Principais lideranças da Europa e o premiê do Canadá, Justin Trudeau, reunidos em Londres para uma cúpula que debate a segurança da Europa e a guerra da Rússia na Ucrânia | Foto: Justin Tallis/AP
A Europa enfrenta um momento “único em uma geração” para garantir a sua segurança, disse o premiê britânico Keir Starmer neste domingo, 2, ao abrir uma cúpula sobre segurança do continente e a guerra da Rússia na Ucrânia ao lado do presidente francês, Emmanuel Macron, e do ucraniano Volodmir Zelenski.
Dois dias depois do bate-boca entre Donald Trump e Zelenski na Casa Branca, o presidente ucraniano foi calorosamente recebido em Londres pelos principais líderes europeus reunidos na capital britânica. Quando ele chegou ao número 10 de Downing Street, a residência oficial do primeiro-ministro, um grupo de apoiadores o esperava e ovacionou o líder ucraniano. “Estamos todos com você, com a Ucrânia, pelo tempo que for necessário”, disse Starmer.
O premiê britânico, no entanto, advertiu que “este é um momento único em uma geração para a segurança da Europa”, e “conseguir um bom resultado para a Ucrânia não é apenas uma questão de certo ou errado; é vital para a segurança de cada nação aqui e de muitas outras também”.
Starmer disse ter falado com as nações Bálticas anteriormente, já que elas são “obviamente parte da nossa discussão”. Lituânia, Letônia e Estônia formam os países bálticos que fazem fronteira com Rússia e Belarus, aliado de Putin, e se sentem ameaçados pela Rússia.
O premiê também disse que o Reino Unido e a França trabalharão juntos com o presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, para apresentar plano de paz a Washington que ponha fim à guerra da Rússia na Ucrânia.
O premiê britânico, Keir Starmer, disse que após conversas com Zelenski e Macron numa cúpula de segurança que reúne países europeus em Londres, neste domingo, 2, Reino Unido, França e “possivelmente mais um ou dois países” trabalharão com Kiev em um plano de paz que será apresentado aos EUA. “Acho que demos um passo na direção certa”, disse Starmer à emissora britânica BBC.
“Temos que encontrar uma maneira de todos trabalharmos juntos. Porque, no final, tivemos três anos de conflito sangrento. Agora precisamos chegar a essa paz duradoura”, disse Starmer.
Starmer e os presidentes da França e da Ucrânia, Emmanuel Macron e Volodmir Zelenski, viajaram separadamente para Washington nesta semana para se encontrar com o presidente dos EUA, Donald Trump, e buscar a paz para um conflito que já está em seu terceiro ano.
Líderes europeus aliados da Ucrânia se reuniram em Londres neste domingo para buscar acordos de segurança e demonstrar apoio ao país europeu após o bate-boca entre Donald Trump e Zelenski na Casa Branca. Líderes da França, Alemanha, Dinamarca, Itália, Turquia, Holanda, Noruega, Polônia, Espanha, Finlândia, Suécia, República Tcheca e Romênia foram convidados para a reunião, uma iniciativa do primeiro-ministro britânico.
O chefe da Otan, Mark Rutte, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, António Costa, também foram convidados para a cúpula, que tem a presença do primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau.
A Ucrânia e a Europa estão acompanhando com preocupação a aproximação entre Trump e o presidente russo, Vladimir Putin, que iniciou negociações bilaterais para acabar com a guerra sem convidar a Ucrânia ou os europeus.
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse que a mudança radical na política externa dos EUA em relação à Rússia estava “amplamente” alinhada com a visão de Moscou, em uma entrevista transmitida pela televisão estatal no domingo.
De acordo com o governo britânico, as conversações em Londres se concentram no “fortalecimento da posição da Ucrânia, incluindo o apoio militar contínuo e o aumento da pressão econômica sobre a Rússia”. Os participantes também discutiram “a necessidade de a Europa desempenhar seu papel na defesa” e os “próximos passos no planejamento de fortes garantias de segurança” no continente, dado o risco de retirada do guarda-chuva militar e nuclear dos EUA.
Estadão Conteúdo
Caso os EUA decida não enviar ajuda pra Ucrânia, em menos de 30 dias a Rússia engole ela, os países da Europa é um bando de lisos que atiram com a pólvora alheia.
Estão loucos pra os EUA saírem da OTAN. Aí vão ver no que dá. Bando de esquerdistas hipócritas. Agora querem agir, após três anos?