O Facebook retirou do ar uma série de páginas e usuários que eram usados pelo movimento Movimento Brasil Livre (MBL) para disseminar conteúdo que incluia notícias falsas, como os perfis Jornalivre, Brasil 200 e O Diário Nacional. De acordo com a empresa, 196 páginas e 87 contas foram removidas com base no código de autenticidade da rede, porque “escondiam das pessoas a natureza e origem de seu conteúdo” e tinham o propósito de gerar “divisão e espalhar desinformação”.
Essa não é a primeira ação da rede contra o MBL. Como revelado no início do ano pelo GLOBO, o Facebook já havia derrubado um aplicativo utilizado pelo movimento para disparar conteúdo automaticamente em centenas de páginas, mas essa foi a primeira vez que uma ação desse tamanho ocorreu no Brasil.
De com acordo com o Facebook a ação é parte de uma série de esforços da empresa para reprimir perfis enganosos antes das eleições de outubro. Como revelado pela Reuters, a rede de páginas era administrada por membros importantes do MBL, movimento que ganhou destaque por liderar protestos em 2016 a favor do impeachment da então presidente Dilma Rousseff com um estilo agressivo de política online que ajudou a polarizar o debate no Brasil.
— A minha hipótese é que, diferente de 2014, o ecossistema de páginas com viés político partidário hoje é muito maior. Será uma eleição em que as páginas também tem como característica não só o discurso ideológico, o que não é um problema em si, mas também uma pretensão noticiosa travestida em linguagem jornalística. Parte dessa estrutura foi desmantelada com a ação do Facebook, que demonstra que elas serão alvo da rede — explica Fábio Malini, coordenador do Laboratório de Estudos sobre Imagem e Cibercultura da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes)
Entre os membros do MBL que tiveram páginas derrubadas estão Renato Battista, coordenador do movimento, Thomaz Barbosa, coordenador do MBL no Vale do Paraíba, e Renan Santos, um dos fundadores do grupo.
As páginas desativadas, algumas com meio milhão de seguidores, variavam de notícias sensacionalistas a temas políticos, com uma abordagem conservadora, com nomes como Jornalivre, Movimento Espartano, Canal Mais Vistas e O Diário Nacional. A página do movimento Brasil 200, idealizado pelo empresário e político Flavio Rocha, também foi derrubada.
— Uma ação desse tamanho não existia antes e é surpreendente. Não se sabia dessa movimentação. Nós só tinhamos conhecimento de cerca de 20 delas. Ao que tudo indica, se tratou de uma ação coordenada do Facebook para cortar essas páginas, que muito provavelmente estavam sendo criadas para as eleições — explica Pablo Ortellado, professor e pesquisador do Monitor do Debate Público no Meio Digital da USP.
O esquema era feito através de perfis verdadeiros, que por sua vez eram utilizados para criar uma série de usuários falsos. Esses usuários, então, criavam e administravam as páginas que foram derrubadas.
Em suas diretrizes de autenticidade, o Facebook diz que é proibido “comportamento não autêntico”, que inclui criar, gerenciar ou perpetuar contas falsas ou contas com nomes falsos. Além disso, também é proibido o uso de contas que “participam de comportamentos não autênticos coordenados, ou seja, em que múltiplas contas trabalham em conjunto com a finalidade de enganar as pessoas sobre a origem do conteúdo”; “enganar as pessoas sobre o destino dos links externos”; “enganar as pessoas na tentativa de incentivar compartilhamentos, curtidas ou cliques”; “enganar as pessoas para ocultar ou permitir a violação de outras políticas de acordo com os Padrões da Comunidade”.
— Se trata de um ecossistema. Esse conteúdo falso ou de ódio não é compartilhado apenas pelo MBL. É feita uma rede de páginas, pensada como engenharia da informação, que gera alcance em diferentes públicos. Isso faz com que surja um “clima de opinião favorável” às pautas dessas páginas, o que é uma força muito poderosa nas decisões democráticas. Seja com posts pagos ou orgânicos, essa rede consegue afetar parte da opinião pública com informações parciais ou até mentirosas. E isso se dá em todos os espectros políticos — explica Malini.
Portanto, páginas associadas a esse tipo de conteúdo e páginas e perfis que os promovem, também estão sujeitas ao banimento.
Essas ações são a parceria com agência de checagem, como as agências Lupa e Aos Fatos, que avaliam a veracidade de uma notícia. Se ela for comprovadamente falsa, a rede reduz o alcance que seus compartilhamentos terão. A segunda atitude é a de derrubar páginas que são operadas por perfis falsos, o caso desta quarta-feira. Ou seja, as que ferem as “diretrizes de autenticidade” da rede.
Como revelado em uma série de reportagens do GLOBO no mês de março, o MBL já se utilizava de práticas similares para propagar conteúdo nas redes sociais. Mais especificamente, de um aplicativo chamado “Voxer”, que permitia o compartilhamento automático de mensagens e postagens em contas de outros usuários. Na época, a apuração apontou 368 perfis que foram usados pelo MBL, que reproduziram 16 mensagens iguais em um período de duas semanas.
O Facebook desativou o “Voxer”, após ter sido procurado pelo GLOBO durante a apuração de uma reportagem sobre a estratégia digital do MBL.
Procurado, o MBL não respondeu ao GLOBO. Em suas redes sociais, porém, o movimento disse em nota que considerou a ação “censura” e que irá “utilizar todos os recursos midiáticos, legais e políticos que a democracia nos oferece para recuperar as páginas derrubadas e reverter a perseguição sofrida, com consequências exemplares para a empresa”.
O GLOBO
Faça o que digo, mas não faça o que faço não.
