Foto: Arte R7
Quase um quarto das famílias brasileiras (23,9%) viviam entre 2017 e 2018 com renda total de até R$ 1.908. O valor equivale a menos de dois salários mínimos (R$ 998) e é mais de R$ 3.500 inferior à média dos lares nacionais, de R$ 5.426,70.
O percentual das famílias que faturam até R$ 1.908 corresponde a cerca de 44,8 milhões de pessoas e 16,5 milhões de lares, segundo dados revelados nesta sexta-feira (4), pela POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares), divulgada, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Apesar da elevada quantidade de famílias que vivem com a faixa mais baixa de renda do relatório, o maior percentual do estudo é apresentado pelos lares com rendimentos médios entre R$ 2.862 e R$ 9.540 e corresponde a 30,5% do total de famílias. Para 18,6%, as remunerações mensais da casa variam entre R$ 1.908 e R$ 2.862.
Com os dados, é possível afirmar que três de cada quatro famílias contam com até seis salários mínimos (R$ 5.724) para passar o mês — isso equivale a 147,8 milhões de pessoas, de 50,4 milhões de famílias brasileiras.
Na ponta mais rica do levantamento, aparecem 2,7% das residências do país com renda média acima de R$ 23.850. Há ainda 3,9% com remuneração entre R$ 14.310 e 23.850 e R$ 6,4% ganhando de R$ 9.540 a R$ 14.310.
Regiões
De acordo com o levantamento, o rendimento médio mensal das famílias varia significativamente conforme a localidade em que o grupo vive.
Para os lares da área urbanas, a renda média foi de R$ 5.806,24. Já os grupos que vivem em regiões rurais acumulam rendimento de cerca de R$ 3.050,49, o que representa pouco mais da metade (52,3%) dos ganhos das famílias da zona urbana.
Quando o assunto são as regiões do país, a diferença também é considerável, com o salário médio das famílias moradoras do Centro-Oeste (R$ 6.772,86) mais de 90% superior em relação às do Nordeste (R$ 3.557,98).
Além do Centro-Oeste, as regiões Sul (R$ 5.995,55) e Sudeste (R$ 6.391,29) têm remuneração média familiar acima da média nacional. Na Norte, os grupos de moradores somam renda na casa de R$ 3.647,70.
Em todas as regiões, o componente com a maior participação nos valores recebidos pelas famílias foi o rendimento do trabalho. As maiores participações do rendimento do trabalho foram registradas no Centro-Oeste (61,5%) e no Norte (61,0%).
Arte/R7
R7
Muito bom esse texto, 2019. Estamos em 2021 no meio dessa pandemia infernal que já tirou 6 milhoes das classes media e media alta empurrando para as classe C e D e E e temos uma perspectiva de menos emprego, renda e consumo para 2022. O governo precisa aliar estrategias com a classe dos parlamentares e empresarios e investir em obras reformas, estradas e apoiar o agronegocio para trazer DIVISAS, deixar de tantas DIVISÕES.