré-candidatura de Mariana Ribas, Doria também encarou descontentamento entre membros do partido com mandato. O prefeito de Mesquita Jorge Miranda, substituído por Marinho no comando estadual, não deve seguir no PSDB. A fila de desfiliações do inclui também o deputado estadual Luiz Paulo, que ganhou no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) o direito de trocar de sigla sem perder o mandato. Luiz Paulo classificou Doria como “golpista” após as intervenções do governador paulista no Rio.
O GLOBO
Fraco demais !!
Qualquer um é melhor q Crivella
Pronto, era só o que faltava, como diz o Tico de perpétua, agora o Rio de Janeiro se lasca de uma vez.