O PT já retém 20% dos salários de todos os parlamentares e ocupantes de cargos comissionados no legislativo e no executivo em todo País. Agora que fisgar sobre a verba que os deputados e senadores recebem para ” bancar” custos dos gabinetes e atividades parlamentares, não se supreendam se daqui a uns dias o PT lança ações na bolsa de valores.
Segue texto de Josias de Souza:
Líder do PT na Câmara, o deputado Paulo Teixeira (SP, na foto) formulou uma proposta entre inusitada e despudorada.
Sugere a instituição de um “dízimo” sobre a verba que cada deputado recebe mensalmente para o custeio do mandato.
Deve-se a informação à repórter Maria Clara Cabral. Ela acomodou os detalhes sobre a novidade em notícia levada às páginas da Folha.
Apelidado de “cotão” o repasse aos deputados serve, em tese, para bancar despesas cotidianas dos gabinetes.
Coisas como passagens aéreas, impressão de material de divulgação, aquisição de pesquisas, compra de material de escritório e gasolina.
Para os deputados de Estados mais longínquos, como Rondônia, o “cotão” pode chegar a R$ 34,2 mil. Mais do que o contracheque do deputado: R$ 26,7 mil.
Pois bem, o petista Teixera sugere que os parlamentares entreguem mensalmente às lideranças de seus partidos 10% da supercota.
Para quê? No dizer de Teixeira, a grana comporia um fundo. E seria destinada ao “atendimento das despesas de interesse coletivo da bancada”.
Curioso, muito curioso, curiosíssimo. Hoje, os líderes já têm à sua disposição uma estrutura extra. Inclui gabinete especial e equipes vitaminadas.
O número de assessores varia conforme as bancadas. Na liderança do PT, a folha abriga 90 companheiros. Um time de fazer inveja a empresas de porte médio.
Para fazer jus ao “cotão”, um deputado precisa apresentar recibos das despesas sipostamente realizadas. São frequentes os casos de fraude.
No caso do dízimo, a grana seria borrifada em contas bancárias aberta pelos líderes ou por pessoas indicadas por eles. Sem previsão de devolução.
A proposta não obteve unanimidade nem entre os “liderados” de Texeira.
“A princípio, sou contra, principalmente porque já repasso 20% do meu salário líquido para o partido”, disse, por exemplo, Domingos Dutra (PT-MA).
Para desassossego do contribuinte, porém, a sugestão do líder petista conquistou um apoiador de peso.
Aderiu à ideia ninguém menos que Marco Maia (RS), o presidente petista da Câmara. Ele pretende submeter a proposta aos líderes de outras legendas.
A encrenca não precisa nem votada em plenário. Para virar realidade, basta que a Mesa diretora da Câmara a aprove.
Como se vê, são insondáveis os riscos a que a Viúva é submetida no Legislativo. Ali, insiste-se em tratar verba pública como se fosse dinheiro grátis.
vocês poderiam mudar o título para "PT: partido, banco ou QUADRILHA de São João…
Mais uma vergonha patrocinada pelo PT.