O PT começou a montar a estratégia, considerada prioritária pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para tentar tirar o PSDB do Palácio dos Bandeirantes na eleição de 2014. A direção do partido debate internamente dois caminhos: fazer uma aliança com uma sigla aliada e tirar a cabeça de chapa do PT ou lançar um ministro da presidente Dilma Rousseff como candidato a governador de São Paulo. As duas estratégias foram debatidas há dez dias em reunião com Lula, em São Paulo. Voltaram à pauta na segunda-feira em almoço em Brasília do qual participaram integrantes do partido.
O PT discute a possibilidade de apoiar o PMDB em São Paulo, num movimento em que lançaria o vice-presidente Michel Temer como candidato a governador. Essa solução daria à chapa o maior tempo de TV na disputa e abriria a vaga de vice de Dilma, facilitando a composição com o PSB, do governador Eduardo Campos (PE). O desenho com Temer na cabeça de chapa é visto pelos petistas como a única possibilidade de o PMDB abrir mão da vice-presidência – o pré-candidato peemedebista ao governo do Estado é o deputado Gabriel Chalita, que tem bom trânsito com o PT e deverá ser o novo ministro de Ciência e Tecnologia.
“Todas as soluções são possíveis. Lula já me disse que o fundamental é ganhar o governo
do Estado. Vamos fazer um esforço muito grande para isso acontecer”, declarou o ex-prefeito de Osasco Emídio de Souza, cotado para presidir o PT paulista. “A nossa prioridade é derrotar os tucanos em São Paulo. Para isso se configurar, não vamos medir esforços”, completou.
Desde que Lula se elegeu presidente, a escolha dos candidatos do PT nas eleições mais estratégicas passou a ser feita por ele, o que levou ao abandono de práticas tradicionais, como as prévias. Na campanha de Haddad, Lula chegou a perguntar ao candidato se poderia ser o seu vice. A pergunta não foi em tom de brincadeira. Na ocasião, havia um impasse: Luiza Erundina (PSB) havia desistido da indicação em razão da aliança com Paulo Maluf (PP). Quando o assunto é eleição, o petista coloca todas as cartas na mesa.
Estadão
Essa turma nao pensa em saude, segurança, educaçao, so pensa em politica!