Descobrir quem financia esses pseudomovimentos que se dizem contra a corrupção apoiam ou se calam diante de Temer, Serra, Aécio, Gedel, Jucá, etc.
Muito a deles inclusive participam dos governos de Temer e Alkimin.
INOCENTES!
Não importa quem financia desde que não seja dinheiro público. Qualquer, inclusive você, tem o direito de faxer o que bem entender do seu dinheiro e da sua opinião. O brasileiro está perdendo a noção dos seus direitos e da sua liberdade. Pelo que se vê, já vivemos num socialismo camuflado. Cuide do que é seu.
Uma coisa é direito de expressar suas opiniões e outra coisa é disseminar notícias falsas. A primeira situação é legal e constitucional, já a segunda é ilegal. Todos sabemos que existem perfis falsos programados por robôs para espalhar as fakes news com a intenção de influenciar as eleições e opiniões. Isso é jogar sujo, falta de honestidade. A internet não deve ser uma terra sem lei. Se as páginas removidas pelo Facebook se prestavam a esse trabalho sujo, é justo que sejam retiradas de circulação e que essa atitude seja extensiva a todos os tipos de perfis falsos.
As leis brasileiras continuam valendo e a justiça é o caminho correto para quem se sentir prejudicado por alguma postagem. NINGUÉM tem o direito de censurar as opiniões alheias. Quem defende isso apenas demonstra sua índole autoritária e se acha no direito de decidir o que é certo e o que não é. Essa prerrogativa, insisto, é da justiça e de mais ninguém.
AMigo, ao defender um partido liberal, vc deveria pelo menos tecer opiniões sobre o liberalismo.
Pelo MBL não deveria haver nenhum problema o Facebook apagar as páginas pois infringem os Termos de Serviço que todos leem ao entrar na rede. Aliás, um liberal de verdade deveria achar normal uma empresa Privada como o Facebook fazer o que quiser com sua plataforma.
A empresa é privada mas não pode fazer o que bem entende. Ela não é "dona" da internet e precisa obedecer à legislação do país. Aliás, é por isso que vemos com frequência esse tipo de empresa ser alvo de mandados judiciais e que, nos EUA, o Facebook está sendo investigado e multado por descumprimento da legislação de lá. É também por isso que o procurador da República Ailton Benedito de Souza, do Ministério Público Federal de Goiás, cobrou explicações do Facebook no Brasil quanto à recente remoção das 196 páginas e 87 perfis da rede social. O procurador solicita a relação de todas as páginas e perfis removidos e a justificativa sobre essa providência para cada um deles. Ele estabeleceu o prazo de 48 horas para que a empresa acate o pedido, por meio eletrônico. Portanto, não deixe que o seu fanatismo bloqueie o seu cérebro e procure ao menos observe o mundo ao redor antes de retrucar os comentários alheios, ok? Nem todos que escrevem por aqui são alienados e seguidores de seita política.
O pior é não enxergar que as denúncias foram feitas pelas organizações Globo e ficam feitos zumbis atribuindo ao pt. Essas pessoas quando chegarem o dia do óbito vão colocar como epitáfio uma frase : foi culpa do pt.
Não podemos aceitar qualquer tipo de cerceamento às liberdades democráticas. A opinião é livre numa verdadeira democracia. Cabe aos leitores, ao povo em geral, determinar suas preferências. Somente os intolerantes, os autoritários, os inimigos da verdadeira democracia é que apoiam um absurdo desses. Para os excessos, há o recuro à justiça mas censurar determinados perfis alegando disseminarem "fake news" é apenas mais uma prova de que estamos perdendo nossa liberdade, estamos sendo tratados como gado, como pessoas que precisam ser tuteladas por quem se acha no direito de escolher o que seja "mais adequado" para nós, segundo seus próprios critérios. Partindo de indivíduos que apoiam "bolivarianos" e todas as ditaduras mundiais, não é de causar espanto. Mas os verdadeiros democratas não podem ser coniventes com tal absurdo. Hoje, foi o MBL, amanhã será você.
Facebook é uma empresa privada e faz o que quiser com sua plataforma.
Quebrou os termos de serviço, tchau!
O procurador da República Ailton Benedito de Souza, do Ministério Público Federal de Goiás, cobrou explicações do Facebook no Brasil quanto à recente remoção das 196 páginas e 87 perfis da rede social. Ele solicita a relação de todas as páginas e perfis removidos e a justificativa sobre essa providência para cada um deles, tendo dado o prazo de 48 horas para que a empresa acate o pedido, por meio eletrônico. Toda empresa é obrigada a respeitar a legislação do país e nenhuma pode agir de forma arbitrária e ao seu bel prazer. Nos EUA, o Facebook está sendo investigado e terá de pagar multa milionária por mal gerenciamento dos dados de seus usuários. Nem o Facebook, nem empresa alguma é o "dono" da internet.
Essa quadrilha chamada PT e seus integrantes…querem ser os donos da razão ,são bandidos condenados e presos e querendo ditar regras ,acredito em um país que não existe NOS OU ELES …e sim uma PAÍS UNIDO ,esses PTralhas querem destruir família ,ensino ,o emprego ,se mudem para o padrão que o PT queria chamado VENEZUELA
O cara está tão cego que não consegue ver que a matéria trata de informar que o MBL é um, ou talvez o maior, disseminador de informações FALSAS. Creio que este, realmente, não quer enxergar a verdade, prefere dar crédito a mentiras.
O maior problema meu nobre Antonio Oliveira, é que esqueceram do Quebrando Tabu, Mídia Ninja e outros da esquerda com o mesmo (ou pior) modus operandi.
Tem que fazer uma limpeza , pois todo idiota quer ser formador de opinião ( jornalista)