Mais de 4.000 policiais foram encarregados de garantir a segurança no funeral de Margaret Thatcher na manhã desta quarta-feira. O ataque na Maratona de Boston e os recentes protestos contra o legado da ex-primeira ministra britânica levaram o país a elevar o alerta de terror para o nível máximo e acionar os serviços de inteligência em uma mobilização comparável aos Jogos Olímpicos. É o maior funeral político em quase meio século no Reino Unido, quando a elite dominante britânica se junta à Rainha Elizabeth e aos líderes mundiais para se despedir da “Dama de Ferro”.
Em um ato comparável ao funeral de Winston Churchill em 1965, o caixão da ex-premier foi retirado do palácio de Westminster e transportado à catedral londrina de St. Paul, onde acontece o funeral. O transporte do caixão foi feito por 700 soldados, com uma grande presença de forças navais que participaram na Guerra das Malvinas em 1982. Com o mesmo status do funeral de Lady Diana Spencer, a princesa Diana, em 1997, a cerimônia recebeu honras militares.
Qaundo o caixão partiu de Westminster, os sinos da torre Big Ben em Londres deixaram de badalar pela primeira vez desde o funeral de Churchill. Chegando à catedral, Michael e Amanda Thatcher, os dois netos da ex-premier, levaram as bandeiras da Ordem do Mérito e da Ordem da Cavalaria e envolveu o caixão na entrada da catedral, a pedido expresso de sua avó.
O decano da St. Paul, David Ison, abriu a cerimônia e depois passou o sermão para Richard Chartres, bispo de Londres. A primeira leitura foi feita por Amanda Thatcher, uma epístola de São Paulo aos Efésios. Em seguida, o primeiro-ministro David Cameron leu uma passagem do Evangelho de São João eleitos pela Dama de Ferro.
Cerca de de 2.300 pessoas confirmaram presença na cerimônia fúnebre na catedral, representando 170 países, além do gabinete britânico, dois chefes de Estado e 17 ministros das Relações Exteriores.
Thatcher, que morreu aos 87 anos no último dia 8 de abril, foi a primeira e única mulher a exercer o cargo de primeira-ministra na história do Reino Unido. Ela permaneceu no poder durante 11 anos, entre 1979 e 1990.
O Globo
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